CEO da Oracle declara: o Android é um crime contra o open source
23 de Maio de 2016, 18:29Oracle e Google estão de volta aos tribunais. Ainda em 2010 a Oracle tinha processado o Google pela primeira vez alegando que a empresa teria usado, sem autorização, 37 APIs Java no desenvolvimento do sistema operacional móvel Android. O processo terminou em favor do Google, foi para outra instância e acabou na suprema corte americana, que se recusou a julgar o caso. Agora, o novo processo da Oracle pode render à empresa até US$ 9 bilhões, e está de volta para onde tudo começou: em um Tribunal Distrital Americano.
Dessa vez a discussão entre as empresas trata se os códigos utilizados pelo Google no desenvolvimento do sistema Android se encaixam no “fair use”, ou uso justo. A Oracle baseou o caso em quatro medidas legais contra a empresa de Mountain View, sendo que seus advogados e testemunhas também trabalham para que a companhia saia do caso sendo considerada como defensora do software livre e do código aberto.
Será uma imagem um pouco difícil de sustentar com a reputação já abalada que a companhia conquistou durante o desenvolvimento do caso. Uma longa lista de especialistas já está contra a decisão da Oracle, afirmando que a posição da empresa pode causar mais danos do que benefícios à comunidade open source.
A CEO da Oracle, Safra Catz, testemunhou essa semana no caso, e insistiu que foi o Google e não a Oracle que “trancou seu software dentro de um jardim murado”.
Os advogados do Google declararam que foi justamente a política de código aberto das APIs Java que levaram a equipe desenvolvedora do Android a dar preferência à plataforma. Mesmo assim, Catz insiste que a filosofia da empresa é proteger a linguagem de “intrusos como o Google”, que na visão da Oracle “distorceram as políticas da companhia com versões incompatíveis do Android”.
Catz também declarou em seu testemunho que o uso das APIs no Android foi discutido internamente logo após a aquisição do Java em 2009, até então propriedade da Sun Microsystems. O antigo CEO da Sun, Jonathan Schwartz, já tinha dito à Oracle na ocasião que sua empresa estava negociando com o Google para a compra do licenciamento de uso do Java.
Após finalizar a aquisição da Sun, Catz disse que já era tarde demais para reverter o efeito do Android na política de uso aberto do Java. A CEO da Oracle também declarou que hoje toda a comunidade de programadores Java está dividida, visto que alguns migraram para a plataforma de desenvolvimento Android, o que segundo a executiva “limita a universalidade do Java”. Catz ainda acrescentou: “Eles poderiam programar uma vez para rodar em qualquer lugar. Quando o software é escrito para o Android, você não consegue rodar em nada além do Android.”
As críticas ao sistema móvel do Google soam um pouco estranhas, já que o Android é livre e a plataforma é aberta, não tendo qualquer restrição de desenvolvimento ou aplicação. Os advogados do Google rebateram as críticas da CEO, sugerindo que talvez a Oracle não tenha entendido a natureza aberta do Java. Seus executivos poderiam estar despreparados para gerenciar a plataforma open source ou então tinham outras intenções de restringir o uso do Java em outros projetos.
Catz também foi questionada sobre os planos da Oracle em desenvolver um smartphone, um projeto que foi considerado logo após a compra da Sun, mas depois foi abandonado. A defesa ainda sugeriu que o processo judicial pode ter sido fruto da falha da Oracle em conseguir desenvolver seu próprio smartphone. Em uma das conferências para desenvolvedores Java, o co-fundador e diretor executivo da Oracle, Larry Ellison, chegou a declarar: “Eu penso que veremos muitos e muitos dispositivos Java, alguns vindo até dos nossos amigos do Google.”
O caso ainda está em andamento e novos depoimentos estão marcados para o decorrer desta semana. As alegações finais são esperadas já para o começo da próxima.
Com informações de Tech Crunch e Canaltech.
Unity 8 e Snappy são o futuro do Ubuntu, mas só após o Ubuntu 16.10
23 de Maio de 2016, 18:17No último dia 5 de maio, na conferência Ubuntu Online Summit 2016, uma sessão em especial teve como seu foco o ambiente gráfico Unity 8, o servidor de exibição Mir, o novo formato de pacote Snappy, criado pela Canonical para facilitar a vida dos usuários e dos desenvolvedores, e como essas tecnologias serão implementadas no Ubuntu para desktop, que é o que todo o usuário do sistema operacional está esperando.
O primeiro desta lista a fazer sua estreia no Ubuntu para desktop já não é nem uma surpresa para ninguém. O suporte ao formato de pacote de instalação Snappy, ou apenas snap, já está disponível no Ubuntu 16.04 LTS, e inclusive você já pode instalar softwares deste tipo com o Ubuntu Software.
Com a chegada do Ubuntu 16.10, será possível comprar aplicativos Snappy através do Ubuntu Software e várias outras aplicações, como LibreOffice e Mozilla Firefox, também estarão disponíveis com o novo formato. Além disso, a Canonical também está trabalhando em uma forma de atualizar alguns dos atuais programas fornecidos em pacotes do tipo .deb para snap.
Por exemplo, se você possui o Ubuntu 16.04 LTS com o LibreOffice no formato .deb, e então você deseja atualizar para o Ubuntu 16.10 ou Ubuntu 17.04, onde o LibreOffice está disponível no formato snap, a transição precisa ser tão suave quanto possível, de modo que você não vai perder nenhuma configuração. Por último, as aplicações populares como Chromium, LibreOffice ou Firefox estarão disponível apenas como snap.
