União Europeia quer que líderes ampliem proteção de dados na internet
15 de Julho de 2013, 18:35 - sem comentários aindaA porta-voz da Comissão Europeia, Viviane Reding, apelou hoje (15) para que os líderes da União Europeia (que reúne 28 países) sigam o exemplo da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que anunciou a adoção de medidas que vão reforçar e uniformizar as regras para a proteção de dados veiculados pela internet. A iniciativa ocorre no momento em que há denúncias de espionagem, por parte dos Estados Unidos, a cidadãos e autoridades estrangeiras, inclusive europeias.
“A Europa tem que permanecer unida nessa questão, que está no coração dos valores europeus, refere-se diretamente aos direitos fundamentais dos cidadãos da União Europeia e é, além disso, de grande importância para o mercado único europeu”, disse a porta-voz.
“Apelo a todo os Estados-Membros que sigam a liderança da chanceler Merkel na proteção de dados, de forma que a reforma da proteção de dados da União Europeia, apresentada pela Comissão em 25 de janeiro de 2012, possa ser finalizada antes das eleições para o Parlamento Europeu, em maio de 2014. Essa seria uma base sólida para uma voz única e forte da Europa nas negociações transatlânticas em curso com os Estados Unidos”, ressaltou a porta-voz.
Ontem (14) Merkel defendeu a implementação de uma regulamentação europeia para proteger de forma mais ampla os dados privados dos cidadãos europeus disponíveis na internet. Ela sugeriu, por exemplo, que as empresas da internet como Facebook e Google, entre outras, sejam obrigadas a indicar nos países europeus a quem transmitem os dados de seus usuários.
Com informações da Agência Brasil.
Bogotá também investe em internet grátis
14 de Julho de 2013, 12:13 - sem comentários aindaBogotá, na Colômbia, também acrescentou a suas políticas de desenvolvimento a oferta gratuita de internet sem fio. O projeto, tocado pela Empresa de Telecomunicações de Bogotá (ETB) pretende beneficiar cerca de 2 milhões de cidadãos.
Batizado de Bogotá Humana, o projeto de WiFi público pretende reduzir a exclusão digital e revitalizar áreas públicas de alto tráfego de cidadãos. Algumas áreas já foram contempladas na primeira parte do projeto, iniciada em agosto de 2012, como a Praça de Bolívar, o corredor da Carreira Sétima entre as ruas 19 e 26 e entre as ruas 11 e Avenida Jiménez, e os parques Simón Bolívar, San Cristóbal e El Tunal. Também estão conectados o Chorro de Quevedo, o Centro Memoria, Paz y Reconciliación e a Praça de Rosario.
Para usar o serviço, as pessoas devem se concetar à rede denominada WIFI_BOGOTA. O serviço opera as 24 horas do dia, de segunda-feira a domingo. Bogotá é a segunda cidade da Colômbia a ter pontos gratuitos de internet depois de Bucaramanga, que tem 98 pontos de acesso e conexões em escolas públicas.
Os pontos de conexão permitem que os usuários acessem a uma velocidade de 300 Mbps. A cidade planeja expandir a cobertura a, pelo menos, 30 novas áreas no decorrer de 2013. A expectativa é expandir a cobertura para outros espaços públicos, como praças de mercado e sistemas de transporte público, como Transmilenio.
Com informações de ARede.
Declaração de Snowden em Sheremetyevo
14 de Julho de 2013, 11:23 - sem comentários aindaEdward Joseph Snowden fez uma declaração a organizações de direitos humanos e indivíduos que se reuniram com ele no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou, às 17h do dia 12/07/2013, 6ª-feira.
A reunião durou 45 minutos. Dentre outras organizações de Direitos Humanos estavam presentes Amnesty International e Human Rights Watch, que, depois da declaração, puderam fazer perguntas ao Sr. Snowden.
