Homem mais procurado do mundo, Snowden diz que o pior da NSA ainda está por vir
August 15, 2014 14:44 - Pas de commentaireAs revelações feitas por Edward Snowden sobre a NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) ainda repercutem em toda a imprensa mesmo um ano após o ex-técnico ter divulgado centenas de documentos secretos da entidade americana. E se você acha que os segredos do órgão de inteligência acabaram por aqui, é melhor pensar duas vezes, pois o pior da NSA ainda está por vir.
Snowden será capa da revista Wired de setembro, em uma longa reportagem intitulada “The Most Wanted Man in the World” (“O Homem Mais Procurado em todo o Mundo”, na tradução livre) – e também em uma das melhores entrevistas já feitas com o delator do esquema de espionagem dos EUA. Na verdade, não foi exatamente uma entrevista, mas sim uma conversa com ninguém menos que James Bamford, um dos jornalistas que ficaram conhecidos por divulgar os primeiros relatos de vigilância e monitoramento da agência.
Bamford havia tentado marcar um encontro com Snowden em Berlim, Nova York e até no Rio de Janeiro, mas viajou só agora para Moscou, na Rússia, onde o ex-agente ficará asilado por mais três anos. Durante três dias inteiros, os dois discutiram vários assuntos, entre eles a rotina quase secreta de Snowden na capital russa e de um poderoso programa da NSA capaz de eliminar ameaças como malwares automaticamente, como estratégia de ciberdefesa. Separamos os principais pontos do bate-papo entre Snowden e Bamford.
Snowden aparenta ser um estudante de faculdade
Nas palavras de Bamford, Snowden, que está prestes a completar 31 anos de idade, é descrito da seguinte maneira: “Ao entrar no quarto, ele [Snowden] joga sua mochila na cama, ao lado de seu boné de beisebol e um par de óculos escuros. Ele parece magro, quase raquítico, com um rosto estreito e a leve sombra de um cavanhaque, como se tivesse crescido ontem. Ele tem sua marca registrada – óculos Burberry com lentes retangulares. Sua camisa azul pálido parece ser pelo menos um tamanho maior do que seu número normal, o cinto é bem apertado e ele usa um par de sapatos de bico preto da Calvin Klein. No geral, ele tem a aparência de um estudante do primeiro ano de graduação”.
Snowden revelou a espionagem da NSA por causa do chefe da agência
Muita gente ainda se pergunta o que teria motivado Edward Snowden a divulgar os inúmeros documentos que comprovam um gigantesco esquema de vigilância online controlado pela NSA. Snowden comentou em entrevistas anteriores suas razões, e novamente as reforçou para James Bamford: o depoimento desonesto do diretor de inteligência da entidade, James Clapper, que disse ao Senado americano em março de 2013 que a agência coleta informações de milhões de cidadãos de forma “não-consciente”.
“Eu acho que estava lendo algo no jornal no dia seguinte, conversando com colegas de trabalho sobre aquilo, dizendo ‘dá para acreditar nisso?”, comentou. Foi a partir daí que Snowden resolveu contar ao mundo o que acontecia nos bastidores da NSA, mas que preferiu guardar essas informações até a eleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos por acreditar que seu governo mudaria as ações praticadas pela agência. Como isso não aconteceu, meses depois Snowden contou os segredos da entidade.
Ao ser reconhecido pelos russos, Snowden diz “shh” para eles
Na última semana, Edward Snowden conseguiu estender seu asilo político na Rússia até 2017, quando ele e seu advogado esperam ampliar esse período para garantir ao americano cidadania russa – ele precisa passar cinco anos morando e trabalhando no país para isso. Como toda pessoa normal, Snowden às vezes precisa sair de casa para ir ao supermercado ou dar uma volta pelas ruas de Moscou. E é claro que algumas pessoas o reconhecem, tamanha foi sua visibilidade logo depois das denúncias sobre a NSA.
Toda vez que alguém sabe que aquele é Edward Snowden – não se sabe se ele sai disfarçado ou como Snowden mesmo -, ele afirma que tem uma maneira peculiar de responder: ele coloca seu dedo nos lábios e diz “shh”, como se pedisse que a pessoa guardasse segredo. Ele ainda troca algumas palavras, revela sua identidade, sorri e vai embora, como se nada tivesse acontecido. Atualmente, Snowden vive em um lugar que nem mesmo seus parentes ou amigos mais próximos sabem onde fica.
