Feira do Vinil presta homenagem a Dóris Monteiro e Leny Andrade
April 23, 2019 8:27A Feira de Vinil do Rio de Janeiro chega à sua 21ª edição, no dia 28 de abril, domingo, desta vez estreando um novo espaço: o Instituto de Arquitetos do Brasil, no Catete. Comemorando 10 anos desde sua primeira realização, a feira decide empunhar, neste ano, a bandeira da resistência cultural frente à crise política, econômica e moral pela qual atravessa nosso país: “Estamos nos deparando com uma grave situação econômica vivida pelo Brasil atualmente, e mais aguda, no caso do Rio de Janeiro. Uma das primeiras áreas atingidas é a cultura, infelizmente vista como supérflua, seja em suas manifestações artísticas, seja em sua cadeia produtiva, representada por lojas, centros culturais, produtoras etc”, afirma Marcello Maldonado, produtor-executivo da Feira, que conclama lojistas, profissionais de cultura e o público para se juntarem nesse grande grito de resistência.
Durante o dia, as cantoras Dóris Monteiro e Leny Andrade vão receber o Troféu Feira de Vinil do Rio de Janeiro, já entregue, ao longo das últimas edições, a João Donato, ao grupo Azymuth, a Marcos Valle, ao compositor e arranjador Arthur Verocai, ao cantor e compositor Carlos Dafé e ao sambista Wilson das Neves. Marcello MBGroove, produtor-artístico da Feira do Vinil do Rio, ressalta a importância da escolha: “Até hoje não havíamos homenageado mulheres. Neste momento de importante reforço na questão do empoderamento feminino, nestes tempos onde a mulher tem sido alvo de situações extremas, convidamos essas duas divas do sambalanço e MPB, mulheres que representam muito do que foi prensado em vinil no país nas décadas de 60 e 70 e são ícones, mulheres à frente do seu tempo, artistas de extremo talento e que merecem nossa reverência.”
Produzida por Marcello Maldonado e pelo produtor artístico Marcello MBGroove (coletivo Vinil É Arte), a feira tem entrada franca mediante a entrega de 1 quilo de alimento, destinado à Sociedade Viva Cazuza. Ao longo do dia, vários DJs apresentarão seus sets em vinil, especialistas nos mais variados estilos; MPB, black music, rock, eletronic... Cerca de 60 expositores de todo o Brasil estarão presentes com discos e CDs. Do Rio, participarão, dentre outros, a Tropicália Discos e a Arquivo Musical, além da Livraria Baratos da Ribeiro e da Satisfaction. Os paulistas serão representados pelo Beco do Disco, Casa da Mia, Mega Hard, Mafer Discos e Vinil SP, só para citar algumas. A feira terá também estandes de venda de CDs, equipamentos de áudio, marcas de roupas e acessórios com esta temática.
Pela primeira vez em seus 10 anos o evento vai promover sessões gratuitas de filmes que transitam no universo musical. Das 12 às 14 horas, o público que estiver no evento poderá assistir, no auditório do IAB, os vídeos “Duelo de Titãs” (sobre a Furacão 2000), do diretor Cavi, “The Big Boy Show” (sobre o lendário DJ e apresentador Big Boy), dos cineastas Leandro Petersen e Cláudio Dager, e “Um dia com os Blacks que Ainda Existem”, de Marcio Grafifti. Depois, haverá um bate-papo com os cineastas.
Dóris Monteiro
A voz suave de Dóris Monteiro foi descoberta bem cedo, aos 14 anos, na Rádio Nacional. Sem apoio dos pais, ela teve que ir escondida ao programa Papel Carbono. O sucesso foi tanto que ela ganhou o prêmio de melhor cantora do dia. Dali para frente, foram inúmeros convites para os mais diversos programas de calouro. Influenciada por Lúcio Alves e Dick Farney e menina pobre de Copacabana, pedia ao gerente de uma loja de discos para tocar os sucessos dos seus grandes ídolos. Sem nunca ter visto uma câmera na vida, aventurou-se no cinema e foi premiada como melhor atriz em 1953 pela atuação no filme "Agulha no Palheiro".
A voz de Dóris Monteiro conquistou o país e a canção "Mudando de Conversa" ficou mais de cinco meses nas paradas de sucesso, sendo recordista de vendas. Aos 80 anos, Dóris Monteiro pode ser considerada uma das grandes vozes da música brasileira. O tom doce e a harmonia com as letras fazem dela uma artista capaz de encantar a todos, não importando a idade.
