Nos últimos dois dias o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou uma nova rodada de testes em suas urnas eletrônicas. ‘Hackers do bem’ realizaram ataques nas urnas para que elas pudessem ser aprimoradas para garantir a segurança nas eleições municipais de 2016. Os testes terminam nesta quinta-feira (10). O objetivo dos testes, que são realizados em todo ano de eleição, é detectar brechas tecnológicas do sistema e propor soluções aos problemas encontrados.
Foram utilizadas 13 pessoas para quebrar o sistema utilizado nas urnas eletrônicas. Um plano previamente traçado e divulgado foi utilizado pelos hackers. “Deixamos bem claro que não se trata de uma competição. Não é um concurso. É uma forma democrática, colaborativa, em que o cidadão comum pode vir aqui dar sua contribuição. Não existe o TSE contra o investigador. Somos parceiros, e o objetivo disso é termos um sistema muito mais seguro e transparente”, explicou o secretário de Tecnologia de Eleições, Giuseppe Janino.
De acordo com ele, os investigadores são integrantes de um “grupo de pessoas que tem formação na área de Tecnologia da Informação, ligadas a universidades, doutores, mestres e que leva os testes para um nível bastante superior, e isso é bastante favorável”.
Janino citou um exemplo de como o papel dos ‘hackers do bem’ são importantes para contribuir na melhoria do sistema das eleições. Em testes anteriores, no ano de 2009, foram encontradas ondas eletromagnéticas à medida que as teclas eram pressionadas. Então, em cada tecla pressionada, o investigador identificou uma frequência diferente e, com um rádio receptor, captava as frequências emitidas e traduzia o que estava sendo digitado.
“Apesar da eficácia estar restrita a uma distância de 12 centímetros, ele proporcionou uma melhoria considerável no projeto da própria urna. Hoje, o teclado da urna é blindado e criptografado. É um resultado tático de uma evolução baseado nessa colaboração que nós tivemos”, completou o secretário.
Com informações de TSE e Canaltech.