A farsa da inflação, controle inflacionário e competência adminsitrativa
8 de Agosto de 2014, 14:20 - sem comentários aindaA farsa da inflação, controle inflacionário e competência adminsitrativa
8 de Agosto de 2014, 14:20 - sem comentários aindaOs assombrosos tuítes de Ariel Palácios sobre os horrores da ditadura argentina
5 de Agosto de 2014, 20:38 - sem comentários aindaArgentina Nunca Más. No dia em que a líder das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, finalmente conheceu o neto sequestrado pela ditadura, transcrevem-se, abaixo, ipsis literis e sem edição, informações do jornalista Ariel Palacios a respeito dos horrores da ditadura argentina, enviadas hoje pelo twitter (@arielpalacios):
E a seguir, alguns tuítes ilustrativos sobre o modus operandi da ditadura militar argentina (1976-83):
1 - “Picana elétrica”, criada nos anos 30 na Argentina por Leopoldo Lugones Hijo, filho do escritor nacionalista Leopoldo Lugones.
2-A picana era o instrumento para assustar o gado com choques elétricos nos currais,
3 - Aplicado a seres humanos, tornou-se no instrumento preferido de tortura na Argentina.
4 - “Submarino molhado”: consistia em afundar a cabeça de uma pessoa em uma tina d’água, cheia de excrementos humanos.
5 - Os militares também aplicavam o “submarino seco”, que consistia em colocar a cabeça de uma pessoa dentro de um saco de plástico..
6 - e esperar que ela ficasse quase asfixiada.
7 -Além destes,os oficiais eram adeptos d modalidade “o rato no cólon”, q implicava na colocação de 1 rato faminto no cólon d um homem
8 - Nas mulheres, o rato era colocado na vagina.
- Isto é, não dá para classificar esses militares nem como "cavalheiros" e tampouco como "civilizados"...eram simplesmente gentalha –
9 - As forças armadas também praticaram sistemáticos estupros em homens e mulheres.
10 - As mulheres, ocasionalmente recebiam a opção de serem estupradas ou de serem eletrocutadas na parte interna da vagina e ânus.
11 - Além disso, colocaram em prática uma modalidade aplicada p/índios argentinos até o séc 19 quando aprisionavam os colonizadores
12-... o “esfolamento”: o torturadores amarravam um prisioneiro em uma mesa e começavam a esfolar a pele da sola dos pés
13 - Os militares esfolavam a pele da sola dos pés dos civis com uma gilette ou bisturi.
14 - Além disso, aplicaram em diversas ocasiões o “empalamento” de homens com cabos de vassoura.
15 - Luis Porcio,da inteligência militar,era conhecido pelo apelido de “Enfardador”, já que apreciava amarrar pessoas com arames...
16 - ....como se fossem fardos, para posteriormente queimá-los.
17 - Uma das mais temidas torturas na ESMA era o “saca-rolhas”, que consistia na introdução de um aparelho pela via anal, ...
18 - ...que ao ser puxado para fora, arrastava junto as vísceras (a Esma era a Escola de Mecânica da Armada).
19 - Teresa, uma das prisioneiras que morreu na Esma, era violada cada vez que ia ao banheiro.
20 - “Se ela ia uma vez, a estupravam nessa ocasião. Mas, se, horas depois, ia de novo, era novamente violada.....
21- "...Todas as vezes que ia ao banheiro, era impreterivelmente estuprada. Todas”, relata Enrique Fuckman, ex-prisioneiro da Esma.
22 - Algumas torturas eram inesperadas. Os homens do almirante Massera dedicavam várias horas para imaginar novas formas ...
23 - Uma manhã, os detidos ficaram perplexos ao ver que os oficiais levavam uma motocicleta até o porão onde estavam.
24 - Nas horas seguintes, os militares, montados na moto, divertiram-se circulando pelo salão passando por cima dos prisioneiros..
25 - ... deitados no chão a modo de paralelepípedos.
A ditadura argentina aplicou uma série de formas de eliminar pessoas que considerava “subversivas”, fossem elas...
...vinculadas a guerrilhas,civis sem militância política alguma,estudandes secundaristas, empresários, aposentados, entre outros.
