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April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

Protesto criticou fechamento de vagas em berçários nos centros municipais de educação infantil

March 2, 2016 13:38, by Terra Sem Males

Mães e pais conseguem reunião com secretária de educação

Por Phil Batiuk
Sismuc

“Eu confio no cmei e não tenho condição de pagar particular”. A frustração de Cibelle de Almeida dos Santos teria motivado a mobilização. “Organizamos todo o movimento em 15 dias. Acionamos outros grupos de mães e pais, a Imprensa, o sindicato. Fico feliz que seremos ouvidas”, conclui ela, que é professora de educação infantil na Prefeitura Municipal de Curitiba.

A manifestação teve o apoio de parlamentares, que se pronunciaram em repúdio à postura da administração municipal e solidarizaram com o grupo. “É um direito das crianças. O cmei não é só um espaço de cuidado, mas também de educação. Sabemos que a secretaria de educação vem tentando resolver a demanda, mas também cometeu um erro, que foi fechar os berçários por conta das obras não terem ficado prontas”, critica a vereadora Professora Josete.

O Sismuc vem denunciando a situação desde outubro de 2015, mas somente após a manifestação de hoje a gestão concordou em conversar. “É uma pena que tenha sido necessário atingir a população e sensibilizar a Câmara para que a Prefeitura desse mais informações. Agora é preciso reverter o fechamento e convocar os professores de educação infantil que já foram aprovados em concurso”, aponta Soraya Zgoda, coordenadora do sindicato.

Leia mais no site do Sismuc

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Novos jornalistas recebem formação multimídia

March 2, 2016 10:09, by Terra Sem Males

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

Um portal de notícia local, extensão do “maior jornal do Paraná”, opta por mandar apenas repórter fotográfico na cobertura jornalística da famosa Lava-Jato, sediada em Curitiba. E replica informações de agências de notícias de São Paulo ao invés de investir na apuração local. Nesse mesmo jornal, em outras editorias, pode-se observar um único profissional jornalista sendo responsável pela reportagem escrita, gravação de áudio e produção de foto e vídeo de um treino de futebol, por exemplo.

O jornalismo, como mercado de trabalho, está se tornando mais restrito, com ampliação das demissões e, em contrapartida, exigente de multitarefas. A tendência em “saber fazer tudo”, além de ser percebida em sites de notícias, está sendo explorada na formação de profissionais jornalistas pelas universidades.

Em três universidades privadas de Curitiba que oferecem o curso de comunicação social com habilitação em jornalismo, as disciplinas “multimídia” ou “novas mídias” aparecem já no primeiro e segundo ano de faculdade.

Acesse aqui a grade de jornalismo da PUC, Positivo e Unibrasil.

“A PUC é bem focada nesse novo meio digital. A nova grade é direcionada para esse âmbito mesmo, de multimídia, hipermídia, transmídia e tudo mais. Tudo o que faça com que nós estudantes possamos aprender a trabalhar no campo virtual sem dificuldade de utilizar diferentes mídias”, relata Giulie Hellen Oliveira de Carvalho, de 21 anos.

Giuli cursa o sétimo período de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), onde a grade curricular foi alterada no primeiro semestre de 2013, para inserir o jornalismo multimídia. “Eu acho isso de suma importância, porque hoje é muito difícil de pensar em utilizar um meio de comunicação sem estar, ao mesmo tempo, utilizando outro, como se fosse uma segunda tela. Então tem que pensar que as pessoas estão sendo habituadas a isso. Que por mais que se tenha a impressão de on-line é mais superficial, é onde mais se busca informação. E aí dessa forma precisa ter vídeo, áudio, foto, texto, tudo linkado. Porque nunca se sabe por onde meu leitor vai querer navegar”, conclui.

O problema é que a grade com enfoque direcionado às novas mídias ainda não chegou nas habilitações dos cursos de comunicação da UFPR. Acesse aqui a grade curricular de jornalismo da UFPR. E as universidades privadas citadas estão com mensalidades variando entre R$ 1.000 e R$ 1.700. Tudo isso para um piso salarial no Paraná, que é um dos maiores do Brasil, e que na prática é o teto salarial de jornalista, que atualmente é de R$ 2.963,60. A faculdade não está se pagando.

