Lançado novo livro do CEGOV sobre governança digital
Dicembre 9, 2014 14:51Acabou de ser lançado uma coletânea sobre governança digital organizada por Marcelo Soares Pimenta e Diego Rafael Canabarro.
Dentro do guarda-chuva da governança digital, há textos sobre governo eletrônico, governo aberto, democracia digital, big data, segurança e economia da informação. Então, creio que possa interessar a vários colegas.
O PDF pode ser baixado no link a seguir: http://www.ufrgs.br/cegov/files/livros/gtdigital.pdf
MIT oferece curso online gratuito em português para desenvolvimento mobile e empreendedorismo
Dicembre 9, 2014 10:23Empreendedores, estejam a postos. Entra no ar hoje o primeiro Mooc on-line e gratuito oferecido pelo MIT com legendas e material em português. O App Inventor é um curso prático e orientado por desafios, destinado a ensinar os estudantes a desenvolver aplicativos para celulares. Ele será ministrado pela plataforma UnX, uma plataforma latino-americana de Moocs especializada em empreendedorismo. Desde que foi criada em 2012, só havia oferecido cursos em espanhol. O lançamento traz consigo ao menos duas boas notícias: a possibilidade de alunos brasileiros que não falam inglês terem acesso a um curso inteiro de uma universidade de renome e a chance que lhes será dada de experimentar um modelo de curso aberto e massivo que tenta trazer benefícios da experiência de aprendizado real.
O brasileiro Leo Burd, do Center for Mobile Learning, é um dos professores responsáveis pelo curso. Ele explica que as aulas foram pensadas para funcionar em módulos curtos e, a cada semana, será apresentado um desafio. No final das seis semanas, os alunos deverão ter desenvolvido um aplicativo para telefone celular. A intenção, com isso, é criar ambientes estimulantes para os alunos, afirma o pesquisador.
Como o curso não exige conhecimentos prévios de programação, ele tanto ajuda quem quer fazer do app um negócio, quem já tem um negócio e quer fazer um aplicativo quanto quem só quer aprender. Durante as aulas, os estudantes vão analisar os aplicativos disponíveis hoje no mercado e refletir sobre seus modelos de negócio, desenhar interfaces, descobrir formas de torná-los rentáveis e ainda criar modelos de negócios próprios e inovadores. A dedicação semanal estimada é de quatro a seis horas. As inscrições já estão abertas e os interessados podem começar a qualquer momento.
O App Inventor já vá vem sendo oferecido em espanhol pela UnX. Para chegar aos alunos brasileiros, a plataforma fechou parceria com o Cederj, órgão do governo estadual do Rio para o ensino à distância, que será responsável por prover os tutores on-line que acompanharão os inscritos. O curso tem duração de seis semanas e requer um tempo estimado de dedicação de quatro a seis horas por semana. O curso é uma parceria que envolve também as instituições espanholas Csev (Centro Superior para o Ensino Virtual), Uned (Universidade Nacional de Educação à distância), RedEmprendia, Telefónica e Universia (do grupo Santander). Importante ressaltar que o App Inventor é opensource.
Injetando aprendizado presencial
Diferentemente do que ocorre nos modelos tradicionais de Mooc, a parceria entre MIT e UnX não se resume a oferta e hospedagem de cursos. Outro papel da universidade norte-americana é oferecer uma consultoria para tentar injetar elementos de aprendizado presencial em uma experiência essencialmente virtual na UnX como um todo. Para Burd, que também tem atuado nessa consultoria, o fato de a plataforma ser pequena lhes dá mais flexibilidade para testar. Apenas a título de comparação, em pouco mais de um ano, a UnX já teve quase 25 mil alunos. O edX, também do MIT e fundado mais ou menos na mesma época, já registra mais de um milhão de estudantes.