As principais formas eram:
- Jogar pessoas vivas, desde aviões, sobre o rio da Prata ou o Oceano Atlântico.
- Juntar prisioneiros, amarrados, e dinamitá-los.
- Fuzilamento.
- Morte por terríveis torturas
O destino dos corpos:
- Enterrados em cemitérios clandestinos. Ou, em cemitérios oficiais, embora em fossas coletivas como indigentes.
- Jogados no Rio da Prata ou no mar
Uma breve galeria dos principais torturadores & psicopatas do regime militar argentino:
O “Tigre” Acosta - Um dos criadores dos “voos da morte” foi o capitão de corveta Jorge “Tigre” Acosta, uma das “estrelas” da ESMA
O oficial,q falava sozinho à noite,em delírio místico explicava a colegas e prisioneiros q tinha longas conversas noturnas c/“Jesucito”
...(O pequeno Jesus), ao qual perguntava qual dos prisioneiros deveria torturar no dia seguinte e jogar dos aviões
O “Anjo Loiro” Astiz – “É o mais sinistro paradigma do terrorismo de Estado”. Com esta frase, o escritor e jornalista Jorge Camarasa,
define a personalidade do ex-capitão Alfredo Astiz apelidado de “O anjo loiro da morte”.
”. Garoto mimado da ditadura, entre seus assassinatos mais famosos estão os das freiras francesas Alice Domon e Leonie Duquet,
. Astiz foi recompensado por seus serviços com o cargo de comando nas ilhas Geórgias durante a Guerra das Malvinas, em 1982.
No entanto, essas ilhas foram o primeiro ponto recuperado pelos britânicos durante o conflito.
Após um único tiro de bazuca disparado pelos britânicos, Astiz desistiu de resistir “até a morte”, como havia prometido.
Com com um copo cheio de whisky em uma das mãos, assinou a rendição incondicional.
Donda Tigel - Alfredo Donda Tigel tornou-se famoso por sequestrar seu próprio irmão e a cunhada – militantes da esquerda.
Depois de assassiná-los, ficou com suas filhas, que eram bebês.
Ernesto Weber –Oficial da Polícia Federal,era apelidado de “220” pelos colega p/ prazer q sentia em aplicar essa voltagem nas torturas
Héctor Febres - Chefe da Guarda Costeira ficou notório pelo sadismo,torturando bebês e crianças para arrancar confissões dos pais
Sobreviventes relatam que, quando aplicava choques elétricos nos prisioneiros,ficava "alucinado" e gargalhava enquanto ouvia os gritos
Um sobreviventes relatou como lhe pediu gentilmente q consertasse o aparelho de choques, que logo depois usaria no próprio prisioneiro
O ex-torturador faleceu na prisão no dia 10 de dezembro de 2011 por uma dose cavalar de cianureto....e tinha sêmen no reto...
10 de dezembro, ironias da vida, é o dia internacional dos direitos humanos
El Turco Julián - Testemunhas indicam q os torturadores ouviam marchas militares do 3o Reich e discursos d Hitler enquanto torturavam
Esse era o caso Julio Simón, chefe dos interrogadores do centro de detenção “El Olimpo”, cujo nome de guerra era “O Turco Julián”.
Ele divertia-se jogando água fervendo em cima de seus prisioneiros políticos.
Deleitava-se em torturar os deficientes físicos, jogando-os do alto de uma escada.
.... ainda alguém acha por aí que ditaduras de direita ou de esquerda são civilizadas? Bom, temos mais detalhes:
Além disso, El Turco Julián saboreava cada minuto no qual estuprava a esposa de um prisioneiro na sua frente.
os relatos indicam que os prisioneiros eram obrigados a lutar boxe um contra o outro, sob ameaças de torturas.
Simón, que ostentava uma suástica no uniforme, tinha especial sanha com José Poblete,
um jovem militante peronista q havia perdido as pernas em acidente.Simón lhe havia retirado a cadeira de rodas e as pernas ortopédicas
e divertia-se jogando-o para cima ou obrigando-o a desfilar na frente dos outros policiais arrastando-se sobre os tocos d seus membros
Desastres econômicos da ditadura argentina:
- Em sete anos de Ditadura, a dívida externa subiu de US$ 8 bilhões para US$ 45 bilhões.
