ASL.Org toma posse na direção do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia de Porto Alegre
Ottobre 28, 2015 10:34A Associação Software Livre.Org tomou posse na manhã desta terça-feira (27) na direção do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia de Porto Alegre (COMCET). Os novos conselheiros participaram de um evento com a presença do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, no Salão Nobre do Paço Municipal da prefeitura. Representantes de 13 entidades e a diretoria do colegiado assumiram o Comcet para o novo biênio para exercer a missão consultiva, propositiva e fiscalizadora da entidade sobre os projetos desenvolvidos pelo Executivo para as áreas de ciência, tecnologia e inovação.
A ASL.Org é representada no conselho pelo coordenador Sady Jacques, que ocupa o cargo de 1º secretário. De acordo com ele, é uma grande honra para a associação fazer parte dessa instância importante de participação popular. “É também um reconhecimento, por parte da comunidade e da prefeitura de que as ações que a ASL.Org realiza são de relevância para a cidade e de que temos autoridade para opinar sobre o futuro da ciência e tecnologia em Porto Alegre. Pretendemos defender que o software livre seja sempre a alternativa prioritária a se considerar para o desenvolvimento da cidade”, afirma Jacques.
Ao dar posse aos novos representantes, o prefeito José Fortunati destacou a importância do Comcet, sobretudo em um momento de crise, uma vez que novas tecnologias geram emprego e renda. “Porto Alegre vem investindo em novas tecnologias e o Comcet colabora para que continuemos prospectando novas possibilidades. É um dos conselhos mais amplos e com maior representatividade”, observou. Ele aproveitou para convidar os novos integrantes a participaresm das discussões sobre o 4º Distrito, que irá constituir-se um um espaço com novas oportunidades de inovação e de geração de emprego e renda.
A secretária Maria Fernanda Bermudez destacou a criação do Gabinete de inovação e Tecnologia (Inovapoa), em 2009, como uma iniciativa protagonista de Porto Alegre, além da lei municipal para a área. Lembrou ainda que essa trajetória possibilitou que a cidade ganhasse o título de uma das dez Smart Cities do país, fruto da visão estratégica do prefeito Fortunati. Já a nova presidente do Comcet, Raquel Santos Mauler, disse que o conselho irá empenhar-se em fazer com que a Capital suba ainda mais nesse ranking. “Queremos que Porto Alegre se torne um modelo internacional”, observou.
Participaram do evento, o vice-prefeito Sebastião Melo, os reitores da Universidade Estadual do RS (Uergs), Arisa Araújo da Luz, e da Ritter dos Reis, Telmo Frantz, o ex-reitor da Ufrgs, Helgio Trindade, os presidentes da Feci, Lucio Ignácio Regner, e do Sindiloijas, Paulo Krause. A cerimônia de posse teve apresentação dos músicos da Orquestra Jovem do RS, sob a regência do maestro Telmo Jaconi.
Sobre a Comcet – O Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia (Comcet), criado pela Lei Complementar nº 367/96 é o órgão consultivo, propositivo e fiscalizador dos projetos desenvolvidos pelo Executivo Municipal para a área de ciência, tecnologia e inovação. Escolhido para cada biênio, elabora resoluções, pareceres e indicações, além de dialogar com a sociedade por intermédio dos representantes das entidades.
Um dos resultados do trabalho do Comcet é o Caderno de Diretrizes da Ciência e Tecnologia para a Capital, distribuído durante o evento. As diretrizes foram formuladas durante a 9ª Conferência municipal de Ciência e Tecnologia, ocorrida em junho deste ano, com a participação de 120 entidades representativas, da área pública e privada, além da sociedade civil. Destaca-se também a criação do Inovapoa, em 2009, como uma das diretrizes apontada pelo Comcet, dando foco, visibilidade e protagonismo ao setor por parte da prefeitura
Foram empossados, como presidente, a professora Raquel Santos Mauler, que há sete anos representa a Ufrgs no Conselho, e, na direção, Eduardo Hahn, da Sucesu, como 1º Vice-Presidente; Fernanda dos Santos Oliveira, do Hospital de Clinicas de Porto Alegre, como 2º Vice-Presidente; Sady Jacques, da Associação de Software Livre, como 1º Secretário e José Antonio Branco, da Assespro, como 2º Secretário.
Com informações da Prefeitura de Porto Alegre.
