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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Consumidor vê economia no fundo do poço

April 13, 2017 9:34, by segundo clichê


Com a demora para o país dar sinais de recuperação da crise, a maioria dos brasileiros tem uma percepção negativa a respeito do atual momento da economia. Segundo dados levantados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), apenas 2% dos consumidores consideram que a economia brasileira está em boas condições, diante de 81% que consideram ruim ou muito ruim o atual quadro econômico nacional. Outros 16% avaliam a situação como regular.


Entre os entrevistados que têm percepção negativa a respeito do andamento da economia, mais da metade (53%) identifica a corrupção e o mau uso do dinheiro público como a principal causa do descontentamento. Outros 36% citam alguns dos efeitos colaterais da crise, como o desemprego (26%) e a inflação (9%).

Quando perguntados sobre a própria vida financeira, 46% avaliam a situação como regular e 40% traçam um diagnóstico negativo. Os otimistas somam apenas 14% da amostra. Considerando os consumidores que avaliam mal a vida financeira, a principal justificativa é o desemprego, citado por um terço (33%) desses entrevistados. A dificuldade para conseguir pagar as contas (28%) e a queda na renda familiar (14%) ocupam o segundo e o terceiro lugar entre as razões mais citadas. Ainda completam o ranking, a dificuldade de honrar compromissos financeiros atrasados (9%) e a perda de controle no orçamento doméstico (7%). O levantamento revela também que 8% dos consumidores consideram alto o risco de serem demitidos. Para 21%, o risco é médio e para 34%, a possibilidade é baixa.

Reflexo das dificuldades impostas pela recessão, o Indicador de Confiança do Consumidor mensurado pelo SPC Brasil e pela CNDL apresentou, novamente, um resultado modesto, ficando em 42,3 pontos em março, frente os 41,3 pontos observados em fevereiro. Apesar da pequena  variação positiva, o indicador segue abaixo do nível neutro de 50 pontos, o que demonstra que a maior parte dos brasileiros está pessimista com as condições econômicas do país e com a situação financeira pessoal.

O Indicador de Confiança é composto pelo Subindicador de Expectativas, que passou de 53,1 para 54,5 pontos e pelo Subindicador de Condições Atuais, que registrou 30,1 pontos em março ante 29,7 pontos em fevereiro último.

O levantamento também revela que quase a metade dos consumidores (49%) aponta o elevado custo de vida como o fator que mais tem pesado na vida financeira familiar. E é nos supermercados onde eles mais percebem o aumento dos preços: 66% notaram que os preços aumentaram nesses locais. Para 61%, também aumentou o preço da energia elétrica. Nas tarifas de telefone (38%), preço de roupas (38%) e de itens de bares e restaurante (32%), essa percepção foi menos acentuada.



Uma reforma política contra a sociedade

April 12, 2017 14:40, by segundo clichê


Há muitos anos se fala em uma reforma política para tornar o processo eleitoral mais democrático e transparente, assegurar a representatividade das casas legislativas, reduzir a distância entre eleitores e eleitos, diminuir a influência do poder econômico, combater a corrupção e fortalecer os partidos políticos que não sejam apenas balcões de negócios.

Várias medidas e propostas têm sido apresentadas e debatidas, mas de relevante mesmo só tivemos aprovadas, nos últimos tempos, a Lei da Ficha Limpa e a proibição de financiamento de candidaturas por empresas. Ambas positivas, porém, insuficientes para aperfeiçoar realmente o sistema eleitoral brasileiro e melhorar o funcionamento das instituições da República.

Agora a reforma política volta à tona, mas não por um desejo real dos parlamentares de melhorar o sistema eleitoral já para 2018. O que os motiva é definir mecanismos que assegurem a manutenção dos mandatos dos envolvidos na Lava Jato e em outras operações contra a corrupção. E, em decorrência, garantir-lhes o foro privilegiado que é, praticamente, a quase certeza da impunidade jurídica.


A discussão da reforma, assim, é casuística e superficial. A lista fechada para as eleições proporcionais de deputados e vereadores, por exemplo, não é defendida por seus méritos e combatida por seus defeitos. A perspectiva não é se é boa ou ruim para melhorar a representação popular – é quem ganha e quem perde com a lista fechada.

