Inscrições abertas para o Prêmio ARede 2013
5 de Junho de 2013, 21:00 - sem comentários aindaForam abertas hoje as inscrições para a 7ª edição do Prêmio ARede, criado com a proposta de reconhecer, divulgar e estimular ações de inclusão social que envolvam as Tecnologias da Informação e da Comunicação.
Podem concorrer iniciativas nas áreas de internet, rádio, vídeo e outros meios multimídia, de qualquer parte do país, desenvolvidas por organizações da sociedade civil, governos de todas as instâncias, fundações, institutos e empresas.
Em sete anos de existência, o Prêmio ARede já reuniu mais de mil projetos. A premiação dá visibilidade ao trabalho de ativistas anônimos, subsidia a formulação de políticas públicas e fortalece iniciativas que recebem apoio do setor privado. Além dos premiados em cada categoria, o Prêmio ARede elege a Personalidade do Ano, homenageando um profissional ou uma profissional que tenha se destacado pelo empenho em fazer avançar a inclusão digital no país.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.premioarede.inf.br, até 15 de julho.
Cada concorrente pode inscrever até três projetos. Os vencedores serão conhecidos no dia 28 de outubro, em uma cerimônia que terá presença de organizações da sociedade civil, autoridades e representantes de setores econômicos.
A revista ARede defende o acesso às tecnologias da informação e da comunicação (TICs) como um direito de todo cidadão. E acredita que os recursos digitais são poderosas ferramentas para o desenvolvimento de indivíduos e de comunidades. Por esse motivo, promovemos todos os anos uma premiação para os melhores projetos de inclusão social que utilizam as novas tecnologias.
Conheça as modalidades e categorias do Prêmio:
Prêmio Especial Educação
Para projetos que usem TICs na Educação.
Setor Público
Para órgãos públicos nas três esferas governamentais, municipal, estadual e federal; empresas públicas e fundações de empresas públicas
Categorias:
- Tecnologia para acessibilidade
- Capacitação e formação
- Conteúdo de interesse público
- Serviços aos usuários e a comunidades
Setor Privado
Para empresas privadas, fundações de empresas privadas, lan houses privadas
Categorias:
- Tecnologia para acessibilidade
- Capacitação e formação
- Conteúdo de interesse público
- Serviços aos usuários e a comunidades
Terceiro Setor
Para organizações da sociedade civil
Categorias:
- Tecnologia para acessibilidade
- Capacitação e formação
- Conteúdo de interesse público
- Serviços aos usuários e a comunidades
Conheça os vencedores de 2012
Especial Educação
Enter Jovem Plus
Personalidade do Ano
Beatriz Tibiriçá
Terceiro Setor
Acessibilidade:
Um olhar para a cidadania
Capacitação:
Mawo – Casa de Cultura Ikpeng
Conteúdo:
Revista Espírito Livre
Serviços:
Conexão Amazônica – Barco-hospital Abaré
Sustentabilidade
Rede de Jovens Comunicadores do Semiárido Mineiro
Setor Público
Acessibilidade:
Uso do QR Code em etiquetas acessíveis para deficientes visuais
Capacitação:
Universidade do Trabalho Digital
Conteúdo:
Rede São Paulo Saudável
Desenvolvimento Tecnológico:
Projeto Participar
Serviços:
Portal Rede Cidadania
Setor Privado
Acessibilidade:
VozMóvel: Mobilidade, Informação e Comunicação ao alcance de todos
Capacitação:
Projeto Eu-Cidadão: Inclusão Digital e Cidadania
Conteúdo:
Portal Rio sem dengue
Com informações de ARede.
Mozilla anuncia tablet com Firefox OS
4 de Junho de 2013, 21:00 - sem comentários aindaA Mozilla Foundation ainda não começou a vender seus aparelhos com sistema operacional Firefox OS, de código aberto, e já mostrou na Computex, feira de tecnologia que acontece em Taiwan de 4 a 8 de junho, um protótipo de tablet com o sistema.
A imprensa e o público não podem, por enquanto, tocar no protótipo, que apenas exibe imagens do que será o Firefox OS para tablets. As características técnicas do aparelho, preços e data de lançamento não foram divulgadas.
A Fundação Mozilla anunciou que o produto é fruto de uma nova parceria, estabalecida com a Foxconn, fabricante de eletrônicos com fábricas em todo o mundo, inclusive no Brasil. Segundo a Mozilla, a Foxconn vem ajudando a criar não apenas novos dispositivos, como a criar aplicativos e um sistema em nuvem ao qual o Firefox OS poderá se conectar.