>A seguir, a declaração:
Declaração de Snowden em Sheremetyevo
Boa-tarde. Meu nome é Ed Snowden. Há pouco mais de um mês, eu tinha família, um lar no paraíso, e vivia com grande conforto. Tinha também meios para, sem qualquer ordem judicial, procurar, avaliar e ler as comunicações de vocês todos. Comunicações de qualquer pessoa, a qualquer momento. É o poder para mudar o destino das pessoas.
E também é grave violação da lei. As 4ª e 5ª Emendas da Constituição do meu país, artigo 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e inúmeros estatutos e tratados proíbem tais sistemas de vigilância pervasiva massiva. Enquanto a Constituição dos EUA define esses programas como ilegais, o meu governo argumenta que decisões tomadas por tribunais secretos, que o mundo não tem permissão para ver, legitimam, de algum modo aquele procedimento ilegal. Essas decisões de tribunais secretos corrompem, simplesmente, as noções mais básicas da Justiça – que a Justiça, para ser feita, tem de trabalhar às claras. O imoral não pode ser transformado em moral por força de lei secreta.
Acredito no princípio declarado em Nuremberg em 1945:
Os indivíduos têm deveres internacionais que transcendem as obrigações nacionais de obediência. Portanto, cidadãos, indivíduos, têm o dever de violar leis domésticas para impedir que se cometam crimes contra a paz e a humanidade.
Assim, fiz o que acreditei ser certo e comecei uma campanha para corrigir esses malfeitos. Não procurei riqueza para mim. Não procurei vender segredos dos EUA. Não colaborei com qualquer governo estrangeiro para garantir minha segurança. Em vez disso, levei o que eu sabia para a opinião pública, para que o que nos afeta todos nós possa ser discutido por todos nós à luz do dia e pedi justiça ao mundo.
Essa decisão moral de contar à opinião pública sobre a espionagem que nos afeta todos foi difícil e custosa, mas foi a coisa certa a fazer, e não carrego nenhum arrependimento.
Desde aquele momento, o governo e os serviços de inteligência dos EUA vêm tentando converter-me em exemplo, um alerta a todos os outros que possam decidir falar, como eu decidi. Já me converteram em apátrida e estou sendo caçado por meu ato de expressão política. O governo dos EUA pôs meu nome em listas de pessoas proibidas de voar no mundo. Exigiu que Hong Kong me entregasse, em ato contrário às próprias leis, em violação direta do princípio da não devolução – a Lei das Nações. Ameaçou com sanções os países que decidiram defender meus direitos humanos e o sistema de asilo da ONU. O governo dos EUA tomou até a medida, sem precedentes, de ordenar a exércitos aliados que forçassem o pouso de um avião presidencial no qual viajava o presidente de um país latino-americano, para revistá-lo à procura de um refugiado político. Essa perigosa escalada representa uma ameaça não só à dignidade da América Latina, mais aos direitos básicos de todos os seres humanos, de todas as nações, de viver livres de perseguição e de buscar asilo e de asilar-se.
Contudo, mesmo ante essa agressão historicamente desproporcional, países em todo o mundo ofereceram-se apoio e asilo. Essas nações, entre as quais Rússia, Venezuela, Bolívia, Nicarágua e Equador, têm minha gratidão e meu respeito, por terem sido as primeiras a erguer-se contra as violações de direitos humanos cometidas pelos poderosos, mais do que pelos sem poder. Ao se recusar a ceder os próprios princípios ante a violência da intimidação, todos esses países se fazem credores do respeito do mundo. Tenho intenção de viajar a cada um desses países, para apresentar meus agradecimentos, pessoalmente, aos governos e aos cidadãos.
Anuncio hoje que formalmente aceito todas as ofertas de apoio ou de asilo que recebi e todas as que venham a ser-me oferecidas no futuro. Com, por exemplo, a garantia de asilo que me deu o presidente Maduro da Venezuela, meu estatuto de asilado é hoje formal – e nenhum estado tem base legal para limitar ou interferir no meu direito de gozar o direito daquele asilo.