A NSA está criando um programa que elimina malwares automaticamente
Snowden já havia divulgado alguns programas usados pela agência americana para espionar milhões de pessoas em todo o mundo – o mais famoso deles é o PRISM, que teria sido usado por várias empresas de tecnologia para ajudar a entidade a coletar informações dos usuários. Só que o governo também planeja se proteger de possíveis ataques e ameaças virtuais. Para isso, o ex-técnico alega que o órgão de inteligência está desenvolvendo um software que acaba com malwares de forma instantânea, antes mesmo de infectarem as máquinas, e sem a necessidade de humanos para ser ativado.
O tal programa se chama MonsterMind. De acordo com Snowden, ele escaneia os dados da web para identificar sinais de potenciais ataques em progresso e, uma vez detectada a ameaça, o software pode bloqueá-la ou eliminá-la por completo. Snowden afirma que o objetivo da NSA com esse programa é parar efetivamente qualquer tráfego considerado malicioso pela agência, independente de sua origem (nacional ou estrangeira). Não se sabe quando o projeto será de fato implantado pela entidade.
Snowden acredita que o MonsterMind representa “a maior ameaça à privacidade” e poderia “acidentalmente iniciar uma guerra”, já que, para que o sistema funcione, a NSA teria que primeiro ter (secretamente) acesso ao banco de dados de quase todas as comunicações privadas dentro e fora dos EUA. “Você poderia ter alguém na China tentando simular que um ataque é originário da Rússia. Ou seja, vamos acabar jogando a culpa em [por exemplo] um hospital russo. O que acontece a seguir?”, questiona.
A NSA foi responsável pelo blackout da internet na Síria em 2012
Em 29 de novembro de 2012, a Síria, que estava em plena guerra civil, teve seu acesso à internet bloqueado, e todos os 84 blocos de endereços de IP referentes ao país ficaram inacessíveis por dois dias. Na época, a suspeita era de que terroristas e rebeldes contra o presidente Bashar al-Assad teriam causado o apagão, mas segundo Snowden, que na época ainda trabalhava para o governo norte-americano, a culpa foi da NSA.
O ex-técnico diz que hackers de elite da agência invadiram um dos roteadores centrais de uma operadora da Síria para tentar instalar um malware. O objetivo era obter acesso total aos dados sobre o tráfego de internet – especialmente os serviços de e-mail -, em meio à guerra que acontecia no país. Só que o plano deu errado e o ataque acabou inutilizando o roteador e deixou o país inteiro sem internet. Depois do ocorrido, a NSA teria tentado reparar o dano e apagar os traços de sua ação, mas não conseguiu. Meses depois, em maio de 2013, a Síria saiu do ar novamente, mas não se sabe se por autoria da NSA.
A NSA acredita que Snowden teve acesso a 1,7 milhão de documentos secretos
Apesar de não ter todos os arquivos em mãos, Snowden acredita que a NSA acha que ele visualizou 1,7 milhão de documentos da agência americana. Ele especula que o governo acredita que todo o material roubado (e visualizado) contém segredos “profundamente prejudiciais” que ainda não foram divulgados ao público. “Eu acho que eles acham que há alguma coisa lá dentro que significaria a morte política deles. O fato das investigações governamentais terem falhado – eles não sabem o que foi pego e continuam jogando esses números ridiculamente grandes – significa para mim que, em algum momento na avaliação de danos, eles devem ter visto algo e pensaram “p*** m****”. E eles acham que isso ainda vai vazar”, disse.
Pesquisa: mercados emergentes preferem celulares com telas maiores
August 15, 2014 14:42 - Pas de commentaireUm estudo realizado mundialmente pela consultoria de pesquisas Jana revelou que não são apenas os smartphones de baixo custo que são populares nos países emergentes. De acordo com os dados do estudo, que entrevistou 1,3 mil pessoas em nove nações, o tamanho da tela também é um fator determinante na hora da escolha de um novo celular. E aqui, os dispositivos com displays maiores do que cinco polegadas têm a preferência.
Praticamente todos os consultados já possuem smartphones, em sua maioria, aparelhos com telas de quatro polegadas. E quando perguntados sobre o tamanho de display que esperam ver em sua próxima compra, responderam estarem de olho em celulares com mais de cinco polegadas. Os resultados foram publicados pelo site The Next Web.
No Brasil, por exemplo, 61% dos entrevistados responderam desta maneira, um número que se repete de forma praticamente idêntica em países como México, Filipinas e Índia, por exemplo. Na maioria deles, a preferência é maior por displays de 5,5 polegadas, com apenas a África do Sul mostrando uma clara propensão a aparelhos não tão grandes assim, na casa das cinco polegadas.
São os aplicativos de streaming de mídia os principais responsáveis por esse movimento. Segundo os dados da consultoria, muitos dos entrevistados afirmaram utilizar o celular para todo tipo de atividade, desde navegar na internet e jogar até assistir a filmes ou seriados por serviços de conteúdo sob demanda. E, nesse caso, uma tela um pouco maior transforma os dispositivos em uma solução única para todas essas atividades e, acima de tudo, que pode ser carregada por aí no bolso, sem as dificuldades impostas pelo tamanho maior de tablets ou notebooks, por exemplo.
