Esqueça PS4 e Xbox One: o futuro dos games está nas plataformas abertas
июля 20, 2014 6:20 - no comments yetO final de 2013 e o início de 2014 foram agitados por dois grandes lançamentos: as duas maiores plataformas de jogos, PlayStation e Xbox, lançaram novas versões de seus consoles, o PlayStation 4 e o Xbox One, da Sony e da Microsoft, respectivamente. Conforme costuma acontecer nessas ocasiões, ambos os lançamentos receberam plena atenção da mídia e dos meios de comunicação.
Por mais interessante que essas plataformas possam parecer, lançamentos desse tipo sempre trazem mais do mesmo: hardware que incorpora os avanços dos últimos anos, gráficos mais realistas, maior poder de processamento e a continuidade de muitas das franquias que fizeram sucesso anteriormente, sendo esta uma das formas mais antigas de trazer os jogadores mais fanáticos para as novas versões dos consoles. Dessa forma, eles esperam poder reviver as velhas aventuras de seus personagens e jogos favoritos em versões melhoradas.
Contudo, desenvolver jogos para essas plataformas é algo para poucos. Para começar, o custo de aquisição do kit de desenvolvimento (que é cotado em algo próximo a US$ 2.500 para o PS4) já afasta muitos desenvolvedores independentes. Em seguida, o grau de complexidade que essas plataformas exigem demanda um número elevado de profissionais trabalhando em equipe e, consequentemente, os custos dos jogos giram hoje em torno das centenas de milhões de dólares. Tome como exemplo o jogo Grand Theft Auto V, considerado o mais caro da história. Lançado em 2013, ele custou US$ 266 milhões, cifra que supera o orçamento de muitos blockbusters hollywoodianos.
Mas se depois de tudo isso você ainda assim tiver conseguido criar seu jogo, estará inevitavelmente “amarrado” aos donos da plataforma (nesse caso, as gigantes Sony e Microsoft), tendo que optar pela necessidade da custosa distribuição de mídias físicas (as caixinhas com os discos que tendem a desaparecer) ou a distribuição digital através do modelo de “app store”. Em ambas as situações, você terá que se submeter aos termos e às condições que essas empresas impõem para a venda de conteúdo através de suas redes de distribuição online.
Situações como essas tendem a afastar a inovação, pois, quando há somas tão grandes em jogo, é compreensível que haja uma maior aversão ao risco e uma grande pressão por lucro. Isso justifica todo o marketing envolvido e a continuidade das franquias.
Não seria bom se o desenvolvimento de jogos fosse mais acessível a uma quantidade maior de desenvolvedores independentes que pudessem colocar em prática ideias e jogabilidades inovadoras? Pois é isso que está acontecendo agora, a partir das plataformas móveis e dos sistemas abertos.
OUYA – o pioneiro
A pioneira delas foi o OUYA (ouya.tv). Surgido de um dos projetos de maior sucesso no Kickstarter, a campanha conseguiu arrecadar mais de US$ 8,5 milhões através da plataforma de financiamento colaborativo, valor nove vezes superior ao objetivo inicial de US$ 950 mil.
A ideia do OUYA é simples: levar os jogos da plataforma Android para a TV e possibilitar o uso de joysticks, da mesma forma como fazem os consoles tradicionais. As vantagens dessa abordagem vão além do conforto de uma tela maior e de um joystick nas mãos: os jogos possuem preços compatíveis com as plataformas móveis (girando em torno de US$ 5) e qualquer desenvolvedor pode disponibilizar seus jogos para o console. Assim como acontece com o Android, não há custo para a aquisição do SDK, e a loja fica apenas com uma porcentagem dos jogos vendidos. Isso é um estímulo à criatividade: quanto mais gente no ecossistema, melhor – ganha a plataforma e ganham os jogadores. Há espaço inclusive para jogos de nicho, como aqueles com visual retrô, coisa impraticável nas plataformas mais “modernas”.