Segundo Burd, uma das intenções da UnX é experimentar um modelo que consiga engajar mais os participantes a partir do fortalecimento da comunidade. “A UnX tenta unir Moocs e redes sociais, dando benefícios aos usuários de acordo com os pontos que acumulam em sua atuação no site”, afirma o brasileiro, que destaca a possibilidade de os participantes da rede UnX poderem trocar vários tipos de informação entre si, e não apenas entre aqueles que frequentam o mesmo curso. Na seção “Participa”, por exemplo, os usuários podem oferecer e demandar serviços relacionados com empreendedorismo em um quadro de anúncios público.
Ainda em âmbito virtual, um sistema de condecorações coloca usuários em destaque em diversas categorias, como “pergunta famosa”, “fanático” e “bom cidadão”. As honrarias, que vão sendo concedidas a partir da atuação dos estudantes na comunidade e nos Moocs, a partir do ano que vem vão deixar de trazer benefícios apenas virtuais. Em 2014 estão previstos investimentos semente em iniciativas de usuários atuantes, além de mentoria personalizada.
Já na modalidade totalmente presencial, a plataforma vai organizar e incentivar a organização de eventos locais, de forma que os empreendedores se conheçam e troquem experiências e oportunidades. “Fico me perguntando qual seria o modelo ideal de Mooc tupiniquim. Como o brasileiro é muito social e criativo, temos que criar essas oportunidades de experimentação reais, que complementem o virtual”, diz Burd.
Com informações de Porvir.
Disponibilizados na internet milhares de documentos de Albert Einstein
Dicembre 9, 2014 10:03A Universidade de Princeton, nos EUA, e a Universidade Hebraica de Jerusalém, desde 1986, tem analisado documentos deixados por Albert Einstein. Estes são conhecidos como os “Pergaminhos do Mar Morto” da física, com mais de 80 mil cópias usadas por talvez um dos maiores gênios da história humana. Todo este acervo está finalmente online, no portal ‘Digital Einstein’.
A iniciativa foi colocada a público na última sexta-feira (5/12), e tem com ideia principal dar a todos que possuem acesso à internet a chance de conhecer e saber um pouco mais sobre os trabalhos do físico alemão. Os internautas terão acesso a cartões postais, diários, artigos, documentos e cartas deixados por Albert Einstein depois de sua morte, ocorrida em 1955.
Conforme o Dr. Kormos-Buchwald, responsável pelo projeto online, o acervo contará com versões em inglês e alemão. Cartas de amor, arquivos do seu divórcio, transcrições dos tempos de colégio e o diário onde escreveu suas primeiras palavras sobre a teoria da relatividade também estão disponíveis no acervo.
Com informações da Revista Galileu e NY Times
Lançado o Índice Global de Dados Abertos de 2014
Dicembre 9, 2014 9:52A Open Knowledge Internacional lançou hoje o Índice Global de Dados Abertos de 2014, que mostra que apesar de haver progressos, a maioria dos governos ainda não está disponibilizando informações chave e em formato acessível para seus cidadãos e empresas. Com as estimativas recentes da empresa de consultoria McKinsey e outras de que os benefícios potenciais dos dados abertos superam US$ 1 trilhão, um progresso lento pode por em risco uma grande oportunidade.
Para Rufus Pollock, fundador e presidente da Open Knowledge Internacional, “a abertura de dados governamentais leva à democracia, responsabilidade e inovação e permite que os cidadãos saibam e exerçam seus direitos e traz benefícios à toda a sociedade em áreas que vão desde o transporte até a saúde e educação”. “Houve nos últimos anos um aumento no apoio aos dados abertos por parte dos governos, mas o Índice deste ano mostra que o verdadeiro progresso caminha mais lentamente do que a retórica”, completa.
O Índice traz um ranking de países baseado na disponibilidade e acessibilidade de informações em dez áreas centrais que incluem gastos governamentais, resultados eleitorais, horários dos meios de transportes e níveis de poluição.
