Além de hardware livre e segurança digital, o evento oferece atividades relacionadas ao universo da Tecnologia da Informação e do Software Livre
Entre 14 e 16 de outubro, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) sediará a XII Conferência Latino-Americana de Software Livre (Latinoware). Entre as novidades desta edição está o 1º Fórum Latino-Americano de Hardware Livre (FLAHW), cujo destaque fica por conta do Movimento Maker, uma extensão da cultura do “faça-você-mesmo” (‘do-it-yourself’).
De acordo com Marcos Siríaco, um dos organizadores da conferência, “o conceito é que todas as pessoas podem construir, consertar, modificar e fabricar com as próprias mãos”. Para este primeiro fórum, 22 especialistas já estão confirmados. A ideia é que a iniciativa seja itinerante. “Isso é importante porque permite que pessoas de diferentes regiões possam participar e aprender”, completa.
No passado, o Movimento Maker prestou contribuições importantes para a evolução da indústria dos computadores pessoais. O modelo Apple I, por exemplo, foi apresentado pela primeira vez pelos seus mentores (Steve Jobs e Steve Wozniak) durante uma reunião do Homebrew Computer Club, ou Clube dos Computadores Caseiros, criado no Vale do Silício.
Com a chegada e popularização de tecnologias mais sofisticadas – como a impressão 3D e microcontroladores como o Arduino – a expectativa é que este movimento seja o embrião para uma nova revolução industrial, associada à facilidade na importação de produtos, principalmente provenientes da China, onde os preços praticados estão bem abaixo do restante do mundo.
A adesão popular já é grande. Nos Estados Unidos, uma das edições do Maker Faire (ou Feira de “Fazedores” em tradução livre) chegou a contar com a participação de 250 mil pessoas. No Brasil e na América Latina, alguns encontros do gênero já foram promovidos, com destaque para o Arduino Day, e atividades na Campus Party e no Festival Latino-Americano de Instalação de Software Livre (Flisol).
Além do FLAHW, a programação da Latinoware conta com outras atividades relacionadas ao tema, como o tradicional espaço de Robótica Livre, onde são promovidas oficinas e competições com cunho educacional.
Segurança Digital
Ameaças e ataques virtuais são preocupações recorrentes de governos e organizações. A prevenção e combate a esse tipo de crime cibernético terão um espaço especial na programação da Latinoware 2015. A “Latin Sec”, organizada por especialistas da área de segurança da informação, contará com treinamentos e palestras ministrados por respeitados membros do mundo corporativo, grupos de pesquisa e comunidades underground. “Serão demonstradas técnicas que poucas pessoas viram ou discutiram”, explica Siríaco.
Entre os convidados estão Alexandre de Barros Barreto, Sub-Diretor de Pesquisa do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA); João Eriberto Mota Filho, Gerente de Rede e de Segurança em Rede do Gabinete do Exército; Paulo Fernando Lamellas, Oficial da Arma de Cavalaria do Exército; Alexandro Silva aka Alexos, Analista Sênior na iBliss Segurança e Inteligência; e Fernando Mercês, Pesquisador de Ameças na Trend Micro.
Programação diversificada
Além de hardware livre e segurança digital, a Latinoware 2015 oferece atividades relacionadas ao universo da Tecnologia da Informação e do Software Livre, como Geoprocessamento; Educação; Ilustração, Designer, Vídeo e Animação (2D, 3D); Sistemas Operacionais; além de encontros paralelos das principais comunidades de Software Livre.
Em 2014, a Conferência contou com a presença de 4.532 participantes e foram promovidas cerca de 250 atividades, somando mais de 350 horas de palestras, minicursos, workshops e mesas-redondas. A Latinoware é organizada pela Itaipu Binacional, Fundação Parque Tecnológico Itaipu – Brasil, Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
Inscrições e credenciamento
As inscrições para a Latinoware 2015 custam R$ 140,00 e podem ser feitas no dia 14 de outubro, diretamente na Secretaria do evento. Mais informações no site: www.latinoware.org.