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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Fundador do Pirate Bay é solto da prisão, mas é preso novamente na sequência

28 de Agosto de 2015, 17:32, por Revista Espírito Livre

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Na manhã desta quinta-feira (27), Gottfrid Svartholm, um dos fundadores do Pirate Bay, cumpriu a sua pena em uma prisão dinamarquesa, mas a liberdade dele durou pouco. Momentos após ser libertado, ele foi preso novamente pela polícia. Porém, a situação já era esperada.

Em junho deste ano, a mãe de Gottfrid, Kristina Svartholm, informou que o serviço de prisão e liberdade condicional sueco solicitou um mandado de prisão para o seu filho, porém as autoridades do país o enviaram para a Dinamarca para que ele fosse cumprido após a sentença anterior, que na verdade ainda não havia sido completada, faltando ainda quatro semanas.

Kristina comentou que isso nunca foi comunicado para Gottfrid, nem pela prisão da Suécia e nem pela da Dinamarca, e que a família descobriu por conta própria. Para complicar ainda mais a situação, ele só foi informado de que continuaria cumprindo pena 48 horas antes.

“Na terça-feira desta semana, dois dias antes da sua soltura, Gottfrid foi informado que o Ministério Público dinamarquês tinha decidido que ele deveria ser entregue por causa do mandado”, comenta Kristina.

O fundador do Pirate Bay enfrenta o tribunal dinamarquês nesta de sexta-feira (28) para tratar sobre a sua detenção e a decisão de enviá-lo para a Suécia. As autoridades suecas já entraram com um pedido para que a sentença seja cumprida na Dinamarca, o que foi recusado pelos dinamarqueses.

Se o encontro de hoje for bem-sucedido, Gottfrid pode cumprir a pena em prisão dinamarquesa, caso contrário ele será extraditado para a Suécia, onde deve ficar por um mês até ser liberado. O que se sabe é que ele não deve voltar para a Dinamarca, pois foi banido do país para sempre. Este fato pode até trazer dificuldades em possíveis visitas a países do restante da Europa por terra.

A mãe de Gottfrid ainda diz que o filho pretende voltar ao seu trabalho de desenvolvimento em TI.

Com informações de Torrent Freak e Canaltech.



Google Chrome vai começar a bloquear conteúdo em Flash por padrão

28 de Agosto de 2015, 17:29, por Revista Espírito Livre

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O navegador do Google, o Chrome, irá parar de executar conteúdo em Flash de maneira automática a partir do dia 1º de setembro. A decisão faz parte de um movimento da empresa para melhorar o desempenho de seu navegador. O Adobe Flash ainda é amplamente utilizado em conteúdo multimídia na internet, mas, por questões de segurança e desempenho, o Google resolveu utilizar menos a plataforma.

No mês de junho, o Google disse que planejava bloquear o Flash em páginas que o conteúdo principal não utilizasse o recurso. Já em páginas onde o Flash é essencial, como em vídeos, o Chrome ainda permitirá a execução do conteúdo. De acordo com o Google, o Flash consome mais energia do computador, drenando mais rapidamente a bateria de um laptop, por exemplo.

Também há outras implicações que levaram o Google a tomar essa atitude. Vulnerabilidades no Flash são uma das maneiras mais comuns de invasão e infecção de computadores por malwares. Mesmo que a Adobe venha tomando atitudes para melhorar a segurança do Flash com atualizações mais rápidas e revisões de código, a plataforma ainda é um vetor amplamente utilizado para propagar pragas virtuais.

As alterações anunciadas pelo Google para o seu navegador terão efeito a partir do dia 1º de setembro. Os usuários terão a opção de reproduzir o conteúdo por padrão, mas eles irão precisar ajustar as configurações do navegador para que o conteúdo seja exibido de maneira automática.

O Google já converteu os conteúdos relacionados a propaganda que são baseados em Flash para HTML5, que permite que determinados tipos de vídeos sejam executados de forma nativa em navegadores da web sem a necessidade de instalação de plugins ou softwares adicionais.

Com informações de PC World e Canaltech.