É natural que seja assim, infelizmente. Deputados e senadores, a quem cabe aprovar a reforma, pensam apenas em seus futuros políticos e no fortalecimento de seus partidos e grupos. Foram eleitos pelo atual sistema e gozam de suas benesses, logo não têm nenhum motivo para mudá-lo substancialmente.

Em decorrência disso é que se diz que só há dois caminhos para fazer uma verdadeira reforma política e eleitoral: forte pressão popular, como no caso da Ficha Limpa, ou a eleição de uma assembleia constituinte exclusiva. De preferência, com seus integrantes impedidos de se candidatarem por pelo menos oito anos, para não terem interesses próprios em jogo.

O debate sobre a reforma política não pode, assim, ficar restrito ao Congresso nem se limitar às medidas que os parlamentares propõem. Primeiro, porque se depender do Congresso uma verdadeira reforma não sairá. Segundo, para que não prevaleçam apenas as propostas destinadas a manter o status quo – mudar para nada mudar. Terceiro, para que surjam ideias e sugestões que não estão na agenda parlamentar, por não interessar a eles.

A reforma política tem também de ser debatida em sua integralidade. Ouve-se muito o argumento de que como é impossível que o Congresso aprove mudanças profundas, é melhor “fatiá-la” e aprovar algumas medidas imediatas. Daí aprova-se, por exemplo, a cláusula de barreira, não para melhorar o sistema e inibir partidos de aluguel, mas para diminuir o número de partidos beneficiados pelo fundo partidário – aumentando a fatia de cada um – e impedir a representação parlamentar de partidos de extrema-esquerda.

Há, pois, pontos de uma reforma política e eleitoral que são praticamente indissociáveis e por isso têm de ser debatidos em conjunto. Outro exemplo: não há como reduzir os gastos de campanhas se vigorar o chamado “distritão”, no qual são eleitos deputados os mais votados no estado, sem proporcionalidade. Por outro lado, o voto distrital e a lista fechada reduzem gastos – o que não quer dizer que não haja contra ambos fortes argumentos contrários.

Nos próximos dias irei apresentar algumas sugestões para uma verdadeira reforma política e mudanças no sistema eleitoral. São propostas para o debate. Nenhum sistema eleitoral adotado em democracias é totalmente perfeito ou imperfeito. De modo geral, salvo alguns mecanismos insólitos adotados para legitimar regimes autoritários, todos têm pontos positivos e negativos, vantagens e desvantagens.

Por isso o debate qualificado e aprofundado é essencial.

(Helio Doyle, jornalista e professor aposentado da Universidade de Brasília, consultor de comunicação e política e diretor da WHD Comunicação/Editora Meiaum)



O povo que destrói seu próprio país

April 12, 2017 14:29, by segundo clichê


É importante lembrar, em tudo o que se lê, se vê e se fala sobre o nível baixíssimo do atual Congresso Nacional e dos políticos brasileiros em geral, que eles não são fruto de geração espontânea - eles chegaram à condição de governadores, senadores, deputados federais e estaduais, vereadores, e à Presidência da República, por meio do voto popular, ou seja, foram escolhidos pelo povo.

Dessa forma, eles representam, queiram ou não, o povo brasileiro.

São a cara do povo brasileiro.


Roubam, se roubam, porque o povo brasileiro permitiu e permite que eles ajam assim.

O povo brasileiro não precisa esperar que se abram inquéritos para investigar condutas ilícitas de políticos.

O povo brasileiro pode punir o mau político, o político corrupto, simplesmente não o reelegendo.

E se ele não faz isso, se ele vota em desclassificados, estelionatários, ladrões, vagabundos, picaretas, é porque quer votar, ninguém o obriga a isso.

Se o povo brasileiro quisesse, teria um Congresso de nível da Suécia, e chefes de Executivo tais como os das democracias mais avançadas do mundo.

Mas o povo brasileiro não quer isso.

Quer ser representado, no Parlamento e no Executivo, por essa escumalha que aí está.

Talvez porque essa escória reflita, de forma crua e nua, o que é, na essência, o povo brasileiro - uma massa ignorante, facilmente manipulável, sem noções elementares de cidadania, e seguidora cega de uma só lei, aquela que diz que o importante é levar vantagem em tudo. 

O povo brasileiro, cantado em prosa e verso, mitificado por artistas, é o maior responsável pela destruição de seu país. (Carlos Motta)



Como o Brasil permitiu a sua destruição?

April 12, 2017 10:11, by segundo clichê



A lista de Fachin provocou jorros de gozo em muita gente, incluindo os jornalões. 

