Não é novidade para ninguém que, ainda mais do que o Facebook, o projeto de levar a internet às áreas carentes e promover a conectividade no mundo é uma das meninas dos olhos de Mark Zuckerberg. E agora o fundador da rede social disse, em um encontro com líderes na ONU, que levar a internet aos mais pobres é um caminho efetivo para a paz mundial.
De acordo com ele, hoje, são quatro bilhões de pessoas privadas não apenas dessa tecnologia, mas também da comunidade global criada por ela. É a plataforma para que as pessoas saibam mais sobre o que acontece no mundo, denunciem abusos e, acima de tudo, se informem, algo que, na visão de Zuckerberg, pode acabar impedindo até mesmo conflitos armados e reduzir a pobreza.
O objetivo do fundador do Facebook é ambicioso: levar a internet a todo o mundo até 2020. Para fazer isso, a pesquisa acontece em várias frentes, desde satélites e balões que possam levar infraestrutura a zonas isoladas até parcerias com governos e empresas para fomentar a chegada de cabos, antenas e dispositivos a tais locais.
Tal ideal, inclusive, faz parte de um plano assinado no final da última semana pelos 193 países que são membros da ONU. O projeto fixa 17 objetivos de desenvolvimento sustentável que ajudarão na luta mundial contra a pobreza, os problemas climáticos, a violência e a desigualdade social. O fomento do acesso à internet não faz parte desse plano, mas Zuckerberg e outros líderes querem que esse aspecto também seja incluído.
Mais do que isso, existe todo um movimento dentro da Organização das Nações Unidas para fazer com que o uso da rede se torne um direito básico do ser humano, assim como o voto, a moradia, a distribuição de renda e a liberdade de expressão. É uma iniciativa apoiada não apenas por Mark Zuckerberg, mas também por outros nomes como Bill Gates, Bono Vox, Jimmy Wales (fundador da Wikipedia) e a atriz Charlize Theron.
Na última semana, Zuckerberg também realizou uma mudança completa em sua iniciativa de fomento ao acesso à internet, a Internet.org. Para rebater as críticas de que estaria agindo em interesse próprio e tentando transformar o Facebook em sinônimo de rede para os mais carentes, o projeto agora se chama Free Basics e promete ampliar ainda mais o rol de serviços gratuitos disponíveis em celulares de maneira gratuita e básica, de forma a serem carregados mesmo em locais em que a infraestrutura de acesso ainda é precária.
Com informações de Reuters e Canaltech.