Os usuários do Firefox estão prestes a ganhar um grande incremento na funcionalidade de seus browsers, já que a Mozilla anunciou o desenvolvimento de uma atualização que vai permitir que o software rode também as extensões criadas para o Opera ou Google Chrome. A ideia é permitir que os produtores de software criem extras portáveis, que sejam compatíveis com os três navegadores e ajudem a ampliar ainda mais a atratividade de ferramentas de código aberto.
Mas até que essa boa notícia se torne realidade, ainda há um longo caminho a seguir. No futuro próximo, o uso de plug-ins intercambiáveis será a norma, para a qual a Mozilla já liberou a nova API do Firefox, chamada WebExtensions. Por outro lado, os desenvolvedores de extensões já lançadas terão que fazer um trabalho de adaptação para garantir que seus produtos continuem funcionando.
O prazo é curto. Seguindo o caminho do Google, a Mozilla também vai começar a validar as extensões que aparecem em sua loja oficial a partir do dia 22 de setembro, data que vai marcar também o lançamento da versão 41 do Firefox. Dali em diante, add-ons que não forem certificados não estarão mais disponíveis e terão sua instalação dificultada, de forma a proteger os usuários contra malwares ou outros softwares maliciosos.
A mudança definitiva acontece em 15 de dezembro, quando chega ao mercado a versão 43 do Firefox, essa sim, totalmente baseada na nova API. A partir da data, os desenvolvedores terão mais seis meses para trabalhar em suas extensões e, em meados de 2016, aqueles que não se adaptarem deixarão de receber suporte. Mesmo os extras já instalados no computador dos usuários deixarão de funcionar depois desta data.
Em comunicado oficial, a Mozilla admitiu que a mudança gera um stress e pode afetar os desenvolvedores de extensões, mas acredita que o esforço é válido para a criação de um ecossistema mais conectado e seguro. A API WebExtensions também deve facilitar o processo de criação de extensões compatíveis com o Edge, da Microsoft, já que todos os principais browsers do mercado atual utilizam a tecnologia Blink. É, então, uma complicação momentânea para garantir um futuro mais simples e fácil para os produtores de software.
Mais veloz e protegido
Segurança, aliás, parece ser a palavra de ordem da Mozilla na produção das novas versões do Firefox. A organização não apenas está mudando seu trabalho com extensões, como também vai abandonar tecnologias como o XUL ou XPCOM, usadas respectivamente para interfaces de usuário e como framework de aplicações, em prol de opções mais seguras. Aqui, a mudança tem um prazo de 12 a 18 meses para ser completada.
Além disso, o Firefox passará a ter um processamento de abas mais individualizado. O projeto Electrolysis, como vem sendo chamado, separa o funcionamento do navegador em diversos processos diferentes, de forma a impedir que todo o sistema trave no caso de problemas com determinados sites ou sistemas. Além disso, tal mecânica reduz a chance de invasões ou infecções por lidar com os dados de maneira mais restrita.
Com informações de Mozilla, The Next Web e Canaltech.