28% dos usuários não têm conhecimento sobre ameaças móveis
mayo 13, 2015 9:45A popularização de smartphones e tablets, que cada vez mais substituem os computadores como objetos de desejo dos usuários, infelizmente, não está acompanhando uma conscientização maior quanto à segurança mobile. É essa a constatação de uma nova pesquisa da Kaspersky Labs, que revelou que 28% dos usuários de smartphones e tablets conhecem pouco ou simplesmente não sabem da existência de malwares e outras pragas que podem colocar seus aparelhos em risco.
O problema acaba sendo maior entre os usuários de sistema operacional Android, um alvo maior nas mãos de criminosos digitais. O estudo descobriu que cerca de 30% dos celulares com o sistema operacional não estão protegidos nem mesmo por um antivírus. Nos tablets, esse número é ainda maior e chega a 41%. O número alto mostra que, além daqueles que simplesmente não sabem da existência de ameaças, existem também os que não dão a mínima para elas, um total que chega a 26% dos usuários.
Por outro lado, esses mesmos utilizadores não hesitam em ter informações pessoais cadastradas nos aparelhos. Em 18% dos dispositivos analisados, por exemplo, foram encontrados dados como senhas de cartões de crédito ou internet banking, além de outros dados financeiros. Em outros 24% estão emails particulares ou de trabalho, com informações confidenciais, senhas de redes sociais ou de acesso a serviços online que também podem resultar em brechas na segurança.
Essa conjuntura toda está fazendo com que os hackers passem a focar cada vez mais os equipamentos com Android em vez dos computadores com Windows, que normalmente são os campeões no número de ameaças. No PC, entretanto, existe uma cultura de informação cada vez maior quanto à segurança e muitos notebooks já vêm, de fábrica, com softwares de segurança pré-instalados, o que acaba dificultando a vida dos meliantes. O mesmo, porém, não pode ser dito quando a celulares e tablets.
Tudo isso levou a um crescimento bastante significativo no número de casos de invasão e roubo de dados. Entre os entrevistados pela Kaspersky, 41% dos usuários de smartphones e 36% dos donos de tablets possuíam algum tipo de software malicioso instalado sem seu conhecimento, enquanto, respectivamente, 43% e 50% deles foram alvo de algum tipo de fraude financeira.
As infecções também encontram, aqui, novas formas de se instalar. No Android, nada de emails que fingem ser de bancos ou links de download falsos; o grande vetor de infecções costuma ser os aplicativos, muitas vezes baixados de fontes não-oficiais, que não cumprem o que prometem ou, mesmo que o façam, acabam trazendo consigo malwares e outros softwares voltados contra os usuários.
Por isso mesmo, a recomendação de segurança é simples: evite baixar apps fora da Google Play ou de lojas oficiais. Além disso, claro, sempre tenha uma solução de proteção instalada em seu dispositivo, já que elas costumam ser a primeira barreira de proteção contra ameaças digitais.
Com informações de Kaspersky e Canaltech.
Criador do “Nomes Brasil” também mantém site que revela CNPJ
mayo 13, 2015 9:43O “Nomes Brasil”, que divulgava sem nenhuma autorização os números de CPF de milhares de brasileiros, se tornou polêmica na web quando diversos usuários se revoltaram contra o serviço e fizeram de tudo para tirá-lo do ar.
As denúncias e abaixo-assinados deram certo e, na última quinta-feira (7), a página foi suspensa sob acusação de ilegalidade e ferir o Marco Civil da Internet. O site estava hospedado na GoDaddy, cuja popularidade por aqui é baixa e não é reconhecida nem mesmo pelas autoridades locais.
Ainda não se tem informações do responsável pelo site, mas graças a um cadastro no Google AdSense, plataforma de anúncios online, foi possível descobrir que o Nomes Brasil está ligado a outros quatro sites que revelam informações sigilosas: o CNPJ Brasil, Simples Nacional e dois outros sites que têm dados de companhias estrangeiras, o United Kingdom Companies, do Reino Unido; e o Companies NY, de Nova York, Estados Unidos.
Com informações de IDG Now e Canaltech.
Ordem de prisão contra Julian Assange é mantida pela Suprema Corte da Suécia
mayo 13, 2015 9:40Nesta segunda-feira (11), a Suprema Corte da Suécia manteve sua decisão de prisão de Julian Assange, fundador do WikiLeakes. Com a decisão, foi rejeitado o apelo de revogar a ordem de prisão do ativista por acusações de agressão sexual. Sendo assim, Assange deve continuar isolado dentro da embaixada do Equador em Londres, onde está desde junho de 2012 para escapar da extradição da Grã-Bretanha para a Suécia, que busca interrogá-lo sobre as acusações de agressão sexual.
