No Brasil, 74,9 milhões de pessoas nunca usaram a internet
21 de Junho de 2013, 10:12 - sem comentários aindaPesquisa divulgada hoje pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br) aponta que 74,9 milhões de brasileiros nunca acessaram a internet. O número equivale a 45% da população. O estudo foi feito entre 1º de setembro de 2012 e 13 de fevereiro de 2013. Foram realizadas mais de 17 mil entrevistas, em todo o Brasil.
Outra constatação foi que 49% dos brasileiros com 10 anos ou mais usam internet, superando pela primeira vez aqueles que nunca acessaram a rede (45%). Entretanto, ainda é muito grande a diferença na proporção de domicílios com acesso à Internet entre as áreas urbana (44%) e rural (10%).
A TIC Domicílios 2012 revela também que o acesso à Internet em lanhouses caiu e que o domicílio continua crescendo como principal local de conexão. Outro destaque fica por conta do aumento da proporção de domicílios conectados à Internet na região Nordeste, que em 2012 atingiu 27%.
Os dados mostram também que houve um aumento na proporção de domicílios com acesso à internet nas cinco regiões geográficas brasileiras. Em 2012, 40% dos domicílios brasileiros já tinham acesso à internet. Em 2011, esse número era de 36%. A região Sudeste permanece com a proporção mais alta de acessos (48%), seguida pelas regiões Sul (47%), Centro-Oeste (39%), Nordeste (27%) e Norte (21%). O maior crescimento ocorreu na região Nordeste, que passou de 21% em 2011 para 27% em 2012.
A pesquisa registra o uso de tecnologia nos domicílios brasileiros, mas também levanta dados de acesso em locais como lanhouses e por meio de dispositivos móveis, como computadores portáteis e celulares. O local de acesso mais citado (74%) continua sendo o próprio domicílio.
O acesso em lanhouses caiu oito pontos percentuais e chegou a 19% em 2012. Porém, entre as classes D e E, esse continua sendo o local de acesso mais citado na pesquisa. O acesso à rede nos telecentros caiu dois pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Este ano, 4% das pessoas afirmaram usar centros públicos de acessos gratuito, ante 6% na edição 2011 do estudo.
Aumentou, ainda, a presença de tecnologias móveis nas casas. Entre os domicílios que têm computador, a metade tem um computador portátil: a proporção cresceu de 41% para 50%. A proporção de usuários de telefone celular que acessam a internet por smartphone cresceu em 2012, alcançando 24%. Em 2011, esse tipo de uso era menos comum (18%).
Perfil do internauta
Um dado interessante que ajuda a entender o perfil de quem está conectado à Internet nos domicílios brasileiros é a diferença de acesso entre as áreas urbanas e rurais. O uso de internet nas áreas urbanas é maior (54%) do que na zona rural (18%). Proporcionalmente, a maioria dos indivíduos que nunca usaram a Internet vive na zona rural (77%), mas em números absolutos a maioria está na zona urbana (56 milhões). O acesso a essas tecnologias na área rural permanece praticamente estável ao longo da série histórica (18%), desde 2008.
O CETIC.br também pesquisou a velocidade e as questões de infraestrutura da rede. Aumenta ao número de pessoas que navegam na internet todos os dias. Em 2008, eram 53% dos internautas. Em 2012, 69%. A faixa de maior velocidade da conexão, acima dos 2 Mbps, cresceu, entre 2008 e 2012, de 6% para 32%. Mas 9% das pessoas ainda usam internet com velocidades de até 256 kbps. E 20% têm conexão entre 1 Mbps e 2 Mbps.
Alexandre Barbosa, gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br) observa: “A frequência de uso diária e a velocidade da conexão vêm crescendo de forma significativa entre os usuários de internet no Brasil. Isso implica oportunidades para o uso de novas aplicações”.
Para ele, os números mostram a dificuldade dos governos em desenvolver políticas públicas de inclusão. “As políticas não estão dando conta de resolver o problema. Desoneração, banda larga popular atingiram principalmente os mercados já desenvolvidos do Sul e Sudeste”, diz Barbosa, para quem políticas como o uso do 4G para ampliar a banda larga rural ainda vão demorar cerca de dois anos para surtir efeito.
Com informações de ARede.
Inscrições online para o fisl14 vão até domingo, 23/06
20 de Junho de 2013, 13:08 - sem comentários aindaAs inscrições online para a participação na 14a edição do Fórum Internacional Software Livre (fisl14) serão encerradas no próximo domingo, 23 de junho. O cadastro ainda pode ser realizado na página de inscrições. Até a data limite, o preço da inscrição vai de R$ 115,00 (preço com 50% de desconto para estudantes e caravanas de participantes) a R$ 230,00. Após essa data as inscrições poderão ser feitas no próprio local do Fórum, no Centro de Eventos da PUCRS e custarão de R$ 140,00 a R$ 280,00. Também ainda estão disponíveis as inscrições para Grupos de Usuários (GUs).