Até o momento, porém, poucos se deram ao trabalho de pensar em suas consequências para o fiapo de democracia que resta no Brasil.

Uma dessas pessoas é o jornalista Luis Nassif, que escreveu, em seu blog, dois textos interpretativos sobre o tema.

Os artigos, que se complementam, são ouro puro para quem deseja entender o que se passa no país atualmente e para onde ele caminha.

Óbvio que muitos podem discordar do jornalista e achar, por exemplo, que o Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República vão, a partir da abertura dos inquéritos que atingem o sistema político como um todo, livrar o povo brasileiro da corrupção e  levá-lo a um nível ético digno de uma Suécia.

Outros, porém, depois de ler a pensata de Nassif, devem se perguntar, fazendo coro ao jornalista, como foi possível que se permitisse - e até se festejasse - a destruição do Brasil.

Seguem os dois textos: 


Xadrez da lista de Janot, o senhor do Tempo


Peça 1 – o vazamento da lista da Janot

A divulgação da lista de inquéritos autorizados pelo Ministro Luiz Fachin não significa que, enfim, a Lava Jato resolveu tratar as investigações com isonomia, que o pau que dá em Chico dá em Francisco.

O Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot continua dono absoluto do calendário. Através do controle do ritmo das investigações, ele decide monocraticamente quem vai e quem não vai ser condenado.

Durante três anos, toda a carga foi em cima do PT e, especialmente, de Lula. Em três anos de investigações, há cinco ações em andamento contra Lula, uma perseguição impiedosa que culminou com o vazamento, ontem, da suposta delação de Marcelo Odebrecht, sob as barbas do juiz Sérgio Moro e ele alegando a impossibilidade de identificar o vazador. Some-se a informação do procurador Deltan Dallagnol de que o único vazamento efetivo de informações foi para o blogueiro Eduardo Guimarães. O que significa que todas os demais vazamentos ocorreram sob controle estrito da Lava Jato.

 ​Os 83 inquéritos misturam de tudo, de problemas formais de prestação de contas a suspeitas de manipulação de licitações. Independentemente da maior ou menor gravidade das acusações, todos passam à condição de suspeitos e/ou corruptos. Trata-se de uma tática tranquila, que criminaliza as pequenas infrações e dilui as grandes acusações.

Peça 2 – as circunstâncias em jogo

A caçada a Lula tem três pontos frágeis:

1.     Até agora, ausência de uma prova palpável sequer contra ele.

2.     A perseguição implacável contra Lula.

3.     A seletividade das investigações, não investindo contra nenhum aliado do sistema.

Com a divulgação dos inquéritos, há duas intenções óbvias:

1.     O sistema (não a Lava Jato) responde à acusação de seletividade, às vésperas do julgamento do alvo preferencial, Lula.

2.     Ao mesmo tempo, mantém o governo Michel Temer refém.

A suposição de que a lista irá paralisar o mundo político provavelmente não será confirmada. Nas próximas semanas se verá uma aceleração dos trabalhos legislativos, visando aprovar o maior número de medidas antissociais, para garantir o pescoço.

Peça 3 – as consequências da lista

Com a lista de Janot, tenta-se resgatar a credibilidade perdida do sistema judicial, com a parcialidade e a seletividade gritantes da Lava Jato.

Levaram três anos para iniciar uma investigação contra Aécio, que era mencionado na primeira delação de Alberto Yousseff. Até hoje não iniciaram as investigações contra José Serra, apesar de um relatório sobre Paulo Preto estar na PGR desde março de 2015.

Com o estardalhaço de 83 inquéritos, passado o carnaval inicial, a PGR permanecerá dona do tempo. Acertará contas com Renan Calheiros e Fernando Collor, adiará indefinidamente os inquéritos contra seus aliados e terá às mãos a metralhadora, para apontar contra quem ousar enfrentar seus supremos poderes.

Os objetivos são óbvios:

1.     Tentativa de inabilitar de Lula para 2018, agora sob o manto da isenção.

2.     Vida tranquila para José Serra e Aécio Neves, que terão morte política natural, desde que deixaram a condição de grandes campeões brancos contra a ameaça Lula.

