Se você participa de alguma rede social, em especial o Facebook, certamente já deve ter reparado nas fotos lindas da viagem de um amigo ou do restaurante chique que um casal amigo seu frequentou. Isso se você não for a pessoa que divulga esse tipo de fotografia e conta em detalhes as visitas que fez a lugares exuberantes e exóticos para os seus amigos – um comportamento bastante comum nos dias de hoje. Saiu no YouPix.
Contudo, uma pesquisa da Universidade de Harvard mostra que esse tipo de comportamento pode fazer com que você perca algumas amizades. No lugar dessas imagens e experiências servirem para que você consiga conversar com mais facilidade com seus amigos, elas acabam passando a imagem de que você é uma pessoa exibida. Ou seja, muitos dos seus contatos vão pensar: “nossa, aquela pessoa só sabe se mostrar”.
O gramado mais verde do vizinho
O raciocínio é bastante simples. Hoje em dia, principalmente nas redes sociais, há uma pressão para que a sua vida seja a mais incrível possível, que você faça a maior quantidade possível de coisas legais – e, no final, é preciso mostrar isso aos outros, pois não basta viver. Acontece que essa pressão aflige a todos, fazendo com que quem está observando as imagens veja a própria vida como algo pobre e chato.
Dessa maneira, Harvard também constatou que a maioria das pessoas consegue se aproximar dos outros através de acontecimentos cotidianos, como fotos simples e idas a locais rotineiros. Com isso, não há aquela pressão para que a vida do expectador seja incrivelmente interessante e você não se passa por uma pessoa exibida e chata, impedindo que amizades sejam desfeitas ou que distanciamentos aconteçam por bobeira.
No entanto, é inegável que há a cultura do exibicionismo nas redes sociais, resultando em um ciclo em que um grupo de pessoas fica feliz por compartilhar suas próprias experiências e outro que se decepciona por não estar se divertindo. Complicado, não é?