Depois de uma longa batalha do FBI com a Apple a respeito do desbloqueio de um iPhone 5c pertencente a um dos atiradores do massacre de San Bernardino, a agência de investigação conseguiu acessar o aparelho mesmo sem contar com a ajuda da fabricante, não revelando quais foram os métodos utilizados. Após se pronunciar publicamente contra o ocorrido, a Maçã anunciou estar interessada em saber como foi que o bureau conseguiu tal fato, já que isso pode significar alguma possível falha no sistema de segurança dos iPhones.
Nos Estados Unidos existe uma política que diz que órgãos públicos devem informar às fabricantes de dispositivos eletrônicos quando descobrem falhas de segurança em seus aparelhos, mas pode ser que esse caso seja uma exceção à regra e o FBI jamais revele à empresa de Cupertino como conseguiu acessar o iPhone 5c de Syed Farook, já que se trata de uma investigação criminal envolvendo terrorismo – assunto levado muito a sério no país.
De acordo com Michael Daniel, especialista de cibersegurança da Casa Branca, essa questão da política de revelar falhas de seguranças descobertas por órgãos públicos não é muito clara, dando brechas para casos excepcionais. E conforme explicado pela Agência de Segurança Nacional do país, o governo deve revelar vulnerabilidades em equipamentos como smartphones, a não ser que alguma necessidade dos órgãos legais do país vá contra essa regra – o que parece ser o caso dessa vez.
Alguns especialistas em segurança acreditam que o conteúdo desse iPhone 5c pode ter sido espelhado em outro dispositivo, permitindo a duplicação de seus dados. Então o aparelho do atirador não teria sido “invadido”, mas sim, “clonado”. No entanto, durante uma coletiva de imprensa, um oficial do Departamento de Justiça se negou a informar se o método utilizado pelo FBI na quebra de segurança do iPhone de Farook também funcionaria em outros aparelhos. Por enquanto, a Apple não fez nenhum novo comentário oficial a respeito.
Com informações de Reuters e Canaltech.