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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Dores e tristezas que um dia ainda vão findar...

March 14, 2018 10:17, by segundo clichê



Carlos Motta

Não há na música popular brasileira um compositor com uma obra de tanta marca social e política como Geraldo Vandré.

Legítimo representante da era dos festivais, é de sua autoria o hino de resistência à ditadura militar, a eterna canção "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores", ou simplesmente "Caminhando", gravada por um sem número de intérpretes desde a sua primeira apresentação pública, no 3º Festival Internacional da Canção, em 1968 - a música, preferida pela massa que lotou o Maracanãzinho na final do certame, ficou em segundo lugar, atrás da bela "Sabiá", da dupla Tom Jobim-Chico Buarque.

Antes, em 1966, Vandré havia dividido, com Chico Buarque ("A Banda"), o primeiro prêmio do Festival de Música Popular da TV Record, com a também icônica "Disparada", parceria com Théo de Barros, interpretada por um emocionado Jair Rodrigues. 

Naquele mesmo ano, Vandré faturou outro festival, o da TV Excelsior, para o qual havia inscrito a marcha-rancho "Porta-Estandarte", parceria com Fernando Lona, que foi defendida pela dupla Airto Moreira e Tuca.

A canção aborda a mesma temática das mais famosas "canções de protesto" de Vandré, mas com versos menos explícitos e uma melodia triste - é como se seus autores, sob a tremenda carga emocional de viver num país sem liberdade, ainda ousassem entrever, naqueles escuros dias, uma pequenina luz de esperança.


"Eu vou levando a minha vida enfim/Cantando e canto sim/E não cantava se não fosse assim/Levando pra quem me /Certezas e esperanças pra trocar/Por dores e tristezas que bem/Um dia ainda vão findar."


É isso. Não há mal que nunca acabe.

https://www.youtube.com/watch?v=OvuPIs4atY0

Olha que a vida tão linda se perde em tristezas assim
Desce o teu rancho cantando essa tua esperança sem fim
Deixa que a tua certeza se faça do povo a canção
Pra que teu povo cantando teu canto
Ele não seja em vão
Eu vou levando a minha vida enfim
Cantando e canto sim
E não cantava se não fosse assim
Levando pra quem me ouvir
Certezas e esperanças pra trocar
Por dores e tristezas que bem sei
Um dia ainda vão findar
Um dia que vem vindo
E que eu vivo pra cantar
Na avenida girando, estandarte na mão
Pra anunciar



Casa de Teatro de Amparo pede ajuda

March 13, 2018 16:20, by segundo clichê


A Casa de Teatro de Amparo, sede da Companhia Lázara de Teatro, está lançando um projeto com o objetivo de arrecadar verba destinada à manutenção do imóvel e pagamento de contas atrasadas.

O projeto, chamado "Amigos da Casa do Teatro", consiste no pagamento mensal da importância de R$ 50 mensais, que dão direito a três ingressos para assistir aos espetáculos da companhia.

Na sede da companhia, que completou em janeiro 22 anos de existência, já foram promovidos mais de 700 eventos culturais. A Casa do Teatro de Amparo, cidade localizada no chamado Circuito das Águas Paulista, tornou-se ícone da cultura e sinônimo de entretenimento no município, tendo, recriado e encenado importantes obras da dramaturgia brasileira.

A companhia já produziu 90 espetáculos, entre música, dança e teatro. Em seu currículo constam a realização de cinco curtas-metragens e mais de 120 prêmios em mostras e festivais.

Atualmente, a casa precisa de R$ 4 mil mensais para continuar suas atividades e para sanar dívidas antigas e contas atuais. Para participar basta adquirir a carteirinha da Casa de Teatro de Amparo, em sua sede, à Rua Barão de Campinas, 619, Centro, Amparo, fones (19) 3808-1732 ou (19) 99189-4480.



Amaro Freitas mostra seu jazz diferente em São Paulo

March 13, 2018 16:02, by segundo clichê


“É um fenômeno. Tudo é novo. Surpreende porque não é parecido com nada que se conhece no jazz brasileiro”,  escreveu o jornalista Flávio de Mattos em "O Globo" sobre "Sangue Negro", primeiro disco do pianista pernambucano Amaro Freitas. O músico faz única apresentação com seu trio no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, no dia 17 de março, às 21 horas.

No repertório, oito canções autorais transitam entre minimalismo, bebop, afrojazz, samba, frevo e balada e fundem as referências jazzísticas do músico – que vão de Chick Corea e Gonzalo Rubalcaba a Thelonious Monk, John Coltrane e Miles Davis – ao calor de frevos, xotes e maracatus.