É aqui, também, que está a preferência dos usuários pelos smartphones no lugar dos computadores. Para uso cotidiano, muitos enxergam que não existe nada que não possa ser acessado a partir dos celulares. A portabilidade, aqui, faz toda diferença e, como ambos os produtos têm preços semelhantes, mas os entrevistados veem os celulares com mais vantagens, a escolha entre os dois acaba sendo bem fácil.
Porém, celulares de topo de linha de Apple e Samsung parecem não estar na cabeça dos consumidores de países emergentes. Apesar do interesse por telas maiores e funções mais avançadas, os entrevistados disseram não estar dispostos a pagar altos valores nos smartphones, preferindo as opções mais em conta que também oferecem tais funcionalidades.
Além disso, os consumidores, principalmente da Índia e da Ásia, mostram uma preferência por fabricantes regionais, que apresentariam preços menores e soluções mais direcionadas ao público. A chegada do iPhone à China, por exemplo, pode ter movimentado o mercado mobile por lá, mas, pelo jeito, a Maçã ainda não está sendo mordida em unanimidade.
Importação de informática e telecomunicações fica mais barata
August 15, 2014 14:41 - Pas de commentaireUma nova regra editada pelo governo federal irá permitir a redução, temporária e excepcional, da alíquota do Imposto de Importação. A medida inclui a redução do imposto para bens de capital e bens de informática e de telecomunicações sem produção nacional equivalente.
Os critérios que determinam as aplicações da nova norma estão presentes na resolução nº 66 do conselho de ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex). As mudanças foram publicadas hoje (15) no Diário Oficial da União.
A nova tarifa terá vigência de até dois anos e será concedida, exclusivamente, para bens novos, não sendo aplicável para “sistemas integrados”. Até o final de cada trimestre, a Camex irá publicar a resolução contendo quais itens ex-tarifários foram aprovados.
A nova determinação inclui partes, peças e componentes que não tenham produção no país e sejam utilizados na fabricação de Bens de Informática e de Telecomunicações, mas apenas em casos onde seja verificada uma contribuição do item em questão na implementação de outras políticas públicas que agreguem valor à produção nacional, segundo a norma publicada.
A redução das tarifas não inclui partes, peças e componentes automotivos, sem produção nacional, que dependem de determinação de outra norma, a resolução Camex 71/2010.
Fonte: Canaltech
Open Core Foundation pretende desenvolver CPUs de código aberto baseados nos chips de vídeo games da SEGA
August 14, 2014 7:24 - Pas de commentaireA Open Core Foundation anunciou nesta quarta-feira (13) que está trabalhando em um projeto que ressuscitará os chips que encorparam os vídeo games da SEGA nos anos 1990. A ideia da organização sem fins lucrativos é relançá-los até o mês de outubro deste ano.
De acordo com Shumpei Kawasaki, membro da OCF, a ideia é disponibilizar novos chips inspirados nos da Hitachi que eram usados pela SEGA para que pessoas os utilizem em dispositivos eletrônicos como sensores e projetos pessoais. Dessa forma, a organização espera fornecer tecnologia de baixo custo baseada em CPUs de código aberto para ser aproveitada no desenvolvimento de novos produtos.
A ideia foi apresentada por um grupo de membros da OFC durante a Hot Chips Conference, que acontece em Cupertino, na Califórnia (EUA). O grupo também aproveitou a oportunidade para revelar que o primeiro chip estará disponível a partir de outubro deste ano. Batizado de J1, o microprocessador será baseado no SH2 que era utilizado no Sega Saturn.
Questionada sobre como conseguiu fazer uso de uma tecnologia proprietária para fornecer uma alternativa livre, a OCF disse que utilizou engenharia reversa para acessar as especificações de engenharia e design do componente. “As patentes que protegem o SH2 expirarão no fim deste ano”, defendeu-se Kawasaki.
É difícil determinar com exatidão qual será o nível de adoção dos chips e se eles chegarão a ser produzidos em uma escala industrial. Apesar disso, a organização já disse estar trabalhando na segunda versão do J1, o J2. A expectativa é que o chip seja baseado no SH4 que era utilizado no Dreamcast e esteja disponível em algum momento de 2016. Kawasaki garante que embora os 1 GHz originais do componente sejam atraentes, são grandes as chances do J2 ser mais poderoso que o SH4. “Até lá nós teremos aperfeiçoado nossa versão e ela poderá executar tarefas acima de 1 GHz”, comentou.
