Em meio a relatos de brigas internas e uma indisponibilidade que deixou muita gente órfã desde meados do mês de outubro, a MPAA revelou que foi a grande responsável pelo fechamento do Popcorn Time. A associação que reúne os interesses de alguns dos principais estúdios de cinema dos Estados Unidos comemorou o sucesso de uma ação judicial iniciada no dia 9 de outubro, no Canadá, e que foi aprovada pela corte uma semana depois.
O “Netflix da pirataria”, como é chamado informalmente, teve sua principal versão fechada no final do mês. Como é um software de código aberto, isso não impede a continuidade de seu funcionamento pelas mãos de desenvolvedores interessados. Por outro lado, a MPAA tem motivos para comemorar, não apenas pelo duro golpe desferido no serviço, mas também por ter dado ao Popcorn Time um status underground, uma vez que, entre as diversas versões disponíveis por aí, também existem aquelas que se passam como o aplicativo para entregar malware, uma situação que deve reduzir drasticamente seu total de usuários.
A ação que resultou no “fim” da plataforma ainda faz parte de um esforço maior dos estúdios para combater a pirataria e levou também ao indiciamento de responsáveis pelo YIFY, um dos mais reconhecidos grupos de lançamento ilegal de filmes e seriados. Uma ação contra um morador não identificado da Nova Zelândia foi iniciada no dia 12 de outubro e acredita-se que ele seja o operador principal do time e do YTS, um dos grandes trackers de torrents de filmes do mundo.
No caso do Popcorn Time, a associação não revelou se chegou a indiciar algum dos responsáveis pelo desenvolvimento da plataforma. Recentemente, uma versão do serviço que funcionava por meio do browser teve seu funcionamento interrompido dias depois de ser lançada, após o recebimento de uma notificação por parte de seu desenvolvedor. Neste caso, não houve ação legal.
Em comunicado, a MPAA deu a entender que mais ações do tipo podem acontecer, já que a associação estaria se unindo a parceiros internacionais para combater a pirataria e o que chamam de roubo de conteúdo. Na visão do diretor do órgão, Chris Dodd, ao fechar serviços como o Popcorn Time, os estúdios protegem não apenas sua propriedade intelectual, mas também os empregos dos milhões de funcionários das indústrias de cinema e televisão.
Com informações de Hollywood Reporter e Canaltech.