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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , von Blogoosfero - | 1 person following this article.

A juventude, as convicções, e o cachê de R$ 40 mil

June 16, 2017 11:21, von segundo clichê


A juventude tem coisas boas, mas outras nem tanto.

Os jovens tendem a se considerar invulneráveis, acham que podem fazer tudo sem que nada tenha consequência, sem que nenhum ferimento resulte das aventuras em que se metem.

Mesmo nos dias de hoje, nos quais o consumismo encharca e obnubila as consciências, há jovens destemidos o suficiente para achar que têm condições de, quais Quixotes, mudar o mundo em um lugar mais acolhedor para se viver.

Alguns desses jovens se lançam, desesperadamente, na paixão pela arte, cultivando versos, melodias, rabiscos ou pinceladas com a marca dos seus hormônios em febre, outros desprezam os afazeres mundanos e entregam suas almas aos mistérios da fé religiosa, e uns tantos se engajam na luta política, muitas vezes até mesmo sem saber que estão fazendo isso.

Todo esse voluntarismo, marca da juventude, geralmente com o passar do tempo vai se transformando em ações mais pragmáticas, pés no chão, "na real", como se costuma dizer.


Nem todos os jovens, porém, seguem esse roteiro.

Existem aqueles que, por mais conhecimentos que adquiram, por mais experiências que passem, se recusam a aceitar a passagem do tempo e as suas inevitáveis sequelas: preocupações com a subsistência, com o trabalho, com a vida familiar, com o corpo que se deteriora, com o trânsito, com o Imposto de Renda...

Esses permanecem, mesmo que os sinais exteriores digam o contrário e sigam indistinguíveis, o resto do rebanho, arriscando seus versos, melodias, pinceladas e rabiscos adolescentes, contando com a sua fé mágica para vencer na vida, ou remoendo a sua indignação contra tudo e contra todos.

Todos nós conhecemos pessoas assim nas nossas famílias, no trabalho, entre os vizinhos e os amigos.

Ou mesmo lendo o noticiário dos jornalões.

Há o exemplo dessa rapaziada, lá na fria Curitiba, que desde há alguns anos vem liderando uma cruzada contra a corrupção, a fonte de todos os males passados, presentes e futuros deste gigante bobo chamado Brasil.

Eles protagonizam as notícias o tempo tempo.

São implacáveis com quem julgam corruptos, ladrões, meliantes, esses indivíduos indignos de viver à solta em nossa sociedade e de conviver com os homens de bem.

Não cansam de dar lições de moral e ética.

Voluntaristas, seguem avante, audazes e com a certeza de que, depois de demolirem as muralhas onde se abrigam as forças do mal, brotará, como por milagre, uma nova civilização, limpa de toda a excrescência que a infestou, para levar ao seu glorioso futuro esta terra onde tudo o que se planta, dá.

É uma rapaziada de dar gosto, também porque está sempre disponível para levar a sua fúria juvenil e seu ardor adolescente, que contagiam e inflamam mentes e corações, a audiências variadas, desde colegas de profissão a fiéis religiosos, passando por "socialites" a cirurgiões plásticos.

Alguns deles, como o imberbe Deltan Dallagnol, encontrou um modo fácil de levar adiante o seu grito de inconformismo: basta que o interessado acesse o site motiveacaopalestras.com.br e procure por seu nome. 

Se fizer isso, ficará sabendo que ele, segundo o perfil estampado no site, "é movido por suas crenças" (...), "acredita que pode mudar a forma de combater a corrupção no país" (...), é "metódico e carinhoso", e que "quando aparece para uma entrevista, fica claro que ele preparou cada tópico da fala e não foge do roteiro", driblando assim a "timidez". Além disso, é "cordial, emprega frases de efeito, que também recheiam os processos" e, que "para ele, por exemplo, Lula é o 'comandante máximo' do desvio de recursos da Petrobras".

Como se vê, ele tem muitas convicções.

Que podem ser ouvidas, ao vivo, acompanhadas de expressões contundentes de repulsa e revolta, por um um cachê entre R$ 30 mil a R$ 40 mil.