Apesar de custar apenas US$ 99 (um quarto do valor do PS4 e um quinto do XBox One no mercado americano), o hardware do OUYA se assemelha ao de um tablet topo de linha: processador NVidia Tegra 3 quad-core, 1 GB RAM, 8 GB de armazenamento em flash, conexão HDMI com saída 1080p, WiFi 802.11bgn e bluetooth 4.0. É possível até mesmo montar seu próprio hardware e imprimir o case em um impressora 3D.
SHIELD – a aposta da Nvidia
Com abordagem semelhante ao OUYA, a Nvidia lançou seu console próprio, o SHIELD, com o mesmo intuito de dar vida nova aos jogos criados para a plataforma Android. Nesse caso, o apelo principal continua sendo a aposta na mobilidade, mas com a jogabilidade de um dispositivo dedicado: um joystick semelhante aos videogames comuns, LCD de alta definição, alto falantes de excelente qualidade. Além disso, o SHIELD aposta no processador de última geração da fabricante (o Tegra 4) e traz a interessante possibilidade de fazer streaming de alguns jogos do PC para o console ou de eventualmente jogar os jogos na TV através de conexão Wi-Fi.
Tanto o OUYA quanto o SHIELD se beneficiam do ecossistema Android, permitindo a instalação de aplicativos que podem expandir as possibilidade de entretenimento dos aparelhos, ao possibilitar o uso de aplicativos Android, como YouTube, XBMC, Netflix, Plex, Pandora, Google Play Books etc.
SteamOS – foco na distribuição de jogos
O último jogador a entrar nesse campo parece ter sido a Valve, conhecida pela sua plataforma pioneira na venda de jogos online, o Steam. Em 2012, o cofundador da Valve, Gave Newell ganhou as manchetes ao declarar que o Windows 8 era “um desastre”, fazendo com que a empresa apostasse fortemente no Linux ao criar uma distribuição voltada para jogos e para a execução de sua plataforma Steam, o SteamOS. Por sua vez, as Steam Machine nada mais são do que um hardware dedicado com a plataforma SteamOS pré-embarcada. Contudo, o download do sistema operacional foi disponibilizado online para aqueles que desejam montar ou reaproveitar seu próprio hardware.
Do ponto de vista técnico, a aposta faz muito sentido: o Linux é, de fato, uma plataforma muito mais estável e flexível do que o Windows para o desenvolvimento de jogos e já atingiu um amadurecimento que permite seu uso para esse fim. Ao contrário de outros sistemas proprietários, ele não está suscetível a mudanças bruscas de rumo por parte de uma única empresa, gerando incompatibilidades e rupturas com versões anteriores. Como o desenvolvimento do GNU/Linux é aberto e colaborativo, sempre existe ainda a possibilidade de influenciar nos rumos do desenvolvimento e adaptá-lo a necessidades particulares.
Do ponto de vista estratégico, a posição também parece inteligente, pois a empresa cria uma plataforma de jogos que é “hardware agnostic”, ou seja, independente de hardware, focando o negócio na distribuição dos games – que já é a vocação da empresa – e na experiência do usuário.
Ponto sem volta
Resta ainda saber se todas essas iniciativas terão sucesso comercial. Apesar de tudo, não faltam críticos a cada um dos projetos citados: uma busca rápida na Internet e não é difícil encontrar reviews negativos. Entretanto, a minha aposta vai na direção diametralmente oposta: independentemente de sucesso comercial, já é possível pensar em modelos de negócio e distribuição que não eram possíveis há poucos anos. Modelos mais acessíveis tanto ao consumidor final quanto aos desenvolvedores e que contemplam nichos que não eram viáveis até pouco tempo.
A caixa de Pandora foi aberta, e creio que tenhamos chegado a um ponto sem volta: no caso de algum projeto fracassar, outros se sucederão corrigindo eventuais falhas e com a vantagem de ter as experiências anteriores como bússola para se guiar. As oportunidades são grandes, e quem se sair bem sucedido na criação de um mercado de games alternativo ganhará uma boa dianteira em relação aos concorrentes que vierem depois. É ver para crer.