“Do ponto de vista técnico a universidade sempre formou jornalistas multimídia, uma vez que o currículo sempre contemplou o rádio, a TV e a mídia impressa. O que mudou é que hoje a academia é mais consciente – e os professores tentam repassar essa consciência para os estudantes – de que o repórter que começa e termina a carreira num único veículo ou num único meio de comunicação está em extinção”, opina a jornalista Rosiane Correia de Freitas, professora da UP em disciplinas relacionadas a apuração de dados.

“Agora existe um outro movimento que é a preparação do profissional para explorar diferentes estratégias narrativas. Ele é derivado de duas situações: primeiro o jornalismo vem se apropriando de recursos digitais para contar histórias de forma não convencional e esse parece ser um caminho que vai ser importante na área no futuro. Segundo porque trabalhar com convergência, com programação e com multiplataformas é adquirir uma série de conhecimentos que nos farão menos expectadores e mais protagonistas do uso da tecnologia para levar informação ao público. Acho que até agora estávamos vendo o jornalista muito passivo em relação ao poder da mídia digital” afirma Rosiane.

Mercado de trabalho

Para Rosiane, não é papel da universidade só atender demanda do mercado de trabalho. “Temos que inovar, que dar espaço para os estudantes experimentarem e arriscarem, porque no mercado é muito difícil que uma empresa estabelecida dê esse espaço para um profissional, ainda mais se ele estiver no início de carreira”. Ela conta que universidade acompanha os formados e em contato com empresas de comunicação percebeu que há muito espaço para o jornalista que trabalha com vídeo, áudio e conteúdo para internet.

“Na minha opinião, o profissional que é muito bom editor ou fotógrafo ou produtor continuará existindo e continuará a ser necessário. Só que ele não pode mais deixar de dialogar com outras áreas. O jornalismo sempre foi uma atividade coletiva, mas hoje essa junção de forças ajuda a potencializar o impacto do trabalho do repórter. Se uma matéria só sai num veículo, num suporte ela tem um alcance X. Mas se ela saiu no jornal, também virou um vídeo de curta duração, um documentário curta, uma exposição de fotos, tudo isso ajuda a mensagem a chegar mais longe. Desde que, é claro, todas essas plataformas tenham a mesma mensagem como foco”, finaliza.

 

Em tempo: Olhando as novas grades curriculares dos cursos de jornalismo, dá muita vontade de fazer de novo. Constatando o valor das mensalidades, a vontade passa. Novos jornalistas recebem formação multimídia e nós temos que nos virar. A alternativa para jornalistas mais experientes seria um curso de mídias sociais. Fazendo uma busca rápida, um curso com duração de quatro dias, com carga horária das 19h às 22h, tem custo de R$ 450. E não se compara a toda uma grade curricular elaborada por uma universidade direcionada a novos estudantes.

 

O Terra Sem Males acompanha as mudanças no jornalismo mas valoriza o fotojornalismo, a reportagem escrita e audiovisual complementares mas também independentes entre si de acordo com a paixão e talento de cada jornalista envolvido com o projeto.

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Com votação na madrugada, Conselho de Ética da Câmara decide continuar processo contra Eduardo Cunha

March 2, 2016 9:39, by Terra Sem Males

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal decidiu, no início da madrugada desta quarta-feira (2), dar continuidade ao processo contra o presidente da casa, deputado Eduardo Cunha.

Com o voto de minerva do presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), o conselho aprovou, por 11 votos a 10, o relatório do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), favorável à admissibilidade da representação em que o Psol e a Rede pedem a cassação de Cunha.