Uma pechincha. (Carlos Motta) 



Um dia para a música caipira

June 15, 2017 9:54, von segundo clichê


Uma audiência pública da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados reuniu parlamentares, pesquisadores e músicos para discutir a criação do Dia Nacional da Música e Viola Caipira, prevista em projeto (PL 7415/2017) apresentado pelo deputado João Daniel (PT-SE).

A tramitação do projeto foi interrompida na Câmara porque a legislação (Lei 13.345/2010) condiciona a criação de datas comemorativas à realização prévia de audiências públicas.

O projeto define a data comemorativa como 13 de julho, dia do nascimento do jornalista e pesquisador Cornélio Pires, que em 1928 gravou o primeiro disco de música caipira.


O deputado João Daniel justificou a importância simbólica da medida. “A adoção desse dia é uma forma de homenagear Cornélio Pires por ter introduzido a música caipira no Brasil, e ao fazer isso, reconhecer também o instrumento e a música que representa a alma do homem do campo brasileiro”, disse.

A audiência pública foi pedida por um grupo de deputados como maneira de cumprir a exigência legal. Um deles, Evandro Roman (PSD-PR), destacou a importância cultural da viola e da música caipira para o homem do campo. “A moda de viola é algo que entra na alma de cada um de nós e faz com que nos lembremos de nossas ações ligadas à terra e à lida com os animais", disse.

Um dos convidados da audiência foi o músico Zé Mulato, da dupla Zé Mulato e Cassiano, que falou da importância da viola e da música caipira na cultura nacional. "Nós precisamos que a nossa viola caipira seja reconhecida com mais firmeza, até nas leis, porque a história do Brasil tem uma parte escrita e a outra contada por meio da viola", disse.

A viola caipira faz parte da cultura e tradição de uma parte do Brasil que vai do Paraná ao Tocantins, passando por São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. O som da viola está na catira, no cururu, em festas religiosas, na música sertaneja e ganhou até versões para orquestra.

O violeiro e pesquisador Roberto Correa também defendeu a proposta. “Ter um dia para homenagear permite e justifica apresentações e é muito importante para lembrar dessa manifestação cultural”, disse. O produtor cultural e radialista Luiz Rocha, que produz e apresenta o programa Brasil Caipira, da TV Câmara, defendeu o projeto como maneira de proteger uma manifestação cultural que tem pouco espaço no mercado comercial.

Ele relatou casos de plágio de músicas compostas por violeiros tradicionais, depois apropriadas por duplas e cantores comerciais. “Os músicos caipiras tradicionais precisam de proteção. Tem gente que ganha milhões e outros, com 50 anos de carreira, que não têm nada, nem reconhecimento", disse.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB), relatora do projeto (PL 5901/13) que deu origem à lei de direitos autorais (Lei 12.853/13), defendeu mais proteção aos compositores. “Muitas vezes quem faz a música não ganha nada. Esse é um tema que também importa”, disse. Jandira Feghali e Evandro Roman anunciaram que vão se esforçar para que o projeto tramite em regime de urgência, a tempo de ser aprovado antes da data de 13 de julho.

A proposta tem que ser aprovada em duas comissões – Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) e Cultura – antes de ser enviada ao Senado. Projeto parecido (PL 7131/2014), apresentado pelo deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC), foi arquivado em 2015 sem ter sido aprovado. Ele instituía o dia 17 de fevereiro, data da morte de Cornélio Pires, como Dia Nacional da Música Raiz. (Agência Câmara; foto, Lúcio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados))



Os mestres do jornalismo, segundo os jornalistas: Miriam Leitão, Jabor, Cid Moreira, Sardenberg...

June 14, 2017 23:49, von segundo clichê


A jornalista Miriam Leitão, protagonista de um polêmico incidente aeronáutico nesta semana, integra um seleto grupo de profissionais de imprensa cujo hobby é colecionar troféus. 

Empresas diversas, como meio de aumentar seu prestígio e faturamento, promovem anualmente dezenas de concursos para jornalistas.

O mais famoso de todos, o Prêmio Esso, acabou no ano passado, depois de 60 anos distinguindo o crème de la crème da imprensa brasileira.

Mas deixou no seu rastro vários outros de mais ou menos importância e repercussão. 