Fonte: IMasters
Snowden: ‘Agentes da NSA repassam entre si fotos íntimas de pessoas comuns’
июля 20, 2014 6:15 - no comments yetPouco mais de um ano se passou desde que Edward Snowden divulgou ao mundo o mega esquema de ciberespionagem comandado pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos. Mas, ao que tudo indica, as revelações estão longe de acabar, pois o ex-técnico da entidade contou mais um segredo bastante perturbador: analistas da agência costumam repassar fotos íntimas interceptadas entre si.
A declaração foi feita em mais uma entrevista para o jornal britânico The Guardian, que tornou público o escândalo do monitoramento online no ano passado. Snowden afirma ter testemunhado “inúmeros casos” de funcionários que possuem acesso a registros privados e trocavam entre si imagens contendo nudez e sexo. Todo esse conteúdo, segundo o ex-analista, é de milhões de pessoas comuns, que costumam armazenar essas fotos em dispositivos móveis.
“Você tem caras jovens, de 18 a 22 anos de idade. De repente é confiada a eles uma posição de extraordinária responsabilidade que agora fornece acesso a todos os seus arquivos privados. No decorrer do trabalho diário, eles encontram algo que é completamente não relacionado ao seu trabalho. Por exemplo, uma foto íntima de alguém nu em uma situação sexualmente comprometedora, mas que é uma pessoa extremamente atraente”, explicou Snowden.
“O que eles fazem? Eles viram e mostram para seu colega de trabalho. Então o colega diz: ‘Oh, isso é muito bom!’. E então Bill envia a foto para George, que envia para Tom, e mais cedo ou mais tarde a vida inteira dessa pessoa foi vista por todos”, completa. O americano diz que o mais surpreendente é que nenhum funcionário suspeito dessas atitudes é descoberto, já que não há segurança e “o sistema de auditoria é incrivelmente falho”.
Em nota ao site Ars Technica, Vanee Vines, um porta-voz da agência de inteligência, disse que a NSA possui uma equipe altamente treinada composta por homens e mulheres dedicados. “Como já dissemos antes, a agência tem tolerância zero para violações intencionais das autoridades ou padrões profissionais”, afirmou. Caso as alegações de Snowden sobre compartilhamento interno de conteúdo sexual sejam verdadeiras, elas vão de encontro a um caso que chamou atenção em setembro de 2013, quando alguns agentes da NSA admitiram ter espionado arquivos de antigos interesses amorosos.
Asilo na Rússia
Edward Snowden também falou na entrevista sobre sua situação na Rússia. No próximo dia 31 de julho termina seu asilo temporário no país, e a decisão se ele será renovado ou não deve sair na próxima semana. Snowden negou novamente ter qualquer acordo com o governo russo e repetiu que talvez nunca mais volte aos Estados Unidos.
Google lança Chrome 36 com novo app launcher para GNU/Linux
июля 20, 2014 6:00 - no comments yetO Google anunciou na última semana o Chrome 36 para Windows, Mac, Linux e Android. Entre as mudanças estão alterações no visual da página de navegação anônima, a chegada do Chrome App Launcher para Linux, além de diversas melhorias, como correções de segurança e ajustes de desempenho.
De acordo com o changelog do Chrome 36.0.1985.122 fornecido pelo Google, as duas principais mudanças da atual versão estão nas notificações, que foram ligeiramente ajustadas com um visual mais plano, além da alteração na aparência da página de navegação anônima. Este último recurso permanece o mesmo, trazendo somente uma aparência mais limpa e moderna.
Apesar de o changelog não mencionar isso, o Google confirmou que os recursos de desenvolvedor, presentes no Chrome 36 beta, estão na versão final do Chrome 36. Entre eles estão incluídos os suportes para o element.animate(),HTML Imports e Object.observe().
O element.animate() é uma API que permite que os desenvolvedores criem animações CSS simples usando JavaScript. O HTML Imports oferece uma maneira de incluir documentos HTML em outros arquivos HTML, enquanto o Object.observe() permite que os desenvolvedores observem alterações em objetos de JavaScript.
Além disso, o update traz o Chrome App Launcher para Linux, que só existia nas versões para outros sistemas operacionais suportados pelo navegador (Windows e Mac). Em breve, a versão chegará também ao sistema Android.