Leny Andrade
Diva do jazz, uma das maiores intérpretes brasileiras, a carioca Leny Andrade viveu boa parte de sua trajetória artística no México, Estados Unidos e Europa. Começou a carreira cantando em boates, morou cinco anos no México e passou boa parte da vida nos Estados Unidos e Europa. Participou de programas de calouros em rádios e ganhou uma bolsa de estudos para o Conservatório Brasileiro de Música. Estreou profissionalmente como crooner da orquestra de Permínio Gonçalves, passando mais tarde a cantar nas boates Bacará (com o trio de Sérgio Mendes) e Bottle's Bar, no Beco das garrafas, reduto de boêmios e músicos do movimento musical urbano carioca surgido em 1957, a bossa nova.
Em 1965 alcançou grande sucesso com o espetáculo Gemini V atuando com Pery Ribeiro e o Bossa Três na boate Porão 73, lançado um disco gravado ao vivo. Leny é por muitos considerada a maior cantora brasileira de jazz. Aos 75 anos, seis décadas de carreira, com 35 discos lançados e incontáveis sucessos, mantém-se em plena atividade, fazendo shows e encantando as plateias que têm o privilégio de assisti-la.
Serviço
21ª Feira de Discos de Vinil do Rio de Janeiro
Dia: 28 de abril, domingo
Horário: 11h às 19h
Local: IAB – Instituto dos Arquitetos do Brasil
Endereço: Beco do Pinheiro, 10 - Flamengo, Rio de Janeiro
Entrada: 1 kg de alimento não perecível
Classificação: livre
Informações: 21-98181-9733
Grupo de câmara toca Santoro e Zappa
April 22, 2019 11:36O Abstrai Ensemble apresenta, na Série Vertigens, da Sala Cecília Meirelles, no Rio, um novo repertório para celebrar a dupla homenagem aos compositores Claudio Santoro (1919-1989) e Frank Zappa (1940-1993). A abertura do concerto será com uma das Fantasias do brasileiro Claudio Santoro — que completaria 100 anos em 2019. O encerramento da noite ficará a cargo da música do americano Frank Zappa (com direito a uma estreia mundial) em arranjos exclusivos para o grupo de autoria do compositor paulista Martin Herraiz. O Abstrai Ensemble também apresenta uma estreia mundial do paulista Alexandre Lunsqui (com formação instrumental inusitada) e obras em estreia carioca do paraibano Marcilio Onofre e do paulista Rodrigo Bussad, radicado nos Estados Unidos.
Principal grupo de música de câmara contemporânea no Rio de Janeiro em plena atividade desde 2011, o Abstrai Ensemble tem se apresentado nos principais festivais e salas de concerto brasileiras, além de uma turnê pelo México. É integrado por instrumentistas e compositores de renomada carreira e se dedica ao repertório dos séculos XX e XXI, principalmente em colaborações com compositores vivos (brasileiros e estrangeiros) e expoentes do século XX.
Além de peças musicais instrumentais e vocais, o grupo utiliza regularmente nos seus concertos e diversas atividades as últimas tecnologias digitais (eletroacústica e música mista). O grupo se dedica também a atividades pedagógicas como oficinas, master-classes, encontros de interpretação musical/composição, além de realizar concertos comentados, contribuindo pela formação de público de música de concerto no Brasil.
Em setembro de 2018, o Abstrai Ensemble lançou o seu 1° CD, intitulado “Experiência”, com direção artística do fundador do grupo, o saxofonista, professor e pesquisador Pedro Bittencourt. O CD traz com exclusividade obras recentes dos compositores brasileiros Roberto Victorio, Rodrigo Lima, Michelle Agnes, Pauxy Gentil-Nunes, além do português João Pedro Oliveira, do grego Phivos Angelos-Kollias e do francês Didier Marc Garin. “Experiência” é uma produção independente do Abstrai ensemble, disponibilizada em CD físico e nas principais plataformas digitais pelo selo A Casa Estúdio.
O Abstrai Ensemble é formado por Pedro Bittencourt (saxes soprano, alto, tenor, barítono e direção artística), Doriana Mendes (voz ), Andrea Ernest Dias (flauta ut, sol, piccolo), Pauxy Gentil-Nunes (flauta baixo e eletrônica), Cesar Bonan (músico convidado, clarineta e clarone) Rodrigo Vila (músico convidado, sax alto), Jeferson Souza (músico convidado, fagote), Marina Spoladore (piano), Mariana Salles (violino e viola), Pablo de Sá (músico convidado, violoncelo), Fabio Adour (violão, baixo elétrico), Zeca Lacerda (bateria, percussão) e Leonardo Labrada (regência).
