Comparado ao WhatsApp, o Telegram é considerado por muitos usuários um aplicativo melhor avaliado quando o assunto é segurança. Logo, não apenas pessoas comuns fazem uso da ferramenta: criminosos, como membros ligados ao Estado Islâmico (EI), também utilizam o software para evitar espionagem. Sabendo disso, o Telegram divulgou nesta quarta-feira (19) que tomou providências para identificar integrantes desse e de outros grupos terroristas.
De acordo com um comunicado público divulgado pela empresa no próprio aplicativo, foram bloqueados nesta semana pelo menos 78 grupos relacionados ao EI, que postavam mensagens entre si em 12 idiomas diferentes. Tais comunidades dentro do app, assim como a postagem de ontem, são públicas, o que significa que qualquer usuário pode se juntar ao grupo e acompanhar as últimas mensagens – neste caso, os moderadores e integrantes tinham alguma relação com o Estado Islâmico.
“Ficamos perturbados ao descobrir que os canais públicos do Telegram estavam sendo usados pelo EI para espalhar sua propaganda”, destacou a empresa. Além disso, o Telegram afirmou que está “avaliando cuidadosamente todos os relatos enviados” para bloquear esses canais e que, se os usuários notarem conteúdos dessa natureza, a recomendação é enviar um e-mail para abuse@telegram.org alertando sobre a situação.
A partir desta semana, o Telegram vai implantar um novo sistema para facilitar as denúncias de qualquer conteúdo considerado “censurável” pela companhia. Por enquanto, os donos do app reforçam que enviem um e-mail caso visualizem esse tipo de postagem.
Os atentados terroristas da última sexta-feira (13) em Paris, na França, deixaram 129 pessoas mortas e mais de 300 feridas. Desde então, o governo reforçou o monitoramento cibernético à procura dos responsáveis, todos integrantes do grupo radical Estado Islâmico, que reivindicou a autoria dos ataques.
Com informações de VentureBeat e Canaltech.