O protocolo de comunicação essencial para a troca de dados na web, o famoso HTTP, precisa já há anos de revisão e evolução. E um grande passo nesse sentido foi dado nesta semana. O grupo de trabalho Internet Engineering Task Force (IETF, ou “Força-Tarefa de Engenharia de Internet”), responsável pelo desenvolvimento do HTTP, anunciou que o padrão da nova versão foi concluído nesta quarta-feira (18).
De acordo com o The Next Web, o presidente do HTTP IETF, Mark Nottingham, afirmou que o padrão agora está a caminho do RFC Editor, ambiente em que especialistas descrevem inovações da web e as discutem sob viés técnico. Após os comentários e processos editoriais, o HTTP/2 então pode ser publicado como padrão.
Este é um grande marco para a web, já que o Protocolo de Transferência de Hipertexto, ou HTTP (Hypertext Transfer Protocol), não tem mudanças desde 1999, quando foi adotado o modelo HTTP 1.1. A nova norma traz uma série de benefícios, como carregamento mais rápido das páginas, conexões de vida mais longa e aprimoramento de requisições de servidores. O HTTP/2 usa as mesmas aplicações do HTTP, o que facilita a vida dos desenvolvedores e estimula suas produções, e também oferece uma série de novos recursos.
Uma das grandes mudanças é que as solicitações HTTP serão “mais baratas”. Atualmente, a comunidade da web evita pedir aos desenvolvedores muitas adições em solicitações de HTTP às páginas, pois eles precisam usar técnicas de otimização de códigos ou concatenização, o que também inviabiliza o endereço enquanto as mudanças são feitas. Com o HTTP/2, um novo recurso permitirá atender a múltiplos pedidos e entregá-los ao mesmo tempo, sem que o endereço fique bloqueado enquanto isso acontece.
O HTTP/2 também usa muito menos conexões, o que deve resultar em menor carga para servidores e redes. Nottingham publicou em seu próprio blog outros grandes atrativos, como maior capacidade de encriptação e, consequentemente, mais segurança.
O novo padrão HTTP foi baseado em outro protocolo de transporte de dados, o SPDY, do Google, que é hoje utilizado por algumas tecnologias para manipular o tráfego e melhorar a latência e segurança, oferecendo também carregamento mais veloz de páginas. O próprio Google já havia anunciado há alguns dias que planeja mudar o Chrome completamente para HTTP/2.
Os desenvolvedores planejam testar o HTTP/2 antes de torná-lo oficial e isso deve acontecer gradualmente já em plataformas como o Firefox e o Chrome. Como essa mudança já vem sendo bastante aguardada, desde 1999, é bem possível que a mudança aconteça mais rápido do que muitos esperam.
Cim informações da The Next Web e Canaltech.