A aprovação ocorreu depois que o relator concordou em retirar de seu parecer a denúncia sobre o suposto recebimento de vantagens indevidas por parte de Cunha, o que caracterizaria crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e ainda será alvo de análise do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Dia de Luta na Caixa por respeito aos trabalhadores e mais contratações

March 2, 2016 9:29, by Terra Sem Males

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

Nesta quarta-feira, 02 de março, as agências da Caixa Econômica da região central de Curitiba amanheceram com faixas. As agências serão abertas ao público, mas os trabalhadores permanecerão em frente para dialogar com a população e clientes sobre o Dia de Luta dos empregados da Caixa. O ato é em frente às agências Comendador, Tiradentes, Rua das Flores e Travessa da Lapa. A mobilização também ocorre em outras cidades do Paraná e do Brasil.

Os bancários pedem respeito por parte da direção do banco, transparência no processo de reestruturação e a retomada das contratações para melhorar as condições de trabalho e o atendimento ao público. Desde que foi assinado um acordo aditivo entre sindicatos e a Caixa em 2014, com o comprometimento de contratação de 2 mil empregados, já deixaram o banco 3 mil funcionários que aderiram ao Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). Outro PAA foi aberto agora em 2016 e a estimativa é de adesão de 1.500 funcionários. Após esse PAA, o número de empregados pode chegar a 95 mil.

O movimento sindical defende que a Caixa tenha 101 mil bancários em todo o país. Uma série de mobilizações por mais contratações foram realizadas durante todo o ano de 2015, para que concursados aprovados sejam chamados, mas a Caixa reafirma que não vai contratar, mesmo com intervenção do Ministério Público do Trabalho, que já solicitou cronograma de contratações e adiou vencimento de prazo de concurso, e de diversas ações judiciais em tramitação por mais contratações.

No dia 22 de dezembro de 2015, o DEST, órgão do governo federal responsável pelo controle financeiro das estatais, publicou em Diário Oficial uma portaria que limita o número de funcionários de todas as empresas públicas. Desde então, o número máximo de funcionários que a Caixa pode ter 97.732 bancários. A portaria também autoriza as empresas a gerenciarem seus quadros de pessoal com atos de gestão para repor empregados desligados, mas não determina que seja feito, apenas autoriza.

Saiba mais: Bancários de Curitiba estão mobilizados

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GV Inferior: Pet não é bobo, abaixo a Rede Globo

March 1, 2016 16:37, by Terra Sem Males

Por Roger Pereira
Terra Sem Males

Na minha primeira coluna neste espaço, abordei a teimosia de nosso hoje presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia e suas tentativas, nem sempre bem sucedidas, de trazer inovações ao futebol brasileiro. Pois, agora, a coluna se rende a uma decisão, tomada pelo Conselho na noite da última segunda-feira, 29 de fevereiro, que tem tudo para ser histórica e potencial para mudar muita coisa no cenário esportivo nacional.

O Atlético aprovou a proposta de cessão dos direitos de transmissão em canal fechado de seus jogos no Campeonato Brasileiro ao grupo americano Turner, proprietário do Canal Esporte Interativo, para o período entre 2019 e 2024. A proposta do EI segue o modelo da inglesa Premier League: dividindo os recursos de televisão 50% de forma igualitária, 25% pelo desempenho técnico e 25% a partir da audiência. E não com critérios apenas de audiência, como prevê a Globosat, dos canais Sportv e Premiere (pay-per-view), que permite que um clube receba até 20 vezes mais que outro no contrato de televisão, causando um desequilíbrio econômico gigantesco entre as equipes que disputam o campeonato nacional.

O valores não foram revelados, mas o próprio Esporte interativo afirmou ter destinado ao rateio R$ 27,5 milhões para cada clube que assinar, o que pode chegar a R$ 550 milhões se os 20 clubes da Série A aderirem a proposta. Além da divisão mais justa dos recursos o Esporte Interativo promete exibição equilibrada em número de partidas entre os clubes que assinarem, horários de jogos mais adequados (sem partidas às 22h) e, o mais importante: o fim do monopólio sobre o futebol Brasileiro, uma vez que a Globosat pertence às Organizações Globo.