A inflação do governo civil derrubado pela Ditadura era d 182% anual. Com a política econômica caótica da Ditadura chegou a 343% anual
- A pobreza disparou de 5% da população argentina para 28%
- A participação da indústria no PIB caiu de 37,5% para 25%, o que equivaleu a um retrocesso dos níveis dos anos 60.
- Além disso, a Ditadura criou uma ciranda financeira, conhecida como “la plata dulce”, ou, “o doce dinheiro”.
- Ao mesmo tempo q tomavam medidas neoliberais,como a abertura irrestrita d importações,os militares continuavam...
mantendo imensas estruturas nas empresas estatais, que transformaram-se em cabides de emprego de generais, coronéis e seus parentes.
- No meio desse caos econômico, os militares provocaram um déficit fiscal de 15% do PIB.
- A repressão provocou um êxodo de centenas de milhares de profissionais do país.
Os militares, em cargos burocráticos, exacerbaram a corrupção na máquina estatal.
1 -Além de ter sido a mais sanguinária Ditadura foi um fracasso tanto na área militar como na esfera econômica.
2-Fiascos Militares:Entre 1976 e 1978 a Ditadura colocou quase a totalidade das Forças Armadas p/perseguir
3-...uma guerrilha que já estava praticamente desmantelada desde um ano antes do golpe de 1976, em 1975.
4-Em 1978, a Junta Militar argentina levou o país a uma escalada armamentista contra o Chile.
5-Em dezembro daquele ano, a invasão argentina do território chileno foi detida graças à intermediação papal.
6-O custo da corrida armamentista colocou o país em graves problemas financeiros.
7-Em 1982, perante uma crise social, perda de sustentabilidade política e problemas econômicos,
8-o então ditador Leopoldo Fortunato Galtieri – famoso por seu intenso approach ao scotch –
9-...decidiu invadir as ilhas Malvinas para distrair a atenção da população.
10-Resultado: após um breve período de combate, os oficiais do ditador renderam-se às tropas britânicas.
Na política externa a Ditadura também mostrou um comportamento peculiar:
Acreditou que os EUA ficariam de seu lado na Guerra das Malvinas, já que a Ditadura havia sido um bastião anticomunista na América do Sul
... e até havia colaborado na guerrilha dos ‘contras’ na América Central.
Os militares não levaram em conta que pesaria mais a velha aliança EUA-Grã Bretanha por motivos históricos e pela participação na OTAN
Ditadura tinha discurso anticomunista mas continuou vendendo trigo p/URSS e não aderiu ao boicote EUA contra Olimpíadas Moscou em 1980
O mercado das figurinhas da copa
4 de Agosto de 2014, 14:12 - sem comentários ainda
Como prometido, em 04/08/2014 seria tratado sobre os temas da copa. Por ser um tema extenso serão produzidos três textos. Esse vai tratar sobre a questão do comércio na copa. O segundo sobre os efeitos colaterais da repressão, e um terceiro sobre os demais assuntos.
Fato visível foi a vantagem ganha pelo comércio na copa. Juntando tudo com a questão das manifestações, só restou sair às ruas, seja quem for, pessoas para ir ao campo ou assistir aos jogos em bar. De resto foram os manifestantes, mas os cidadãos que não iriam fazer nada do tipo ficaram em casa, assistindo ou não aos jogos. Ainda assim, os mais beneficiados foram os setores alimentícios, lojas de televisão e Hoteleiros, além de artigos ligados a copa, inclusive brinquedos. Entre os setores alimentícios, há de se considerar os bares e churrascarias, que colocando uma televisão durante os dias de jogos, aumentaram a clientela.[1] No entanto, em alguns aspectos o comércio perdeu. O varejo foi um deles[2], assim como indústria e comércios não ligados diretamente à copa. Mas um tipo específico de comércio, e não muito comentado ganhou bastante. As bancas de revista. O que incentivou tal alta foi o álbum de figurinhas da copa. Dele em relação aos outros há sim um quê de diferença.