75 mil usuários do Popcorn Time estão na mira de grupo antipirataria

27 de Agosto de 2015, 16:43, por Revista Espírito Livre

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Cerca de 18 meses após o lançamento do serviço de streaming pirata de vídeos Popcorn Time, os grupos antipirataria continuam em forte oposição ao serviço. A interface colorida e fácil de usar do aplicativo o tornou um sucesso entre os usuários em todo mundo. No entanto, grupos ligados à proteção de direitos autorais nos Estados Unidos e na Europa estão lutando pela proibição do serviço.

No mês passado, o grupo norueguês antipirataria Rights Alliance culpou o Popcorn Time pela explosão de conteúdo pirata no país e advertiu que estava monitorando milhares de usuários que acessam o serviço de streaming. Mais informações a respeito desse monitoramento foram reveladas somente agora.

A Noruega tem uma população de pouco mais de 5,1 milhões e estima-se que cerca de 750 mil obtenham acesso a vídeos de fontes ilegais. No entanto, segundo o Rights Alliance, um terço dessas pessoas, cerca de 250 mil, estão utilizando o Popcorn Time em uma base semanal. O grupo afirmou estar observando esses usuários de perto.

De acordo com o chefe da organização, Willy Johansen, eles estão com posse de um grande banco de dados que contém informações sobre 50 mil a 75 mil suspeitos de utilizarem o Popcorn Time. A principal questão agora é o que o grupo irá fazer com os dados obtidos. “Estamos sentados, hoje, com um registro de alguns usuários do Popcorn Time na Noruega. Estes são registros que podemos usar legalmente e pode ser que alguém fique surpreso com notificações pelo correio. É provável que algo aconteça no outono”, diz Johansen.

Caso o Rights Alliance mantenha a promessa de julgar os usuários, essa é a primeira vez que internautas regulares de um serviço são alvo da lei de direitos autorais alterada no país há cerca de dois anos. Em 2013, uma mudança na legislação deu a possibilidade do governo permitir o acesso a redes de compartilhamento de arquivos em casos de infrações. Outras mudanças aprovadas na época diziam respeito aos endereços IP. Agora eles podem ser convertidos para encontrar pessoas reais.

Segundo o Ministério da Cultura da Noruega, mais mudanças podem estar a caminho. “Dois anos atrás, o Parlamento aprovou uma alteração que prevê aos órgãos de direitos de propriedade intelectual agir e pedir ao tribunal compensação por abuso de sua propriedade intelectual. Agora estamos pensando em fazer mais alterações legislativas para proteger a propriedade intelectual de abusos online”, disse.

No entanto, visto que as leis ainda não sofreram as alterações prometidas, os grupos antipirataria e os afiliados de Hollywood precisam lidar com a lei da forma que ela se encontra hoje. Eles recebem permissão para colher informações sobre endereços IP, mas a obtenção das identidades por trás desses endereços irá exigir muito trabalho.

“Em relação à legislação que temos na Noruega, o Rights Alliance tem todo direito de coletar informações de endereços IP dos usuários do Popcorn Time”, explica o Diretor de Inspeção Bjorn Erik Thon. “O Rights Alliance pode coletar os endereços IP, mas para descobrir as identidades de quem está por trás deles requer julgamento”, observa Thon.

Segundo o professor de direito Olav Torvund essa não é uma tarefa simples. “A maioria dos usuários noruegueses muda regularmente de endereço IP por causa dos IPs dinâmicos, que não necessariamente identificam o usuário”, disse ele. E mesmo que os usuários sejam identificados com sucesso, ainda há problemas legais. “Deve-se analisar se o usuário agiu intencionalmente ou por negligência e se ele tem conhecimento se o material está sendo compartilhado com outros usuários”, afirma Torvund.

A situação enfrentada na Noruega pode ser considerada similar ao que aconteceu na Dinamarca na semana passada, onde pessoas foram presas por causa do Popcorn Time. Apesar disso, parece improvável que o Rights Alliance irá tomar uma posição mais firme contra os usuários do serviço.

Com informações de TorrentFreak e Canaltech.



Preocupação com drogas faz Rússia querer bloquear a Wikipédia no país

27 de Agosto de 2015, 16:32, por Revista Espírito Livre

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Se você não é antenado na cultura canábica, provavelmente nem faz ideia do que são charas, uma variação indiana de haxixe. Pois um procurador de Chyorny Yar, pequena cidade ao sul da Rússia com menos de 8 mil habitantes, acredita que um artigo em russo tratando do tema é um perigo para a sociedade.

