Governo dos Estados Unidos ameaça exigir código fonte do iOS para a Apple
17 de Março de 2016, 11:11A novela entre a Apple e o governo dos Estados Unidos pode estar prestes a ganhar capítulos decisivos — ou, pelo menos, bem mais tensos. Depois de se negar a criar uma forma de desbloqueio para o iOS que permitisse o FBI invadir o iPhone 5c bloqueado que havia sido usado por um dos atiradores do atentado de San Bernardino, a empresa pode acabar sendo obrigada a entregar todo o seu código-fonte às autoridades.
Como aponta o site Business Insider, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos sugeriu na última semana que poderia fazer essa exigência à Apple. E não seria apenas o código-fonte do iOS, mas também a sua chave de assinatura, utilizada para validar os softwares vindos da Maçã. A ideia é que, dessa forma, o governo possa criar sua própria maneira de invadir o famigerado iPhone sem depender da fabricante para isso.
No entanto, as coisas não são tão simples assim. Na verdade, há uma enorme ameaça por trás dessa proposta do governo norte-americano — e algo que pode atingir usuários do iOS de todo o mundo. Com essas duas ferramentas em mãos, os Estados Unidos podem criar seus próprios softwares para espionar os smartphones da Maçã e fazer com que os aparelhos os instale sem grandes complicações. Desse modo, se você tem um iPhone ou qualquer produto da Apple, seria incapaz de identificar se está utilizando uma versão real do sistema ou a modificada pelos EUA para fornecer informações.
A situação tende a piorar ainda mais se essa ameaça se concretizar. Como alguns especialistas em tecnologia e segurança apontam, a decisão do governo norte-americano pode servir de precedente para que outros países façam as mesmas solicitações, exigindo o mesmo tratamento por parte da Apple. Assim, o que começou como sendo uma solução forçada para resolver uma investigação sobre um episódio terrorista pode se tornar uma gigantesca crise global de privacidade em dispositivos móveis.
Segundo o documento liberado pelo Departamento de Justiça do país, o pedido do código fonte e da chave de assinatura ainda não foi feito porque o órgão sabia que essa exigência seria menos palatável para a Apple. No entanto, se a empresa preferir fazer com que as coisas cheguem a esse ponto, essas ferramentas podem ser pedidas como “uma alternativa que exija menos empenho” para a companhia. E muitos advogados consideram essa saída uma “opção nuclear” para a disputa, ou seja, aquela arma secreta que pode definir os rumos da disputa, forçando a empresa a entregar seu maior trunfo.
Em contato com a agência de notícias Reuters, contudo, uma fonte ligada ao governo contou que o Departamento de Justiça não pretende pedir os códigos, fazendo com que os comentários sejam apenas uma espécie de blefe para pressionar a Apple. Por outro lado, outro contato próximo à empresa disse que a companhia não está preocupada com essa ameaça. A Maçã deve se pronunciar oficialmente sobre o caso ainda nesta terça-feira (15).
Com informações de Business Insider e Canaltech.
Canonical pede ajuda para deixar o GNOME Software mais bonito no Ubuntu 16.04 LTS
17 de Março de 2016, 11:08Como você já deve saber, a próxima versão do sistema operacional da Canonical, o Ubuntu 16.04 LTS (Xenial Xerus), está programada para ser lançada no dia 21 de abril. Entre as novidades, está a substituição da Central de programas do Ubuntu, também conhecida como Ubuntu Software Center, pelo GNOME Software. Mas, para concluir essa transição, a empresa precisa de ajuda para deixar a nova loja de apps mais bonita.
Como o Ubuntu é baseado no GNOME, a aplicação GNOME Software pode ser instalada no sistema sem muitas dores de cabeça envolvendo dependências, sendo um bom substituto para o atual Ubuntu Software Center. No entanto, parece que há um problema com a extração de metadados de pacotes existentes disponíveis nos principais repositórios de software do Ubuntu, em especial os ícones dos aplicativos, apesar do fato de que o formato de metadados AppStream do GNOME Software faça um bom trabalho nesse caso.
“Acontece que a maior parte dos dados em falta ou incorretos são causados pelos ícones de aplicativos sendo usados por pacotes de app”, diz Michael Hall, da Canonical. “Enquanto a maioria dos aplicativos já tiverem um ícone, ele nunca foi rigorosamente aplicado antes e o tamanho e o formato permitido pelas especificações de desktop foi mais branda do que é exigido agora.”
Ainda existem inúmeros pacotes de aplicações do Ubuntu que nos arquivos estão presente ícones de baixa resolução ou que possuem formatos não suportados, impedindo a adaptação adequada desses apps com a interface moderna do GNOME Software.
Por ser um número muito grande de aplicativos nessa situação, a Canonical precisa da ajuda da comunidade para contribuir com novos ícones. Felizmente, é fácil contribuir e Michael Hall já está fornecendo um tutorial passo a passo que pode ser conferido clicando aqui. Além do Ubuntu, outras distribuições Linux que fazem uso do novo padrão de metadados AppStream também serão beneficiadas com a iniciativa.
Com informações de Softpedia, Michael Hall e LinuxBuzz.
Estudantes têm até 25 de março para participarem do Google Summer of Code
17 de Março de 2016, 11:06Até o dia 25 de março, estudantes de todo o mundo podem fazer sua inscrição no Google Summer of Code, um programa global que tem como foco levar o desenvolvimento de software open source para alunos interessados no assunto.