Mas, como vimos, alguns governos da Europa Ocidental e estados da América do Norte demonstraram já sua disposição para agir à margem da lei. E essa ameaça persiste ainda hoje. Essa ameaça ilegal torna impossível minha viagem para a América Latina e me impede de usufruir os meus direitos de asilo, direito garantido para todos os homens e mulheres do mundo.
A intenção manifesta de estados poderosos para agirem contra a lei é ameaça que pesa contra todos nós e não se pode deixar que se concretize.
Assim sendo, peço que me ajudem a obter o direito de livre passagem pelo espaço aéreo de nações necessárias para que se complete em segurança a minha viagem para a América Latina. Peço também asilo à Rússia, até que aqueles estados aceitem obedecer à lei e permitam que eu viaje em segurança. Hoje apresentarei à Rússia o meu pedido de asilo. Espero que seja aceito.
Se tiverem perguntas, responderei as que eu puder. Obrigado.
Fonte: http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/07/declaracao-de-snowden-em-sheremetyevo.html
Brasil usa mais redes sociais em smartphones que países dos BRICS e EUA
12 de Julho de 2013, 12:30 - sem comentários aindaDe acordo com a pesquisa Consumidor Móvel 2013 realizada pela Nielsen, (www.br.nielsen.com), provedora global de informações e insights sobre o que o consumidor assiste e compra, 84% dos brasileiros, entre 16 e 64 anos, utilizam algum tipo de celular, sendo 44% aparelhos básicos, 36% smartphones e 21% multimídia. Dos BRICS, a China é a que mais possui smartphones (66%) e a Índia apresenta o menor índice (10%). Além disso, 48% da população brasileira tem mais de um aparelho celular. Na Rússia, o cenário é parecido com 51% e na China com 36%.
De acordo com o Thiago Moreira, diretor de Telecom da Nielsen, ter mais de um celular ou um aparelho com mais de um chip é comum nos países em desenvolvimento, onde a modalidade de pagamento pré-pago é dominante. “Dessa forma, os consumidores aproveitam as promoções das operadoras”, esclarece o executivo.
Um dos destaques da pesquisa, realizada em dez países (Brasil, Rússia, Índia, China, Estados Unidos, Reino Unido, Coreia do Sul, Austrália, Turquia e Itália), aponta o Brasil como o que mais acessa as redes sociais por smartphones, com 75% de acesso. Nem mesmo nos Estados Unidos ou no Reino Unido atinge-se esse percentual, chegando apenas em 63% em ambas localidades. Na Rússia, Índia e China os usuários de smartphones utilizam, respectivamente, 59%, 26% e 62% das redes sociais.
“ O Brasil já possuía este destaque pela sua expressiva participação nas redes sociais, portanto este efeito foi replicado no mundo móvel, já esta plataforma é para alguns, uma extensão da conexão à internet, e para outros, o seu único ponto de contato com o mundo digital.”, pontua o diretor.
Quando se trata de aplicativos, 68% dos brasileiros baixam aplicativos de jogos, 67% de redes sociais, 51% de navegação de mapas e pesquisas e 49% de vídeos. E a frequência de acesso a vídeos chega a 33% entre os que assistem mais de duas vezes ao dia.
Pesquisa Sobre o Consumidor Móvel de 2013
O Relatório Sobre o Consumidor Móvel de 2013 da Nielsen consolida constatações de levantamentos, pesquisas customizadas e pesquisas sindicalizadas conduzidas ao redor do mundo em 2012. As metodologias de coleta de dados e as representações geográficas variam por país. Países em que a coleta de dados foi conduzida por meio de entrevistas pessoais ou telefônicas incluem a Índia e a Turquia. Para o Brasil, a busca por dados foi conduzida online, exceto para os dados sobre penetração de celulares e smartphones, que foram feitos por telefone.