Há cerca de cinco anos a ordem de detenção foi emitida por procuradores e o australiano de 43 anos diz temer que, caso a Grã-Bretanha o extradite para a Suécia, posteriormente seja extraditado para os Estados Unidos, onde responderia por um dos maiores vazamentos de informações secretas da história norte-americana.
De acordo com a corte, a decisão dos procuradores de interrogar Assange em Londres apoia a decisão de defender a ordem de detenção. “Estamos claramente desapontados e críticos com a maneira da Suprema Corte lidar com o caso. Esta decisão foi levada sem deixar que fechássemos nosso argumento”, afirmou o advogado de Assange, Per Samuelson, à Reuters. Mesmo que a Suécia abandone as acusações de estupro e abuso sexual, Assange pode ser preso pela polícia britânica por não pagar uma fiança.
Por seu trabalho no WikiLeakes, o matemático, programador e hacker australiano ganhou vários prêmios, como o Index on Censorship do Economist em 2008, além de ser considerado o “homem do ano” pelo jornal francês Le Monde em 2010. No ano seguinte, após o vazamento de documentos sobre possíveis crimes de guerra cometidos na Guerra do Afeganistão e na Guerra do Iraque pelo Exército dos Estados Unidos, Assange foi incluído na lista da revista Time como um dos 100 mais influentes do planeta.
Com infomações do Terra e Canaltech.
Lançada edição n.69 da Revista Espírito Livre
mayo 12, 2015 22:20
Revista Espírito Livre – Ed. #069 – Dezembro 2014
Revista Espírito Livre - Ed. n #069
A sétima edição do Fórum Espírito Livre retorna novamente a São Mateus/ES. Assim como em 2013, esta edição ocorreu de 4 a 6 de novembro de 2014, durante a 2ª Semana de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Mateus e Região Norte do Espírito Santo, em São Mateus/ES. Durante os três dias de evento, estudantes, técnicos e todos que de alguma forma participaram do evento, tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre código aberto, novas tecnologias, software livre e tantos outros temas bacanas que foram discutidos nas diversas atividades.
Gustavo Rocha demonstrou aos participantes o que é a democracia virtual ou e-democracia, que se trata de uma forma de discussão entre o governo e a população, através da Internet. Gustavo também falou dos dados abertos que é conteúdo que pode ser livremente usado, modificado e compartilhado por qualquer pessoa para qualquer finalidade.
Tatiana Miriam também esteve presente falando da importância das mulheres no universo da TI. Ela afirma que as mulheres possuem habilidades que são muito importantes para atuar na área de TI e que a falta de informação sobre as possibilidades e perspectivas nessa área e o preconceito podem ser fatores relevantes motivando as mulheres para escolherem outras profissões. Além disso, a profissão é “taxada” como masculina. Mas atualmente, esses preceitos estão ultrapassados.
Gilberto Sudré, que sempre nos brinda com sua presença, explicou o que são delitos digitais e como eles ocorrem. Sudré ainda afirmou que alguns destes crimes podem ser encontrados no nosso dia a dia como a pirataria (programas de computador, livros, filmes e músicas), uso indevido de imagens pessoais, a fraude eletrônica (senhas, acesso e estelionato, o vírus de computador, o furto de dados e uso indevido de marcas).
As diversas temáticas, aliadas à participação de especialistas em suas áreas, fizeram mais uma vez toda a diferença.
Ubuntu: Adotar, Estender, Extinguir
mayo 11, 2015 10:12Recentemente foi publicado por André Machado, em seu blog, um texto expressando a opinião do mesmo sobre as atuais estratégias da Canononical, a empresa responsável pela distribuição Linux mais popular atualmente, o Ubuntu. Independente de sua opinião, acreditamos que análises e ponto de vistas merecem atenção e exatamente por isso o estamos publicando na íntegra. Você tem uma opinião diferente, basta enviar pra gente.
Muito tem se falado a respeito da distribuição Ubuntu ultimamente. Não apenas eu, no ano passado, expressei minha opinião sobre a mesma avisando que ela era nociva à nossa liberdade de software como, neste ano, houve uma polêmica a respeito da presença do mesmo no Flisol, Festival Latino-americano de instalação de software livre.
Por um lado, os usuários mais ativistas do software livre acusam o sistema da Canonical de não respeitar as quatro liberdades fundamentais e coletar dados de seus usuários, enviando tais informações aos servidores da Canonical e da Amazon. Por outro, muitos usuários da distribuição colocam sua suposta facilidade de uso e a liberdade de escolha acima dessas questões.
Recentemente, eu tive uma epifania e pude visualizar o que está realmente por trás do Ubuntu e das jogadas comerciais da Canonical. Trata-se de uma estratégia desenvolvida por ninguém menos do que a Microsoft durante a década de 1990: o famoso Abraçar, Estender, Estinguir.
