Desafios e oportunidades para expansão da Internet são destaques no encerramento do V Fórum da Internet no Brasil
18 de Julho de 2015, 20:17Após discutir a evolução da governança da Internet, a regulamentação do Marco Civil e neutralidade da rede, diversidade, direitos humanos e economia na Internet, inclusão digital, cibersegurança e confiança, as atividades do V Fórum da Internet no Brasil e Pré IGF Brasileiro 2015 chegaram ao fim nesta sexta-feira (17) com debate sobre os desafios e oportunidades da expansão da Internet e o relato final das trilhas. Realizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em Salvador (BA), nessa quarta, quinta e sexta-feira, o evento reuniu centenas de participantes que acompanharam as discussões presencialmente e por transmissão ao vivo do sítio do Fórum.
As potencialidades de uso do espectro eletromagnético, especialmente para levar conexão aos municípios afastados dos grandes centros urbanos, foram tratadas no primeiro painel do seminário “Próximo bilhão de conectados – Desafios para o desenvolvimento da Internet no Brasil”. Carlos A. Afonso, diretor do Instituto Nupef, membro do conselho do CGI.br e presidente do capítulo brasileiro da Internet Society, iniciou sua apresentação mostrando dados sobre a densidade populacional brasileira e destacando as oportunidades de conexão a partir de tecnologias como a banda UHF, que permite alcance maior do que a banda Wi-fi. “É ideal para interconectar comunidades esparsas e integrá-las a uma rede municipal ou cidade digital”, pontua.
O uso democrático do espectro também foi abordado por Veridiana Alimonti, do Coletivo Intervozes, que considera que essas novas tecnologias podem servir aos provedores médios, pequenos e comunitários sem fins lucrativos, assim como às prefeituras. “Municípios menores estão no fim da fila no cronograma de metas das grandes empresas”, alertou. Para Rafael Diniz, da PUC-Rio e ativista de rádio livre, as leis que determinam o uso do espectro são obsoletas. Ele considera que a liberdade de expressão depende da liberdade de uso dessas tecnologias. “O espectro, assim com o ar, é um bem utilizado para comunicação. Deve ser dividido entre todos que têm interesse de utilizá-lo”, destacou.
O detalhamento das tecnologias disponíveis (WSDB, rádio cognitivo, SDWN) que podem melhorar o uso do espectro foram relatados pelo conselheiro do CGI.br, Lisandro Granville. Ele defende a formação de um ecossistema de colaboração entre operadoras, agência reguladora, Governo e academia, assim como investimento em capacitação de mão de obra para dominar essas novas tecnologias. Entre as oportunidades consideradas, está o desenvolvimento de tecnologia nacional para problemas globais, de uma indústria de serviços sem fio com atuação internacional e protagonismo real, que depende da existência de ecossistema de colaboração.
Desenvolvimento sustentável
Os pontos estratégicos para a construção de um Brasil digital foram analisados pelo coordenador do CGI.br, Virgilio Almeida. Acelerar o plano de expansão da banda larga, reduzir custos de equipamentos por meio de legislações que oferecem redução de impostos, incentivar o uso de serviços digitais nas empresas e indústrias, investir na formação de pesquisadores e na cibersegurança, assim como atrair investimentos das grandes empresas tecnológicas para o País, foram algumas questões elencadas por Almeida.
Nelson Pretto, da UFBA, chamou atenção para a necessidade de políticas públicas conectadas a partir da articulação entre ministérios e secretarias. “A Internet precisa se constituir como um grande espaço de participação política e social”, declarou. O papel das instituições de memória no universo da Internet foi o tema da apresentação de José Murilo Costa, da coordenação-geral de Cultura Digital do Ministério da Cultura, que também defendeu a participação de usuários Web, especialmente na curadoria digital com a classificação, contextualização e visibilidade das coleções digitalizadas disponíveis na Internet.
