Seminário de Proteção à Privacidade e aos Dados Pessoais reuniu especialistas brasileiros e internacionais em São Paulo
6 de Dezembro de 2014, 16:32A abertura do segundo dia do V Seminário de Proteção à Privacidade e aos Dados Pessoais (http://seminarioprivacidade.cgi.br/) trouxe uma observação compartilhada por alguns membros da mesa “Riscos e perspectivas à proteção da privacidade e dos dados pessoais”. Para eles, o indivíduo deve assumir sua responsabilidade para garantir a privacidade.
Abrindo a discussão, Wendy Seltzer do W3C dos Estados Unidos, falou sobre a importância do trabalho de designers e desenvolvedores na criação de projetos que consideram a proteção aos dados pessoais desde o planejamento e em todas as fases do desenvolvimento.
Wendy comentou ainda que a sociedade não lida com o tema em um único contexto. “Queremos a privacidade como cidadãos, mas também por parte das empresas, para que possamos comparar produtos e preços. E queremos ainda contar com o respeito à privacidade entre nossos amigos”, observa.
Quanto a isso, Erick Iriarte, da Internet Society (ISOC) Peru, entende que o cuidado com a proteção a dados é responsabilidade de cada um, mas compartilhada com outros atores. “O estado e os pais devem orientar as crianças para que saibam tomar decisões corretas”, avalia.
Erick observa que a privacidade é um direito humano que, no que diz respeito à Internet, está inserido no complexo contexto tecnológico. Em relação a este assunto, Laura Tresca, do Artigo 19, lembra ainda que a “vigilância é importante, mas deve ser proporcional a outros direitos”.
O advogado Marcelo Marinelli destaca o impacto das redes sociais. Segundo ele, com o número cada vez maior de usuários dessas plataformas, registra-se um aumento considerável nos casos de lesões à privacidade.
Por outro lado, para Adriano Cassian, da UNESP, ainda que pessoalmente tenha restrições às redes sociais, ele reconhece que os termos de uso e privacidade dos serviços estão ficando mais claros.
Direito ao Esquecimento
Tema que vem sendo debatido há alguns anos, o “Direito ao Esquecimento” atraiu a atenção dos convidados. Compondo a mesa, o advogado argentino Pablo Palazzi lembrou o caso recente ocorrido na Europa (que você pode relembrar aqui: http://migre.me/n8LOg) e alertou que ainda existe uma confusão entre direito ao esquecimento e a supressão de informações caluniosas. Neste último caso, não se questiona, já que os dados devem ser apagados por não representarem a verdade.
De qualquer forma, alerta o especialista, o direito ao esquecimento só se aplicaria a casos excepcionais. “Em geral, os casos estão relacionados a algum estigma, algo que a prejudique a imagem da pessoa e que ela não gostaria de carregar para sempre. Porém, existem crimes e delitos que não se apagam como envolvimento com terrorismo ou pedofilia”, exemplifica.
Um tema levantado por Palazzi e também por Diogo Machado Melo, do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) e José Luiz Piñar, da Universidad San Pablo, de Madrid, é a complexa questão da transnacionalidade. Para eles, a remoção do índice no buscador em determinado país, não garante que o material não possa ser acessado a partir de outro lugar qualquer.
De qualquer forma, no que diz respeito ao Brasil, Kelli Angelini, do CGI.br, pergunta se realmente queremos o Direito ao Esquecimento, e mais, se a matéria necessita de lei específica. A advogada lembra ainda que a vontade de esquecer não é novidade, visto que já era pleiteada em ambientes offline nos anos 1970 por ex-detentos que já tinham cumprido suas penas.
Por fim, Kelli convida à reflexão: “como lidar com a vontade de apagar em contrapartida com a ânsia de exibir, comum às redes sociais?”.
O V Seminário de Proteção à Privacidade e aos Dados Pessoais (http://seminarioprivacidade.cgi.br/), foi organizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e reuniu cerca de 200 pessoas.
Com informações da Assessoria de Imprensa do NIC.Br.
W3C Brasil e Ministério Público do Estado de São Paulo divulgam Cartilha de Acessibilidade na Web
6 de Dezembro de 2014, 16:30O escritório brasileiro do World Wide Web Consortium (W3C), instalado na sede do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) por iniciativa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), se une ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) para lançar oficialmente, nesta sexta-feira (14), o primeiro fascículo da Cartilha de Acessibilidade na Web (http://www.w3c.br/Materiais/PublicacoesW3C).