Em 2013, as atividades serão distribuídas em dez trilhas principais: Academia Livre, Administração, Desenvolvimento, Educação, Encontros Comunitários, Hardware Livre, Jogos e Multimídia, Negócios e Tópicos Emergentes e a trilha Aaron Swartz, além da apresentação de pesquisas acadêmicas no WSL, o Workshop Software Livre, que reunirá pesquisadores de diversos países.
Com informações do fisl14.
Lançado Ardour 3.2 com suporte a vídeo
20 de Junho de 2013, 12:56 - sem comentários aindaPaul Davis, o desenvolvedor líder do Ardour, anunciou recentemente o lançamento da versão 3.2 de sua estação de trabalho de áudio digital de código aberto (DAW – Digital Audio Workstation). A adição de maior destaque nessa versão é o suporte para vídeo, uma funcionalidade na qual o desenvolvedor Robin Gareus “esteve trabalhando por alguns anos”, de acordo com Davis. O suporte para vídeo permite que os usuários do DAW possam extrair, editar e mixar de forma fácil as trilhas de áudio associadas com o vídeo, enquanto são capazes de ver o vídeo em um preview.
A nova funcionalidade de vídeo pode apresentar trilhas de vídeo importadas com granularidade frame-by-frame em uma timeline, além de permitir que os usuários possam travar as trilhas de áudio para frames de vídeo individuais. Após o trabalho de edição ter sido finalizado, os usuários podem então exportar a trilha de áudio mixada para o novo arquivo de vídeo.
A funcionalidade foi projetada de forma modular e várias estações de trabalho podem ser combinadas para que assim uma delas apresente a timeline do vídeo enquanto outra permite que o usuário possa editar o áudio. Um servidor de vídeo dedicado também pode ser adicionado para essa configuração, que então cuidará do processo de decodificação e arquivamento atual dos arquivos editados e seus ativos. Porém, o desenvolvedor destaca que, atualmente, o Ardour não oferece a capacidade de edição de vídeo.
Dentre outras alterações no Ardour 3.2, destacamos a capacidade de encadear vários plugins LV2, um workflow de gerenciamento de janelas e alguns tweaks de interface de usuário. Os desenvolvedores também corrigiram um número de bugs e implementaram melhorias nas traduções para o Alemão e o Francês no programa.
O código fonte do Ardour 3.2 está disponível para download do web site do projeto sob a licença GPLv2 ou superior. Já os binários “prontos para rodar” podem ser adquiridos mediante pagamento do tipo “pague-quanto-puder”, iniciando do mínimo de US$ 1,00 (um dólar norte-americano), e os usuários também podem se cadastrar para efetuar pagamentos de US$ 1, US$ 4 ou US$ 10 por mês como suporte para o desenvolvimento desta aplicação. O modelo de assinatura foi criado para permitir que Davis possa trabalhar no Ardour em tempo integral.
Com informações de The H Online.
Comissão de Relações Exteriores se opõe a exclusividade do registro do termo ‘amazon’ na internet
20 de Junho de 2013, 12:28 - sem comentários aindaO presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE), senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) pediu, nesta quinta-feira (20), que a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) elabore um posicionamento oficial da comissão quanto ao pedido da empresa Amazon de exclusividade sobre o termo amazon na internet. O pleito da empresa americana, criticado por senadores e embaixadores, foi tema de audiência pública na comissão nesta manhã.
O pedido de registro do termo está em processo de avaliação na ICANN, sigla em inglês de Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números, e já foi contestado por Brasil e Peru. Caso seja aprovado o pedido de registro, o termo amazon será de uso exclusivo da empresa, em detrimento de interesses do Brasil e dos demais países que compõem a Amazônia Global. Qualquer organização desses países que quiser registrar um site com o final .amazon terá de pedir autorização prévia da empresa comercial detentora do domínio.
Ao final da audiência pública, a CRE aprovou ainda um voto de apoio e solidariedade aos membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), elaborado pela senadora Vanessa Grazziotin e relatado pela senadora Ana Amélia (PP-RS). Para Ana Amélia, a exclusividade do domínio .amazon seria mais maléfica que a proteção de outras palavras que já entraram em brigas de patentes, como “cupuaçu”.
- A palavra engloba todo um bioma, contendo flora, fauna, produção extrativa, conhecimentos tradicionais, cultura, enfim, uma complexidade de componentes, muitos dos quais utilizam a palavra “Amazônia” em sua denominação e cuja utilização poderia vir a ser ameaçada caso se propicie a pretendida proteção – afirmou Ana Amélia.