Observando os Mercados de trocas existem traços interessantes. Vamos começar pelos gastos com o álbum. . Com um total de 647 figurinhas, é preciso comprar 129 pacotinhos a 1 real cada. Considerando 0 figurinhas repetidas, há um total mínimo de 129 pacotes comprados, sendo 129 reais excluindo a compra do álbum, e como geralmente vem muitas repetidas, o valor é muito maior para que se complete. Em relação aos mercados de figurinha, alguns são compostos em volta de bancas e por pessoas comuns. O funcionamento é simples: Nada combinado em grupo, mas todos vão com uma mesma idéia, completar o álbum. Algo como um contrato social oculto. A regra é a seguinte: uma figurinha por uma, caso a troca entre um e outro não seja equivalente dá-se figurinhas repetidas para compensar, ou compra-se a sobra.
Há também pessoas que vão para comprar e outras para trocar, sendo 20 centavos cada, o valor de cada uma no pacotinho. A maioria das pessoas vai por seus filhos, não por conta própria. Portanto, a verdade é que essa foi a melhor forma em que a FIFA influenciou as crianças. Repito, é a imaginação infantil sendo influenciada pela FIFA. Assim acaba a família incluída na brincadeira, (pais, irmão, vó, vô etc...) que gasta um valor considerável com o Álbum. Ou seja, a criança faz com que a família se envolva.
Muito do dinheiro é investido em compras de novos pacotes. Dessa forma a banca de revista ganha bastante em termos de figurinha, visto que há muitas pessoas ao redor. A loucura é que com a copa a FIFA é quem mais ganha, seja ideológica ou economicamente.
Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.
Escrito por: Rafael Pisani
Referencias:
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-07/copa-varejistas-registra-queda-nas-vendas-mas-comercio-popular-e-bares-faturam
Isabela Vieira e Kelly Oliveira/ http://agenciabrasil.ebc.com.br . Data de acesso: 02 de agosto de 2014
Disponível em: http://www.manager.com.br/reportagem/reportagem.php?id_reportagem=1659 Bárbara de Aquino/ http://www.manager.com.br . Data de acesso
[1] Fonte desde “Ainda assim” até esse ponto: http://www.manager.com.br/reportagem/reportagem.php?id_reportagem=1659
O mercado das figurinhas da copa
4 de Agosto de 2014, 14:12 - sem comentários ainda
Como prometido, em 04/08/2014 seria tratado sobre os temas da copa. Por ser um tema extenso serão produzidos três textos. Esse vai tratar sobre a questão do comércio na copa. O segundo sobre os efeitos colaterais da repressão, e um terceiro sobre os demais assuntos.
Fato visível foi a vantagem ganha pelo comércio na copa. Juntando tudo com a questão das manifestações, só restou sair às ruas, seja quem for, pessoas para ir ao campo ou assistir aos jogos em bar. De resto foram os manifestantes, mas os cidadãos que não iriam fazer nada do tipo ficaram em casa, assistindo ou não aos jogos. Ainda assim, os mais beneficiados foram os setores alimentícios, lojas de televisão e Hoteleiros, além de artigos ligados a copa, inclusive brinquedos. Entre os setores alimentícios, há de se considerar os bares e churrascarias, que colocando uma televisão durante os dias de jogos, aumentaram a clientela.[1] No entanto, em alguns aspectos o comércio perdeu. O varejo foi um deles[2], assim como indústria e comércios não ligados diretamente à copa. Mas um tipo específico de comércio, e não muito comentado ganhou bastante. As bancas de revista. O que incentivou tal alta foi o álbum de figurinhas da copa. Dele em relação aos outros há sim um quê de diferença.
Observando os Mercados de trocas existem traços interessantes. Vamos começar pelos gastos com o álbum. . Com um total de 647 figurinhas, é preciso comprar 129 pacotinhos a 1 real cada. Considerando 0 figurinhas repetidas, há um total mínimo de 129 pacotes comprados, sendo 129 reais excluindo a compra do álbum, e como geralmente vem muitas repetidas, o valor é muito maior para que se complete. Em relação aos mercados de figurinha, alguns são compostos em volta de bancas e por pessoas comuns. O funcionamento é simples: Nada combinado em grupo, mas todos vão com uma mesma idéia, completar o álbum. Algo como um contrato social oculto. A regra é a seguinte: uma figurinha por uma, caso a troca entre um e outro não seja equivalente dá-se figurinhas repetidas para compensar, ou compra-se a sobra.