Aspectos fundamentais para o desenvolvimento da rede, como a capacitação de profissionais para o IPv6, foram abordados por Marcelo Sousa, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), enquanto a realidade da inclusão digital na Bahia e as iniciativas de implantação de fibra óptica no Estado foram apresentadas por Grinaldo Lopes de Oliveira, da Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. O conselheiro do CGI.br Percival Henriques, coordenador do painel, tratou da coexistência entre serviços de telecomunicação e serviços de valor adicionado e enfatizou a importância de uma legislação receptiva para ambos.
Relatos das trilhas
As exposições dos painelistas, os consensos, dissensos, pontos a aprofundar de cada uma das trilhas realizadas no primeiro dia de evento foram apresentados no painel de encerramento do V Fórum. O encontro sobre os Desafios da Inclusão Digital contou com considerações sobre a necessidade de ampliar e fortalecer ambientes comunitários, a exemplo dos espaços hackers, a incorporação dos Centros de Recondicionamento de Computadores como estratégia de inclusão digital, os eixos de atuação do Internet.org e a falta de clareza quanto ao termo “inclusão digital” – temas expostos, respectivamente, por Karina Menezes (Raul Hacker Club), Jefferson D’Ávila de Oliveira (Ministério das Comunicações), Bruno Magrani (Facebook) e Maria Helena Bonilla (UFBA).
No encontro sobre Internet e Direitos Humanos, Cláudio Machado (APAI-CRVS) avaliou que o modelo descentralizado da Internet tem desafiado os serviços tradicionais de identificação, enquanto Marcel Leonardi (Google) afirmou que, para setor privado, o Marco Civil possui o equilíbrio necessário entre a guarda de informações e proteção de direitos. Irina Karina Bacci (Ouvidoria Direitos Humanos do Governo Federal) destacou que a lógica de enfrentamento à violação dos direitos humanos deve estar mais centrada na educação do que nas denúncias, e Rafael Evangelista (Unicamp) apontou o movimento do software livre como alternativa para distanciar a produção informacional das mãos de grandes corporações.
Esse tema voltou a ser analisado na trilha Economia da Internet por Vicente Aguiar (Colivre – Salvador, BA), que defendeu o investimento no software livre como modelo de negócio capaz de fomentar o desenvolvimento local e sustentável. As regras de direito autoral no ambiente digital e necessidade de adaptar a legislação nacional e internacional ao cenário atual da Internet foram tratados por Marcos Souza (Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura), enquanto Bernardo Faria (Acessocard) avaliou os impactos da Internet para os serviços bancários. Para Fabro Steibel (ITS-Rio), os modelos de compartilhamento na rede devem se orientar para benefícios sociais que não gerem apropriação e concentrem poder e riqueza.
A defesa de que os usuários devem desenvolver habilidades para se proteger na Internet (soberania computacional) foi tratada na trilha sobre Cibersegurança e confiança por Sílvio Rhatto (Coletivo Saravá). O Coronel Ricardo Camelo (CDCiber) enfatizou o uso de criptografia na segurança nacional, Paulo Barreto (USP) analisou as vulnerabilidades em sistemas de segurança e Marco Carnut (Tempest Security Intelligence) defendeu, em sua exposição, que os usuários reclamem das vulnerabilidades. O painel sobre Marco Civil e neutralidade da rede, que aconteceu no segundo dia do evento, também foi relatado no encerramento do Fórum.
12º Firebird Developers Day
18 de Julho de 2015, 19:42A 12º edição do Firebird Developers Day, evento que trata do banco de dados Firebird, acontecerá no dia 08/Agosto/2015, em Piracicaba-SP.
A conferência esse ano terá a presença de ninguém menos que Dmitry Yemanov, chefe da equipe de desenvolvimento do Firebird, garantindo aos presentes informações de alto nível técnico e ótima qualidade, afinal, trata-se de alguém que além de gerenciar a equipe de desenvolvimento, também é um dos principais desenvolvedores do projeto.
