Latinoware 2013 deve reunir cerca de 4,6 mil participantes em Foz do Iguaçu
3 de Outubro de 2013, 21:17 - sem comentários aindaParticipantes de quase todos os estados brasileiros, além de países como Argentina, Paraguai, Finlândia, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Estados Unidos, já garantiram a sua inscrição para a décima edição da Conferência Latino-Americana de Software Livre (Latinoware 2013), que será realizada entre os dias 16 e 18 de outubro, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu (PR).
O evento – considerado um dos maiores do gênero na América Latina – já conta com cerca de 4 mil inscritos. A expectativa é reunir 4,6 mil participantes, entre especialistas, “nerds”, curiosos, estudantes, profissionais de informática e interessados em novas tecnologias. A programação da conferência contempla mais de 150 atividades, entre palestras, mesas-redondas, oficinas e minicursos sobre temas ligados às tecnologias da informação e da comunicação e, principalmente, sobre a utilização das ferramentas livres em países latino-americanos.
Entre os principais especialistas confirmados para a Latinoware está o diretor executivo da Linux Internacional, Jon “Maddog” Hall, que participou de todas as edições do evento. Bruce Perens (EUA), autor do Manifesto Open Source, considerado a principal fonte filosófica do software livre, também já confirmou presença, assim como Michael Widenius (Finlândia), criador do Mysql e MariaDB; Greg Nudelman (EUA), estrategista em experiências móveis e interface com usuários; Jasper Lievisse (Holanda), desenvolvedor do OpenBSD.
A lista de personalidade ainda conta com Alexei Vladishev (Letônia), desenvolvedor do Zabbix; Lydia Pintcher (Alemanha), da Wikipedia; Jean-Manuel Croset (Suíça), CEO da Mandriva, empresa dedicada à distribuição e suporte do sistema operacional Mandriva Linux; Frank Karlitschek (EUA), diretor técnico do Owncloud e um dos maiores especialistas mundiais em computação em nuvem (cloud computing); e Diane Mueller (EUA), estrategista em computação em nuvem.
A Latinoware é organizada pela Itaipu Binacional, Fundação Parque Tecnológico Itaipu – Brasil, Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), com o apoio da Caixa Econômica e do Governo Federal. As inscrições para o evento podem ser feitas até o dia 04 de outubro, pelo site: lapsi.latinoware.org, ou nos dias da conferência.
Programação
Realizada desde 2004, a Latinoware acompanhou a verdadeira revolução do software livre no Brasil e no mundo. Durante esse período, o constante processo de inovação permitiu que as ferramentas livres se tornassem, muitas vezes, uma alternativa superior em diferentes pontos em relação ao software proprietário. Além do espaço no mercado, outra conquista alcançada foi a inclusão do estudo de sistemas de software livre nos cursos da área.
Em 2013, os temas que serão abordados na Latinoware incluem desenvolvimento de sistemas, soluções tecnológicas usadas em dados de alta velocidade, robótica, geoprocessamento, automação. Também serão ministradas palestras sobre segurança e privacidade na internet, com informações sobre como manter dados seguros. Mobilidade, que inclui tudo para dispositivos móveis como tablets e smartphones, é outro destaque.
Os participantes também poderão acompanhar uma trilha de políticas públicas, com a apresentação de diversos cenários onde o software livre pode ser empregado para garantir economia e melhoria da gestão pública. A prefeitura de Montevidéu, capital do Uruguai, mostrará o sistema de divulgação de dados adotado. No Brasil, o exemplo vem de Minas Gerais, onde dois programadores criaram uma página especialmente para acompanhar a evolução e os gastos da Assembleia Legislativa.
A 10ª edição da conferência também contará com a participação de importantes comunidades do universo do software livre, como Mulheres na Tecnologia, Ubuntu Linux, Fedora Linux, Debian Linux, Zabbix, entre outros.