Há também pessoas que vão para comprar e outras para trocar, sendo 20 centavos cada, o valor de cada uma no pacotinho. A maioria das pessoas vai por seus filhos, não por conta própria. Portanto, a verdade é que essa foi a melhor forma em que a FIFA influenciou as crianças. Repito, é a imaginação infantil sendo influenciada pela FIFA. Assim acaba a família incluída na brincadeira, (pais, irmão, vó, vô etc...) que gasta um valor considerável com o Álbum. Ou seja, a criança faz com que a família se envolva.
Muito do dinheiro é investido em compras de novos pacotes. Dessa forma a banca de revista ganha bastante em termos de figurinha, visto que há muitas pessoas ao redor. A loucura é que com a copa a FIFA é quem mais ganha, seja ideológica ou economicamente.
Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.
Escrito por: Rafael Pisani
Referencias:
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-07/copa-varejistas-registra-queda-nas-vendas-mas-comercio-popular-e-bares-faturam
Isabela Vieira e Kelly Oliveira/ http://agenciabrasil.ebc.com.br . Data de acesso: 02 de agosto de 2014
Disponível em: http://www.manager.com.br/reportagem/reportagem.php?id_reportagem=1659 Bárbara de Aquino/ http://www.manager.com.br . Data de acesso
[1] Fonte desde “Ainda assim” até esse ponto: http://www.manager.com.br/reportagem/reportagem.php?id_reportagem=1659
O mercado das figurinhas da copa
4 de Agosto de 2014, 14:12 - sem comentários ainda
Como prometido, em 04/08/2014 seria tratado sobre os temas da copa. Por ser um tema extenso serão produzidos três textos. Esse vai tratar sobre a questão do comércio na copa. O segundo sobre os efeitos colaterais da repressão, e um terceiro sobre os demais assuntos.
Fato visível foi a vantagem ganha pelo comércio na copa. Juntando tudo com a questão das manifestações, só restou sair às ruas, seja quem for, pessoas para ir ao campo ou assistir aos jogos em bar. De resto foram os manifestantes, mas os cidadãos que não iriam fazer nada do tipo ficaram em casa, assistindo ou não aos jogos. Ainda assim, os mais beneficiados foram os setores alimentícios, lojas de televisão e Hoteleiros, além de artigos ligados a copa, inclusive brinquedos. Entre os setores alimentícios, há de se considerar os bares e churrascarias, que colocando uma televisão durante os dias de jogos, aumentaram a clientela.[1] No entanto, em alguns aspectos o comércio perdeu. O varejo foi um deles[2], assim como indústria e comércios não ligados diretamente à copa. Mas um tipo específico de comércio, e não muito comentado ganhou bastante. As bancas de revista. O que incentivou tal alta foi o álbum de figurinhas da copa. Dele em relação aos outros há sim um quê de diferença.
Observando os Mercados de trocas existem traços interessantes. Vamos começar pelos gastos com o álbum. . Com um total de 647 figurinhas, é preciso comprar 129 pacotinhos a 1 real cada. Considerando 0 figurinhas repetidas, há um total mínimo de 129 pacotes comprados, sendo 129 reais excluindo a compra do álbum, e como geralmente vem muitas repetidas, o valor é muito maior para que se complete. Em relação aos mercados de figurinha, alguns são compostos em volta de bancas e por pessoas comuns. O funcionamento é simples: Nada combinado em grupo, mas todos vão com uma mesma idéia, completar o álbum. Algo como um contrato social oculto. A regra é a seguinte: uma figurinha por uma, caso a troca entre um e outro não seja equivalente dá-se figurinhas repetidas para compensar, ou compra-se a sobra.
Há também pessoas que vão para comprar e outras para trocar, sendo 20 centavos cada, o valor de cada uma no pacotinho. A maioria das pessoas vai por seus filhos, não por conta própria. Portanto, a verdade é que essa foi a melhor forma em que a FIFA influenciou as crianças. Repito, é a imaginação infantil sendo influenciada pela FIFA. Assim acaba a família incluída na brincadeira, (pais, irmão, vó, vô etc...) que gasta um valor considerável com o Álbum. Ou seja, a criança faz com que a família se envolva.
