Cientistas do Instituto Federal Suíço de Tecnologia afirmam ter descoberto um método de codificar dados em forma de DNA, processo que pode guardar informações por um período de milhares de anos. Diferente de HDs, CDs, pendrives e outros métodos de armazenamento utilizados em massa, com o DNA é possível preservar mais informações em um espaço muito menor.
O grupo de pesquisadores chegou à conclusão que um grama de DNA pode armazenar até 455 exabytes de dados. Se considerarmos que existem cerca de 1,8 zettabytes de dados no mundo (segundo o que informa a empresa de infraestrutura de sistemas EMC), seriam necessários apenas 4 gramas de DNA para armazenar todas as informações que a história da humanidade já produziu.
Para que você possa compreender a dimensão dos números, existe cerca de um bilhão de gigabytes em um exabyte e mil exabytes em um zettabyte. Ou seja, em 1,8 zettabytes existem 1,8 trilhões de gigabytes, um número impressionante. Os cientistas transformaram os pares de moléculas que formam o DNA em números binários (1 e 0) para conseguir codificar as informações em forma de material genético.
Este processo já havia sido tentado há três anos por pesquisadores de Harvard, mas as informações que foram transformadas em DNA nunca foram recuperadas. As informações gravadas se perdiam no processo de recuperação, visto que o material reage com o ambiente e se degrada.
O chefe da equipe suíça que realizou o novo estudo, Robert Grass, afirmou que foi possível encontrar uma nova maneira de preservar a informação, ao tratá-la como um fóssil.
Para conseguir isso, os cientistas envolveram a amostra de DNA em uma cápsula feita de sílica, parecida com a estrutura dos ossos fósseis, e para testar a sua durabilidade, guardou a amostra em uma temperatura de 60ºC por duas semanas. Quando os pesquisadores recuperaram a amostra, eles conseguiram ler a informação gravada. De acordo com Grass, caso o DNA fosse guardado em temperaturas abaixo de zero, ele poderia ser preservado por milênios.
O método utilizado pelos cientistas ainda é considerado caro. A amostra criada pela equipe de pesquisadores suíços tem apenas 83 kilobytes de dados e custou aproximadamente US$ 1.500 para ser criada.
Com informações da EMC e Canaltech.