500 años pra quê?
22 de Setembro de 2015, 13:02 - sem comentários aindaGoverno Dilma, em segredo e covardemente, retrocede mais um montão
Hoje fiquei sabendo que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG deu uma facada na política de Software Livre do Brasil. Sem licitação contratou o Outlook, aquele mesmo da espionagem à Dilma e todos os que devemos usar Micro$oft em nossas repartições públicas.
Foi outro MPOG, junto ao Ministério da Cultura e Cobra tecnologia, que em 2011 apoiou a realização da #arenaCode, no âmbito da 2a Conferência do Desenvolvmiento, do IPEA, onde juntamos o debate da Economia Criativa e dos Conteúdos Digitais, e sendo todo o espaço e atividades realizadas com experiências públicas de software livre e conteúdos digitais interoperáveis e abertos. Trasnmissão ao vivo via SERPRO/EBC, estações digitais 100% SL do Serpro, concectividade pública, economia craitiva e da cultura, Metarrecilagem, TV Digital, formatos digitais abertos, GESAC, etc. E agora acovardou-se, rendeu-se, vendeu-se?
Se por um lado, o governo, anuncia na rádio BandNews o Portal do Software Público Brasileiro, na prática elimina tudo aquilo que signifique avanços reais para o desenvolvimento de um país soberano com as dimensões, possibilidade e representatividade na geopolítica mundial.
Infelizmente este governo aderiu a mediocridade neoliberal, de submissão de nossa soberania, intelectual, econômica e territorial ao projeto do Capital transnacional. De entrega ao projeto da Privataria Tucana.
Este governo - de tão medíocre o escreverei com minúscula mesmo, que por um lado promove o slogan marqueteiro Pátria Educadora e por outro corta 35% do orçamento da educação, matando os projetos educaionais e cancelando o Ciências sem Fronteiras, é o mesmo governo que vem matando a política de Pontos de Cultura, Políticas de Mais Cultura nas Escolas, Políticas de tencologia soberana alicerçcadas em Software Livre e Inovação Colaborativa, eliminando do horizonte as possibilidades e imaginários de um futuro promissor às nossas crianças.
Esta política está Matando o Futuro do nosso Presente. 500 anos para quê? QUINHENTOS ANOS DE QUÊ? - Belchior - em português
Afinal, este governo que sufoca e mata o Participa.br, plataforma de rede social, de consultas públicas e de diálogo, 100% brasileiro, premiado no Japão, com engajamento de desenvolvedores na política de um Estado/Governo participativo pelas plataformas digitais, prefere se promover no facebook e trazer o internet.org, submisso aos interesses do Departamento de Defesa Norte-americano. Sim, aquele do Snowden e da Quarta (IV) Frota.
Este mesmo governo que enche os bolsos dos grupos de comunicação que são contra os avanços sociais conquistados nos últimos anos, não fortalece e nem expande a televisão, rádio e internet pública brasileira. A TV Brasil é uma ilha de excelência no mar de mediocridade e baixo nível.
Afinal, para que investir em Cultura, Educação, Comunicação e Tecnologia Livre, e emancipar nosso povo? Tá achando que poderá beber um Blue Label com a Côrte e a Elite? Esta turma que está com medo de perder seus serviçais, que devem ser doutrinados e amansados nas escolas, e impedidos de tomar ônibus para não irem à praia não abre mão de nada. Defesa da igualdade, só se for para receber dinheiro via ONG.
Tá difícil...
Leia, a seguir, a nota do jornalista Luiz Queiroz do site Convergência Digital
Planejamento cancela Expresso do Serpro e adota e-mail da Microsoft
A política de uso da plataforma aberta de software no governo federal sofreu mais um revés e, em paralelo, a recém-criada política que trata da Segurança da Informação. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que possui no seu organograma a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), responsável pela padronização de bens e serviços de TI e de implementação de uma política de segurança na administração federal, acaba de ceder aos interesses comerciais do mercado de Informática, apesar de decretos e portarias ditarem o contrário.
Sem sequer esperar pela realização e conclusão de um pregão a ser feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão vinculado ao Ministério dos Tranportes, a Diretoria de Tecnologia da Informação do ministério do Planejamento adotou para os 5.078 servidores da pasta o serviço de e-mail Outlook, da Microsoft, na modalidade de "contrato select".