O lançamento acontece no auditório do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP) e será aberto ao público. Durante o evento, haverá a assinatura de um termo de cooperação entre o escritório brasileiro do W3C e o MPSP para a produção de novos fascículos com orientações sobre acessibilidade na Web. “Nem sempre as pessoas compreendem que a acessibilidade no meio digital é tão importante quanto no meio físico. Ser impedido de acessar a conta corrente no site de um banco, por exemplo, pode ser frustrante tanto quanto não conseguir entrar em uma agência bancária. A iniciativa de produção da cartilha surgiu de demanda do Ministério Público do Estado de São Paulo com o objetivo de ir além da abordagem técnica. O intuito desse material é reunir orientações para que o cidadão conheça as barreiras de acessibilidade existentes e seus direitos no acesso a informações digitais na Web. Mais sete fascículos serão produzidos para dar continuidade a esse trabalho”, explica Reinaldo Ferraz, especialista em desenvolvimento Web do W3C Brasil.
A partir das 18h, a cartilha será apresentada ao público com pronunciamentos do gerente do W3C Brasil, Vagner Diniz, da secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, da secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti, e do Promotor de Justiça, Julio Cesar Botelho, Assessor do CAO de Direitos Humanos e Direitos Sociais do MPSP.
“Ao apoiar essa iniciativa, o Ministério Público reconhece seu papel no processo de implantação de uma sociedade inclusiva. A cartilha será muito importante no dia a dia dos promotores de justiça, pois definirá critérios uniformes que balizarão os inquéritos civis e ações judiciais a serem propostas, estabelecendo parâmetros internacionalmente definidos no trabalho forense”, reforça Botelho.
Conteúdo da cartilha
O primeiro dos sete fascículos previstos sobre o tema contextualiza a acessibilidade na Web e apresenta as principais barreiras de acesso, as recomendações e diretrizes para desenvolvedores de aplicações e soluções web com o objetivo de superar ou minimizar as barreiras para o usuário web.
Procuradores, promotores e auditores estão entre o público-alvo da cartilha, bem como gestores, administradores e gerentes de projetos, desenvolvedores, designers, arquitetos de informação, testadores, analistas de qualidade, provedores de conteúdo e qualquer cidadão interessado sobre o tema.
A Cartilha de Acessibilidade na Web (http://www.w3c.br/pub/Materiais/PublicacoesW3C/cartilha-w3cbr-acessibilidade-web-fasciculo-I.pdf) é disponibilizada sob a licença Creative Commons e qualquer pessoa que tenha acesso a seu conteúdo pode compartilhar, copiar, distribuir e transmitir a obra, desde que atribua os créditos e não utilize a cartilha para fins comerciais.
Ações de inclusão do W3C Brasil
Além de produzir esta cartilha para promover o uso de padrões desenvolvidos internacionalmente para que as páginas na Web sejam acessíveis a todos, o W3C Brasil coordena outras ações sobre o tema. Uma delas é o Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web – Todos@Web (http://premio.w3c.br/), que reconhece trabalhos, iniciativas e pessoas que promovem a eliminação de barreiras e facilitem o acesso a conteúdos na web.
O escritório também promove ações no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência desde 2009, no dia 3 de dezembro, com o intuito de sensibilizar a sociedade, tanto usuários como desenvolvedores web, em relação ao tema. Ainda faz parte das ações do W3C Brasil, a coordenação do Grupo de Trabalho de Acessibilidade na Web (GT Acessibilidade na Web), criado em março de 2012, e que se reúne periodicamente para planejar iniciativas no Brasil e hoje já conta com mais de cem participantes, dentre eles, especialistas em acessibilidade e pessoas com deficiências. Entre as atividades do grupo, está a produção da Cartilha de Acessibilidade na Web e a Tradução autorizada pelo W3C das Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG 2.0) (http://www.w3.org/Translations/WCAG20-pt-br/).
Com informações da Assessoria do NIC.Br.
Pydio, uma alternativa opensource ao Dropbox
6 de Dezembro de 2014, 16:02O Pydio pode ser definido como uma alternativa madura e opensource para Dropbox, Skydrive ou Box.net. Pydio é, portanto, uma plataforma para compartilhamento de arquivos, com foco no usuário, mas voltado para empresas e organizações.
Pydio (Put Your Data In Orbit! ou em português: Coloque seus dados em órbita) é de fato um Dropbox OpenSource, e juntamente com o ownCloud, ser de fato uma solução de qualidade no armazenamento e compartilhamento de arquivos. Assim como o owncloud, o Pydio é um software para instalar no seu próprio servidor, com diversas opções de clientes para acessar os arquivos.
Para quem não sabe, Pydio não é um projeto recente, e recentemente lançou sua sexta versão. Anteriormente ele era chamado de AjaXplorer. Suas características são bastante atraentes.
No entanto, o importante não é como o Pydio se chamava, mas as suas características, o que vou te dizer uma iota. Antes que eu tenho que ficar com a cabeça para o fundo e tentar. Então … por este post? Nada mais e nada menos do que para torná-lo conhecido; como eu disse ontem, as alternativas são sempre bem-vindos.