Nesta edição, o Reino Unido aparece em primeiro lugar, com uma pontuação de 96%, seguido pela Dinamarca e França, que saiu do 12º lugar no ano passado para ocupar a terceira posição. A Finlândia ficou em quarto, enquanto Austrália e Nova Zelândia dividem o quinto lugar. Resultados impressionantes foram obtidos pela Índia – que passou do 27º para o décimo lugar – e por países da América Latina, como Colômbia e Uruguai, que dividem a 12º posição. Dentre os países analisados, Serra Leoa, Mali, Haiti e Guiné obtiveram as piores colocações, porém há governos menos abertos que não foram incluídos no Índice devido à falta de abertura ou de uma sociedade civil engajada. Já o Brasil, apesar de uma pequena melhora (54% contra 48% no ano passado), caiu do 24º lugar em 2013 para o 26º, atrás de países como Uruguai, Colômbia e Chile na América do Sul.
De modo geral, ainda que haja um aumento significativo no número de bases de dados abertas (de 87 para 104), a porcentagem de bases de dados abertas entre todos os países analisados permanece baixa, de apenas 11%.
Mesmo entre os líderes em dados governamentais abertos há ainda espaço para melhorias: os Estados Unidos e Alemanha, por exemplo, não oferecem um registro aberto e consolidado de corporações. Além disso, o grau de abertura de dados detalhados sobre gastos governamentais foi decepcionante: a maioria dos 97 países não publica ou limita as informações disponíveis, com exceção apenas do Reino Unido e Grécia. Isso chama a atenção num momento de crescimento lento e austeridade em muitos países e em que dar acesso aberto e gratuito a este tipo de dado seria uma forma de economizar dinheiro público e aumentar a eficiência do governo.
A Open Knowledge Brasil (OKBr) acredita nos benefícios que os dados abertos podem trazer para um governo mais transparente e eficiente. A informação deve ser facilmente compreensível e poder ser utilizada, reutilizada e compartilhada por qualquer pessoa, em qualquer lugar e para qualquer fim de forma livre.
Informações complementares:
- O Índice Global de Dados Abertos é realizado pela Open Knowledge Internacional em parceria com uma rede de especialistas e colaboradores. Durante seu processo de elaboração, membros do público, organizações da sociedade civil e especialistas em dados abertos avaliam a disponibilidade e acessibilidade das bases de dados selecionadas ao redor do mundo. As informações são revisadas por pares e checadas por uma equipe de especialistas locais e em bases de dados e os países recebem pontos de acordo com os resultados encontrados.
- O Índice oferece uma avaliação independente da abertura nas seguintes áreas: horários dos meios de transporte; orçamento governamental; gastos governamentais; resultados eleitorais; registros de empresas; mapas nacionais; estatísticas nacionais; legislação; códigos postais; emissão de poluentes. Para saber mais veja: http://index.okfn.org/dataset/.
- Os países e lugares avaliados foram (segundo a colocação no ranking): Reino Unido, Dinamarca, França, Finlândia, Austrália, Nova Zelândia, Noruega, Alemanha, Estados Unidos, Índia, Taiwan, Colômbia, República Tcheca, Suécia, Uruguai, Islândia, Holanda, Romênia, Chile, Japão, Ilha de Man, Áustria, Canadá, Suíça, Itália, Brasil, Eslovênia, Coreia do Sul, México, Turquia, Kosovo, Malta, Espanha, Letônia, Georgia, Hungria, Irlanda, África do Sul, Portugal, Israel, Paquistão, Paraguai, Equador, Moldávia, Indonésia, Jamaica, Russia, Argentina, Polônia, Sérvia, Bulgária, Croácia, Bélgica, Costa Rica, Grécia, Hong Kong, China, El Salvador, Burkina Faso, Tailândia, Macedônia, Eslováquia, Bangladesh, Bermuda, Nepal, Senegal, Singapura, Tunísia, Guatemala, Lituânia, Filipinas, Ilhas Virgens Americanas, Nigéria, Ruanda, Arábia Saudita, Cambodja, Zâmbia, Costa do Marfim, Egito, Marrocos, Panamá, Gana, Zimbábue, Camarões, Quênia, Líbano, Bósnia e Herzegovina, Botswana, Chipre, Lesoto, República Unida da Tanzânia, República do Benin, Sultanato de Omã, Serra Leoa, Haiti, Mali e República da Guiné.