É a primeira vez que o portal Convergência Digital assiste a uma contratação de serviços de software no governo sem nenhum amparo legal, à luz do que determina a Lei de Licitações. Não há sequer informação de um contrato emergencial que tenha sido assinado pelo Ministério do Planejamento. Esse acordo comercial prévio, se baseia apenas na possibilidade de sucesso de um suposto pregão de nº 401/2015, do Denit, que somente será realizado no próximo dia 30 de setembro. Dele será extraído uma Ata de Registro de Preços, da qual o Ministério do Planejamento espera aderir como "carona", para referendar o suposto acordo de gaveta com a Microsoft. O ministério alega que entrará como partícipe neste edital e que haverá uma "errata" a ser publicada antes da licitação.
Ministério esconde preço
O preço do serviço é uma incógnita. O portal Convergência Digital procurou o diretor de Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Eduardo Cesar Soares Gomes, mas este não informou o montante do contrato com a Microsoft. Alegou que o preço cobrado pelo Serpro para manter o Expresso era muito caro, sem revelar também quanto. O pregão a ser realizado pelo Dnit, com Registro de Preços, tem o valor estimado de R$ 74,5 milhões.
Só que os três órgãos que irão participar farão uma compra conjunta de diversos sistemas da Microsoft e não apenas do serviço de e-mail. São eles: O DNIT (estima gastar R$ 37,4 milhões), o Ministério Público (estima gastar R$ 35 milhões) e a Controladoria-Geral da União (estima gastar R$ 1 milhão). O ministério do Planejamento apenas irá pegar uma "carona" depois neste edital, ao contrário do que afirmou sua assessoria, de que ele seria "parte integrante da compra conjunta".
Ao ser questionado sobre o valor e ainda sobre a política de software livre e de Segurança da Informação, que estariam sendo quebrados pelo ministério que, em tese, dita padrões para todo o governo, o diretor de Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Eduardo Cesar Soares Gomes, foi econômico nas respostas.
"A substituição do serviço de e-mail Expresso pelo Exchange observa o estabelecido pelo Decreto 8.135, que dispõe sobre as comunicações de dados da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. A implantação foi realizada no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) e o uso da ferramenta traz maior produtividade e eficiência aos usuários", respondeu ele, por meio da Assessoria de Imprensa do Ministério do Planejamento.
O Decreto nº 8.135 foi assinado pela presidenta Dilma em novembro de 2013, no auge do escândalo de espionagem - da qual foi vítima - denunciado pelo funcionário da NSA norte-americana, Edward Snowden.
O portal Convergência Digital estranha a argumentação, já que não há no referido decreto nenhum artigo ou parágrafo, que desobrigue um órgão da Administração Direta de seguí-lo. Ao contrário, no tocante ao Parágrafo 2º do Artigo Primeiro fica claro que, "os órgãos e entidades da União (...) deverão adotar os serviços de correio eletrônico e suas funcionalidades complementares oferecidos por órgãos e entidades da administração pública federal". (grifo do CD)
A assessoria do Ministério do Planejamento ainda tentou argumentar que uma Portaria (nº 141 de 02/05/2014) daria as condições necessárias para essa compra. Mas ela apenas repete o estabelecido no decreto e lista os tipos de serviços que serão abrangidos por ele. E não isenta serviço de e-mail das regras, para ser adquirido no mercado privado de software.
Informalmente, fontes do ministério alegam que o Expresso vinha causando problemas técnicos para os usuários, como a perda de mensagens e serviços que não funcionavam como o da agenda, que impedia correção após a informação ser armazenada nele. Além disso, reclamam que o Serpro, responsável pela implantação, vinha cobranda muito caro pelo serviço.
Auditoria
Há ainda um outro argumento, que o portal Convergência Digital considera como argumento frágil, para explicar a troca pelo Expresso do Serpro pelo Outlook da Microsoft. O Ministério do Planejamento alega que a empresa se compromete a, quando assinar um contrato, aceitar a necessidade do órgão de realizar auditorias, em caso de novos vazamentos de informações.
O argumento é frágil porque a Microsoft não deixou claro se irá ceder o código-fonte do software, conforme recomendou em agosto a Secretaria de Logistica e Tecnologia da Informação para toda a Administração Federal. A auditoria seria possivelmente analisada pelo INMETRO - entidade escolhida para garantir a confiabilidade dos sistemas que atendem aos serviços do goverrno federal.