No site do Pydio você vai encontrar todas as informações sobre o projeto, feito para proporcionar segurança e controle a nível empresarial, incrivelmente fácil de instalar e livre indefinidamente para a comunidade. Na página de download você vai encontrar o manual para instalação e pacotes para Linux sob a forma de repositórios DEB e RPM, bem como aplicativos para iOS e Android, Thunderbird e um monte de plugins que estendem suas funcionalidades, entre outras coisas. E para aqueles que apenas estão curiosos para dar uma olhada, mas em primeira mão, a demo também está disponível no site.
Com informações do site Muylinux.
Firefox Hello: comunicador da Mozilla ganha novos recursos
5 de Dezembro de 2014, 11:56A Mozilla vem investindo bastante num comunicador nativo de browser para fazer frente ao Skype. Baseado em WebRTC, o Firefox Hello foi anunciado em outubro e, desde então, vem evoluindo e ganhando novas funcionalidades.
Segundo o GigaOm, a mais recente novidade diz respeito às chamadas de vídeos. Com a atualização beta do Firefox 35, agora os usuários podem iniciar teleconferências sem que necessariamente estejam logados no sistema.
O usuário que enviou a requisição poderá checar como está o visual de sua câmera enquanto aguarda a confirmação do bate-papo, enviada via link para o destinatário. Após a aceitação, a conversa com vídeo se inicia, de forma bem semelhante ao Google Hangouts.
Os usuários agora também podem criar e nomear múltiplas conversas para as pessoas com quem costumam falar regularmente, sem precisar logar ou criar uma conta para isso. Além de utilizar uma URL anônima, essa ferramenta também facilita a configuração do chat com outros navegadores que usam WebRTC, como Chrome e Opera.
Quem utilizar uma conta vinculada ao Firefox Hello também poderá fazer chamadas telefônicas. A Mozilla e a Telefónica são parceiras neste projeto e estão colhendo feedback do funcionamento durante essa fase de testes.
Como a distribuição das novidades está restrita a um determinado número de usuários, é possível que você não consiga desfrutar delas mesmo baixando o Firefox 35. Apesar disso, fica aí a dica do que o mensageiro da Mozilla poderá fazer.
Intel disponibilizará como código aberto o software de fala usado por Hawking
5 de Dezembro de 2014, 11:54O sistema que ajuda a Stephen Hawking se comunicar com o mundo exterior será disponibilizado na internet a partir de janeiro, em um movimento que poderá ajudar milhões de pessoas que sofrem de doenças neuromotoras, anunciaram os cientistas envolvidos com o projeto.
O físico teórico Stephen Hawking, que atualmente tem 72 anos, saudou a decisão da gigante da tecnologia americana Intel, em uma coletiva de imprensa realizada recentemente em Londres.
“Tornando essa tecnologia livremente disponível, existe o potencial de melhorar significativamente a vida de pessoas incapacitadas por todo o mundo”, disse Hawking, em declarações transmitidas pela voz robótica do seu computador.
“Sem isso, eu não poderia falar com vocês hoje”, disse ele, que aos 21 anos foi diagnosticado com uma doença neuromotora relacionada com a esclerose lateral amiotrófica (ELA).
O sistema de comunicação será disponibilizado para pesquisadores na internet em código aberto, embora ainda tenha que ser adaptado para usuários individuais.
Hawking, que leciona na Universidade de Cambrigde, consegue digitar em seu computador usando um sensor na bochecha que é detectado por um interruptor infravermelho instalado em seus óculos, que o ajuda a selecionar os caracteres.
Seu sistema atual, desenvolvido pela Intel nos últimos três anos, reduz o número de movimentos necessários para soletrar palavras, além de lhe oferecer novas funções inéditas, como o envio de anexos por e-mail.
“A velocidade de digitação de Hawking é duas vezes mais rápida e há uma melhora dez vezes maior em tarefas comuns”, informou a Intel em um comunicado.
A empresa britânica SwiftKey também digitalizou todos os trabalhos do físico teórico de modo a ajudar o computador a deduzir mais rápido o que ele está tentando dizer.
Hawking, que tem o corpo paralisado quase por completo, apresentou o novo sistema ao público pela primeira vez nesta terça-feira.
“A medicina não foi capaz de me curar, então eu conto com a tecnologia para ajudar a me comunicar e a viver”, disse em comunicado à imprensa.
Importante ressaltar que a tetraplegia e doenças neuromotoras afetam mais de três milhões de pessoas em todo o mundo.
“A tecnologia para pessoas com deficiência é, muitas vezes, um campo de testes para a tecnologia do futuro”, afirmou Lama Nachman, pesquisadora sênior do Intel Labs.
Com informações da INFO.