Enquanto o FBI tem tido sucesso descobrindo a identidade de alguns usuários da rede, a Tor, conhecida como uma das melhores ferramentas para garantir a privacidade na web, está se unindo a pesquisadores especializados em segurança virtual para proteger ainda mais seus usuários desse tipo de revelação.
A ideia seria criar uma versão ainda mais “parruda” do Tor Browser, implementando técnicas antihacking que aumentariam ainda mais a garantia de anonimato dos usuários, impedindo que o bureau de investigação dos Estados Unidos e demais órgãos governamentais descubram quem eles são. Uma dessas técnicas é chamada de “Selfrando”, que impede a ação de exploits no navegador – técnica usada pelo FBI para revelar a identidade dos usuários da Tor.
Exploits são códigos capazes de explorar falhas em um software, abrindo brechas para invasões remotas. Com a nova técnica, o pessoal da rede da cebola espera dificultar ainda mais o uso desse tipo de código em sua ferramenta. Essa nova técnica foi documentada e será apresentada no Privacy Enhancing Technologies Symposium, evento sobre segurança e privacidade que acontecerá em julho na Alemanha.
Concebido em 2002, o Tor Project foi criado para fazer com que as pessoas consigam permanecer anônimas ao navegar pela web, e a cada ano vem conquistando um número cada vez maior de usuários – especialmente após o escândalo exposto por Edward Snowden, ex-analista de sistemas da NSA que tornou públicos detalhes de sistemas de vigilância utilizados pelos Estados Unidos.
Com informações de Motherboard e Canaltech.