Vários outros clubes brasileiros, como o Coritiba, Internacional, Bahia e Figueirense estão em negociações avançadas com o novo canal. A proposta do Esporte Interativo é extremamente atrativa a, pelo menos, 12 dos 20 clubes da elite do Brasileirão, que estão fora do eixo Rio-São Paulo, e recebem, pelo contrato de TV valores inferiores aos grandes do eixo, mesmo tendo um desempenho esportivo há anos superior à muitos deles, como as equipes do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais.

Para outros seis, mesmo do eixo é preciso pegar a calculadora para avaliar qual a proposta mais vantajosa, tanto que o Santos também negocia o contrato. Apenas para Corinthians e Flamengo, que estão no topo da pirâmide de repasses da Rede Globo é que a proposta representaria perdas, caso as equipes não conseguissem se manter entre as primeiras colocadas do certame, recebendo mais por índice técnico.

A quebra do monopólio na transmissão do futebol brasileiro e a divisão mais justa das cotas é fundamental para o desenvolvimento do esporte, trazendo equilíbrio e competitividade ao Brasileirão. Desta vez, o Atlético sai na frente e com poucas chances de errar. Resta saber se não haverá retaliação no período em que ainda vigora o contrato com a Globosat, que ainda dura mais três temporadas.

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As 10 matérias mais lidas que foram produzidas pelo Terra Sem Males em fevereiro

March 1, 2016 15:34, by Terra Sem Males

Uma das propostas do projeto Terra Sem Males, enquanto comunicação popular, é produzir suas próprias pautas. É fazer o jornalismo independente sem precisar usar o CtrlC + CtrlV todo dia. Claro que reproduzimos material de algumas agências, mas isto somente quando o assunto é relevante para a classe trabalhadora. Por isto listamos as 10 matérias mais lidas aqui em nosso site, de conteúdo próprio. Confira:

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Dia da Mulher: 8 de março é socialista

February 29, 2016 16:04, by Terra Sem Males

Entrevista com Claudia Santiago Giannotti

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

No próximo dia 03 de março, a Livraria Antonio Gramsci, parceira do Núcleo Piratininga de Comunicação, referência em comunicação popular e sindical com sede no Rio de Janeiro, vai lançar a oitava edição da cartilha “A Origem Socialista do Dia da Mulher” e a camiseta em comemoração do aniversário de Rosa Luxemburgo, que nasceu em 5 de março de 1871.

A origem do 8 de março como Dia Internacional da Mulher é permeado de informações contraditórias, relacionadas à resistência e luta das mulheres. A cartilha, com texto de Vito Giannotti e Claudia Santiago e  ilustrações do cartunista Carlos Latuff, questiona a versão de que o 8 de março teria começado a partir de uma greve ocorrida em 1857 em Nova Iorque, quando teriam morrido 129 operárias queimadas vivas.

A obra lembra que o Dia Internacional da Mulher tem origem socialista, e que a data 8 de março foi fixada a partir de uma greve iniciada no dia 23 de fevereiro de 1917, na Rússia, em uma manifestação organizada por tecelãs e costureiras de Petrogrado, estopim da primeira fase da Revolução Russa.

Confira entrevista com Claudia Santiago Giannotti sobre a importância de celebrar o Dia Internacional da Mulher:

Terra Sem Males – Qual a importância de ano após ano reafirmar a data 8 de março como Dia Internacional da Mulher?

Claudia Santiago Giannotti – O machismo é uma coisa muita séria e muito entranhada na sociedade em homens e em mulheres. As mulheres ainda são vistas como objeto de cama e mesa, como nos ensinou Heloneida Studart, nos idos dos anos 1980. Cuidamos da casa, dos filhos, cuidamos dos familiares mais velhos ou que necessitem de atenção especial. Além disso, estudamos e trabalhamos. Mesmo assim somos vistas como cidadãs de segunda categoria por sermos mulher. Somos tratadas como se não fôssemos capazes de dirigir nossas próprias vidas, nossas entidades de classe e que dirá, um país. Nossa remuneração é menor e nossa voz tem menos peso. Ainda há um longo caminho a percorrermos, daí a importância de ano após ano reafirmar a data 8 de março como Dia Internacional da Mulher. Não como dia de receber flores, mas como dia de reafirmação de nossos direitos. E ainda temos que ter cuidado porque o mercado anda querendo se apropriar da data para vender seus produtos. Se não abrirmos os olhos e reafirmarmos a história do 8 de março, daqui a pouco vamos receber caixa de bombom no 8 de março.

