Para concretizar a aquisição da GVT, a Telefónica renunciou formalmente aos direitos associados à sua participação na Telecom Italia, com o objetivo de cumprir as determinações da Agência Nacional de Telecomunicações.
A Anatel já autorizou a compra, mas impôs algumas exigências para a concretização do negócio, como a saída da operadora espanhola do controle da dona da TIM Brasil. O CADE julga o processo nesta quarta-feira (25).
Em comunicado divulgado na última sexta-feira (20), a Telefónica disse que, “segundo o determinado pela Anatel, a Telefónica se compromete publicamente diante de seus próprios acionistas e o mercado em geral, a cumprir com a renúncia de seus direitos políticos mencionada anteriormente em relação à Telecom Italia”.
A Telefónica tem uma participação de cerca de 14,8% na Telecom Italia, e prevê usar parte dessas ações para pagar a compra da operadora de banda larga GVT, depois que as relações entre as partes se deterioraram em meio à competição pela consolidação do setor de telecomunicações no Brasil. A rivalidade surgiu uma vez que a Telecom Italia controla no Brasil a TIM Participações e a Intelig.
Além de exigir da Telefónica a renúncia a seus direitos na Telecom Italia, a Anatel estabeleceu uma série de condições à Vivendi para aprovar a venda da GVT à companhia espanhola. A Telefónica entrou em contato com nove bancos para gerir um aumento de capital de 3 bilhões de euros (3,2 bilhões de dólares) em relação à sua aquisição no Brasil, segundo disse na quinta-feira (19) uma fonte familizarizada com o assunto.
Com informações de Canaltech.