- Veja histórias regionais sobre dados abertos e o Índice Global de Dados Abertos de 2014 em: http://index.okfn.org/stories/
- Incluímos lugares que ainda não são considerados países independentes quando recebemos submissões completas e precisas. Por isso, o Índice Global de Dados Abertos classifica “lugares” e não “países”.
- Dados Abertos são informações que podem ser livremente utilizadas, reutilizadas e compartilhadas por qualquer pessoa, em qualquer lugar e para qualquer fim. Verdadeiros dados abertos requerem uma série de qualidades técnicas e legais que garantem que qualquer pessoa possa utilizá-los livremente e para seu máximo benefício e o Índice Global de Dados Abertos avalia todas elas. A Definição de Conhecimento Livre estabelece os princípios que definem a abertura em relação aos dados e o conteúdo: http://opendefinition.org/okd/portugues-brasileiro/.
- A Open Knowledge Internacional, criada em 2004, é uma rede mundial de pessoas apaixonadas pela abertura que através de campanhas, tecnologias e treinamento buscam abrir informações e transformá-las em mudanças. Nosso objetivo é dar a todas as pessoas o poder de usar informações e percepção para o bem. Conheça nossos maiores projetos, que incluem a http://escoladedados.org/ e o http://openspending.org/ (e em breve o http://gastosabertos.org/). Para mais informações, entre em contato com imprensa@okfn.org.br.
Com informações da Open Knowledge Brasil.
Google remove apps relacionados ao Pirate Bay da Play Store
Dicembre 8, 2014 21:17Em mais um passo da ampliação de suas políticas para lidar com conteúdo pirata e entregar aos usuários apenas resultados e serviços legítimos, o Google removeu uma série de aplicativos relacionados ao Pirate Bay de sua loja online, a Play Store. Os softwares para Android tiveram seus downloads interrompidos por irem contra as políticas de uso do marketplace e apresentarem conteúdo irregular ou que quebra leis de direitos autorais.
A ação atingiu uma série de desenvolvedores de software na madrugada desta sexta-feira (05), de acordo com as informações do Torrent Freak. Entre os apps afetados estavam clientes de torrent para celulares Android, proxies que permitiram o acesso ao conteúdo do site ou ferramentas otimizadas de acesso aos arquivos para download.
Um dos desenvolvedores, Gavin, responsável pelo app The Pirate Bay Proxy, disse ter registrado uma reclamação junto ao Google. Para ele, a remoção de seu software da Play Store é irregular pelo simples fato de ele oferecer serviços de navegação na internet semelhantes ao do Chrome, por exemplo, que também pode muito bem ser usado para acessar a plataforma. Ele se disse decepcionado e afirmou que seu software já acumulava mais de 900 mil downloads e tinha 45 mil usuários diários.
Mais do que isso, ele citou como irônica a situação em que o produto, criado justamente para desviar de bloqueios firmados por provedores de serviços de internet, esteja sendo bloqueado. Gavin ressalta ainda a ideia de que as retiradas não têm a ver com pedidos da DMCA e qualquer outro órgão de proteção aos direitos autorais – que exigiram uma acusação mais direta e, nesse caso, impossível –, e sim, parece ser uma atuação proativa do Google.
Todos que tiveram aplicativos removidos receberam um strike em suas contas, já que a empresa utiliza uma política semelhante à do YouTube também em sua loja de aplicativos. A retirada de softwares do ar e o descumprimento de políticas vai negativando a conta cada vez mais até que ela seja definitivamente bloqueada, com todos os produtos, mesmo aqueles que não infringem norma alguma, saindo do ar.
Quem já possuía os aplicativos em seu dispositivo pode continuar a utilizá-los normalmente, desde que eles não sejam apagados pelo próprio usuário. Caso contrário, o ideal é buscar sites dos próprios desenvolvedores e realizar o download por lá, uma vez que isso não será mais possível por meio da Play Store.