Muito do dinheiro é investido em compras de novos pacotes. Dessa forma a banca de revista ganha bastante em termos de figurinha, visto que há muitas pessoas ao redor. A loucura é que com a copa a FIFA é quem mais ganha, seja ideológica ou economicamente.
Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.
Escrito por: Rafael Pisani
Referencias:
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-07/copa-varejistas-registra-queda-nas-vendas-mas-comercio-popular-e-bares-faturam
Isabela Vieira e Kelly Oliveira/ http://agenciabrasil.ebc.com.br . Data de acesso: 02 de agosto de 2014
Disponível em: http://www.manager.com.br/reportagem/reportagem.php?id_reportagem=1659 Bárbara de Aquino/ http://www.manager.com.br . Data de acesso
[1] Fonte desde “Ainda assim” até esse ponto: http://www.manager.com.br/reportagem/reportagem.php?id_reportagem=1659
Luiz, o menino que dobrou aviõezinhos pra nós no dia em que os tucanos fugiram da Boca Maldita
2 de Agosto de 2014, 21:07 - sem comentários aindaQuando aceitei participar da brincadeira de jogar aviãozinho de papel durante o passeio do Beto e do Aécio na Rua XV, em Curitiba, eu me esqueci de um detalhe importante: nunca consegui aprender a fazer aviãozinho de papel que voasse nessa vida!
Eu estava com a cópia integral de um processo gigante do Tribunal do Júri, que usei há muito tempo, quando fiz o papel de promotora, num júri simulado da faculdade, e falei pra Meg, poah a gente não acha um menino de rua agora pra fazer uns aviõezinhos pra gente com tanta folha de papel disponível...
Nisso vem de lá um garotão de uns 17 anos, andando meio sem rumo, bermudão e camiseta e eu lhe pergunto se ele sabe fazer aviãozinho de papel.
Ele, ressabiado, diz que sim e eu coloco algumas folhas do processo na sua mão.
-“Ei, mas vai me pagar quanto?” pergunta o garotão.
-“Poah, faça um primeiro pra eu ver se voa, depois a gente conversa”.
Meio contrariado, o jovem começa a dobrar o papel, com malemolência, mas vejo que ele realmente sabe fazer o aviãozinho.
Testo. E voa!
Olha o aviãozinho!
Então combino com ele que o máximo que posso lhe dar são cinco reais.
Ele acha pouco, mas aceita e pede um adiantamento, porque não tem garantias que eu o pagarei ao final.
Eu lhe digo que também não tenho garantias que se lhe pagar, ele não irá embora, sem entregar as dobraduras prometidas e lhe dou duas moedas de um real combinando que os outros três reais serão pagos quando ele terminar os aviõezinhos naquele montinho de folhas de processo que estão com ele.
Apanho uma sacolinha de plástico numa loja próxima e combino com o Luiz (agora já sabemos seu nome) que ele vai fazendo e colocando na sacola os aviõezinhos prontos.
Aécio está atrasado. Já são quase 11 horas e nada da passeata, marcada para às 09h30, trazer o mineiro no bojo.
Chega uma garota, que depois eu soube ser a Kalley Michelle, com um pacote de açúcar na mão e esparrama seu conteúdo no chão formando duas carreirinhas de... Bem... Pra mim aquilo era a pista de Cláudio, pronto!
Brinco de estacionar um dos aviõezinhos de carreira na pista de Cláudio enquanto esperamos a caravana passar.
Luiz está ali, firme, ao nosso lado, elaborando as dobraduras e prestando atenção no nosso movimento.
Meg está transmitindo ao vivo no Canal do Charuto e isso me tranquiliza quando aparecem os tucanos nos agredindo e arrancando a sacolinha de aviões de papel das minhas mãos.
Eles são truculentos e nos arranham, mas escondem as unhas rapidinho para que ninguém perceba. A marca na minha mão direita foi pequena, mas na mão do Polaco ficou uma marca maior.