Privacidade e segurança
Debates sobre privacidade nas telecomunicações serão um dos destaques este ano. O assunto ganhou ênfase após o ex-analista de inteligência americano, Edward Snowden, revelar ao mundo a espionagem praticada pela Agência de Segurança Nacional (NSA) americana. A revelação foi admitida pelo governo americano e provocou uma grande repercussão mundial sobre o tema, que será debatido na conferência.
Na Latinoware, especialistas em segurança na internet vão apresentar as mais recentes novidades desenvolvidas com software livre para que os usuários tenham mais privacidade ao navegar e, até mesmo, utilizar as redes sociais. O objetivo é traçar uma discussão, técnica e filosófica, sobre os limites e violações da chamada privacidade digital, com um foco no recente escândalo.
O encontro contará com as participações de Sérgio Amadeu, doutor em ciência política e membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil; Marcelo Branco, ativista do Software Livre e ex-coordenador de campanha nas redes sociais da presidente Dilma Rousseff, nas eleições 2010; e Pedro Antônio Dourado de Rezende, coordenador do programa de Extensão Universitária em Criptografia e Segurança Computacional da Universidade de Brasília (UNB).
Já no primeiro dia da Latinoware, o assunto será colocado em pauta na palestra “Sorria, você está sendo vigiada”, ministrada por Alberto Azevedo. Consultor de várias empresas e especialista em segurança online, Azevedo vai demonstrar que organizações e até mesmo pessoas autônomas podem acessar às informações disponíveis na rede. “Na palestra, abordo partes importantes dos slides da NSA que não são abordados na mídia comum, além de trazer à tona outros níveis de espionagem que são desconhecidos pela maioria da população”, explica Azevedo.
Ainda no dia 16 de outubro, o profissional Anahuac de Paula Gil apresentará o debate intitulado “Jogaram o Prism no ventilador”, também sobre o escândalo de espionagem. Para ele, a utilização de software livre pode aumentar a segurança dos usuários. “Nós temos ferramentas livres que garantem a privacidade e podem ser usadas” , disse. Outro assunto que será questionado por Gil é a falta de atuação dos ativistas cibernéticos contra os atos de espionagem.
Serviço:
X Conferência Latino-Americana de Software Livre – Latinoware
Data: 16 a 18 de outubro de 2013
Local: Parque Tecnológico Itaipu (PTI) – Foz do Iguaçu – Paraná – Brasil
Contatos: (45) 3576-7186 / 3576-7253
E-mail: imprensa@latinoware.org
Lançado Manjaro Linux 0.8.7.1 “MATE” e “Enlightenment”
3 de Outubro de 2013, 9:54 - sem comentários aindaA equipe de desenvolvimento do Manjaro Linux, anunciou o lançamento de duas edições do Manjaro Linux 0.8.7.1 – uma com a área de trabalho MATE e outro gerenciador de janelas Enlightenment. Ambas as edições vêm com Linux Kernel 3.10.12, X.Org Server 1.14.2 e Firefox 23.0.1, e o ambiente desktop MATE que está na versão 1.6.1, enquanto Enlightenment está na versão 0.17.4.
Com este lançamento, a comunidade turca responsável pelo Manjaro acrescenta mídia de instalação, além de tudo o que foi implementado em toda a extensão do sistema. Esta edição “Respin” é baseada no ramo estável da distribuição, podendo ser usada em uma base diária e facilmente instalada, com a utilização de instaladores gráficos ou de texto. Manjaro é uma distribuição austro-germano-francesa, derivada do poderoso Arch Linux.
Com informações de Manjaro e Under-Linux.