Um deles se denomina o "Oscar" do jornalismo nativo, o "Comunique-se", promovido pela empresa do mesmo nome desde 2003.

Ele tem a peculiaridade de escolher o vencedor por meio de eleição direta dos integrantes da categoria profissional.

É, portanto, uma boa maneira de entrar na cabeça dos nossos jornalistas, saber quem eles consideram os melhores do métier. 

Para ajudar nessa tarefa, desde 2007 o Prêmio Comunique-se instituiu uma "Galeria Mestres do Jornalistas".

No site do prêmio, há a explicação de como um profissional recebe essa honraria:

"Para fazer parte da seleta lista, profissionais da imprensa e agências de comunicação precisam conquistar três vitórias consecutivas numa mesma categoria, nos anos em que estiverem habilitados a concorrer, ou cinco vitórias, também numa mesma categoria, em anos aleatórios."

Como se vê, não é fácil atingir o status de "mestre" na premiação. 

Os nomes dos ungidos dão uma mostra bastante sincera do que o jornalismo brasileiro.

Fazem parte do seleto time, entre outros, Arnaldo Jabor, Carlos Alberto Sardenberg, Cid Moreira, Clóvis Rossi, Cora Rónai, Fernando Mitre, Monica Bergamo, Renata Vasconcelos, Ricardo Boechat, Ricardo Noblat, Roberto Civita, Ruy Mesquita, Sérgio Dávila, Tadeu Schmidt, Cléber Machado, Arthur Xexéo, e claro, Miriam Leitão.

No ano passado, a jornalista das Organizações Globo, foi a grande vencedora da noite de gala do prêmio, realizada no espaço Tom Brasil, em São Paulo. Ela foi escolhida pelos jornalistas nas duas categorias em que concorreu ao troféu e, pela segunda vez, entrou para a galeria de "Mestres do Jornalismo".

Miriam venceu na categoria “Colunista – Opinião”, e em “Economia – Mídia Falada”.

Como diria Ibrahim Sued, outro que brilhou nas Organizações Globo, e fez escola com o seu colunismo social misto de puxa-saquismo, fofocas, e alguma notícia, "sorry, periferia". (Carlos Motta)



Os mestres do jornalismo, segundo os jornalistas: Jabor, Miriam Leitão, Cid Moreira, Sardenberg...

June 14, 2017 19:06, von segundo clichê


A jornalista Miriam Leitão, protagonista de um polêmico incidente aeronáutico nesta semana, integra um seleto grupo de profissionais de imprensa cujo hobby é colecionar troféus. 

Empresas diversas, como meio de aumentar seu prestígio e faturamento, promovem anualmente dezenas de concursos para jornalistas.

O mais famoso de todos, o Prêmio Esso, acabou no ano passado, depois de 60 anos distinguindo o crème de la crème da imprensa brasileira.

Mas deixou no seu rastro vários outros de mais ou menos importância e repercussão. 


Um deles se denomina o "Oscar" do jornalismo nativo, o "Comunique-se", promovido pela empresa do mesmo nome desde 2003.

Ele tem a peculiaridade de escolher o vencedor por meio de eleição direta dos integrantes da categoria profissional.

É, portanto, uma boa maneira de entrar na cabeça dos nossos jornalistas, saber quem eles consideram os melhores do métier. 

Para ajudar nessa tarefa, desde 2007 o Prêmio Comunique-se instituiu uma "Galeria Mestres do Jornalistas".

No site do prêmio, há a explicação de como um profissional recebe essa honraria:

"Para fazer parte da seleta lista, profissionais da imprensa e agências de comunicação precisam conquistar três vitórias consecutivas numa mesma categoria, nos anos em que estiverem habilitados a concorrer, ou cinco vitórias, também numa mesma categoria, em anos aleatórios."

Como se vê, não é fácil atingir o status de "mestre" na premiação. 

Os nomes dos ungidos dão uma mostra bastante sincera do que o jornalismo brasileiro.