O disco, lançado em 2016, está disponível para o público em todas as plataformas digitais e figurou entre os principais lançamentos de jazz daquele ano e foi vencedor do Prêmio MIMO Instrumental.


Amaro é acompanhado pelo baixista Jean Elton e pelo baterista Hugo Medeiros, seus parceiros na gravação. No show serão apresentadas cinco músicas do CD e mais três inéditas.

Amaro Freitas nasceu em 1991 no Recife e é graduado em produção fonográfica e trilha carreira como pianista, tecladista, compositor, arranjador e diretor musical. Com a música instrumental, ocupou espaços como Teatro BNDES, Conservatório Pernambucano de Música, Paço do Frevo e Festival MIMO 2016.



Wanderléa apresenta "década de arromba" no teatro

March 12, 2018 15:10, by segundo clichê


O musical estrelado pela cantora Wanderléa, a “Ternurinha” da Jovem Guarda, “60! Década de Arromba – Doc. Musical”, estará em temporada no Teatro Iguatemi Campinas no período de 15 de março a 1° de abril com apresentações às 20 horas nas quintas e sextas-feiras, às 21 horas nos sábados e às 17 horas nos domingos.

O espetáculo faz um passeio musical pelos amos 1960, com seus principais fatos e acontecimentos por meio de vídeos, depoimentos e fotos, numa superprodução com quase três horas de duração, 20 cenários, 24 atores, cantores e bailarinos, orquestra ao vivo, cerca de 350 figurinos, perucas e os grandes sucessos musicais.


Construído a partir de canções conhecidas de todo o público, o musical foi feito para toda a família e mescla humor, números circenses e ilusionismo por meio de duas telas de projeção cinematográfica e um telão de LED que facilitam uma viagem do espetador para essa década tão importante. Uma história cantada com fatos, músicas memoráveis e muita emoção.


Os ingressos custam de R$ 25,00 a R$ 200,00 e estão à venda na bilheteria do Teatro Iguatemi ou online pelo site www.ingressorapido.com.br. 

Dirigido por Frederico Reder, o musical é fruto de uma extensa pesquisa feita por Marcos Nauer, também roteirista do espetáculo. “60! Década de Arromba – Doc. Musical” começa com um prólogo, em 1922, contando a chegada do Rádio ao Brasil para, em seguida, mostrar o início da televisão e sua popularização na década de 1960.

A partir desse ponto, são narrados os principais acontecimentos e apresentadas mais de 100 canções de diversos gêneros: de Roberto e Erasmo, passando por Dalva de Oliveira, Cauby Peixoto, Elvis Presley, Beatles, Tony e Celly Campello, Bibi Ferreira, Edith Piaf, Tom e Vinicius, Milton Nascimento, Gil e Caetano, Maysa, Geraldo Vandré e tantos outros nomes importantes na música.


No repertório, não faltam sucessos como “Banho de Lua”, “Biquíni de Bolinha Amarelinha”, “Beijinho Doce”, “Lata D’água”, “Travessia”, “Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores”, “Era um Garoto que como eu Amava os Beatles e os Rolling Stones”, “Ponteio”, “Nós Somos Jovens”, “Filme Triste”, “Prova de Fogo”, “Pare o Casamento”, “O Calhambeque” e outras, internacionais, como “Blue Moon”, “La Bamba”, “Non Je Ne Regrette Rien”, “Yellow Submarine” e “I Say a Litlle Prayer For You”.


Wanderléa Charlup Boere Salim nasceu em Governador Valadares no dia 5 de junho de 1946. Ícone pop da década de 1960, Wanderléa sempre foi considerada um símbolo de vanguarda. Primeira mulher a posar nua grávida para uma foto e pioneira no uso das minissaias e do silicone, contribuiu para os direitos e para a liberdade das mulheres de sua geração.

A cantora impôs novos estilos e contribuiu para uma mudança comportamental quando surgiu como apresentadora - ao lado de Roberto Carlos e Erasmo Carlos -, no programa de auditório Jovem Guarda exibido pela TV Record, em São Paulo entre 1965 e 1968. A Jovem Guarda transformou-se em movimento e deu origem a toda uma nova linguagem musical e comportamental no Brasil. Sua alegria e descontração transformaram-na em um dos maiores fenômenos nacionais do século XX.