Pela iniciativa, os estudantes trabalham com um mentor de uma organização open source durante o verão do hemisfério norte (portanto, período das maiores férias).
O programa foi lançado em 2005 e já uniu 11 mil estudantes e 10 mil mentores de mais de 113 países. Como resultado, o Google Summer of Code produziu mais de 50 milhões de linhas de código para 515 organizações open source.
Os interessados em participar da edição de 2016 devem submeter seus trabalhos neste link.
Mais detalhes podem ser encontrados na página oficial do programa.
Com informações de Imasters.
Nova ação quer derrubar o Popcorn Time e todos os projetos ligados a ele
17 de Março de 2016, 11:00Depois de ressuscitar do limbo do ciberespaço, o Popcorn Time volta a enfrentar problemas com a Justiça. E agora a coisa parece um pouco pior do que antes, afinal a MPAA, associação da indústria cinematográfica de Hollywood, mira inclusive o Butter Project, uma tecnologia oriunda do Popcorn Time e que serve para a realização de streaming de vídeos na internet a partir do protocolo BitTorrent.
Contudo, diferente do “Netflix pirata”, o Butter não oferece links para filmes pirateados, mas apenas para conteúdos distribuídos gratuitamente pela internet — além disso, ele é uma tecnologia usada por outros desenvolvedores em inúmeros outros projetos, inclusive o Popcorn Time. Apesar de não violar direitos autorais dos grandes estúdios de cinema, a MPAA tem solicitado de forma ameaçadora que o GitHub, plataforma na qual desenvolvedores disponibilizam o código-fonte de seus projetos de código aberto, para que remova o Butter e qualquer outro projeto ligado a ele e ao Popcorn Time.
Segundo o TorrentFreak, o MPAA solicita ao GitHub a remoção de todo o repositório do Popcorn Time e também de todos os projetos relacionados a ele. “Há múltiplos ‘forks’ do Popcorn Time, todos 100% ilegais e infratores, e muitos dos quais foram sujeitos de litígio e ordens judiciais ao redor do mundo, confirmando a sua violação”, escreve a organização.
Como destaca a publicação, apesar de não mencionar o Butter nominalmente, o MPAA inclui tudo no mesmo pacote ao se referir aos forks do Popcorn Time. Para evitar maiores problemas, o GitHub já entrou em contato com todos os desenvolvedores com projetos de alguma maneira ligados a eles e deu um prazo de 24 horas para o envio de uma resposta.
Brasileiros na mira
Ao menos dois serviços brasileiros que não têm qualquer relação direta com o Popcorn Time, mas que utilizam a tecnologia do Butter, também entraram na mira. Um deles é o Quero Ver Cultura, do Ministério da Cultura, que garante ter esclarecido a situação junto ao GitHub. “Nós respondemos ao GitHub esclarecendo que nosso projeto é um fork do projeto Butter, não do Popcorn Time, o qual acreditamos não ter qualquer relação com o Popcorn Time nem contar com algum código que infrinja os direitos autorais”, comentou ao TorrentFreak o representante do Ministério Leo Germani.
Outro repositório brasileiro que está na mira da MPAA é o criado pela companhia de tecnologia Hacklab, que julgou a ação como “insana”. “Esta notificação [do GitHub a pedido da MPAA] é insana, pois é direcionada a diferentes projetos e cita um bando de arquivos que não violam nada”, reclama Luis Fagundes, representante da companhia. “Infelizmente, o custo desta irresponsabilidade é alto: causa danos aos desenvolvedores e aos negócios que, em vez de produzir valor para a sociedade, têm que responder a uma ameaça de remoção.”
Com informações de TorrentFreak e Canaltech.
O primeiro tablet com Ubuntu Touch, o BQ Aquaris M10, estará disponível em breve
17 de Março de 2016, 10:58A Canonical anunciou nesta segunda-feira (14) em seus perfis oficiais nas redes sociais que o tablet BQ Aquaris M10 Ubuntu Edition estará disponível para os consumidores em breve. O dispositivo foi anunciado no mês passado, em 4 de fevereiro de 2016, quando estávamos entre os primeiro a relatar tudo sobre o primeiro tablet do mundo com o SO móvel Ubuntu Touch.
O BQ Aquaris M10 Ubuntu Edition também esteve em exposição no estande da Canonical na edição deste ano da MWC (Mobile World Congress), evento que ocorreu em Barcelona, Espanha, entre os dias 22 e 25 de fevereiro. Quando a empresa anunciou o novo dispositivo, todo mundo estava curioso para saber quando ele estaria disponível para quem quiser comprar e, mais importante, o quanto ele iria custar e em quais lugares do mundo a fabricante BQ estava disposta a enviá-los.
Agora, com a promessa de que o dispositivo estará disponível em breve para os consumidores na loja da BQ, a Canonical convida a todos os interessados a submeterem seus emails para que possam ser os primeiros a saber quando, finalmente, o produto estará pronto para a compra.
“Nosso primeiro Ubuntu Tablet estará disponível em breve. Seja o primeiro a saber”.
E você, acredita que vale apena adquirir o BQ Aquaris M10 Ubuntu Edition? Deixe-nos saber sua opinião!
Com informações de Softpedia, Ubuntu/Twitter e LinuxBuzz.