Como foi produzida a cartilha que questiona a versão das mulheres queimadas vivas como a origem do 8 de março?

O Núcleo Piratininga foi alertado, no início da década de 1990 pelo jornalista Gustavo Codas, que hoje trabalha na Fundação Perseu Abramo. Ele nos disse que estávamos contando uma história que não havia acontecido. A partir deste momento Vito Giannotti se dedicou ferozmente, como tudo que ele fazia, à pesquisa da outra história que não era contada. Mandou buscar livros na França, leu tudo o que havia sobre o assunto no Brasil e me convenceu de nós devíamos produzir este caderno. E assim fizemos. Ele pesquisava, me passava e eu escrevia. As ilustrações feitas pelo Latuff foram todas pensadas por Vito. Desde então, estamos divulgando nossas descobertas. Não sei se ainda não deu tempo de os grupos de esquerda se apropriarem dela, ou se há interesse político em manter a primeira versão.

Quais ações afirmativas devemos ter na rotina em referência ao que a mulher enfrenta de violência? 

Primeiramente exigir do Estado políticas públicas para as mulheres, como creche, atendimento pré-natal, redução da mortalidade materna, redução do parto cesárea, prevenção da gravidez na adolescência, enfrentamento à violência contra as mulheres, a violência sexual é a que mais atinge as mulheres, prevenção ao câncer de mama. A existência de um grande número de mulheres com essa doença, ou que faleceram devido ao câncer, mostra falhas na descoberta da enfermidade. Essas falhas podem ter acontecido devido a não realização do exame clínico das mamas e a não realização de mamografias para mulheres acima dos 40 anos de idade. No caso das regiões empobrecidas da cidade, as mulheres dependem do sistema público de saúde. Precisamos criar grupos de mulheres para que elas se percebam, se conheçam e juntas descubram as diversas formas de violência moral a que estão submetidas. Garantir direitos específicos para as mulheres nos acordos coletivos; denunciar a comercialização do corpo da mulher pelos meios de comunicação.

A oitava edição da cartilha “A origem socialista do Dia da Mulher” pode ser adquirida por R$ 10 na Livraria Antonio Gramsci. Informações (21) 2220-4623 ou livraria@piratininga.org.br.

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Apesar da alta dos impostos, Curitiba arrecada menos em 2015

February 29, 2016 14:02, by Terra Sem Males

Por Manoel Ramires
Terra Sem Males

Quedas nos repasses dos governos estadual e Federal diminuíram receita da capital

A secretária de Finanças Eleonora Fruet e o secretário de planejamento Fábio Scatolin participaram de audiência pública na Câmara Municipal de Curitiba. Eles apresentaram balanço financeiro do 3º quadrimestre de 2015 e receitas e despesas deste ano.  Ambos os secretários responsabilizaram a diminuição de repasses do governo estadual e federal pela paralisia de obras e de gestão pela qual passa Curitiba. Esse fator teria anulado o aumento da arrecadação de impostos como IPTU e ITBI. Na apresentação, os secretários afirmaram que 2016 e 2017 também serão anos de “vacas magras”.

Eleonora Fruet e Scatolin se dividiram na apresentação dos números de arrecadação e despesas de Curitiba, detalhando quais são as fontes de recursos e onde o dinheiro é investido. Eleonora enfatizou que uma das principais despesas da cidade é com transporte coletivo, alvo de polêmica com as greves e constantes reajustes de preços aos usuários. Segundo a secretária de finanças, em 2015, foram repassadas as empresas R$ 721 milhões. Deste valor, nada veio dos cofres do governo do estado. “Não recebemos subsídios dos governos federal e Estadual. Um caso é do transporte coletivo. Enquanto Curitiba não recebeu nada, só em janeiro, para os município da RMC, foram R$ 8 milhões”, enumera Eleonora Fruet.