Mozilla lança bolsa de US$ 1 milhão para apoiar projetos open source, busca candidatos
Ottobre 27, 2015 23:55Parabéns para a Mozilla por lançar seu novo Mozilla Open Source Support (MOSS), com alocação inicial de US$ 1 milhão para apoiar os movimentos nos quais a própria Mozilla surgiu.
Por meio do MOSS, a Mozilla pretende reconhecer e celebrar comunidades de projetos open source que contribuem para o trabalho da própria Mozilla e para a saúde da web.
Estão abertas as inscrições para os projetos interessados em se candidatar para receber uma parte desse valor, desde que satisfaçam ao critério inicialmente definido: “projetos nos quais a Mozilla se apoia”. Essa candidatura deve ser enviada conjuntamente pelo líder do projeto e por um integrante da Mozilla que esteja disposto a defendê-lo.
Com informações de LWN.net e Br-Linux.
Lançado BackBox Linux 4.4
Ottobre 27, 2015 23:53BackBox Linux, a distribuição Linux baseada no Ubuntu que foi desenvolvida para realizar testes de penetração e avaliações de segurança, disponibilizou sua versão 4.4. Projetado para ser um utilitário rápido, fácil de usar e fornecer um ambiente de desktop completo ainda que minimalista, graças aos seus próprios repositórios de software, BackBox sempre está sendo atualizado para a última versão estável das ferramentas de hacking ético mais utilizadas e conhecidas pelos profissionais de segurança da informação. A versão lançada tem algumas novas funcionalidades especiais, que foram incluídas para manter a ferramenta até à presente data com últimos desenvolvimentos no mundo da segurança. Ferramentas como OpenVAS e Automotive Analysis irão fazer uma grande diferença nesse contexto. Backbox 4.4 vem também com Kernel 3.19.
Dentre as novidades implementadas na versão 4.4 de BackBox, constam a pré-instalação do Kernel Linux 3.19, Ubuntu 14.04.3, Ruby 2.1, Installer com LVM e opções de criptografia completa de disco, ações personalizadas Handy Thunar, muitas melhorias no sistema, além da adição de componentes de upstream, correções de bugs, aumento de desempenho, melhorias no modo anônimo, categoria Automotive Analysis dentre outras implementações de igual relevância.
Com informações de BackBox Linux, Kitploit e Under-Linux.
O valor do open source
Ottobre 24, 2015 22:40Desde 2008, o The Linux Foudation tem trabalhado com desenvolvedores e empresas de tecnologia para hospedar projetos open source de vários segmentos da indústria de tecnologia, ajudando a resolver problemas complexos e adaptando os princípios e práticas que fizeram e fazem do Linux o que ele é.
Conforme divulgado pela fundação, o open source tem crescido e sido absorvido pelo mercado ano após ano (vide relatórios de 2012, 2013 e 2014), devido à flexibilidade e ganho no tempo de desenvolvimento, beneficiando ambas as partes, desde os desenvolvedores até usuários.
Nos últimos dez anos, o open source tomou conta da indústria de software. Como a velocidade e os requisitos de inovação estão mudando, as empresas de tecnologia já perceberam que para manter o ritmo e ser rentável devem alavancar a pesquisa e desenvolvimento externa na forma de projetos open source.
Open source traz muitos benefícios: desde um incremento na interoperabilidade para reduzir custos com múltiplos fornecedores até o compartilhamento de recursos não diferenciados para os usuários; Empresas que usam open source constroem produtos mais rápido e eficientemente; Uma vez que o código é parte de um projeto open source ativo, o valor através do apoio continuado da comunidade é multiplicado. Para infraestrutura, especialmente, o desenvolvimento open source, em grande parte, tornou-se a maneira de facto para desenvolver software.
Para demonstrar o valor do open source, a Linux Foudation apresentou um documento com uma estimativa do custo total de desenvolvimento de projetos com cooperação da fundação. Nesta estimativa, tenta responder algumas perguntas interessantes:
- Qual seria o custo monetário de reconstruir ou desenvolver um software, hospedado pelo The Linux Foundation, se uma empresa tivesse que criá-lo a partir do zero? Qual o valor da pesquisa e desenvolvimento para as pessoas que se beneficiam destes projetos?