Essa expressão foi cunhada pelo departamento de justiça dos EUA para descrever ” sua estratégia de lançar produtos envolvendo padrões amplamente usados, estendendo esses padrões com funções proprietárias e incompatíveis e então usar essas diferenças para por seus concorrentes em desvantagem”. De acordo com a Wikipédia em inglês, a estratégia se divide em três fases:
- Adotar: é desenvolvido um software amplamente compatível com um produto competidor ou com um padrão público;
- Estender: São adotados e promovidos novos recursos não suportados pelo produto concorrente ou que não fazem parte do padrão, criando problemas de interoperabilidade para os clientes que tentarem usar o padrão original.
- Extinguir: Quando esses novos recursos se tornam um padrão de facto devido à parcela de mercado dominante, eles marginalizam os concorrentes que não utilizam essas extensões.
O exemplo mais gritante foi a Guerra dos Browsers, ocorrida no final dos anos 1.990: após não conseguir promover sua versão proprietária da Internet, a The Microsoft Network, a empresa adotou publicamente a World Wide Web. Logo em seguida, porém, ela estendeu a linguagem HTML padrão ao criar os controles ActiveX e algumas tags e sintaxes que só funcionavam no navegador Explorer, causando desvantagens aos usuários de Netscape. No início da década de 2.000, este concorrente foi extinto, o Explorer era considerado o navegador padrão e os padrões web haviam sido esquecidos, até o surgimento do Firefox, que quebrou o ciclo.
Uma estratégia similar pode ser observada com o Ubuntu e seu ecossistema. Senão, vejamos:
Abraçar: Em 2.004, surge a Canonical e o seu sistema operacional, o Ubuntu, que nada mais era do que uma remasterização do Debian com um tema próprio. Através de seu slogan de “Linux para seres humanos”, de sua promessa de ser sempre gratuito e do envio sem custo de CDs a qualquer parte do mundo, o Ubuntu conquistou uma legião de usuários e de desenvolvedores.
Estender: Em 2.010, o tema padrão do Ubuntu deixou de ser marrom alaranjado para se tornar roxo, o que muitos acreditam simbolizar uma mudança do lado comunitário para o comercial. Desde essa mudança, a Canonical implementou várias mudanças exclusivas para o seu sistema, dentre as quais podemos destacar: a plataforma de colaboração de softwares Launchpad e seus PPAs, seu próprio servidor de janelas, o Mir, seu próprio ambiente desktop, o Unity, seu próprio gerenciador de inicialização, o Upstart e, agora, seu próprio formato de pacotes, o Snappy. Tudo isso, claro, com a desculpa de estar fazendo algo melhor e inovador, ao invés de tentar melhorar o que já existe.
Extinguir: Com uma grande comunidade tanto de usuários quanto de desenvolvedores, o Ubuntu se tornou o padrão de facto do mundo SL/CA. A maioria dos blogues “especializados” em Linux considera que seu leitor está ou estará usando Ubuntu para seguir algum tutorial – mesmo que o assunto em questão seja algo genérico, como a reinstalação do GRUB – e vários projetos de software livre ou migraram para o Launchpad ou só possuem versão binária disponível como PPA, dificultando a vida de quem deseja usá-los em outra distribuição (incluindo, aí, o Debian).
Onde eu quero chegar?
Se você, leitor, se despir de seu preconceito, perceberá que falta muito pouco para a Canonical ter um sistema independente: ela só precisa criar seu próprio userland – ferramentas de linhas de comando que acompanham o kernel – e, talvez, sua própria suíte de escritório, visto que o kernel Linux que acompanha a distro, muitas vezes chamado de “kernel Ubuntu”, quase pode ser considerado um projeto independente devido à grande quantidade de patches que recebe.
Mas e daí, pergunta você, qual o problema disso tudo? O problema é que, a cada dia, o Ubuntu está se tornando cada vez mais independente e, dessa forma, marginalizando as outras distribuições existentes. Mais do que isso, um belo dia a Canonical poderá resolver fechar seu sistema – da mesma forma que a Google fez com o Android – e acabar aprisionando seus usuários. O mesmo pode ser dito do systemd.
Voltando ao exemplo da Internet, uma vez que o concorrente é extinto, a inovação cessa. O Internet Explorer ficou anos na mesma versão, sem inovação alguma, até que chegou um concorrente para lhe tirar de seu trono. Seria esse destino uma bela ironia aos usuários noobs que enchem o saco dos veteranos repetindo o enjoativo mantra de que “não podemos parar a inovação”? Fica no ar, a dúvida.
Com informações do site de André Machado.