Graças ao seu talento e carisma, Wanderléa tornou-se uma das cantoras mais populares do Brasil. Seu modo de cantar, dançar e vestir a transformou em um referencial de mulher de atitude e de vanguarda. Ela ditava a moda com suas minissaias, botas, calças boca-de-sino, pernas e umbigo à mostra, cabelos ao vento.


Várias músicas de um mesmo disco entravam nas paradas de sucesso, como “Pare o Casamento”, “Foi Assim”, “Prova de Fogo”, “É o Tempo do Amor”, entre tantos outros.  Depois da Jovem Guarda, Wanderléa passou a transitar em todas as vertentes da música popular. Gravou compositores como Caetano Veloso, Djavan, Egberto Gismonti, Gilberto Gil, Gonzaguinha, Jorge Mautner, Luiz Melodia, Raul Seixas e Zé Ramalho, além do Roberto Carlos e Erasmo Carlos seus grandes companheiros.


Como atriz, protagonizou o longa metragem "Juventude e Ternura" (1968), com direção de Aurélio Teixeira, e com Roberto e Erasmo em “Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa” (1970), entre outros.


O programa "Jovem Guarda" foi criado pela agência de propaganda Magaldi, Maia e Prosperi quando a TV Record precisou de uma nova programação para os domingos, diante da proibição das transmissões ao vivo de partidas de futebol.

A inspiração para o nome do programa veio de uma frase do revolucionário russo Vladimir Lenin: "O futuro pertence à jovem guarda porque a velha está ultrapassada". A proposta era vincular a expressão com a imagem dos então emergentes cantores Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.


O programa de auditório, gravado no Teatro Record, foi fenômeno de audiência, chegando a atingir - somente em São Paulo - 3 milhões de espectadores. Além das roupas (calças colantes de duas cores em formato boca-de-sino, cintos e botinhas coloridas, minissaia com botas de cano alto), as gírias e expressões ("broto", "carango", "legal", "coroa", "barra limpa", "lelé da cuca", "mancada", "pão", "papo firme", "maninha", "pinta", "pra frente", e a clássica "é uma brasa, mora?") usadas pelos apresentadores foram copiadas pelos adolescentes daquela época.



Um hino contra a destruição do Rio

March 12, 2018 9:57, by segundo clichê



Carlos Motta

Uma das mais lindas cidades deste maltratado planetinha, o Rio de Janeiro, agoniza, implora por mais cuidados e por mais amor.

O Rio já foi tema de um sem número de canções, a maioria a exaltar as suas belezas, e a elas deve grande parte de sua fama de "cidade maravilhosa".


Uma das canções, porém, se destaca: composta pelo trio Moacyr Luz, Aldir Blanc e Paulo César Pinheiro, três craques, três artistas apaixonados pela terra em que nasceram, "Saudades da Guanabara" é um hino, um apelo à razão, um grito desesperado pela redenção de uma cidade que é muito mais que um ajuntamento de pessoas, mas um estado de espírito, um reflexo da alma de um Brasil que a despeito de tudo que lhe fazem de mal, teima em resistir à destruição.


https://www.youtube.com/watch?v=hfQkzhfZlqA

Eu sei
Que o meu peito é lona armada
Nostalgia não paga entrada
Circo vive é de ilusão (eu sei...)
Chorei
Com saudades da Guanabara
Refulgindo de estrelas claras
Longe dessa devastação (...e então)
Armei
Pic-nic na Mesa do Imperador

E na Vista Chinesa solucei de dor
Pelos crimes que rolam contra a liberdade
Reguei
O Salgueiro pra muda pegar outro alento
Plantei novos brotos no Engenho de Dentro
Pra alma não se atrofiar (Brasil)
Brasil, tua cara ainda é o Rio de Janeiro
Três por quatro da foto e o teu corpo inteiro
Precisa se regenerar
Eu sei
Que a cidade hoje está mudada
Santa Cruz, Zona Sul, Baixada
Vala negra no coração
Chorei
Com saudades da Guanabara
Da Lagoa de águas claras
Fui tomado de compaixão (...e então)
Passei
Pelas praias da Ilha do Governador
E subi São Conrado até o Redentor
Lá no morro Encantado eu pedi piedade
Plantei
Ramos de Laranjeiras foi meu juramento
No Flamengo, Catete, na Lapa e no Centro
Pois é pra gente respirar (Brasil)
Brasil
Tira as flechas do peito do meu Padroeiro
Que São Sebastião do Rio de Janeiro
Ainda pode se salvar



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