Para quem ainda não está muito familiarizado com o assunto, snap é uma inovação da Canonical, um tipo de design de pacote para softwares especificamente para o sistema operacional Snappy Ubuntu Core, que pode ser usado para todos os tipos de dispositivos embarcados e da Internet das Coisas (IoT – Internet of Things). Os pacotes snap podem ser gerados e gerenciados com a ferramenta de criação Snapcraft Snappy.
Entre as vantagens de implementar o snap no Ubuntu, que irá coexistir juntamente com os atuais pacotes Debian padrão, é que você vai ser capaz de, finalmente, instalar versões mais recentes dos softwares logo que eles forem lançados. Isso, é claro, somente se houver desenvolvedores dispostos a criar snap para o Ubuntu.
Por exemplo, quando o projeto GNOME lançar uma versão mais recente do seu ambiente gráfico, digamos que seja o GNOME 3.20.1, você será capaz de instalá-lo (todo ou em partes) no seu sistema operacional Ubuntu 16.04 LTS. O mesmo vale para qualquer outro software, incluindo, mas não limitando ao KDE, GIMP, Transmission, Mozilla Thunderbird e etc.
Outra vantagem dos pacotes snap é que eles são instalados como uma espécie de container – de forma reservada e separada no seu sistema operacional Ubuntu, não tendo qualquer impacto sobre o restante das aplicações e bibliotecas presentes no SO.
“Os mecanismos de segurança em pacotes snap permitem abrir-se a plataforma para a iteração muito mais rápida em todos os nossos sabores, pois aplicações snap são isoladas do resto do sistema. Os usuários podem instalar em um piscar de olhos, sem ter que se preocupar se ele terá algum impacto sobre os seus outros aplicativos ou no seu sistema”, diz Olli Ries, da Canonical.
Além disso, a novidade vai, finalmente, resolver qualquer problema que os desenvolvedores de aplicativos ainda tem com as versões anteriores do Ubuntu quando eles tentam incluir seus próprios projetos nos repositórios oficiais ou quando tentam atualizar um já existente, principalmente pela ausência de dependências. Além disso, um pacote snap pode ser usado no desktop, servidores, dispositivos móveis ou da Internet das Coisas.
Até o mês de outono, a maioria das aplicações que só funcionam em versões mais antigas do Ubuntu serão migradas automaticamente a partir do formato .deb para .snap. A Canonical promete trabalhar em estreita colaboração com a comunidade Ubuntu para ajudar na migração dos aplicativos existentes para o novo formato, que pode se tornar o padrão em algum momento no futuro.
“Enquanto este é um novo e importante recurso para a comunidade Ubuntu, não é uma ruptura com a nossa herança. Todas as dezenas de milhares de aplicativos e pacotes em formato .deb continuará a ser suportado no [Ubuntu] 16.04 e além, e os arquivos deb, em particular, continuarão disponíveis para todos usarem e distribuírem software”, concluiu Olli Ries.