Apesar do turbulento cenário político e econômico, o governo da presidente Dilma Rousseff não desistiu de levar internet de alta velocidade para mais de 128 mil escolas públicas em todo o Brasil. A iniciativa, que antes estava prevista para 2025, agora deve ser entregue até 2018.
De acordo com o ministro das Comunicações, André Figueiredo, o programa foi batizado de “Brasil Inteligente. Internet Ligando a gente” e prevê levar banda larga de 78 Mbps para instituições de ensino, tanto em áreas urbanas quanto rurais. O projeto já está com formatação concluída e depende agora apenas da agenda de Dilma para ser oficialmente anunciado.
“A internet rápida não é só um instrumento de acesso ao conhecimento, mas também um caminho para a redução das desigualdades das crianças e jovens das regiões Norte e Nordeste”, comentou o ministro.
Serão empregados recursos federais para tocar o projeto, mas serão estabelecidas contrapartidas aos estados e municípios. Figueiredo, que fez o anúncio durante o Encontro Provedores Regionais Nordeste, realizado em Fortaleza nos dias 31 de março e 1 de abril, também disse que o dinheiro necessário para o programa deverá partir do orçamento da Telebras e do Ministério da Comunicação.
Fora a internet banda larga nas escolas públicas, o ministro confirmou que o Programa Inteligente vai incluir a terceira etapa do programa Minha Casa Minha Vida, que prevê a construção de dutos de internet em todas as residências que serão erguidas. Além disso, o ministro disse que está trabalhando para que o preço de referência do poste negociado entre a Anatel e a Aneel – que hoje é de R$ 3,90 – seja praticado pelas concessionárias de energia, pelo menos nos rincões do país.
Figueiredo também defendeu ser necessário traçar políticas diferenciadas para os pequenos provedores, que hoje representam quase 10% dos acessos de banda larga do país. No futuro anúncio do Programa Inteligente da presidente Dilma, será revelado um Fundo Garantidor no valor de R$ 400 milhões.
“Precisamos quebrar a resistência dos bancos, que não aceitam a fibra óptica como garantia, enquanto os antigos cabos de cobre das concessionárias são bens reversíveis ao Estado. Não dá para entender”, contestou o ministro.
Com informações de TeleSíntese e Canaltech.