Serviço
Local: Sala Cecília Meireles
Horário: 20 horas
Endereço: Rua da Lapa, 47 - Lapa, Rio de Janeiro
Ingressos: R$50 (inteira) / R$25 (meia-entrada)
Faixa etária: Livre
Telefone: (21) 2332-9223
Programa
Fantasia (1987) - 5 min
Claudio Santoro (Brasil, 1919-1989)
voz, violino, piano
Urizen, the chain of reason (2012) - 7 min
Rodrigo Bussad (Brasil, 1985)
Flauta, flauta baixo, violão
Duo (1945) - 2 min
Claudio Santoro (Brasil, 1919-1989)
violino e fagote
Caminho anacoluto III – derradeira margem (2015) - 7 min
Marcílio Onofre (Brasil, 1982)
sax barítono e piano
Canyon Textorium (2018) – estreia mundial – 10 min
Alexandre Lunsqui (Brasil, 1969)
sax barítono solo, flauta em sol, flauta baixo, clarone, fagote, viola, regência
Insertion Units (1978) (arranjo de 2018) – 11 min
Frank Zappa (EUA, 1940-1993)
arranjos de Martin Herraiz (Brasil, 1980)
Number 6 (estreia brasileira)
Number 7 (estreia brasileira)
Number 8
Number 9 (estreia mundial)
Flauta (piccolo, ut, G), clarineta (Bb), sax (soprano, alto, tenor), fagote, violino, cello, baixo elétrico, percussão
Time Is Money (1972) (arranjo de 2019) - estreia brasileira - 3 min
Frank Zappa (EUA, 1940-1993)
Arranjo de Martin Herraiz (Brasil, 1980)
voz, piccolo, flauta, sax alto, sax barítono, fagote, violino, violoncelo, contrabaixo elétrico, teclado e percussão
Edvaldo Santana ao vivo. Um show de criatividade
April 17, 2019 10:26Carlos Motta
Na estrada há um longo tempo, Edvaldo é daqueles artistas que não têm vergonha de cantar onde quer que seja. E onde for, a sua fusão sonora do samba, xote, jazz, blues, reggae etc etc, proporciona ao público momentos de intenso prazer - afinal, a música serve para isso.
Uma prova dessa sua capacidade de encantar a plateia por meio da qualidade de seu trabalho está no CD recém-lançado, "Edvaldo Santana e Banda Ao Vivo 2", gravado ao vivo no teatro do Sesc Pompeia, em São Paulo, em dezembro de 2016.
Do disco constam 12 faixas - e que faixas! Edvaldo passeia por canções do CD "Só Vou Chegar Mais Tarde" e acrescenta músicas representativas de sua carreira.
Não há uma faixa apenas regular - e isso é quase inacreditável.
Em compensação, o CD traz pérolas como "Quem é que não quer ser Feliz", "Só vou Chegar Mais Tarde", "O Retorno do Cangaço" e "Gelo no Joelho" - essa, uma das mais inspiradas composições da música popular brasileira com temática no futebol.
E as letras, então? Edvaldo é um poeta de mão cheia, um atento observador da vida do homem comum, esse que não vive em salas com ar-condicionado nem dirige carrões de vidros "filmados", e que faz do dia a dia uma luta incessante para sobreviver.
A banda que formou para a apresentação no Sesc é outro show à parte, com quatro metais, baixo, teclado, bateria, percussão, banjo, guitarra, violão e gaita, além da participação da cantora Alzira E - para quem não sabe, Alzira Espíndola, figura marcante da cena musical paulistana.
"A energia de uma gravação ao vivo está muito ligada ao astral da obra e do público que esteja presente, os sentimentos se afloram e quando encontram ressonância, se cria um ambiente lúdico e solidário, as interpretações ganham em intensidade e criação", diz Edvaldo, com razão.
Quem escutar o CD vai ter essa mesma impressão, de que um grande artista é aquele que usa o público para melhorar o seu desempenho e como fonte de inspiração para o seu trabalho.
Edvaldo faz isso muito bem - e por isso é tão bom.
Contatos do artista:
WhatsApp: 55 11 975897705
edvaldosantana@hotmail.com
O "Black Album", do Metallica, pela Orquestra Petrobras Sinfônica
April 12, 2019 9:19O disco de maior sucesso na trajetória da banda americana Metallica, “Black Album”, lançado em 1991, será a próxima aposta da Orquestra Petrobras Sinfônica para o projeto Álbuns, que vem lotando concertos em casas de espetáculo no Rio de Janeiro e em São Paulo. Com regência de Isaac Karabtchevsky, diretor-artístico e maestro titular do grupo, e arranjos inéditos de Ricardo Candido, a apresentação ocorrerá no Allianz Parque Hall, em São Paulo, dia 30 de junho.
"Neste quarto ano da série Álbuns decidimos viajar pelo nosso primeiro álbum da década de 90. O 'Black Album' foi uma escolha rápida, pois o Metallica já realizou um lindo projeto com a San Francisco Symphony Orchestra e sempre demonstrou um flerte grande com a música clássica, algo, na verdade, bem comum no metal. Assim abrimos nosso peito para este novo desafio, que com certeza promete ser inesquecível!", comenta Mateus Simões, diretor-executivo da Orquestra Petrobras Sinfônica.