- Qual é o valor da colaboração fora deste custo que é ganho pelas empresas que usam oopen source em seus produtos (e trabalham no âmbito dos projetos para melhorar e avançar os códigos)? Em suma, qual é o ganho do ecossistema inerente a estes projetos?
O infográfico abaixo, apresentado pela fundação, ajuda a esclarecer um pouco do que é falado no documento da pesquisa:
Com informações do Buteco Opensource e Linux Foundation.
Importância da neutralidade da rede e dificuldades regulatórias são analisadas em Conferência do CGI.br
Ottobre 24, 2015 22:25Os impactos da filtragem e bloqueio de tráfego para os usuários de Internet, empresas e Governos, os riscos do zero rating e as dificuldades regulatórias foram alguns dos temas analisados pelos especialistas internacionais Barbara van Schewick e Christopher Marsden, nessa terça-feira (13), durante a 8ª Conferência comemorativa aos 20 anos do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Realizado em São Paulo, o evento tratou da neutralidade da rede, um dos princípios do decálogo do CGI.br que tem provocado amplas discussões ao redor do mundo e no Brasil, principalmente com a regulamentação do Marco Civil da Internet.
Uma das maiores especialistas no assunto e professora da Universidade de Stanford, Barbara van Schewick considera esse tema central para o futuro da democracia e explicou a posição dos Estados Unidos frente à neutralidade. Para manter a jurisdição de sua fundação, a Comissão Federal de Comunicações (FCC na sigla em inglês) optou por enfraquecer as regras de neutralidade, o que, na opinião de Barbara, pode gerar problemas para os usuários, para a economia e inovação na Internet. “Se você não usar as aplicações que quer, a Internet fica menos valiosa para você. Precisamos nos certificar que a Internet permaneça uma plataforma neutra mesmo em períodos de congestionamento de tráfego”.
Barbara também chamou atenção para os impactos na inovação, ao declarar que “todas as aplicações que são populares hoje surgiram a partir de uma Internet aberta. Elas não teriam condições de competir com grandes companhias e provavelmente nunca teriam visto a luz do dia se não fosse por um ambiente favorável”. Por fim, afirmou que acredita que o “diabo está nos detalhes” ao falar sobre o zero rating e seu efeito discriminatório. “É muito fácil dizer que somos todos a favor da neutralidade da rede, mas é extremamente difícil criar uma boa regulação”, concluiu.
Com vinte anos de experiência na análise da Sociedade da Informação, Christopher Marsden, que é professor da Universidade de Sussex, traçou as origens da neutralidade da rede e lembrou que os desafios para uma Internet aberta incluem tentativas de filtrar tráfego com propósitos de prevenir violência, pornografia infantil, terrorismo, entre outros. “Bloquear é a forma mais extrema de discriminação, mas há outras como oferecer preços e serviços diferentes”, explicou.
Ele lembra que, no debate político sobre o tema no Reino Unido, o termo “neutralidade da rede” é comumente substituído por “Internet aberta”. “Todos concordam com a importância de manter a Internet aberta porque soa menos ameaçador”, afirma, complementando que a discussão em âmbito legislativo e regulatório mantem-se tímida naquela região. “As empresas justificam que não receberam reclamações sobre quebra de neutralidade”, ironizou.
Durante a Conferência, Marsden detalhou as leis que tratam do tema em diferentes países, lembrando o processo de regulamentação do Marco Civil brasileiro. “Seria muito importante que a regulamentação acontecesse antes do IGF (10º Fórum de Governança da Internet), em novembro, para que o Brasil mostrasse ao mundo sua posição sobre neutralidade da rede”, afirmou. O crescimento da Internet no celular e a concentração do tráfego em aplicações como Facebook e Google também foram abordados por Marsden, que apontou ainda os riscos do projeto Free Basics.
Conferências
O Ciclo de Conferências “CGI.br 20 anos – princípios para a governança e uso da Internet” terá continuidade no dia 09 de novembro com o debate sobre a “Governança Democrática e Colaborativa”, que acontecerá durante a programação do IGF, em João Pessoa (PB). A “Inimputabilidade da Rede” também será outro tópico que entrará em discussão, no mês de dezembro, encerrando a série de eventos que marcam os vinte anos de existência do CGI.br. Acesse a agenda com os detalhes sobre os próximos encontros: http://cgi.br/20anos/.
Com informações da Assessoria do CGI/NIC.Br.