Turbinado para figurar como uma das respostas do Brasil às denúncias do espião Edward Snowden, o e-mail seguro do governo federal já tem 50 mil contas ativas em 24 órgãos públicos, inclusive cinco ministérios e a Presidência da República. A meta, porém, é chegar a 1 milhão de contas ativas ao fim dos próximos dois anos.
Desenvolvida pelo Serpro – em parceria com Dataprev, Procergs, Caixa Econômica, Prognus e Celepar – a ferramenta é uma suíte de comunicação que além do correio eletrônico tem mensagens instantâneas e videoconferência entre as facilidades. Chamada Expresso, ganhou em sua terceira versão o uso de criptografia para dar mais segurança às comunicações de governo.
“A criptografia no Expresso V3 funciona de duas formas. As comunicações de Expresso para Expresso são 100% criptografadas ponto a ponto. No caso de mensagens entre o Expresso e outro sistema, usamos certificação digital nas duas pontas”, explica o coordenador do projeto Expresso no Serpro, Marcos Melo.
Até aqui, essa comunicação ‘segura’ já responde pela troca de mais de 200 Terabytes de mensagens. Mas há um longo caminho pela frente. Para implementar a solução em todo o serviço público federal são necessárias 1 milhão de contas – tarefa dividida ao meio entre o próprio Serpro e a Dataprev. “Nossa meta é ter 500 mil contas instaladas em mais dois anos”, diz Melo.
Essa implantação, porém, varia muito entre cada órgão atendido. Além disso, envolve a substituição de algum sistema em uso – como Outlook, Lotus Notes ou Zimbra. “O desafio é garantir a segurança sem inviabilizar a vida das pessoas. Por isso não fazemos uma mudança abrupta para não gerar desconforto para os usuários”, justifica o coordenador do Expresso.
Com informações de Convergência Digital.