O resultado das medições da qualidade da banda larga fixa e móvel oferecida pelas operadoras no Brasil referente ao terceiro trimestre do ano revelou que as elas seguem descumprindo os índices mínimos especificados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Os estados do Norte e Nordeste são os mais afetados pelo descaso das operadoras diante de seus serviços.
O projeto de medição da qualidade da banda larga no Brasil tem sido executado desde o final de 2012 visando reunir informações para adoção de medidas que melhorem a qualidade do serviço prestado pelas operadoras.
A meta de velocidade, tanto para a banda larga móvel quanto para a banda larga fixa, é de 70% da velocidade contratada. Para alcançar a meta referente à velocidade instantânea, a porcentagem precisa ser de no mínimo 30% em 95% das medições. Especificamente para a banda larga fixa, os índices de medição levam em conta ainda outros critérios como a latência, perda de pacotes, jitter (variação da latência) e disponibilidade do serviço. Desde novembro, esses percentuais foram alterados para 80% e 40%, respectivamente.
A operadora Oi tem descumprido as metas de latência e perda de pacotes na banda larga fixa no Estado da Bahia. Já as concorrentes NET e GVT estiveram dentro das metas em setembro. Enquanto a meta de perda de pacotes é de 90%, conforme estipulada pela Anatel, a Oi tem apresentado no estado um índice de 65,16%. Tanto na banda larga móvel quanto na fixa a Oi não conseguiu atingir as metas propostas.
Enquanto que na Bahia a Oi tem decepcionado seus clientes na qualidade do serviço prestado, no Maranhão a TIM é quem apresentou índices baixos nas medições da Anatel. Na medição da velocidade média, a TIM entregou para seus usuários 52% da velocidade contratada, enquanto que a meta é de 70%. Quanto à velocidade instantânea, a operadora só conseguiu entregar os números propostos em apenas 54% das medições, enquanto que a meta é de 95%.
A má qualidade de serviço da TIM no Maranhão também tem a companhia da Oi, que não atingiu as metas de velocidade instantânea, latência e perda de pacotes em relação à banda larga fixa.
No geral, segundo números divulgados pela Anatel nesta terça-feira (9), a TIM ficou abaixo da qualidade mínima exigida na banda larga móvel em 18 estados analisados. A Oi ficou abaixo em 13 estados. A agência ainda informou que as “medidas administrativas cabíveis” estão sendo tomadas e que as “inconsistências já estão sendo corrigidas”.
Fonte: Canaltech