O Firebird Developers Day é o maior evento sobre Firebird no mundo, e a chance de todos os desenvolvedores que utilizam esse SGBD se atualizarem com palestras técnicas de alto nível, além de proporcionar uma grande troca de experiência entre os participantes. Todos os palestrantes ficam a disposição para conversas e trocas de idéias, durante todo o dia.
Na véspera do FDD, acontecerá uma MasterClass sobre Otimização de Performance, dada por Dmitry Yemanov e Alexey Kovyazin (IBSurgeon). A MasterClass será uma oportunidade única de se aprofundar em um tema que aflige muitos usuários, e ninguém melhor do que os dois para falar sobre o assunto! A inscrição da MasterClass é independente da inscrição para o FDD.
Todas as informações estão disponíveis no site do evento, em www.FirebirdDevelopersDay.com.br.
As inscrições já estão abertas, e o valor vai ficando mais caro com a proximidade da data, portanto, inscreva-se agora e economize!
Vem aí o Openstack Brazil Day
18 de Julho de 2015, 19:37A comunidade Openstack Brasil tem o prazer de anunciar o segundo meetup Openstack Brazil Day que ocorrerá na PUC de Porto Alegre no dia 25 de Julho de 2015. Neste mesmo dia, nós também comemoraremos o 5º aniversário do Openstack com direito a um bolo patrocinado pela Fundação Openstack. Esta comemoração ocorrerá concomitantemente com outros países do mundo.
As inscrições são gratuitas, porém temos um limite de participantes. É importante que você apenas faça a inscrição se REALMENTE for participar do evento. Em caso de desistência, retire o RSVP até 10 dias antes do evento iniciar. O preenchimento de todos os dados obrigatórios durante a inscriçao é necessário. A ausência destes impossibilitará a sua participação.
Local
TECNOPUC
Av. Ipiranga, 6681 – Predio 99A – Portal TECNOPUC – sala 204, Porto Alegre / Brasil
Almoço
À confirmar
### Agenda ###
09:00 às 09:45 – Coffee
10:00 às 10:30 – Abertura
Palestrantes: Marcelo Dieder & Renato Armani
Palestra: Recap do último ano do OpenStack. (insights)
10:35 às 11:00 – Openstack Community
Palestrante: Marcelo Dieder – Fundação Openstack
Palestra: Apresentação números e informações da comunidade Openstack ao redor do mundo.
11:10 às 11:50 – NFV implementado com Openstack
Palestrante: Marcelo Boeira de Barcelos – Datacom
Palestra: A palestra irá mostrar como a DATACOM está desenvolvendo soluções de virtualização de funções de rede usando Openstack, SRIOV e integração de switches físicos com o Neutron.
12:00 às 13:15 – Almoço
13:30 às 14:00 – Novidades Summit
Palestrante: Renato Armani – Dualtec
Palestra: Novidades do OpenStack a partir do último Summit Vancouver
14:05 às 14:35 – Implementando Swift com Escala
Palestrante: Andre Padua – Nubeliu
Palestra: Como realizar a implementação do Swift em Enterprises visando a redundância, resiliência e escalabilidade horizontal da solução no decorrer do tempo. Estudo de caso real de um ISP.
14:40 às 15:10 – OpenStack Networking com Neutron
Palestrante: William Novaes – Dualtec
Palestra: Willian Novaes apresenta com ricos detalhes o funcionamento do Neutron que é o serviço do OpenStack que prove “network como serviço”.
15:15 às 15:45 – Avanços em federação e em projetos hierárquicos
Palestrante: Andrey Brito – HP / UFCG
Palestra: Federação permite o compartilhamento de recursos entre nuvens computacionais. Este mecanismo ajuda na escalabilidade de ambientes de nuvem pois permite a interconexão de nuvens construídas de forma independente. Por outro lado, projetos hierárquicos facilitam a organização dos recursos e o controle de acesso aos mesmos através da criação de árvores de projetos e permitindo que papéis possam ser herdados nesta árvore. Nesta palestra, serão discutidos os avanços recentes nessas duas áreas.