Unity 8, quem sabe no futuro
O gerente do Ubuntu para desktop, Will Cooke, acredita que o Unity 7 está em seus últimos anos de vida, o que significa que o ambiente gráfico receberá menos recursos e o trabalho de desenvolvimento estará sendo reduzido para ocasiões críticas e OEM. Com isso, os holofotes estão sendo todos apontados para o Unity 8, que deve receber toda a atenção, podendo ser o padrão juntamente com o Mir em algum momento no futuro, mas só após o Ubuntu 16.10 (Yakkety Yak).
Atualmente, o Unity 8 está disponível para o Ubuntu 16.04 LTS (Xenial Xerus) apenas em sua versão de demostração, algo bem limitado daquilo que os desenvolvedores da Canonical vem trabalhando. No entanto, com a chegada do Ubuntu 16.10 (Yakkety Yak) é esperado que o ambiente gráfico esteja um pouco mais completo, sem tantas limitações.
Além disso, a promessa é que o Unity 8 e Mir serão instalados por padrão no Ubuntu 16.10 em uma sessão alternativa, tirando a necessidade dos usuários de instalarem pacotes adicionais para experimentar as novidades. Abaixo, você confere um slide onde é exibida a transição do Unity 7 para o Unity 8, segundo os planos dos desenvolvedores. Note que está acontecendo em algum momento entre o Ubuntu 16.10 e Ubuntu 17.04.
Entre outras características interessantes que estão vindo para o Ubuntu ainda este ano, é a possibilidade de instalação de atualizações offline através do Ubuntu Software durante as reinicializações do sistema. A sincronia com GTK e GNOME Stack vai continuar no Ubuntu 16.10 apenas para que sabores como o Ubuntu GNOME possam funcionar bem. Por outro lado, o Qt4 pode ser removido das instalações padrões do Ubuntu para dar espaço para para coisas úteis.
Com informações de Softpedia, Will Cooke/YouTube e LinuxBuzz.
Na China, trabalhadores da indústria tech são estimulados a “morar” nas empresas
23 de Maio de 2016, 18:13Que a China é o maior produtor de eletrônicos do mundo, isso não é novidade. O que pode surpreender é que esse setor não só continua a crescer como se depara atualmente com um desfalque de mão de obra, gerando sobrecarga aos trabalhadores que já estão no setor.
O volume de trabalho extra e o crescimento desse setor da indústria têm levado startups chinesas a disponibilizarem leitos e instalações de banho para seus funcionários. Essas instalações não são, no entanto, meros quartos de repouso: os funcionários são encorajados a, literalmente, morar na empresa durante a semana de trabalho.
“As empresas da indústria de internet na China têm crescido a um passo extremamente rápido. Eu estive nos Estados Unidos e o ambiente competitivo de lá não é tão intenso como na China”, comenta Cui Meng, gerente e cofundador da empresa de dados Goopal.
O fotógrafo da Reuters Jason Lee foi até algumas dessas empresas para registrar essa realidade. Você confere algumas imagens aqui.
Com informações de Business Insider e Canaltech.
Lançado o HPLIP 3.16.5 com suporte para o Ubuntu 16.04 LTS e Debian 8.4
23 de Maio de 2016, 18:10Foi lançado recentemente a mais uma nova versão do HPLIP (HP Linux Imaging and Printing), a 3.16.5, que chega trazendo suporte para os modelos de impressoras HP OfficeJet 200 e HP OfficeJet Pro 8710, como também para os sistemas operacionais Ubuntu 16.04 LTS (Xenial Xerus) e Debian 8.4 (Jessie).
Além disso, também há compatibilidade com os modelos de impressoras HP OfficeJet Pro 8715, HP OfficeJet Pro 8740, HP OfficeJet Pro 8720, HP OfficeJet Pro 8725, HP LaserJet Pro M501n e HP LaserJet Pro M501dn. Os desenvolvedores também implementaram no software o suporte para a tecnologia Qt 5.
Para quem ainda não está muito familiarizado com o HP Linux Imaging and Printing, saiba que ele é uma iniciativa open source para levar os drivers de impressora mais recente da HP para os sistemas operacionais baseados no kernel Linux. O software tem uma equipe de desenvolvimento muito ativa trabalhando por trás dele, liberando atualizações de manutenção pelo menos uma vez por mês.
Para instalar o HPLIP, basta buscar pelo nome do software na loja de aplicativos da sua distribuição Linux.
Com informações de Softpedia, HPLIP e LinuxBuzz.
Linus Torvalds faz pronunciamento no lançamento do Linux 4.6
23 de Maio de 2016, 18:08Após sofrer um atraso, a versão 4.6 do kernel Linux finalmente disponibilizada recentemente. O lançamento foi feito contando com um pronunciamento de Linus Torvalds, o criador do kernel e da plataforma homônima, que explicou o motivo da atualização chegar com um pouquinho de atraso: foi realizado um número ainda maior de correções do que o previsto inicialmente.
A versão traz algumas correções para drivers, diversas atualizações para algumas arquiteturas de hardware, alterações na pilha de rede e melhorias para o kernel e para alguns dos sistemas de arquivos. Com isso, quem usa os sistemas de arquivos OrangeFS, XFS, Btrfs, EXT 4 e F2FS terão sua performance de uso aprimorada.
Os processadores Snapdragon 820, da Qualcomm, e o Power 9, da IBM, ganharam suporte, e usuários de notebooks Dell se beneficiarão com as mudanças de drivers, que agora permitem uma maior interação. Usuários de Raspberry Pi também sentirão uma melhoria na performance dos gráficos 3D.
Torvalds ainda disse que começará a trabalhar na versão 4.7 nos próximos dias e que pretende disponibilizar essa nova atualização para daqui a aproximadamente dois meses.
Com informações de The Register e Canaltech.