O grupo também expressou sua ambição de lançar a terceira versão do chip baseado em arquitetura 64-bit em 2018 e de fechar um contrato de manufatura com a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., a TMSC, conhecida por fabricar chips para grandes players do mercado de dispositivos móveis. Mas, Kawasaki reconheceu que isso custaria muito e que dependeria exclusivamente do sucesso da iniciativa.
Além da dificuldade financeira que projetos do tipo enfrentam, o portal CIO destacou que geralmente eles sofrem com a falta de desenvolvimento de software e o feedback abaixo do esperado por quem os utiliza. Kawasaki e o OFC reconhecem esse problema e, embora não tenham revelado como, esperam conseguir atrair a atenção dos desenvolvedores.
Com informações do Canaltech.
USB reversível que encaixa de qualquer lado está pronto para ser produzido
August 14, 2014 7:03 - Pas de commentaireVocê certamente já deve ter passado inúmeras vezes pela experiência de errar o encaixe de um pen drive ou cabo na hora de plugá-lo na entrada USB do seu PC ou notebook. Apesar de não ser algo tão grave, trata-se de uma situação bem irritante, especialmente na correria do dia a dia. Isso sem contar que o tal erro, somado a várias tentativas seguidas, pode danificar seu equipamento a longo prazo.
Mas pode ficar tranquilo(a), pois no que diz respeito a esse assunto, os seus problemas estão com os dias contados. Anunciado em dezembro de 2013 pela USB Implementers Forum (USB-IF, na sigla em inglês), o novo formato conhecido como USB Type-C está pronto para ser produzido e, em breve, você não verá no mercado tantas opções de conectores como na foto acima. A notícia foi divulgada em uma nota oficial na noite desta terça-feira (12).
A USB-IF é formada por diversas fabricantes de softwares e hardwares, como Intel, HP e Renesas, responsáveis por ajudar no desenvolvimento dos padrões de conexões USB. No caso do Type-C, o funcionamento será semelhante ao que já acontece no padrão Lightning da Apple, assim como o tamanho do acessório, sendo mais parecido com o USB Micro-B presente em smartphonesAndroid. O conector virá com a tecnologia USB 3.1 e será reversível, ou seja, se encaixará na entrada de computadores e tablets independente do lado que o usuário posicioná-lo.
“As entradas USB ganharam a familiaridade e confiança do consumidor e, da mesma forma como nos adaptamos a essa tecnologia, estamos empenhados em garantir que essa promessa continue com a chegada do novo formato USB Type-C”, comentou Jeff Ravencraft, presidente e COO da USB-IF. “Nossa entidade está trabalhando para estabelecer a certificação e testes de conformidade para que os usuários possam ter a mesma confiança na próxima geração da tecnologia USB”.
Outra novidade é que o USB 3.1 Type-C terá tamanho parecido com os micro USBs, um formato desenvolvido para laptops, tablets, celulares inteligentes e dispositivos com entradas menores que as atuais, mas não será compatível com as portas USB que são usadas atualmente nesses dispositivos. Além disso, os fabricantes da tecnologia garantem que, graças ao padrão USB 3.1, os arquivos poderão ser transferidos com velocidade de até 10 Gbps, o dobro dos 5 Gbps do USB 3.0.
De acordo com Ravencraft, agora é só questão de tempo para que as fabricantes de tablets, smartphones e computadores comecem a adotar o novo modelo de entrada USB para popularizar ainda mais sua produção. Além disso, desenvolvedores interessados em trabalhar com o formato podem obter mais detalhes no site usb.org e no USB Implementers Forum. Eles também podem aguardar por conferências que serão realizadas nos próximos meses para mostrar toda a potencialidade do Type-C.
“Esta próxima geração da tecnologia USB abre as portas para a criação de uma nova classe de dispositivos superfinos que os consumidoes nem viram ainda. O Type-C, combinado com dados e energia de alto desempenho, é a solução ideal de cabo único para todos os dispositivos do presente e do futuro”, disse Alex Peleg, vice-presidente do grupo de engenharia da Intel.
No comunicado, a Microsoft disse acreditar que o novo formato USB Type-C será o padrão de conectividade com fio de alta velocidade da próxima geração de dispositivos eletrônicos. “O Type-C vai oferecer uma experiência mais intuitiva ao consumidor através de plugs reversíveis. Além disso, o novo formato permite alcançar de forma radical velocidades maiores de dados e de transporte de energia, em comparação com os métodos já existentes. A Microsoft vê este avanço como um marco importante no desenvolvimento de um ecossistema eletrônico feito para o consumidor”, afirmou Illan Spillinger, vice-presidente corporativo de tecnologia e silício no Devices Group da Microsoft.
Com informações de Canaltech.