Fazem parte do seleto time, entre outros, Arnaldo Jabor, Carlos Alberto Sardenberg, Cid Moreira, Clóvis Rossi, Cora Rónai, Fernando Mitre, Monica Bergamo, Renata Vasconcelos, Ricardo Boechat, Ricardo Noblat, Roberto Civita, Ruy Mesquita, Sérgio Dávila, Tadeu Schmidt, Cléber Machado, Arthur Xexéo, e claro, Miriam Leitão.

No ano passado, a jornalista das Organizações Globo, foi a grande vencedora da noite de gala do prêmio, realizada no espaço Tom Brasil, em São Paulo. Ela foi escolhida pelos jornalistas nas duas categorias em que concorreu ao troféu e, pela segunda vez, entrou para a galeria de "Mestres do Jornalismo".

Miriam venceu na categoria “Colunista – Opinião”, e em “Economia – Mídia Falada”.

Como diria Ibrahim Sued, outro que brilhou nas Organizações Globo, e fez escola com o seu colunismo social misto de puxa-saquismo, fofocas, e alguma notícia, "sorry, periferia". (Carlos Motta)



O fim da crise: 82% dos brasileiros estão pessimistas com economia

June 14, 2017 9:36, von segundo clichê


De acordo com o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC), apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 82% dos consumidores acreditam que a economia brasileira não está em boas condições, diante de 2% dos que consideram o quadro positivo. Para 15% a situação é regular. 

Para 48% de quem reprova o quadro econômico, a culpa pela situação é da corrupção e do desperdício de dinheiro público - como se vê, os meios de comunicação têm conseguido sucesso em blindar o péssimo governo golpista como responsável pelo desastre. Além dos desvios de dinheiro público, outros fatores têm impactado no humor desses brasileiros, como desemprego (27%), aumento dos preços (13%) e juros elevados (5%).


O Indicador de Confiança do Consumidor, que avalia a percepção atual e as expectativas, apresentou 41,5 pontos em maio, mantendo-se praticamente estável se comparado a abril, quando estava em 40,5 pontos. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que abaixo de 50,0 pontos significa um predomínio da percepção negativa tanto com relação à economia como das finanças pessoais.

O levantamento revela ainda que a percepção de deterioração da economia do país é mais acentuada que do na vida pessoal dos entrevistados. Quando a análise se detém no desempenho da economia brasileira, o indicador marcou 19,6 pontos na escala. Já quando se leva em consideração somente o quesito finanças pessoais, a pontuação foi de 38,8 pontos. “As melhoras pontuais na economia ainda não se refletiram no dia a dia do consumidor. Isso porque o desemprego e os juros permanecem altos e a queda da inflação ainda não se traduziu em ganho efetivo do poder de compra”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Atualmente, apenas 12% dos brasileiros avaliam a própria vida financeira de forma positiva. A maioria (44%) acredita que ela se encontra em uma situação ruim, ao passo que 42% a consideram regular. Os principais motivos para o predomínio da percepção negativa são o orçamento apertado e a dificuldades no dia a dia para pagar as contas (39%), desemprego (36%), redução da renda (13%) e a perda do controle financeiro (4%).

Para metade (50%) dos entrevistados o elevado custo de vida é o fator que mais tem pesado na vida financeira familiar, sendo que 78% notaram aumento de preços nos supermercados. Para 69%, também aumentou o preço da energia elétrica.

O desemprego também se destaca entre os fatores que mais pesam na vida financeira familiar sendo mencionado por 22% da amostra. Aparecem em seguida, o endividamento (15%) e a queda dos rendimentos mensais (8%). O medo de ser demitido é um receio que assusta 33% dos trabalhadores, sendo que para 8% deles o risco de serem dispensados por seus empregadores é alto. Para 25%, o risco é médio e, para outros 25%, a probabilidade é baixa.

Em termos percentuais, apenas 19% dos consumidores brasileiros se dizem otimistas com o futuro da economia do país, diante de 41% de entrevistados que se declaram pessimistas. A maior parte (45%) dos otimistas, contudo, não sabe apontar as razões desse sentimento. Entre os pessimistas com o futuro da economia, mais uma vez, a corrupção, a impunidade e a incompetência dos governantes para lidar com a crise desponta como a principal causa, citada por 49% desses entrevistados. Para outros 20%, a razão do pessimismo é o contínuo aumento do desemprego.



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