Por fim, o Chrome 36 também inclui 26 correções de segurança e várias melhorias de desempenho.
Firefox OS terá expansão na Europa, América Latina e Ásia
июля 20, 2014 5:00 - no comments yetHoje, em seu blog oficial, a Mozilla anunciou o plano de expansão de seus aparelhos equipados com Firefox OS. Atualmente existem sete smartphones com o sistema operacional móvel integrado. São eles: LG Fireweb, ZTE Open, ZTE Open C, Open II ZTE, Alcatel One Touch Fire, One Touch Fire E, One Touch C e Huawei Y300 II.
Na América Latina, o Firefox OS irá ampliar sua atuação em parceria com a operadora TEF. América Central, Argentina e Equador já estão na lista.
Já na Europa, a Deutsche Telekon vai começar a oferecer aparelhos equipados com o sistema da Mozilla nos próximos meses. Croácia, República Checa, Macedônia e Montenegro serão os mercados que receberão os novos aparelhos. A espanhola Telefónica, que é uma das sócias da Mozilla em ampliar a atuação do Firefox OS, irá inserir o sistema no mercado alemão.
A O2 começou a pré-venda do Alcatel One Touch Fire E, enquanto a ZTE planeja lançar o Open C na França no final deste mês.
A Mozilla também fará parcerias com mais 20 operadoras no mundo todo para baratear os valores do Firefox OS por meio de ofertas. A norueguesa Telenor confirmou que vai oferecer telefones com Firefox OS na Ásia até o final do ano. Em Taiwan, a Chunghwa Telecom também terá dispositivos com o sistema para o mercado do país.
Falso positivo: Chrome rotula uTorrent como malicioso e bloqueia seu download
июля 19, 2014 15:21 - no comments yetO uTorrent tem um longo histórico de sucesso desde que foi criado e não demorou muito tempo para se tornar o cliente BitTorrent mais popular do mundo. Sua leveza, agilidade e funcionalidades deixaram concorrentes de peso para trás, e hoje o navegador angaria milhares de novos usuários diariamente.
Contudo, desde o último fim de semana a BitTorrent Inc., empresa por trás do cliente, disse ter percebido uma redução drástica no número de downloads do aplicativo. O problema, conforme noticiou o TorrentFreak, é que o Google Chrome começou a disparar falsos positivos sobre uma possível ameaça de software malicioso quando se tenta baixar o executável do uTorrent.
Procurada, a equipe de desenvolvimento do navegador alegou que não se trata de um falso positivo. “O arquivo uTorrent.exe é malicioso e o Chrome está bloqueando-o”, diz o navegador quando tentamos fazer o download do arquivo. Caso o usuário insista, um novo aviso, mais alarmado, é exibido no computador: “Esse arquivo danificará o seu computador. Mesmo que você já tenha baixado arquivos deste site no passado, pode ser que ele tenha sido comprometido. Tente fazer o download depois”, diz o aviso que salta em uma pop-up.
Os primeiros relatos de que o famoso cliente do protocolo de compartilhamento de arquivos começou a ser bloqueado surgiram no domingo (13) e desde então os avisos têm aparecido quando se tenta baixar a última versão do aplicativo, a 3.4.2.32354. Apesar de tudo isso, não há sequer um documento ou página de suporte do Chrome que indique os motivos ou quais atividades maliciosas foram detectadas no executável do uTorrent.
O TorrentFreak, por sua vez, disse ter vasculhado o arquivo com mais de 50 softwares antivírus e nenhum deles foi capaz de identificar qualquer comportamento suspeito. A página de diagnósticos do Google, que faz um vasculhamento automático em sites em busca de arquivos maliciosos, indica que o uTorrent já infectou alguns domínios, mas nenhuma informação adicional é fornecida.
Agora resta saber se a equipe de desenvolvimento por trás do uTorrent consertará o possível problema para que esses avisos parem de aparecer ou se isso se trata apenas de um falso positivo do Chrome mesmo. Vamos esperar para ver.