No Brasil
O módulo de incidência foi conduzido por telefone, enquanto o módulo detalhado foi conduzido online, nacionalmente. O módulo de incidência entrevistou um total de 986 contatos aleatórios, entre 16 e 64 anos. Entrevistas detalhadas foram concluídas com 1.603 usuários de celulares, sendo 748 usuários de smartphones e 855 não usuários de smartphones. As entrevistas foram conduzidas durante abril e maio de 2012.
Sobre a Nielsen
Nielsen Holding N.V. (NYSE: NLSN) é uma empresa global de informação e pesquisa com posições de liderança nos mercados de marketing e informação do consumidor, televisão e mensuração do outros meios, inteligência online, pesquisa de celulares, feiras e propriedades relacionadas. A Nielsen está presente em aproximadamente 100 países, com sedes em Nova Iorque, EUA, e Diemen, Holanda. Para mais informações, por favor visite www.nielsen.com.
Com informações da assessoria da Nielsen.
CGI.br abre inscrições para o III Fórum da Internet no Brasil
12 de Julho de 2013, 11:00 - sem comentários aindaO III Fórum da Internet no Brasil, promovido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), está com inscrições abertas para todos que desejam participar de debates sobre os desafios atuais e futuros da Internet. Este ano, o Fórum será realizado na cidade de Belém, no Pará, entre os dias 03 e 05 de setembro com o lema “Construindo Pontes”. O principal objetivo é promover discussões que ajudem a mapear opiniões e preocupações semelhantes, assim como, diversidades que reflitam o caráter multissetorial e multilateral da governança da Internet no Brasil.
O evento contará com cinco trilhas temáticas, pensadas para os diferentes grupos do Fórum, sejam do terceiro setor, dos setores empresariais, acadêmicos e governamentais: a) Universalidade, Acessibilidade e Diversidade; b) Inovação Tecnológica e Modelos de Negócios na Internet; c) Cultura, Educação e Direitos Autorais na Internet; d) Privacidade, Inimputabilidade da Rede; e) Liberdade de Expressão e Neutralidade de Rede. As trilhas temáticas deste ano foram agrupadas de modo a atender as sugestões recebidas das diversas regiões do Brasil e buscam abranger a perspectiva dos diversos setores que compõem o CGI.br, como a sociedade civil organizada, os representantes e pesquisadores da academia, os representantes governamentais e os empresários do setor.
Os debates que acontecerão no III Fórum serão preparatórios à participação brasileira no Internet Governance Forum (IGF), um importante encontro que acontecerá em Bali, na Indonésia, de 22 a 25 de outubro, que envolve governos, empresas, organizações da sociedade civil e especialistas do mundo inteiro interessados em discutir e desenvolver políticas públicas relacionadas a Internet.
Seminário WSIS+10
Outra novidade do Fórum este ano fica por conta do Seminário de Avaliação dos 10 anos da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (WSIS+10). O objetivo é dar início a um processo de avaliação e discussão da Agenda WSIS, de modo a reunir os posicionamentos dos diversos setores da sociedade frente aos temas, perspectivas e desafios relacionados ao desenvolvimento da Sociedade da Informação.
Dessa forma, no momento em que a Unesco e as Nações Unidas iniciam o debate sobre metodologias para medir o avanço dos princípios e metas estabelecidas nas reuniões da Cúpula Mundial para a Sociedade da Informação, o CGI.br decide liderar, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, essa iniciativa. “Isso permitirá ao Brasil apresentar uma posição que reflita os anseios de diversos setores da sociedade acerca dos temas da Cúpula e outros temas que eventualmente sejam de interesse do país, mas que ainda não foram incorporados às discussões nos fóruns internacionais”, diz Carlinhos Cecconi, integrante da Secretaria Executiva do CGI.br, organizadora do Fórum.
“Esperamos que o Fórum da Internet deste ano caracterize-se como o espaço organizado de conversas multissetorial, identificando dissensos, construindo consensos”, explica Cecconi.
Para mais informações sobre as trilhas e para acessar o formulário de inscrições do III Fórum da Internet no Brasil, acesse o link: http://www.forumdainternet.cgi.br/.
Com informações da Assessoria do NIC.Br.