Quando Edward Snowden trouxe a público os esquemas de espionagem movidos pelos Estados Unidos, o mundo ficou mais cauteloso quanto a sua segurança. O evento causou grande impactos nos países que sofreram algum tipo de espionagem, como o Brasil, e exigiu mudanças sérias em relação a segurança.
Pensando nisso, um grupo de empreendedores brasileiros desenvolveu o GranitePhone, um smartphone seguro e voltado para clientes governamentais. Segundo os desenvolvedores, o aparelho é “anti-NSA” e funciona com criptografia 2.048, extreamente difícil de ser quebrada. Na verdade, ele é tão seguro que permite apenas a instalação de aplicativos recomendados – e não, o WhatsApp não é um deles.
Segundo Francisco Cavalcante, gerente de parcerias da América Latina da Sikur – a empresa responsável pelo aparelho –, o objetivo é desenvolver aparelhos com foco nos governos, e não nos clientes finais. No passado, a Sikur ficou conhecida por desenvolver junto com o Ministério da Defesa o aplicativo de mensagens Telegram.
O GranitePhone roda um sistema baseado no Android e já está em pré-venda por US$ 639, algo em torno de R$ 1.900. Contudo, o lançamento oficial está marcado para setembro, quando ele custará US$ 799, ou R$ 2.400.
Como sabemos, já existe um aparelho semelhante no mercado com quase um ano de vida, o suíço Blackphone. No entanto, Cavalcante garante que o Granite mantém uma vantagem sobre seu concorrente: ele permite fazer ligações para telefones comuns sem o uso de criptografia. Para fazer ligações seguras, os usuários terão de utilizar o aplicativo da Sikur.
Para disponibilizar os aplicativos, a empresa está trabalhando em uma loja virtual no estilo da Play Store, mas apenas com aplicativos autorizados. Em relação ao hardware, o Granite conta com processador Snapdragon 800, tela Full HD e conectividade 4G.
Atualmente, a Sikur está sediada em São Paulo, mas está em processo de mudança para Miami, já que o projeto também conta com desenvolvedores nos Estados Unidos e em Dubai.
Com informações do Canaltech.