Eles começam as agressões observando que quem dobra os aviões é o Luiz e me chamando de “burra, não sabe fazer avião! Burra!”
Respondo que não sei mesmo, “eu sou menininha, ele que tá fazendo pra mim!”
Kalley Michelle dança e saracoteia sobre as carreirinhas de açúcar no chão cantando “Aecinho, vida loka!”
Quando os transeuntes olham para aquilo ela adverte “gente, é açúcar, só açúcar, não fiquem nervosos, a cocaína está no helicóptero!”
Quando nos agridem e nos tomam a sacolinha de aviõezinhos, eu mostro a Meg em cima do poste e aviso que ela está transmitindo ao vivo para todo o Brasil. Então eles fazem cara de bonzinhos e dizem que não pegaram nada, mostrando a sacola no chão.
Escuto o tradicional “fora PT” e sou chamada de “petista sem-vergonha”.
O tucano espumando ódio pela boca e dando pulos dessa altura como um bode sarnento, se aproxima de mim e começa a repetir como um demente “explica a Petrobrás! Explica a Petrobras!” – ele saliva e baba em mim enquanto fala.
“Porca, cheiradora, sai daí petista sem-vergonha”, segue o tucano raivoso na sua linha argumentativa.
Eu lhe digo que não dá pra conversar com ele porque está com muito ódio e ele se defende dizendo que não é ódio “cansei de ver meu país ser roubado” e seguem-se as palavras de ordem deles que são “Bolsa Família”, “explique a Petrobras” e "fora PT".
O Luiz segue dobrando seus aviõezinhos e observando aquela briga entre o bem e o mal.
A gente começa a se deslocar e o garoto sempre atrás de mim, dobrando aviõezinhos e colocando numa nova sacola de plástico que pedi em outra loja.
Caminhamos em direção à Boca Maldita, onde sabemos que aviões de papel cairão dos céus sobre a caravana do Aécio.
Na esquina da XV com a Barão do Rio Branco o garoto me pergunta: “Heim, os patrão de vocês não vão liberar um almoço pra nós, não?”
Então eu paro de caminhar e olho bem dentro dos olhos dele. Lembro-me de dizer muitas coisas ao Luiz, mas comecei com “Patrão??? Que patrão??? Então você achou que a gente está aqui a mando de alguém? Não senhor, Luiz! Nós estamos aqui protestando com aviõezinhos de papel, porque o Aécio Neves construiu um aeroporto com dinheiro público na fazenda do tio dele. Nós estamos aqui por que não queremos que esse cara seja presidente do Brasil! Nós estamos aqui por que somos cidadãos que não queremos que o Brasil volte a ser governado por gente como o Aécio, que é da mesma laia do atual governador do Paraná, o senhor Beto Richa, que está tentando se reeleger! Nós estamos aqui por que graças a gente como nós, hoje é possível exercer o direito de livre expressão e manifestação!”
Concluí dizendo ao Luiz que eu só paguei cinco reais para ele fazer aviõezinhos de papel para mim, por que nunca na minha vida consegui aprender a fazer um avião de papel que voasse.
Luiz me olhou com os olhos cheios de luz. Pediu “perdão, eu não tenho assistido noticiários, estou sempre estudando e trabalhando e não sabia disso tudo” e arrematou: “eu não vou votar nesses caras é nunquinha nessa vida!”
Uma estrela cadente iluminou meu coração nesse momento. Segui caminhando pela Rua XV leve como uma borboleta. Apesar dos seguranças disfarçados de abajur me marcando e perseguindo, como muitos ali vieram me avisar; apesar da hostilidade dos tucanos fazendo questão de me filmar e fotografar em close a todo o momento com falas ameaçadoras, eu senti que valera a pena ter estado ali, por alguma razão muito maior do que apenas brincar de aviõezinhos de papel.
Lá na frente, quando um dos correligionários do aviador passou por nós e disse: "com vocês a gente resolve é na bala" - fazendo com a mão o gesto de engatilhar e atirar com uma arma grande, apontando para um comparsa dele e dizendo: "ele vai resolver isso!", eu tive a alegria de olhar para mim e para os meus companheiros e sentir a mais absoluta certeza de que, sim, nós estamos do lado certo!
