Paulo Bernardo critica centralização da internet nos EUA ao falar sobre espionagem
11 de Julho de 2013, 15:08 - sem comentários aindaO ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, criticou hoje (11) a centralização do sistema de gestão da internet mundial nos Estados Unidos, ao falar no Senado Federal sobre as denúncias de espionagem do governo norte-americano sobre as comunicações digitais. Ele disse que aquele país resiste a propostas de mudança feitas por outros países, inclusive o Brasil.
“Nós sempre defendemos que a internet seja regida por um organismo multilateral internacional e sempre criticamos o fato de a governança da internet ser absolutamente centralizada nos Estados Unidos, organizada por uma empresa privada norte-americana. Esse não é um mecanismo adequado para o grande ambiente de comunicação internacional que é a internet”, disse Paulo Bernardo, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores.
“Em dezembro, tivemos reunião com uma delegação dos Estados Unidos. Eles argumentavam que isso [gestão partilhada da internet] poderia esconder uma tentativa de governos para controlar a internet. Isso nos foi dito por integrantes dos departamentos de Defesa e de Comércio dos Estados Unidos. Menos de seis meses depois, ficamos sabendo que o que eles diziam que poderia acontecer já estava ocorrendo, segundo as denúncias, há pelo menos sete anos”, acrescentou o ministro.
Paulo Bernardo lembra que algo parecido já era feito durante a Guerra Fria, por meio de interceptações telefônicas. “Não vejo nada de anormal que um Estado queira manter um serviço de segurança na rede, mas fazer isso sacrificando o direito à privacidade e à inviolabilidade das correspondências não pode ser considerado algo normal e aceitável. Sabemos que existe, mas não achamos que devamos aceitar”, acrescentou o ministro.
Segundo reportagens publicadas no jornal O Globo, as comunicações do Brasil estavam entre os focos prioritários de monitoramento do Prism, programa secreto de vigilância eletrônica mantido pela Agência Nacional de Segurança daquele país (NSA, na sigla em inglês).
De acordo com as denúncias – feitas pelo norte-americano Edward Snowden, que trabalhava para uma empresa que prestava serviços à NSA – cidadãos brasileiros foram monitorados.
As reportagens dizem, ainda, que havia um escritório da NSA em parceria com a CIA, agência de inteligência norte-americana (CIA) em Brasília. O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, negou a veracidade das informações, mas se comprometeu a investigar as denúncias.
Com informações da Agência Brasil.
Lançado Netrunner 13.06 “Enigma”
11 de Julho de 2013, 15:04 - sem comentários aindaDesenvolvedores responsáveis pelo Netrunner, tendo a frente Clemens Toennies, anunciaram a versão final do Netrunner 13.06, uma distribuição desktop Linux baseado no Kubuntu e trazendo a versão 4.10.3 do KDE. As variantes do Netrunner 13.06, tanto de 32 quanto de 64 bits estão disponíveis para download, com o release trazendo melhor desempenho do KWin, total transparência funcional para a maioria das máquinas low-end; configurações de sistema simplificadas; remoção do WINE (devido ao aumento da irrelevância); ALSA ao invés do PulseAudio para melhor compatibilidade e desempenho (intel hda), dentre outros componentes relevantes.
Netrunner é uma distribuição baseada no Kubuntu, com um ambiente desktop KDE altamente personalizado com aplicativos extras, codecs multimídia, plugins Flash e Java, e um excelente estilo look and feel. As modificações são concebidas para melhorar a facilidade de uso do ambiente de trabalho, e ainda preservar a liberdade de ajustar, quando necessário.
Com informações de Under-Linux e NetRunner.
Photographer.io se torna opensource
11 de Julho de 2013, 13:18 - sem comentários aindaRobert May, fundador e principal desenvolvedor do site de compartilhamento de fotografias Photographer.io, anunciou recentemente no blog do projeto que ele estaria abrindo o código para a aplicação que roda a plataforma online. O site Photographer.io está atualmente em beta e oferece aos usuários armazenamento ilimitado para fotógrafos com um limite de upload de 100 fotos por mês que pode ser expandido ao indicar o site para outros usuários. O serviço é livre de propaganda e será mantido através de assinaturas e links de afiliados para hardware de fotografia no futuro, de acordo com sua about page.