A queda nos repasses dos convênios é apontada como o principal entrave para as ações da prefeitura. Em 2015, a previsão era receber R$ 482 milhões dos dois governos. Só vieram R$ 9 milhões, segundo os secretários. “Tivemos queda nos repasses dos governos de um lado e tivemos aumento de despesas como o contrato do lixo de Curitiba. 50% das nossas receitas dependem da cidade e os outros vêm do Estado e da União”, enfatiza Fábio Scatolin.

O secretário explicou porque as obras de 16 cmeis, da UPA da Tatuquara, de vias calmas e da Linha Verde estão lentas ou paradas.  “Todas as obras que seriam de responsabilidade do governo do estado estão sendo tocadas pela prefeitura para diminuir os prejuízos à população e, claro, recorremos à justiça contra o governo estadual”, revelou.

Caixa cheio

Se de um lado faltou repasse, de outro, entrou dinheiro em caixa. Trata-se de repasses relacionados à saúde (SUS) e a educação (FUNDEB e FNDE) e da alta de impostos como o IPTU e o IPVA (o munícipio fica com 50% do imposto). Para o SUS foram repassados R$ 768 milhões. Já a Educação recebeu R$ 544 milhões. Mesmo assim, a Prefeitura de Curitiba só investiu 25% em educação. Quanto aos impostos, a arrecadação passou da casa dos R$ 2,3 bilhões. Só o ISS (Imposto Sobre Serviços) arrecadou mais de R$ 1 bilhão, de acordo com dados da Secretaria de Finanças.

Reajuste dos municipais

Os servidores municipais estão em Campanha de Lutas. Eles pedem reposição da inflação e ganho real, totalizando 15% de reajuste. E, mesmo com a queda nos repasses, a Lei de Responsabilidade Fiscal não deve ser problema. De acordo com dados da Secretaria de Finanças, a Receita Liquida Corrente de 2015 ficou em R$ 6,2 bilhões. Isso representa, em gastos com pessoal, 44,1%. A LRF determina que o governo pode gastar até 51,30% no limite prudencial e até 54% no máximo de gastos, dando uma margem de 7% de reivindicação para os municipais.

CMC com cofre abastecido

A Câmara Municipal de Curitiba também fez a prestação de contas de 2015. Nela mostrou-se que os vereadores economizaram R$ 12,4 milhões da verba que lhes é destinada. Foram gastos R$ 140,6 milhões de um total de R$ 153 milhões, representando 4,1% do orçamento municipal.  Da verba da CMC, R$ 91 milhões foram gastos com folha de pagamento, sendo R$ 6,4 milhões os salários dos vereadores.

A economia foi celebrada pelo vereador Paulo Salamuni: “Nós deixamos de receber R$ 33 milhões da Prefeitura de Curitiba com a economia que fizemos nos últimos anos. Isso é uma colaboração fundamental. Lembro que em outros anos, com a economia, destinamos R$ 11 milhões para a saúde”, destacou.

Outra economia da Câmara Municipal, no entanto, gerou polêmica entre os vereadores Paulo Salamuni (PV) e a vereadora Noêmia Rocha (PMDB). O legislativo tem cerca de R$ 50 milhões em caixa para a construção de uma nova sede. Salamuni defendeu a aplicação do recurso imediatamente: “Os outros poderes têm construído sedes próprias. Nós temos uma verba sobrando de 50 milhões e temos totais condições de ter uma sede nova e moderna, mas não fazemos porque somos reféns da atual crise econômica”, explica.

Para Noêmia Rocha, a crise econômica exige prioridades: “Nós temos uma dívida de 60 milhões com a FEAES. Se nós temos recursos e temos necessidade urgente na saúde,  a gente tem que ter outras prioridades. É como no serviço doméstico, você não reforma a cozinha se teu filho tá precisando de remédio”, comparou.