VEJA OS VÍDEOS:
A tradicional Boca Maldita, em Curitiba, consagrou-se hoje definitivamente como reduto socialista. A comitiva de Aécio Neves, que vinha em passeata desde a Praça Santos Andrade, simplesmente desviou da Boca, saindo estrategicamente pela direita, na Ermelino de Leão, com medo da chuva de aviõezinhos de papel que eleitores atiravam do alto de um prédio, tudo registrado nas imagens da Iris Cavalcante, que transmitiu ao vivo no Canal do Charuto:
O ESTRANHO SONHO DE BENJAMIN NETANYAHU - por Rodrigo Jardim Rombauer
30 de Julho de 2014, 16:41 - sem comentários aindaO ESTRANHO SONHO DE BENJAMIN NETANYAHU
Depois de um longo dia de trabalho criando estratégias, fazendo planos e dando ordens, Benjamin Netanyahu chegou em casa, beijou seus filhos e foi para a cama.
Ao lado da mulher, fez suas orações e adormeceu. Sonhou que subia uma montanha íngreme apoiado em um cajado.
Uma vez no topo, contemplou campos verdes arados, lindos pastos, cidades e povoados a perder de vista. Pode entrever até o mítico Rio Jordão que irrigava cidades, bosques e lindas plantações de maçãs e laranjas que naquela hora da tarde brilhavam ao sol.
Sorriu com júbilo e percebeu que estava diante da terra prometida. Mais que depressa, desceu as colinas e correu para ver de perto todas aquelas maravilhas.
Ao chegar às portas da cidade, ouviu um “psiu!”, vindo de uma torre. Olhou em torno e viu uma figura de uniforme e várias insígnias. “Um general”, pensou.
O militar se aproximou conduzindo um animal estranho com uma coleira de ferro: um cachorro de três cabeças que resfolegava e salivava.
Ao se aproximar, o vigilante piscou o olho e proferiu: - “Benjamin! Estávamos esperando você!”
Netanyahu esfregou os olhos, sentiu um arrepio na espinha, esquivou a mão do focinho gelado de uma das cabeças do cachorro e deixou escapar de sua boca crispada: - “Ariel…?” Ao que a figura corpulenta respondeu, com uma expressão fraternal: - “Bibi, até que enfim você apareceu… Vamos entrar? Você precisa ver nossa obra”.
Netanyahu, então, respirou fundo e indagou: - “Ariel, me diga. Onde estão os Palestinos?”
E o condutor do Cérbero, cada vez mais agitado, respondeu com entusiasmo: - “Eles se foram Bibi, não sobrou ninguém. Você acabou com todos eles, não lembra? Somos eternamente gratos”.
Atravessando as portas do enorme muro, Netanyahu suspirou fundo e com lágrimas nos olhos, exclamou: - “Nós conseguimos!” E, para sua graça e contentamento, o espectro de Ariel Sharon respondeu: - “Sim, só há judeus agora”.
Netanyahu percebeu que estava em casa.
Quando as portas se fecharam atrás de si, ouviu um estrondo terrível que ecoou por muito tempo. Elevou os olhos e leu uma inscrição em letras moldadas em ferro fundido que pendiam do alto de uma grade gigante.
Leu e balbuciou para si: “Arbeit macht frei” (“O trabalho liberta”). – “Mas o que é isso?” – perguntou, perplexo.
- “Bibi, esse sempre foi o nosso lema” – respondeu Sharon.
Antes mesmo de pedir esclarecimentos a seu bizarro anfitrião, cujo cão negro de três cabeças agora se autodevorava em um ritual terrível e sangrento, Netanyahu recebeu uma pá e um rifle das mãos de seu algoz, que determinou: - “Vamos soldado, temos muito trabalho pela frente”.
(por Rodrigo Jardim Rombauer )
Multidão vazia
28 de Julho de 2014, 20:33 - sem comentários ainda
Observo agora
Um monte de gente
Parado aqui em frente
Nada vem a mente
Agora penso
E olho para frente
E me pergunto
O que há com essa gente?
Parece uma multidão
Mas são peças
Que não vêem em si
Uma união
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Escrito por: Rafael Pisani