May diz que está abrindo o código fonte desta aplicação porque isso é algo que ele sempre desejou fazer com um de seus projetos, e porque ter desenvolvedores adicionais e ter a base de código avaliada por terceiros tiraria alguma pressão dele como único desenvolvedor do projeto. A aplicação está em fase de desenvolvimento por aproximadamente dois meses e May diz que desejava abrir o código fonte da aplicação desde o início do projeto. Ao descrever o atual progresso do projeto, May disse: “Existe muito o que fazer, incluindo documentação e testes, porém o mesmo afortunadamente [se encontra] em um estado que você consegue olhar o código e ter um entendimento do que está acontecendo”.
O código fonte para o software Photographer.io está disponível sob a licença MIT no GitHub. O desenvolvedor também havia prometido publicar mais informação em como os interessados poderiam contribuir para o desenvolvimento do projeto. Neste meio tempo, ele solicita que os contribuidores em potencial encaminhem seus questionamentos para a conta do Twitter do projeto.
Com informações de The H Online.
Fundador do The Pirate Bay afirma que Facebook deveria ser substituído por outra rede social
11 de Julho de 2013, 13:09 - sem comentários aindaCofundador de um dos sites mais longevos e populares da internet, o The Pirate Bay, de compartilhamento de arquivos, Tobias Andersson, 35, acredita que uma nova rede social, “totalmente independente de governos e empresas”, possa substituir o Facebook nos próximos anos. “Eles têm sido muito bons em conectar pessoas, companhias e veículos de comunicação em um só local”, disse o sueco, que esteve nesta semana no Brasil, à Folha. Segundo ele, porém, políticas frágeis de privacidade e a necessidade de monetização do negócio tornaram a rede social uma ameaça à liberdade da internet. “Adoraria que uma nova empresa, com as mesmas funções do site, porém independente, surgisse nos próximos anos.”
Fundado há dez anos, o Pirate Bay tornou-se o maior site de compartilhamento de conteúdo gratuito do mundo. Com o sucesso, entrou em confronto com gravadoras, que acusaram o site de facilitar a pirataria. Em 2009, três dos fundadores foram condenados na Justiça sueca – um deles permanece preso.
Andersson, que não foi processado, estuda sistemas de informação e prepara um livro sobre a história do site. Leia trechos da entrevista.
“A computação em nuvem ajudou muito”
Como o The Pirate Bay conseguiu sobreviver e se firmar como o maior site de downloads do mundo?
Tobias Andersson – Quando começamos, achávamos que iríamos durar um ou no máximo dois anos, que foi o tempo de vida de outros sites de compartilhamento, como o Kazaa. Mas continuamos e já temos dez anos. Isso aconteceu porque decidimos logo que não iríamos desistir diante de problemas técnicos ou ameaças legais. Algumas pessoas que estavam lá eram muito boas em tecnologia e tomaram como questão de honra manter o site no ar. Outra questão é porque estamos estabelecidos na Suécia, que tem uma legislação relativamente tranquila quanto às questões de propriedade intelectual.
O que mudou para o site após as condenações de 2009?
T.A. – Tivemos de mudar os servidores para fora da Suécia e os fundadores precisaram se afastar: um está preso na Suécia; outro mudou-se para o Vietnã e um terceiro aguarda revisão da sentença. Mas a internet é grande: não importa se tivermos que mudar de um país para outro, sempre há para onde ir. A computação em nuvem ajudou muito nisso, pois com ela poucas pessoas no mundo sabem de fato onde os servidores estão hospedados.
“No futuro, o governo dos EUA terá o controle da internet”
Qual é o futuro do Pirate Bay?
T.A. – Acredito que o site deveria fechar pois há novas revoluções ocorrendo, como a provocada pela impressão 3D, e é preciso dar espaço para que outras ideias, que lidem com essa realidade, surjam. Por estar há dez anos no ar, as pessoas estão confortáveis, pensando que o site sempre estará lá. Se fechasse, alguém sentiria necessidade de construir algo novo.