Telefones com o sistema da raposa estão previstos para desembarcar no Brasil ainda este mês. Segundo representantes da Fundação, os dispositivos serão criados com foco em mercados emergentes, como América Latina, África e Ásia.
Confira o protótipo mostrado na Computex:
Com informações de ARede.
Redes sociais enfrentam teste de liberdade de expressão
4 de Junho de 2013, 21:00 - sem comentários aindaNum julgamento histórico de 1964 que deliberou sobre obscenidade, o juiz Potter Stewart recusou-se a definir pornografia com uma frase famosa: “Mas reconheço-a, quando a vejo”. Cinquenta anos depois, as redes sociais são a nova referência para julgar o que é ofensivo e o que é liberdade de expressão.
Facilitar a livre expressão ao mesmo tempo em que se controla o conteúdo ofensivo tornou-se um teste controvertido e um desafio tecnológico para redes sociais como Pinterest, Facebook, Twitter e Tumblr, principalmente por elas criarem um ambiente que é atraente para anunciantes e parceiros comerciais.
Outras empresas de internet, como Google e Yahoo, conseguiram criar algoritmos para controlar o tipo de conteúdo que aparece ao lado de determinado tipo de anúncios. O Google, por exemplo, pode garantir que anúncios de imobiliárias não apareçam ao lado de resultados de buscas de incêndios nas matas que destroem residências. Essa prática, que tem raízes na publicidade tradicional de jornais e televisão, evita que anúncios de empresas aéreas sejam mostrados no contexto de matérias jornalísticas ou filmes de televisão sobre acidentes com aviões.
Porém, nas redes sociais o conteúdo é criado pelos usuários e muda constantemente. Se as redes censurarem demais o conteúdo, perdem a confiança e as prodigiosas mensagens de seus usuários. Se não policiarem o suficiente, ofendem outros usuários e afastam anunciantes.
Algoritmos para textos e imagens ofensivos
Isso é um desafio para o Facebook, que na semana passada (28/5) concordou em reavaliar e melhorar seus procedimentos de moderação online depois que vários anunciantes retiraram sua publicidade da rede. Isso ocorreu na esteira de protestos por parte de uma coalizão de grupos de mulheres insatisfeitas com o fato de várias marcas terem os anúncios de seus produtos colocados ao lado de imagens que toleravam a violência contra as mulheres.
O Facebook, cuja principal característica e mais procurada pelos anunciantes de imobiliárias é uma corrente contínua de atualizações e fotos de amigos de usuários, monitora e censura conteúdo ofensivo, mas sua política nem sempre satisfaz a todos.
Outras redes sociais adotaram abordagens diferentes. O Pinterest flexibilizou suas políticas de conteúdo para permitir mais imagens de nus por solicitação de artistas e fotógrafos, enquanto o Yahoo prometeu, após comprar o Tumblr, manter a política de não remover conteúdo adulto explícito. O Twitter tem uma política semelhante. “Enquanto empresa de mídia, você não quer proibir os usuários de criar o conteúdo que quiserem produzir”, diz Brian Wieser, analista da Pivotal Research. “Ao mesmo tempo, você não quer deixar dinheiro em cima da mesa ou permitir que o conteúdo provoque a implosão de uma marca.”
O grande número de pessoas necessárias à equipe que monitora o conteúdo produzido pelos usuários complica ainda mais o problema. Empresas como o Google e o Yahoo desenvolveram algoritmos que funcionam para textos e mesmo imagens ofensivos – que usam, principalmente, para evitar colocar anúncios ao lado desse conteúdo. Mas o Facebook e o Pinterest ainda confiam no ser humano para filtrar a maior parte do conteúdo questionável.
Mais procurados, mais bem pagos
Cerca de 2,5 bilhões de itens de conteúdo são compartilhados diariamente no Facebook. Várias centenas de pessoas, em quatro cidades – Menlo Park, Austin, Dublin e Hyderabad – analisam cada trecho do conteúdo denunciado por usuários e, em alguns casos, como pornografia infantil e violência explícita, os repassam à polícia.
Muitas vezes, o conteúdo nas redes sociais é muito enfeitado, envolto numa sátira e sarcasmo que as máquinas e os algoritmos têm grande dificuldade em compreender. Várias imagens que perturbaram anunciantes no Facebook não eram ofensivas por si, mas as legendas introduzidas pelos usuários as tornavam ofensivas, como a foto de um jovem segurando uma mulher desmaiada em seus braços com uma legenda que sugeria uma droga para estupro. O problema com este tipo de mensagem é que inúmeros usuários do Facebook as “curtem”. A única maneira para o Facebook tomar conhecimento da mensagem é se outros usuários a denunciarem como ofensiva.