Lançado Skolelinux 7.1
3 de Outubro de 2013, 9:51 - sem comentários aindaPetter Reinholdtsen anunciou o lançamento de Skolelinux 7.1, uma distribuição baseada no Debian (também conhecida como “Debian-Edu”) para ambientes educacionais. Este lançamento, baseado no Debian 7, foi atualizado e cuidadosamente melhorado em comparação com a versão anterior, mantendo seu conjunto de recursos únicos e facilidade de manutenção. A nova versão de Skolelinux traz uma imagem USB Flash drive / Blu-ray, que se comporta como a imagem do DVD; traz o kernel Linux 3.2.x; KDE Plasma 4.8.4, GNOME 3.4, Xfce 4.8.6. e LXDE 0.5.5, Iceweasel 17; LibreOffice 3.5.4; LTSP 5.4.2; GOsa 2.7.4; sistema de impressão CUPS 1.5.3; GCompris 12.01, dentre outras implementações.
Skolelinux é a distribuição Debian personalizada do projeto Debian-edu (CDD) em desenvolvimento. Ela vem com o objetivo de proporcionar um ambiente out-of-the-box, adaptado para escolas e universidades. O ambiente out-of-the-box vem com 75 aplicações destinadas a escolas, bem como 15 serviços de rede pré-configurados para um ambiente educacional de um modo geral. A instalação, em seu processo bastante simples, exige um conhecimento técnico mínimo.
Com informações de Debian e Under-Linux.
Lançado VAST GNU/Linux 3.1.1
3 de Outubro de 2013, 9:49 - sem comentários aindaVAST é uma distribuição Linux baseada em segurança, projetada especificamente para pentest envolvendo soluções VoIP e redes UC. Ele permite que os profissionais de segurança e administradores de UC possam executar, rapidamente, as avaliações de segurança de VoIP e vulnerabilidades, enumerando telefones IP ou servidores de PABX em um ambiente de laboratório.
Com VAST, um consultor de segurança tem todas as ferramentas necessárias para realizar um local bem sucedido ou teste de penetração remoto ou avaliação de vulnerabilidade contra uma rede UC. VAST é construído sobre o Linux Mint 13, e inclui todas as ferramentas de fonte aberta da VIPER Lab, além de outras ferramentas de pentest. Atualmente, ele encontra-se com a versão de manutenção 3.1.1, liberada no mês de junho.
Com informações de VAST de Under-Linux.
Cientistas criam computador de nanotubos
3 de Outubro de 2013, 9:43 - sem comentários aindaEm um grande passo para um futuro de aparelhos eletrônicos menores, mais rápidos e mais poderosos, pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, apresentaram ontem o primeiro computador funcional inteiramente fabricado com transistores de nanotubos de carbono. Esses cilindros inteiriços de carbono ultrapuro estão entre os muitos materiais exóticos que os cientistas vêm pesquisando – incluindo as partículas quânticas que existem dentro de cada átomo e o DNA dentro de cada célula – agora que os desenvolvedores de eletrônicos estão chegando no limite da capacidade dos transistores de silício convencionais.
Embora primitiva, a invenção prova que os transistores feitos com essas fibras de carbono não convencionais, um dos materiais mais fortes já descobertos, podem ser montados em um computador de uso geral. O equipamento pode rodar um sistema operacional básico, fazer cálculos e alternar entre diferentes processos em execução simultânea, disseram os cientistas. “É realmente um computador em todos os sentidos da palavra”, disse o engenheiro elétrico Max Shulaker, da Universidade de Stanford, que chefiou a fabricação do dispositivo. “Isso mostra que é possível construir circuitos funcionais e úteis com nanotubos de carbono e que eles podem ser fabricados de forma confiável.”
A pesquisa de Stanford foi publicada ontem na revista Nature. “Eles domesticaram os nanotubos”, disse Franz Kreupl, especialista em eletrônica de carbono do Instituto Técnico de Munique, na Alemanha, que não participou do projeto.
Primeiro transistor de nanotubos
Mihail Roco, conselheiro sênior para nanotecnologia na Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos, que ajudou a financiar o trabalho, qualificou o computador de nanotubos de “um importante passo científico”. Quando for aperfeiçoado, disse ele, “isso permitirá a um computador trabalhar mais rápido, com componentes menores e consumindo cerca de um décimo da energia”.