Verbas recebidas

IPTU: 461 milhões
IR na fonte: 270 milhões
ITBI: 298 milhões
ISS: 1 bilhão

 

Repasse por lei

SUS: 768 milhões
FNDE: 64 milhões
Cota IPVA 341 milhões
Fundeb: 480 milhões
FPM: 207 milhões

 

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29 de abril: não esqueceremos!

February 29, 2016 10:42, by Terra Sem Males

No dia 29 de abril de 2015, o governo do Paraná massacrou milhares de servidores públicos, sendo que a maioria eram professores e professoras.

Os trabalhadores lutavam para garantir seus direitos e o patrão (governo) reagiu com extrema violência, ferindo centenas de homens e mulheres. As imagens deste triste dia correram o mundo envergonhando o povo do Paraná.

Mas não esqueceremos, a cada dia 29lembraremos deste crime. Compartilhe para que mais pessoas também não esqueçam.

Acesse www.terrasemmales.com.br/educa e confira notícias sobre educação no Terra Sem Males.

#nãoesqueceremos #terrasemmales

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Agências do HSBC permanecem fechadas em Curitiba nesta segunda com protesto de bancários

February 29, 2016 10:17, by Terra Sem Males

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males,

Nesta segunda, 29 de fevereiro, 18 agências bancárias do HSBC em Curitiba estarão fechadas durante todo o dia. “Queremos que o banco nos diga onde foi parar o resultado que produzimos”, afirma Cristiane Zacarias, que é dirigente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e coordenadora nacional da COE HSBC , representação dos trabalhadores nas negociações com o banco.

O ato é um protesto nacional pois, de acordo com Cristiane, o HSBC não divulga o balanço financeiro aqui no país, alega para os funcionários não ter acesso às informações sobre o lucro no Brasil e nem autorização de Londres para comentar. “No entanto, há uma nota dizendo o que o pagamento da PLR não acontecerá, embora a gente saiba que os executivos devem receber seus bônus normalmente. Isso é revoltante”, explica a dirigente.

No dia 23 de fevereiro, o HSBC anunciou em comunicado interno que não fará o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR 2015), nem do Programa Próprio de Remuneração (PPR Administrativo). A justificava para o não pagamento foi resumida a “considerando o resultado do Grupo HSBC no Brasil”. No dia anterior, o HSBC havia divulgado seu balanço financeiro global, apresentando lucro de US$ 13,52 bilhões.

Com prejuízo de R$ 549 milhões na filial brasileira em 2014, o HSBC Brasil registrou lucro de R$ 31,8 milhões no primeiro semestre de 2015, após anúncio de venda para o Bradesco por R$ 17 bilhões. “Solicitamos reunião com o banco, mas ele se nega em atender. Contamos com a união nacional dos bancários do HSBC para defender seus direitos, que os clientes entendam que nosso protesto é legítimo, pois após quase 20 anos no país, o HSBC vai embora dizendo ter tido prejuízo, e ao mesmo tempo levando no bolso R$ 17 bilhões”, finaliza Cristiane Zacarias.

Na semana passada, dia 24 de fevereiro, os bancários já haviam paralisado as atividades nos centros administrativos do HSBC em Curitiba, que é a sede do banco no Brasil. Mesmo com todas as manifestações, os representantes do HSBC se recusam a agendar reunião com o Sindicato para negociar o pagamento da PLR, que tem seus valores estabelecidos nas campanhas salariais unificadas da categoria bancária, com abrangência nacional.

Enquanto os bancários do HSBC aguardam a definição da venda do HSBC ao Bradesco pelo Cade e protestam contra o anúncio do não pagamento da participação nos lucros, trabalhadores dos demais bancos privados, como Itaú, Bradesco e Santander, receberam na semana passada valores majorados de PLR, já que os recordes de lucros ultrapassaram o valor mínimo estabelecido pelo acordo: a regra básica é distribuir no mínimo 5% do lucro líquido apresentado pelos bancos. O Itaú, por exemplo, que lucrou R$ 23,8 bilhões em 2015, após pagar o teto da PLR para seus funcionários, distribuiu somente 4,3% de seu lucro.

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