15:50 às 16:20 – Criando uma aplicação em HA utilizando recursos do Neutron(LBaaS) e Trove(DBaaS)
Palestrante: Marcelo Dieder
Palestra: Nesta rápida palestra, será demostrando a criação de uma aplicação web com alta disponibilidade utilizando recursos de banco de dados do Trove e balanceador de carga do Neutron.
16:30 às 17:30 – Happy Birthday
Bolo Openstack e foto com as camisetas comemorativas
17:30 às 17:40 – Agradecimentos
Com informações de Openstack Br.
PgDay Campinas terá 3 palestrantes internacionais
18 de Julho de 2015, 19:34O PgDay Campinas que será realizado no dia 7/agosto terá em sua grade grandes nomes internacionais e nacionais. O conteúdo está bem forte e conta com os melhores especialistas de banco de dados do Brasil e do mundo.
O evento tem como destaque o keynote de abertura Stephen Frost, que tem como tema de palestra “Security with PostgreSQL: Now at the Row Level with RLS!”
Confira a agenda: http://pgdaycampinas.com.br/agenda/
Intel admite que não conseguirá acompanhar a Lei de Moore
18 de Julho de 2015, 18:51A Intel anunciou que o lançamento da sua próxima geração de processadores, intitulada Cannonlake, será adiado. O atraso marca a segunda vez consecutiva que a empresa não lançou um chip em um ciclo de menos de dois anos, infringindo assim as “regras” da Lei de Moore.
Para quem não está familiarizado com o termo, a Lei de Moore surgiu nos anos 1960, quando o cofundador da Intel, Gordon Moore, disse que a quantidade de transistores em um circuito integrado dobraria a cada 18 meses, mantendo o mesmo custo de fabricação. Ao longo dos anos, as empresas de semicondutores têm levado essa ideia a sério e se baseiam nela para definir suas metas de produção.
Algumas previsões indicavam que os problemas da Lei de Moore começariam após 2015, quando a Intel deveria lançar os seus processadores com litografia de 10 nanômetros, mas parece que as dificuldades se anteciparam. No ano passado, o lançamento dos chips Broadwell, de 14 nanômetros, foi igualmente adiado e até mesmo as linhas Haswell e Ivy Bridge sofreram atrasos.
A Intel diz que o revés para os novos chips de 10 nanômetros foi causado pelo aumento da complexidade na construção de transistores tão pequenos. Em relação à Lei de Moore, fato é que os avanços de fabricação não evoluíram no mesmo ritmo de antes, razão pela qual a empresa teve que mudar sua estratégia de lançamentos de novas tecnologias de processadores. Agora, a previsão é que a transição aconteça apenas em 2017.
Os chips de 10 nanômetros estão se aproximando dos limites do que pode ser feito com silício, e qualquer novo desenvolvimento deve contar com outro tipo de material, como a liga de silício-germânio que a IBM usou para criar um processador com arquitetura de sete nanômetros – uma esperança para que a Lei de Moore continue valendo por mais algum tempo.
Brian Krzanich, CEO da Intel, está confiante de que a Lei de Moore ainda está viva e bem, porém a desaceleração no roteiro da companhia sugere que o ritmo extraordinário de melhora na indústria de processadores está começando a desacelerar. Em todo caso, se alguém vai manter a Lei de Moore viva nos próximos anos, não será a Intel.
Planos para o futuro
Para tapar esse furo no cronograma estipulado pelo fundador da empresa, a Intel deve lançar novos processadores de codinome Kaby Lake, baseados na arquitetura Skylake, mas que ainda continuarão com tecnologia de 14 nanômetros.
Krzanich disse que a empresa “espera que esse adiamento no roteiro entregue novas funcionalidades e um melhor desempenho, além de pavimentar o caminho para uma transição suave para 10 nanômetros”. A empresa também admitiu que a demanda por PCs está menor do que o esperado, e deve diminuir ainda mais até o final do ano. A esperança de Krzanich e sua equipe está depositada no Windows 10 e seus novos recursos, que podem atrair mais consumidores.
Com informações do The Verge e Engadget e Canaltech.