O Facebook tem algoritmos que ajudam a priorizar imagens e posts que precisem urgentemente de uma revisão humana. No entanto, esses algoritmos rastreiam conexões de rede, tais como de que maneira a pessoa que está divulgando o conteúdo conheceu a pessoa que o está postando, ou se a mesma pessoa divulga conteúdo muitas vezes e se o Facebook decide, em geral, aceitá-lo – em outras palavras, se essa pessoa, em geral, age corretamente.
Normalmente, a decisão de remover conteúdo cabe, em última instância, a um moderador, que deve determinar se um conteúdo é altamente subjetivo, examinando caso por caso. O desafio para novas empresas de mídia social é que esses processos, que se desenvolvem com base humana, são muito difíceis de ampliar acompanhando o crescimento da rede social.
A automação exige examinar cuidadosamente uma enorme porção de informações, assim como cientistas de dados, para fazer a análise. Os engenheiros que redigem programas para limitar o conteúdo ofensivo na internet estão entre os profissionais mais procurados e mais bem pagos do Vale do Silício, segundo Shuman Ghosemajumder, estrategista da empresa de segurança digital Shape Security e ex-chefe de segurança do sistema de anúncios do Google. “Quem conseguir construir um sistema como este, que torna milhares de empregados cem vezes mais eficientes, contribuirá com um valor excepcional para a organização”, diz ele.
Por April Dembosky, repórter do FT, cobre tecnologia e o Vale do Silício; Robert Cookson é correspondente de mídia digital do jornal.
Tradução: Jô Amado, edição de Leticia Nunes. Informações de April Dembosky [“Social networks face free-speech tests”, Financial Times, em San Francisco; colaborou Robert Cookson, de Londres, 30/5/13]
Com informações do Observatório de Imprensa.
Wikileaks divulga dossiê sobre julgamento de fundador do Pirate Bay
4 de Junho de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
O portal Wikileaks divulgou no último dia 19 um extenso dossiê a respeito do julgamento de Gottfrid Svartholm Warg (apelido Anakata), um dos fundadores do site de compartilhamento de arquivos The Pirate Bay. Os documentos foram obtidos pelo portal através da lei de livre acesso à informação estadunidense (FOIA).
O julgamento de Gottfrid começou no dia 20 de maio de 2013 em Estocolmo, Suécia. O material do Wikileaks inclui os interrogatórios com Gottfrid, além da correspondência dele com sua mãe, Kristina Svartholm. As correspondências de seu co-acusado, do Ministro de Relações Exteriores da Suécia e do embaixador sueco no Camboja também constam nos documentos. O material foi disponibilizado publicamente, mas a justiça sueca se recusou a divulgar os documentos em formato digital – fotocopiar esse material custou cerca de 350 libras esterlinas.
Svartholm Warg (Anakata) é um especialista em computação, membro-fundador do The Pirate Bay, bem como colaborador voluntário do Wikileaks (especificamente, no caso “Collateral Murder”, sobre a divulgação de barbaridades estadunidenses acerca da Guerra do Iraque). Outras cinco pessoas, além de Gottfried, estão sendo processadas pelo FBI por colaborarem neste vazamento do Wikileaks.
Por pedido das autoridades suecas, Svartholm Warg foi preso no Camboja em 30 de agosto de 2012. Ele foi colocado sob custódia pelas autoridades cambodianas em uma unidade “anti-terrorista”. Ele foi ostensivamente preso porque seu visto cambodiano e seu passaporte sueco haviam expirado. Seu visto tinha expirado no dia 13 de agosto, e não poderia ser renovado. O passaporte havia expirado em 13 de janeiro.
Se esperava que ele voltasse para a Suécia para responder às acusações no julgamento sobre o Pirate Bay. Na realidade, uma nova investigação foi aberta contra Gottfrid por violação de dados da empresa Bisnode Information AB. A polícia sueca também estava investigando o caso por fraude grave. A descrição da investigação sueca endereçada às autoridades cambodianas diz:
“Invasões foram feitas contra – entre outros – em um computador mainframe por uma empresa privada que hospeda grandes quantidades de informações pessoais e dados de censo da Agência Tributária Sueca, incluindo dados pessoais protegidos, além de informações de natureza financeira. Grandes quantidades de dados da Autoridade Executiva [Kronofogdomyndigheten] e da Polícia (através de um contratante privado, atualmente a Bisnode) também foram acessados. Estes dados não só foram acessados como também extensivamente copiados. Os dados acessados podem causar dano considerável às autoridades, empresas e indivíduos. A invasão tratada pela investigação criminal em andamento é provavelmente o caso mais sério sofrido pelos sistemas governamentais suecos de TI.”