O processo na ICANN
A ICANN abriu um processo para registro de domínios (nomes ligados a endereços eletrônicos) na internet de janeiro a abril de 2012. Segundo o representante do Brasil na ICANN, embaixador Everton Lucero, foram feitos 1930 pedidos, entre eles, o da empresa Amazon pelo registro do termo amazon.
O pedido da empresa americana ainda está em processo de avaliação. De acordo com Lucero, durante o processo, é possível contestar os pleitos, o que já foi feito por Brasil e Peru por meio de um aviso prévio no caso do pedido da empresa americana.
- Em si, o aviso prévio não significa um veto. Ele significa que aquele que está pleiteando o nome saberá previamente que há uma preocupação a respeito – explicou.
O diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Benedicto Fonseca Filho, afirmou que já houve duas tentativas de consenso entre a empresa americana e os membros da OTCA , sem sucesso. A próxima tentativa será na reunião da ICANN em Durban, na África do Sul, que será realizada em julho. Em agosto essa avaliação inicial de cada pedido feito à ICANN deve ser concluída.
Preocupação do Brasil
Fonseca Filho deixou claro que não há um litígio entre a empresa Amazon e o governo brasileiro. No entanto, ele se mostrou preocupado com alguns direcionamentos e decisões da ICANN contrários a recomendações do Comitê Gestor de Governos (GAC) da própria instituição.
- Houve um tempo longo em que houve um certo pacto de cavalheiros em que as recomendações do comitê governamental eram seguidas pela ICANN. Isso, a partir de 2011, deixou de acontecer – afirmou.
O embaixador do MRE explicou que, em 2007, quando as regras do processo de registro de domínios estavam sendo discutidas, o Comitê Governamental fez uma recomendação à direção da ICANN para que não fossem objeto de pedido de registro os nomes ligados ao patrimônio, geografia e cultura dos países. Segundo ele, essa recomendação não foi atendida e é a raiz do problema.
Fonseca Filho disse ainda que o Brasil mantém uma crítica à ICANN pelo fato de ela estar constituída sob a legislação dos Estados Unidos. Segundo ele, no caso de um litígio jurídico entre os países amazônicos e a empresa Amazon, quem decidiria seria um juiz da Califórnia.
- Essa situação nos parece absurda e o governo brasileiro desde o início tem contestado isso – afirmou.
Everton Lucero afirmou, no entanto, que como ainda não foi tomada nenhuma decisão de registro de domínios, não se pode dizer que a entidade vai desconsiderar as orientações do Comitê Gestor. Ele disse que levará todas as preocupações à alta direção da corporação e garantiu que a ICANN levará em consideração as questões políticas envolvidas no caso.
Soberania ameaçada
Para o secretário-geral da OTCA, embaixador Robby Ramlakha, depender de uma empresa comercial que não tem nada a ver com a Amazônia ameaça a soberania dos países amazônicos.
- Para nós, oito países independentes, soberanos, pedir permissão a essa empresa para proteger o nosso domínio, para proteger a nossa identidade, a nossa cultura, vai longe de mais – afirmou.
Durante a audiência, a senadora Vanessa Grazziotin anunciou a campanha, lançada nesta quarta-feira (19), que está recolhendo assinaturas contra o pleito da empresa Amazon. Para participar, basta acessar o endereço eletrônico www.nossaamazonia.org.br. As assinaturas recolhidas serão entregues na reunião do Comitê Gestor de Governos (GAC) da ICANN na reunião de Durban, na África do Sul.
Com informações da Agência Senado.
Lançado Webconverger 20
20 de Junho de 2013, 11:32 - sem comentários aindaO desenvolvedor e mantenedor do Webconverger, Kai Hendry, anunciou o lançamento do seu Webconverger 20, uma nova versão da distribuição baseada no Debian que foi projetada exclusivamente para navegação na Internet e para o uso de aplicativos baseados na web (por exemplo, Google Docs). Esse lançamento é uma versão estável, apresentando: Firefox 21 com atualizações de segurança do Flash, um dist-upgrade, com base em Progress Linux 2.0.
A nova versão traz imagens de 441 MB a 357 MB, economizando cerca de 60 MB, removendo arquivos que o utilizador não vai precisar; traz ainda ajustes para forçar a visualização de PDFs. Se você estiver usando a versão de instalação recomendada do Webconverger, você deve atualizar continuamente de forma incremental, a cada vez que o sistema for atualizado. Para quem não conhece a aplicação, Webconverger é um sistema Live, com base no Debian GNU/Linux, projetado para implantações em locais como escritórios ou cibercafés, onde apenas aplicações Web são utilizadas.
Confira a nota de lançamento aqui.
Com informações de Webconverger e Under-Linux.