Recentemente foram veiculados na imprensa dados sobre o desempenho do mercado corporativo de PCs no Brasil em 2014: queda de 28%. Contribuíram para este número diversos fatores, entre os quais se apontam a Copa do Mundo e as Eleições. Há, ainda, um fator estrutural importante: as vendas de PCs no mundo todo são declinantes por conta da invasão dos dispositivos móveis em todos os segmentos.
Para 2015, as perspectivas deste mercado não são muito melhores. Prevê-se uma queda de 3,5%, o que é uma desaceleração considerável quando comparados com os dados de 2014, mas não é muito animador se considerarmos a fraca base de comparação herdada do último ano. Além disso, todos esperam um ano de 2015 desafiador ao extremo: juros e câmbio em alta, ajuste fiscal do governo, alta nos preços de energia, PIB quanto muito modesto etc.
Esse cenário desafiador nos provoca a buscar alternativas para que nossos negócios possam seguir e crescer. No caso dos PCs, este contexto de redução de aquisições dá fôlego extra ao conceito de “PC como Serviço”, que já vinha de um crescimento vigoroso no último ano. Afinal, neste modelo, sua empresa pode estender a vida de PCs existentes em mais alguns anos, postergando o investimento na atualização do parque. Ou substituir o PC por dispositivos mais econômicos, como tablets ou Thin Clients.
Apenas lembrando, o modelo de “PC como Serviço” tem por base a virtualização dos PCs, o que no mercado conhece-se há algum tempo como VDI (Virtual Desktop Infrastructure). No entanto, os fatores que impediram a adoção em larga escala do VDI no passado recente, tais como investimento pesado na infraestrutura de servidores e armazenamento, e complexidade de implementação e administração dos mesmos, agora já não são mais impeditivos. No modelo “como serviço”, o investimento inicial é feito pelo provedor e o cliente efetua apenas os pagamentos mensais, conforme a quantidade de PCs contratada, equilibrando suas planilhas de Retorno de Investimento. E a administração da infraestrutura fica a cargo do provedor.
Mas não se engane: o “PC como Serviço” não é apenas uma oferta de infraestrutura na modalidade de serviços. Pode incluir diversos serviços relacionados, desde o Service Desk, passando pela gestão de imagens, patchs, distribuição de software, gestão de antivírus e mesmo o atendimento em campo para os incidentes relacionados ao hardware (que serão reduzidos, mas ainda poderão ocorrer). Um pacote de serviços eficiente e integrado, disponível perante o mesmo modelo de pagamentos mensais.
Como benefícios, além da já citada fuga do investimento e da complexidade da infraestrutura, tem-se a redução de custos nos serviços de campo e de manutenção de hardware; de energia elétrica (pois os dispositivos leves consomem muito menos energia) e ar-condicionado (devido à menor dissipação de calor); entre outras. Do ponto de vista de segurança e conformidade, tem-se melhor resposta em situações de contingência, maior facilidade de adotar padrões e um maior controle sobre vazamento de dados, uma vez que as informações estarão centralizadas e não mais distribuídas entre diferentes dispositivos. E do ponto de vista de negócios, tem-se maior agilidade para responder a novas demandas, migrações e fusões; previsibilidade de custos e cobrança por departamento; e um modelo de custo que se molda a ciclicidade de temporadas ou projetos, crescendo e diminuindo conforme a demanda.
Enfim, cada vez que um cenário desafiador nos é apresentado, temos uma nova oportunidade de repensar aquilo que fazemos, por que e como o fazemos. Com respeito aos PCs, algumas boas alternativas já estão disponíveis no mercado.
Com informações de Canaltech.