Entretanto, os documentos disponibilizados indicavam que a preocupação de algumas empresas envolvidas é a publicidade negativa causada pela brecha de segurança pode ser mais prejudicial do que a invasão em si.
Existe também a ameaça de sanções comerciais feita pelos Estados Unidos à Suécia caso as autoridades suecas não desativassem definitivamente o servidor do The Pirate Bay, a empresa PRQ, gerenciada por Anakata.
No dia 30 de agosto de 2012, Gottfrid é preso. O representante comercial norte-americano Ron Kirk desembarca em Phnom Penh, Camboja. Ele é inicialmente colocado no departamento de Anti-Terrorismo do Ministério do Interior.
No dia 5 de setembro, Kristina Svartholm, mãe de Gottfrid, relata em seu site que visitou o filho no departamento de Anti-Terrorismo, e ficou sabendo de um acordo assinado pelo embaixador Tom Abrahamsson que garantiria um repasse estadunidense de mais de 59 milhões de dólares ao Camboja, para “reforçar a democracia cambodiana”. No dia seguinte, Gottfrid desaparece. Há um desencontro de informações: o Ministro do Interior diz que ele foi para a embaixada. O Ministro sueco para Assuntos Externos nega a Kristina por telefone que seu filho esteja na embaixada.
No dia 7 de setembro de 2012, o Ministro do Interior cambodiano, Sar Kheng, assina a deportação de Gottfrid. No dia 10, Gottfrid reaparece numa cela dentro do Ministério do Interior, e é escoltado por policiais suecos de Estocolmo até Bangkok.
As autoridades suecas negam qualquer ligação entre o repasse milionário feito pelos Estados Unidos e a prisão de Gottfrid. O porta-voz da organização Cambodian Defenders Project, Sok Sam Oeun, disse que as autoridades cambodianas e suecas confundiram os conceitos de deportação e extradição a fim de limitar as opções legais de Gottfrid.
Recentemente, Anakata negou em tribunal acusações de hackear a empresa sueca Logica, que trabalha com questões tarifárias locais. Gottfrid ainda aguarda os desdobramentos de seu julgamento.
[[ Fontes: Wikileaks, QNRQ.se e TorrentFreak ]]
Tradução e adaptação: Felipe Magnus Gil
Licença Creative Commons BY-SA
Fonte: Observatório Pirata
Governo turco culpa redes sociais por protestos
4 de Junho de 2013, 21:00 - sem comentários aindaO primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou, em um discurso televisionado no domingo [2/6], que os distúrbios ocorridos na última semana em cidades como Istambul e Ancara têm três culpados: o principal partido da oposição, o Partido Republicano do Povo; “elementos extremistas”; e as redes sociais.
Milhares de jovens se reuniram desde o fim da semana passada para protestar contra o projeto urbanístico de renovação do parque Taksim Gezi, em Istambul – com o plano de derrubada das árvores para a construção de uma mesquita. As manifestações, que acabaram se espalhando para outras cidades, foram combinadas em grande parte na internet, sob a hashtag #direngezipark? (“O parque Gezi resiste”).
“Esta coisa que chamam de redes sociais não é mais que uma fonte de problemas para a sociedade atual”, afirmou o premiê, mostrando-se irritado principalmente com o Twitter. “Ali são difundidas mentiras absolutas”. Curiosamente, Erdogan tem conta no microblog, com mais de 2.700.000 seguidores.
No sábado e no domingo, muitos dos trending topics do Twitter – os temas que mais aparecem em postagens no microblog – tinham relação com os protestos turcos. Figuras públicas como o ator e fotógrafo Okan Bayülgen ganharam milhares de novos seguidores por denunciar a repressão policial e pedir que a mídia do país cubra mais ativamente a manifestação popular.
Muitos dos protestos pedem a saída de Erdogan. Ainda que o governo do primeiro-ministro tenha impulsionado o crescimento econômico, ele divide opiniões dentro do país por sua posição radical contra o regime sírio (que alguns consideram perigosa à segurança turca) e por medidas controversas, como a que visa a coibição da venda de bebidas alcoólicas.
O número de telefones celulares por habitante é menor na Turquia (88 linhas a cada 100 habitantes) do que no Egito (101 por 100), por exemplo, onde as manifestações populares contra o governo tiveram grande apoio das redes sociais. Ainda assim, a atuação dos turcos no Twitter é bastante expressiva.
Tradução e edição: Leticia Nunes. Informações de Thiago Ferrer Morini [“El Gobierno turco contra Twitter”, El País, 3/6/13]
Com informações de Observatório de Imprensa.