Para corrigir o problema, ele solicitou o bloqueio do artigo em russo junto à Justiça local, o que foi concedido. Porém, como a Wikipédia usa um protocolo de segurança em suas páginas, fica mais difícil e caro bloquear um artigo em específico, o que levou algumas autoridades russas a empreenderem uma verdadeira guerra contra um dos sites mais acessados de todo o planeta.

A coisa foi se desenrolando de um modo quase insano desde junho, quando a Justiça local de Chyorny Yar acatou a solicitação do procurador. Nesta segunda-feira (24), o Roskomnadzor, órgão federal russo responsável pela vigilância na internet, solicitou a todos os provedores do país que suspendessem o acesso à Wikipédia, afinal não seria possível bloquear apenas o artigo da discórdia.

Tudo continua igual

Apesar da determinação, o artigo ainda permanece disponível na Rússia, bem como toda a enciclopédia, conforme revela o Washington Post — houve relatos de que ela ficou indisponível em alguns momentos ao longo das últimas 24 horas. E, no que depender da seção russa da Wikimedia Foundation, organização responsável pela Wikipédia, nada será retirado do ar.

“Toda a Wikipédia será bloqueada para a maioria dos usuários russos uma vez que isto seja implementado”, revela o diretor executivo da Wikimedia Stanlislav Kozlovskiy, “(mas) nós não deixaremos de usar o protocolo HTTPS para facilitar a censura do Roskomnadzor à Wikipédia”, completa.

Apesar disso, alguns usuários da enciclopédia livre começaram a agir a fim de tentar amenizar a situação. Assim, a URL do verbete foi editada e agora é “Charas (substância narcótica)”. Na descrição do artigo também há algumas novidades, como mais informações sobre os prejuízos à saúde envolvidos no consumo de cannabis e destaque maior ao fato de que a substância é proibida na Rússia.

Além disso, são usados como referências apenas fontes científicas e outras ligadas às Nações Unidas. Estes esforços, porém, parecem não terem sido o suficiente para convencer as autoridades russas e o pedido de suspensão completa do site no país de Vladmir Putin ainda está em vigor.

Caso não isolado

Esta não é a primeira vez que autoridades russas empenham seus esforços em tirar um serviço de internet do ar. Recentemente, a rede social Reddit também enfrentou problemas semelhantes devido a uma entrada sobre cultivo de cogumelos alucinógenos presente no site.

Depois de ficar fora do ar por alguns dias, o banimento foi removido depois que o Reddit retirou o artigo do ar para quem o acessasse a partir de território russo, algo que a Wikipédia se recusa a fazer. A própria enciclopédia já passou por questões assim com o Kremlin, com solicitações para retirada do ar de várias páginas sobre drogas e suicídios.

Após negociações com as autoridades daquele país, a Wikipédia conseguiu remover quase todas as páginas presentes em uma “lista negra”, restando apenas quatro. Mas até agora nada foi completamente removido do site.

Vida difícil para a internet

Representantes da Wikimedia tentaram entrar em contato pessoalmente com as autoridades russas a fim de encontrar a melhor solução para questão e que, de preferência, não envolvesse a suspensão completa do site no país. Contudo, eles não obtiveram sucesso.

“Nós tentamos falar com eles pelo telefone, porém nos foi dito que o assessor de imprensa está de férias e que ninguém mais está autorizado a falar conosco. Em vez disso, eles preferem se comunicar via comunicados na internet”, conta Kozlovskiy.

Não dá para dizer, contudo, que a relação entre a Wikipédia e o governo russo é amistosa. Em 2012, a página protestou contra a aprovação de uma lei que permitia às autoridades do país solicitar o bloqueio de páginas na internet sem qualquer ordem judicial, suspendendo páginas preventivamente por até 24 horas.

Apesar de alegadamente mirar em sites sobre pornografia, drogas e suicídios, conteúdos vistos como nocivos à infância pelas autoridades russas, muitos sites de opositores do atual governo do país também foram retirados do ar.

Com informações Washington Post, The Guardian e Canaltech.