Em São Paulo, os ingressos para o concerto podem ser comprados pelo site www.eventim.com.br/allianzparquehall e na bilheteria do Allianz Parque (Rua Palestra Itália, 214). O show será realizado na recém-lançada configuração Allianz Parque Hall.
Quinto álbum de estúdio da banda, “Black Album” vendeu mais de 40 milhões de cópias ao redor do mundo, e imortalizou faixas como “The Urforgiven”, “Enter Sandman” e “Nothing Else Matters”. O disco será interpretado na íntegra por um conjunto de 50 músicos.
A série Álbuns, que foi lançada pela OPES em 2016, já homenageou os discos “Dark Side of The Moon”, do Pink Floyd, “Thriller”, de Michael Jackson, e “Ventura”, do Los Hermanos. Ao todo as apresentações, que integram um grande conjunto de iniciativas da Petrobras Sinfônica para popularizar a música clássica e renovar o público do gênero, já reuniram mais de 20 mil pessoas.
A Temporada 2019 da orquestra se divide em três mundos: Clássico, Pop e Urbano. As séries Djanira, Portinari, Armando Prazeres e Na Sala, além do Festival de Câmara, compõem a programação clássica, enquanto projetos como Em Família, que apresenta versões de clássicos infantis, “Álbuns” e “Convidados” fazem parte das ações que buscam reforçar o perfil agregador, democrático e desbravador do grupo de 80 músicos.
A orquestra
Aos 47 anos, a Orquestra Petrobras Sinfônica se consolida como uma das mais conceituadas do país e ocupa lugar de prestígio entre os maiores conjuntos musicais da América Latina. Criada pelo maestro Armando Prazeres, a orquestra é formada por mais de 80 instrumentistas e tem como diretor-artístico e regente titular o maestro Isaac Karabtchevsky, nome mais respeitado no Brasil e consagrado internacionalmente.
Programação
"Enter Sandman"
"Sad but True"
"Holier Than Thou"
"The Unforgiven"
"Wherever I May Roam"
"Don't Tread on Me"
"Through the Never"
"Nothing Else Matters"
"Of Wolf and Man"
"The God That Failed"
"My Friend of Misery"
"The Struggle Within"
Serviço
Data: domingo, 30 de junho de 2019
Local: Allianz Parque Hall
Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 1705 - Água Branca, São Paulo - SP, 05001-200
Horário: 17h30 (abertura dos portões) | 19h30 (início do show)
Capacidade: 5.757 pessoas
Ingressos: de R$ 50 a R$ 210
Classificação etária: 14 anos. Menores entre 5 e 15 anos de idade, acompanhados do responsável legal. *Sujeito à alteração Judicial.
Acesso para deficientes
Filmes com Tonico Pereira e Osmar Prado são premiados no Festival Curta Mazzaropi
April 10, 2019 8:32Três dias de programação intensa e exibição de curtas em homenagem a Amácio Mazzaropi, que completaria 107 anos neste mês, marcaram a primeira edição do Festival Curta Mazzaropi, entre os dias 5 e 7 de abril, no Museu Mazzaropi, em Taubaté (SP). Durante o evento, que foi um sucesso e atraiu mais de mil pessoas, 12 produções foram selecionadas para a final, sendo quatro premiadas com o desejado troféu Mazzaropi. O divertido “O Embrolho” (foto), protagonizado por Tonico Pereira e com trilha de Chay Suede, foi eleito o melhor filme pelo júri popular, além de vencer também na categoria direção, com Roobertchay Rocha. Já o drama goiano “Solo”, dirigido por Alailson Bernardo, e que aborda questões como bullying, foi a escolha do júri técnico.
Osmar Prado foi apontado como o melhor ator pela atuação em “Um Café e Quatro Segundos”, de Cristiano Requião, enquanto o prêmio de melhor atriz ficou com Jáli Kiárit, de “Amor Artesanal”, uma coprodução São Paulo e Taubaté, rodada na cidade de Tremembé (SP) e de autoria de Lucci Antunes.
Arthur Ribeiro, Mantenedor do Instituto Mazzaropi, faz um balanço positivo da primeira edição do festival: “Para além das atividades e exibições que atraíram muitos fãs de Amácio Mazzaropi, nosso objetivo de apresentar o trabalho dele para as novas gerações e reverenciar sua importância para a cultura nacional foi alcançado. Esperamos atrair ainda mais pessoas nas próximas edições”, afirma.
Atualmente, o Museu Mazzaropi é mantido pelo Instituto Mazzaropi. Mais informações podem ser obtidas no telefone (12) 3634.3447, site www.museumazzaropi.org.br e e-mail info@museumazzaropi.com.br.









