Antenas ainda precisam ser relativamente grandes. Precisam ter tamanho suficiente para criar e trabalhar com ondas eletromagnéticas para se comunicarem com precisão. Porém, essa limitação pode mudar muito em breve: uma pesquisa publicada na Physical Review Letters indica a possibilidade de construir uma nova geração de minúsculas antenas, tão pequenas que podem ser acopladas a chips de smartphones e dispositivos vestíveis.
A inovação teria base na teoria de que as ondas eletromagnéticas não são geradas apenas pela aceleração de eletrônicos, mas também por algo denominado “quebra de simetria”. O campo elétrico, que normalmente é simétrico, neste caso não seria: quando as cargas não estão em movimento, a simetria fica intacta, o que deixa de acontecer quando elas se mexem. Essa disrupção aparentemente cria ondas eletromagnéticas, que poderiam ser conduzidas por diminutas antenas.
A teoria eletromagnética é relativamente velha e não tem um modelo matemático muito bem definido, por isso, segundo o autor do texto, Dr. Dhiraj Sinha, não há como explicar como ou por que um material que não deixa elétrons se moverem pode atuar como uma antena. “Este é um mistério que intriga cientistas e engenheiros há mais de 60 anos”, diz.
Ao usar filmes de material piezoelétrico, que reagem e vibram quando uma voltagem é aplicada, os pesquisadores encontraram certas frequências que poderiam atuar como antenas. “Se você quer usar esses materiais para transmitir energia, então precisa quebrar a simetria, bem como acelerar os elétrons. Esta é a peça do quebra-cabeça que está faltando na teoria eletromagnética”, explica o professor Gehan Amaratunga, do Departamento de Engenharia de Cambridge.
Essas descobertas estão apenas começando, entretanto, abrem várias novos caminhos sobre o uso das pequenas antenas. “Não estou sugerindo que chegamos a uma grande teoria unificada, mas esses resultados vão auxiluiar a compreensão de como o eletromagnetismo e a mecânica quântica se cruzam e se unem. Isso abre toda uma gama de possibilidades para explorar”, complementa Amaratunga.
Com informações de Engadget e Canaltech.