Mozilla promete demitir funcionários envolvidos em discursos de ódio

27 de Agosto de 2015, 16:17, por Revista Espírito Livre

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A Mozilla está mais uma vez envolvida em polêmica devido a declarações inflamadas de seus colaboradores. Em um evento público organizado pela própria instituição, o CEO Chris Beard prometeu demitir funcionários envolvidos em discurso de ódio e disse que não tolera esse tipo de atitude dentro da companhia. Ele estava se referindo a um caso recente, no qual um usuário anônimo teria feito uma série de comentários negativos na rede social Reddit.

A fala se seguiu à saída da diretora de comunidades Christie Koehler, que deixou a Mozilla justamente pela falta de foco em diversidade e igualdade de gêneros e opções sexuais. Já há alguns meses, ela vinha criticando a empresa de forma velada pelo Twitter e, após deixá-la por não suportar mais deixar suas convicções de lado, revelou um pouco mais sobre os bastidores da desenvolvedora do Firefox.

Foram justamente tais comentários que levaram um usuário apelidado de “aioyama” a comentar, no Reddit, que a saída da executiva aconteceu até tarde demais. Para ele, todos na organização ficaram felizes ao vê-la partindo, pois ela era “insana e estava permanentemente ofendida com tudo”. Além disso, completou o bolo de ódio afirmando que a indústria de tecnologia será um lugar melhor quando “ela e o resto das feministas babacas de cabelo azul e piercing no nariz” a deixarem.

Foi justamente essa segunda fala que motivou as declarações de Beard. Ele afirmou não ver problema algum em críticas, principalmente quando elas acontecem entre os funcionários, mas afirmar que alguém e sua suposta “classe” não pertencem a um determinado segmento é demais.

O CEO disse que, se o responsável pelo comentário for identificado como um funcionário da Mozilla, será dispensado. E fez um pedido: caso não seja, abandone os projetos da organização. “Sua participação não é bem-vinda. Nós não somos assim”.

Por trás do cenário

Não é a primeira vez que a Mozilla se vê envolvida em polêmicas relacionadas a discursos de ódio. No ano passado, o antigo CEO da organização, Brendan Eich, foi levado a abandonar o cargo após ocupá-lo por apenas 11 dias. A saída do executivo ocorreu devido a uma contribuição feita em 2008 para grupos contra o casamento igualitário entre indivíduos do mesmo gênero. Ele foi substituído por Beard, que ocupou a cadeira com uma promessa de fomentar a diversidade e a igualdade não apenas dentro da própria empresa, mas também no mercado de tecnologia.

Mas não foi bem isso que mostraram os tweets de Koehler, publicados no início de agosto. Segundo ela, essa era uma promessa apenas de fachada e, internamente, a Mozilla não apoiava seus funcionários homossexuais nem permitia que eles se comportassem diante de seus parceiros assim como os casais heterossexuais de funcionários. Não havia código de conduta nem apoio à resolução de conflitos de qualquer tipo.

A ausência de políticas claras para lidar com isso, por exemplo, teria levado justamente ao escândalo com Eich, mal interpretado pela imprensa e pelo público, na opinião de Koehler. Internamente, segundo ela, ficava a impressão de que o público “estava implicando com a organização” e ela, em alguns momentos, chegou a ser apontada como o pivô da renúncia do executivo.

Além disso, ela aponta a ausência de uma organização interna para a gestão de prioridade no trabalho e a dificuldade em dizer “não” aos funcionários, na mesma medida em que não existe apoio para que eles sigam em frente com seus projetos. A ausência de avaliações de performance, promoções, aumentos de salário ou qualquer tipo de feedback fazia com que decisões importantes para o futuro dos funcionários e dos próprios softwares da Mozilla parecessem unilaterais, por questões de ingerência.

“Nunca trabalhei em um lugar que me fez sentir tão incompetente e desvalorizada”, afirmou. Ela diz ter trabalhado em bons projetos e ter vestido a camisa da empresa por muito tempo, mas chegou um momento em que não foi mais capaz de suportar a realidade dos fatos e que não sentirá a menor falta de “comprometer sua integridade diariamente”.

Com informações de The Verge, Christie Koehler (Storify) e Canaltech.