Além disso, a Microsoft não estará obrigada a realizar a tarefa, pois o edital do pregão que prevê a compra dos serviços da empresa, da qual o Ministério do Planejamento é apenas um "carona", não prevê a realização de auditorias nos softwares dos fornecedores ao governo. Como o ministério irá assinar um contrato, apenas com a garantia dada "de boca" pela empresa, somente o diretor de TI do ministério, Eduardo Gomes, poderá explicar.
Como argumento para sustentar a tese de que também investe em software livre, a Diretoria de Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento lembra que já "gastou" com o lançamento do novo Portal do Software Público Brasileiro, R$ 3,5 milhões. "Outro exemplo está no projeto do Cacic, uma ferramenta de inventário de hardware e software que recebeu o aporte de R$ 1,5 milhão do MP. Para encerrar, há mais de um ano o ministério utiliza o software público em sua central de serviços de Tecnologia da Informação, um caso de sucesso já apresentado em diversos órgãos", explica.
Luiz Queiroz no site Convergência Digital
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=40688&sid=10
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Carta Final - Democratizar a Comunicação é defender a Democracia Viva
1 de Setembro de 2015, 1:10- Fortalecer o Comite de Democratizaçao da Comunicação do FNDC-DF com as seguintes bandeiras em destaque: Criação do Conselho de Comunicação Distrital, regulamentar a lei que destina 12% das verbas publicitarias da SECOM-DF para meios de comunicação alternativos e pressionar para a criação do canal da cidaddania;
- Iniciar um processo de formação em Comunicação Popular e mecanismos de empoderamento do debate dos marcos legais;
- Realizar a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, a ocorrer de 12 a 18 de Outubro e no dia 17 com a realizaçao do Dia Nacional da Juventude Comunicadora, levando o debate para diferentes segmentos da sociedade do DF;
- Implementar uma rede de comunicadores populares do DF;
- Criar um portal agregador das diferentes iniciativas populares de comunicação tendo: blogs, noticias, agenda cultural, textos literários, áudios, imagens e conteúdos audiovisuais, articulando e fortalecendo as diferentes iniciativas que constrõem as narrativas contra-hegemônicas.
- Fortalecer os dialogos da Rede Saúde e Cultura;
- Pelo reconhecimento dos espaços culturais como espaços de saúde e de cura. E a consolidação dos espaços de saúde como espaços culturais;
- Incentivo a integração Cultura e Saúde, através de recursos para Pontos de Cultura e Coletivos Culturais;
- Direito à cidade: Mobilidade urbana. Por processos de reconhecimento de espaços de resistência e inovação como as ocupações culturais. Contra o processo de gentrificação dos centros urbanos;
- Conhecimento livre, Software livre e tecnologias alternativas, Tecnologia social. Territorialização digital. Por meios digitais mais seguros;
- Contra a criminalização dos Movimentos Sociais;
- Pelo reconhecimento dos coletivos de Saraus das RA do DF;
- Respeito às liberdades individuais;
- Descriminalização da maconha e dos usuários de drogas;
- Incentivo à produção agroecológica;
- Manutenção da rotulação dos alimentos transgênicos;
- Garantia do direito e do acesso à alimentos orgânicos e agroecológicos, incentivando práticas de consumo consciente;
- Diversidade cultural e musical - Circuito de música independe;
- Resgate dos saberes tradicionais, da ancestralidade e do saber oral, entendendo que as políticas de saúde podem ser mecanismos de colonialismo;
- Reconhecer a educação popular e as rodas de conversa como formas de diálogo em saúde e cultura;
- Saúde e direitos trabalhistas para os trabalhadores da cultura e da arte;
- Mecanismo de reconhecimento dos educadores populares - doutor "honoris causa";
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- Acesso a recursos públicos por grupos sociais e sociedade civil, via Marco Regulatorio das Organizaçoes da Sociedade Civil - MROSC;
- Regulação da propaganda e comércio de medicamentos farmacêuticos;
- Constituir uma Plataforma Livre para sistematização das práticas integrativas, tradicionais e populares e formação da Rede de Educadores Populares em Saude;
- Reconhecimento dos Centros de Convivência enquanto equipamentos intersetoriais de educação, cultura e saúde para que possam receber financiamento;
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- Reforma política sem financiamento privado de campanha;
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- Democratização dos meios de comunicação;
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Assinam,
participantes do Encontro Vozes Dissonantes e da Conferência Livre de Cultura e Saúde
foto: Joaquim Dantas