O fim de ano não vai ser tão legal para um grupo de 20 desenvolvedores que foram demitidos esta semana de um laboratório da LG no Vale do Silício. Em um movimento de reorganização para entrar em 2016 de forma mais dinâmica e eficiente, a companhia deu uma reduzida no time que trabalhava no WebOS, o sistema operacional que surgiu como uma alternativa para smartphones mas acabou integrando a linha de televisores inteligentes e smartwatches da fabricante.
De acordo com a LG, porém, as mudanças no seu quadro de funcionários não devem afetar os trabalhos com a plataforma, nem significam que ela está vendo seus últimos dias. Pelo contrário, a fabricante afirma que, como uma mudança focada na eficiência e no corte de custos, os trabalhos com o WebOS não devem sofrer alterações e o sistema continuará sendo a principal escolha da empresa para seus produtos.
Além das demissões, a empresa revelou que está unindo os times responsáveis por interface e gerenciamento de produtos em uma única equipe, de forma a aumentar a comunicação entre desenvolvedores. Além disso, a LG começa em 2016 a pensar no WebOS também para o mercado automotivo, um aumento de carga de trabalho que não faz muito sentido quando se fala em ondas de demissões.
De acordo com relatos de funcionários pelo Twitter, muitos deles foram pegos de surpresa pelas dispensas, que foram anunciadas a todos nesta quinta-feira (17). Como indicam as mensagens de Andrew Rich, que fez parte da onda de demissões, as coisas não foram muito tranquilas. Ele afirma estar cansado de trabalhar para grandes empresas como a LG e que tem muito a pensar ao longo das próximas semanas. Ao mesmo tempo, afirmou estar feliz de ter saído enquanto o projeto do WebOS ainda era algo “bom”.
Esse amargor parece ter a ver com a situação que restou dentro da LG, que agora, segue em frente com menos funcionários e mais projetos. A grande espera é por uma redução no fluxo de inovação e atualização da plataforma, uma vez que o time de Silicon Valley já era considerado enxuto demais para o trabalho que vinha desempenhando. Muitos, ainda, vão além e já dão 2016 como o último ano de vida do WebOS. Resta esperar para ver.
Com informações de The Verge, Andrew Rich (Twitter) e Canaltech.