3.     Congresso sob a mira dos inquéritos, deixando de lado qualquer veleidade de coibir abusos do MPF.

Xadrez da lista de Janot, o senhor do Tempo - 2


Ontem, minimizei aqui no Xadrez as consequências dessa lista de Janot. Não será apenas a tentativa de inviabilizar Lula em 2018. Significa a destruição da política.

Um dia ainda será escrita a maneira como o Brasil se permitiu destruir. Nunca a fábula do nazismo foi tão elucidativa.

Primeiro, levaram os petistas e peemedebistas suspeitos. Como eu não fiz nada – diria Dilma Rousseff – deixei o campo livre para o Ministério Público e a Polícia Federal, para resolver, por mim, os problemas do presidencialismo de coalisão.

Depois passaram a prender petistas a torto e a direito. Como eu não era petista – diria Fernando Henrique Cardoso – ajudei a colocar lenha na fogueira.

Depois, destruíram o setor mais dinâmico da economia. Como não eram grandes anunciantes – diriam os donos de jornais -, coloquei mais combustível na fogueira. E como brotou do pântano a ultradireita mais raivosa, abriguei-a em minhas páginas por uma questão de mercado.

Depois, espalharam o ódio por todos os poros da Nação. Como era ódio a favor – diriam Serra, Aécio, Aloysio – discursei em todos os eventos, eu também babando de ódio.

Agora, chega-se a isto, a lista de Janot, um dos episódios mais trágicos e irresponsáveis da história do país. Uma corporação tresloucada, sem controles, criminaliza praticamente todos os políticos do país, todos os partidos políticos, inclui cinco ex-presidentes, todas as lideranças civis ao menor indício de uma modalidade de financiamento de campanha que era generalizado.

O mais irresponsável jornalismo da história celebra o incêndio de Roma, estampando na cara o gozo dos completos ignorantes. O pior Supremo Tribunal Federal da história é incapaz de colocar limites a essa aventura.

Esperam o quê? Que das cinzas do sistema político-partidário brote uma nova política, virtuosa? A queda de Dilma Rousseff transformou o governo em uma praça pública de negociatas, porque derrubou o ponto aglutinador – o Executivo, mesmo que pessimamente conduzido – e entregou o poder a uma quadrilha.

Agora, o fim dos partidos vai acabar com o reinado dos atuais coronéis e colocar o quê em seu lugar? Uma malta de coronéis municipais, mais atrevida ainda, porque livre de qualquer vínculo programático, de qualquer sistema partidário de controle.

E o país será governado pela Rede Globo e por corporações públicas, com a destruição final das políticas sociais, o desmonte da Previdência, a criminalização da política e dos movimentos sociais.

Finalmente, chega-se na era do Grande Irmão. Mas como a política não foi substituída pelos robôs da quarta revolução industrial, pela frente haverá a guerra e o caos.



Quase metade dos consumidores está inadimplente

April 11, 2017 11:09, by segundo clichê


O número de pessoas físicas inadimplentes mostrou crescimento no primeiro trimestre do ano. No fim de março o número era de 59,2 milhões de consumidores brasileiros nas listas de inadimplência. Frente à estimativa de dezembro de 2016, que mostrou cerca de 58,3 milhões de consumidores inadimplentes, houve um aumento de 900 mil nomes nas listas de inadimplência neste ano. Os dados do indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que, em termos percentuais, 39,36% da população adulta, entre 18 e 95 anos, estão com o nome "sujo".


A série histórica do indicador mostra que, depois de atingir a marca dos 59 milhões em setembro de 2016, a estimativa seguiu mostrando pequenas quedas, permanecendo entre os 58 e 59 milhões de consumidores. No início de 2017, entretanto, o número absoluto de negativados no país voltou a apresentar alguma alta, ainda que permaneça no nível dos 59 milhões.

De acordo com a pesquisa, a região Sudeste é a que concentra, em termos absolutos, o maior número de negativados, somando 25,10 milhões de consumidores, o que representa 38,52% da população adulta da região.

Em seguida aparecem o Nordeste, que conta com 15,57 milhões de negativados, ou 39,14% da população; o Sul, com 8,34 milhões de inadimplentes (37,44%); o Norte, que, com 5,31 milhões de devedores (45,55% - o maior percentual entre as regiões); e o Centro-Oeste, com um total de 4,84 milhões de inadimplentes (42,28% da população).

O levantamento também aponta que os bancos concentram a maior parte das dívidas no país (48,90% do total), com o comércio (20,05%) e o setor de comunicação em seguida (13,09%).



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