Os computadores do governo dos Estados Unidos foram invadidos na última semana e ao que tudo indica dados pessoais de cerca de 4 milhões de empregados federais atuais e antigos foram comprometidos. As autoridades responsáveis estão investigando o caso e já alegam que a invasão foi proveniente da China.
No mais recente capítulo de uma série de invasões em sistemas de alta tecnologia de agências norte-americanas, o Escritório de Gestão de Pessoal (OPM) sofreu o que parece ser uma das maiores violações de informações sobre os funcionários do governo. O OPM lida com registros de trabalhadores do governo e folgas asseguradas. As agências envolvidas não especificaram exatamente que tipo de informação foi acessada.
Uma fonte interna do governo dos EUA disse à agência de notícias Reuters que os investigadores acreditam que uma “entidade ou governo estrangeiro” está por trás do ataque, e as autoridades já investigam uma possível conexão chinesa com o acontecimento. “Isso geralmente é feito por criminosos, mas com base em seu comportamento, acreditamos que esses são atos de espionagem”, disse John Hultquist, do iSight Partners.
Hong Lei, porta-voz da chancelaria chinesa, saiu em defesa do país dizendo que tais acusações se tornaram frequentes nos últimos tempos e alega que elas são irresponsáveis e não científicas.
Os últimos meses têm sido marcados por uma série de violações de dados em massa que afetaram milhões de norte-americanos. Dezenas de milhões de registros podem ter sido perdidos durante esses ataques. Especialistas dizem que a semelhança dos métodos utilizados, os servidores e os hábitos dos invasores apontam para um grupo patrocinado por um governo.
A China tem negado rotineiramente as acusações promovidas por investigadores norte-americanos de que os hackers estavam sendo apoiados pelo seu governo para atacar empresas dos Estados Unidos e agências federais.