Os pesquisadores estão entusiasmados com o potencial dos nanotubos de carbono para aparelhos digitais, pois são materiais excepcionais para a condução de eletricidade e calor e para a absorção ou emissão de luz. Os nanotubos, que há muito já eram uma curiosidade de laboratório, são feitos a partir de folhas de carbono com apenas um átomo de espessura e enrolados em tubos cerca de 10 mil vezes mais finos que um fio de cabelo. “De todos os candidatos que já foram considerados os sucessores do silício, os nanotubos de carbono continuam sendo os mais promissores”, disse Supratik Guha, diretor de ciências físicas do Centro de Pesquisas Thomas J. Watson, da IBM, em Yorktown Heights, estado de Nova York.
O primeiro transistor de nanotubos, uma versão da chave digital tipo liga-desliga que é a base de quase todos os eletrônicos comerciais, foi inventado em 1998. Até recentemente, porém, os pesquisadores achavam quase impossível fabricar lotes desses minúsculos tubinhos com o alinhamento perfeito, a regularidade e a pureza necessárias para os complexos circuitos integrados de um computador.
Customizar a estrutura atômica dos nanotubos
Os nanotubos são cultivados, tais como os cristais. Eles se encaixam de forma aleatória, como quando se solta um feixe de varetas do jogo pega-varetas, o que pode provocar conexões cruzadas. Cerca de 30% apresentam impurezas metálicas imprevisíveis. Qualquer imperfeição pode causar um curto-circuito. “As pessoas diziam que nós nunca conseguiríamos fabricar esse material”, disse Subhasish Mitra, engenheiro elétrico de Stanford que participou do projeto. Os pesquisadores desenvolveram um desenho especial para os circuitos e uma poderosa técnica de depuração para eliminar as impurezas.
De olho nas possibilidades comerciais, os pesquisadores estão numa corrida para aproveitar as promissoras propriedades elétricas do material. No ano passado, pesquisadores da IBM apresentaram transistores de nanotubos de carbono que funcionam três vezes mais rápido e consomem um terço da energia dos transistores de silício convencionais. Em outubro passado, cientistas do Centro de Pesquisas Watson, da IBM, anunciaram uma maneira de criar lotes de 10 mil ou mais transistores de nanotubos de carbono dispostos sobre um único wafer, como são chamadas as fatias de material semicondutor. Eles ainda terão que conectá-los de maneira a montar um circuito funcional.
Na semana passada [retrasada], na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, cientistas anunciaram ter inventado uma maneira simples de cultivar o mais denso conjunto de nanotubos de carbono obtido até hoje – cerca de cinco vezes mais compacto que com os métodos anteriores – enquanto os pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia encontraram recentemente uma maneira de customizar a estrutura atômica dos nanotubos.
985 processadores sobre um único wafer
O computador experimental desenvolvido em Stanford contém 178 transistores feitos de “dezenas de milhares de nanotubos de carbono”, disse Shulaker. Hoje, um chip de silício convencional pode conter dois bilhões de transistores numa área do tamanho da unha do dedo polegar. O sistema de Stanford contém tantos transistores como os primeiros computadores baseados em transistores, fabricados nos anos 50. Os pesquisadores usaram um projeto lógico semelhante ao dos computadores da década de 60.
Os cientistas de Stanford montaram 985 processadores de nanotubos – cada um deles com 178 transistores – sobre um único wafer, utilizando técnicas padronizadas de fabricação de chips e ferramentas de design comuns. “O que nós apresentamos é um computador muito simples”, disse Philip Wong, professor de engenharia de Stanford que trabalhou no dispositivo. “Existe uma grande distância entre o que realizamos e o que seria um produto final.”
Por Robert Lee Hotz.
Com informações do Observatório da Imprensa.