Serviços de streaming, como o Spotify, diminuíram a relevância da plataforma?
T.A. – De alguma forma, sim. O Spotify tornou o download menos útil porque é um serviço fácil, em que se encontra quase tudo. Mas há problemas na plataforma, como a ausência de artistas independentes e o fato de que ela é controlada por grandes gravadoras, como Sony, EMI e Warner. No fim, a maior parte do dinheiro vai para essas empresas.
Como o sr. avalia o crescimento das redes sociais?
T.A. – Quando o Facebook surgiu, achávamos que iriam ser populares por dois anos e depois entrariam em declínio – o mesmo que pensamos na criação do Pirate Bay, em 2003. Mas eles têm sido muito bons em conectar as pessoas com empresas, veículos de comunicação. Há questões problemáticas. Como o caso Snowden mostrou, tudo o que todos dizem em qualquer lugar nesses sites é observado pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA). Talvez não pareça um grande problema hoje, mas se continuar assim, no futuro o governo dos EUA terá o controle de toda a internet. Adoraria que uma nova empresa surgisse, como o Facebook, todas as suas funções, mas que fosse independente. É hora de substituir o Facebook.
A revolução das impressoras 3D
O sr. acredita que esses sites possam se tornar uma nova forma de organização política, no futuro?
T.A. – Eles são uma ótima forma de mostrar ao governo o que você pensa. Mas é só uma ferramenta, e não a revolução em si. É como levantar um cartaz em um protesto. A real revolução ocorre nas ruas.
Com o crescimento dos serviços de streaming, a batalha com as gravadoras acabou?
T.A. – A próxima grande batalha virá em consequência da revolução causada pelas impressoras 3D, que está apenas começando. Quando pessoas comuns começarem a produzir produtos como carros e eletrônicos, a briga vai ser mais pesada, pois vai ameaçar indústrias poderosas – como a automobilística e a do petróleo – e até países. Quando isso ocorrer, siglas como o Sopa (projeto antipirataria dos EUA) se tornarão irrelevantes.
Com informações de Observatório da Imprensa.
‘Le Monde’ expõe operação francesa similar a da NSA
11 de Julho de 2013, 13:07 - sem comentários aindaO jornal francês Le Monde expôs, na semana passada, uma vasta operação de vigilância e espionagem executada pelo governo do país, interceptando e armazenando informações de ligações telefônicas e atividades digitais de cidadãos, em ação similar ao programa dos EUA exposto por Edward Snowden.
Segundo o Monde, o principal objetivo do DGSE, a agência de inteligência francesa, era rastrear quem estava falando com quem, quando, onde e por quanto tempo, em vez do conteúdo das mensagens. Documentos com informações de e-mails, mensagens SMS, telefonemas, contas do Facebook e do Twitter, e as atividades dentro de sites como Google, Microsoft ou Yahoo! teriam sido armazenadas por anos no porão do edifício da agência. As informações podiam ser consultadas pela polícia e por seis agências de inteligência e espionagem francesas.
O jornal descreveu o programa de espionagem como secreto, ilegal e “fora de qualquer controle sério”, chamando-o de “Big Brother francês”. “Todas as nossas comunicações são espionadas”, disse a publicação.
Críticas aos EUA
Quando as informações sobre o programa de espionagem norte-americano foram vazadas, o governo francês não fez nenhum comentário imediatamente. Após informações de que o governo dos EUA também teria espionado embaixadas europeias, incluindo a embaixada francesa em Washington, o presidente François Hollande disse que estas práticas “deveriam cessar imediatamente”. A França pediu a suspensão dos diálogos sobre o acordo de livre comércio entre EUA e União Europeia enquanto a vigilância não fosse devidamente explicada.
O Parlamento Europeu, em um encontro para debater o caso de espionagem dos EUA, majoritariamente passou uma resolução afirmando que “condena fortemente a espionagem de representantes europeus”, avisou sobre “o potencial impacto nas relações transatlânticas” e exigiu “esclarecimento imediato das autoridades americanas sobre o assunto”, mas rejeitou a emenda que adiaria os diálogos sobre o acordo de livre comércio com os EUA.
Com informações do Observatório de Imprensa.