Natal em ritmo de samba
diciembre 23, 2017 9:25O CD não fez o sucesso merecido, mas se tornou um clássico da música popular brasileira: "Um Natal de Samba", lançado em 1999 pela saudosa gravadora Velas e relançado em 2008 pela gravadora Galeão, reúne 14 músicas compostas, tocadas e cantadas por um excepcional time de sambistas.
Só tem craque no disco: Zeca Pagodinho, João Nogueira, Emílio Santiago, Luizinho SP, Mauro Diniz, Almir Guineto, Toque de Prima, Nei Lopes, Dunga, Fundo de Quintal, Luiz Carlos da Vila, Luiz Grande, Dona Ivone Lara, Delcio Carvalho e Arlindo Cruz e Sombrinha.
Dá para dizer que Papai Noel raríssimas vezes recebeu um presente tão bom.
Feliz Natal!
00:00 Canção da Esperança (Wilson Moreira/Nei Lopes) - Zeca Pagodinho
03:11 Sagrada Luz (Sergio Santos/Paulo Cesar Pinheiro) - João Nogueira
06:05 Sapato na Janela (Claudio Jorge) - Emílio Santiago
09:30 Festa na Cidade (Luizinho SP) - Luizinho SP
12:35 Amor Divinal (Mauro Diniz/Adilson Victor) - Mauro Diniz
16:55 Meu Natal (Almir Guineto/Gilson de Sousa/Mi Barros) - Almir Guineto
20:45 Natal Imperiano (Zé Luiz) - Toque de Prima
24:26 Noel e Natalina (Nei Lopes) - Nei Lopes
27:59 Festa de Luz (Dunga/Toninho Nascimento) - Dunga
31:33 Presente de Natal (Roque Ferreira) - Fundo de Quintal
34:39 Quando o Natal Caiu Numa Sexta (Luiz Carlos da Vila) - Luiz Carlos da Vila
38:56 Momentos de Paz (Barbeirinho do Jacarezinho/Marcos Diniz/Luiz Grande) - Luiz Grande
42:04 É Natal! (D. Ivone Lara/Delcio Carvalho) - D. Ivone Lara & Delcio Carvalho
46:44 Natal Diferente (Arlindo Cruz/Sombrinha) - Arlindo Cruz & Sombrinha
Músicos
Carlinhos Sete Cordas: violão 6 e 7 cordas (exceto "Sapato na Janela", "Presente de Natal" e "Momentos de Paz") * Dininho: baixo (exceto "Sapato na Janela") * Wanderson Martins: cavaquinho e banjo * Itamar Assiere: piano e teclados * Jorge Gomes: bateria * Ovidio Brito: percussão * Marcelinho Moreira: percussão * Gordinho: surdo * Cláudio Jorge: violão (faixas: "Sapato na Janela" / "Presente de Natal" e "Momentos de Paz") * Jorge Helder: baixo acústico (faixa "Sapato na Janela") * Eduardo Neves: sax e flauta * Ary Bispo, Dininho, Wanderson Martins, Ovidio Brito, Marcelinho Moreira, Eveline Hecker, Jurema de Cândia, Carlinhos Sete Cordas: coro.
iTunes/Apple Music: https://goo.gl/kFlr5u
Spotify: https://goo.gl/sKkWG9
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O jazz cigano canta o Natal
diciembre 22, 2017 9:57Carlos Motta
O contrabaixista Gilberto de Syllos é um dos músicos mais atuantes do jazz manouche, ou cigano, do Brasil.
Para quem não sabe, o jazz manouche é o subgênero criado pelo genial guitarrista Django Reinhardt nos anos 30 do século passado, no qual, entre outras características, a batida da mão direita na guitarra substitui a seção rítmica dos conjuntos tradicionais de jazz.
Gilberto gosta tanto de tocar o jazz cigano que deu vida ao Seo Manouche, nome artístico com o qual se apresenta pelo Brasil afora e gravou um CD delicioso, o "Cavaquinho de Itu", movido a criatividade.
Uma das características do Seo Manouche é tocar clássicos da música popular brasileira no ritmo do jazz cigano - a receita é ideal para quem quer balançar o corpo.
O bom humor está presente em todas as suas músicas.
Mesmo naquelas de temática batida.
"Esta Canção de Natal", de sua autoria, que integra o "Cavaquinho de Itu", é prova inconteste de que, se a gente procurar, acha vida inteligente na MPB.
Esta canção de natal
Foi papai noel que mandou p você
Não existe nada maior nem melhor
Do que o seu urso encantado
Tão apaixonado e que faria tudo
Apenas pra estar a seu lado
Um Lexus, pra que? Um Jaguar, pra que? Bmw, pra que?
Não tem carro no mundo
Que possa ir tão fundo
No seu coração vagabundo
Compondo canção num segundo
Amando e cantando
Esta canção de natal
Foi papai noel que mandou p você
Não existe nada maior nem melhor
Do que o seu urso encantado
Super equipado e que faria tudo
Apenas pra estar a seu lado
Louis Vuitton, pra que? Moet Chandon, pra que?
Jantar no D.O.M, pra que?
Nada indesejável e tudo saudável
Carinho gourmet inigualável
Abraços de um homem afável
Sorrindo e gostando
Um rolex, pra que? Um triplex, pra que? Lembrar do ex, pra que?
Não tem coisa mais linda
Do que minha língua
Sentindo sua boca na minha
Suspiros, sussurros na quinta
Suando e gozando
Esta canção de natal (faria tudo )
Apenas p estar a seu lado
Amando e cantando a seu lado
Sorrindo e gostando a seu lado
Suando e gozando a vida a seu lado
É Natal, as pessoas se abraçam com seus braços de algodão
diciembre 21, 2017 10:35Carlos Motta
Houve um tempo em que a música popular brasileira era movida a criatividade, talento e técnica.
Os artistas compunham, cantavam e tocavam o que gostavam, o que queriam - o sucesso era consequência da qualidade de sua obra.
Nesse espírito surgiu, em 1970, o grupo Som Imaginário, originalmente formado para acompanhar Milton Nascimento, mas que, rapidamente, alçou voo solo, tendo gravado três discos fundamentais para se entender, musicalmente, aquela época.
A formação base do Som Imaginário é de fazer inveja a qualquer grupo passado, presente e futuro: Wagner Tiso, piano; Zé Rodrix, teclados; Frederiko e Tavito, guitarras; Luiz Alves, baixo; e Robertinho Silva, bateria.
O Som Imaginário tocava de tudo: rock progressivo, bolero, toada mineira, bossa nova...
Esse ecletismo está presente em todos os seus trabalhos.
No primeiro, a pegada é mais rock and roll.
No segundo, já sem Zé Rodrix, o excepcional guitarrista Frederiko, ou Fredera, nascido Frederico Mendonça de Oliveira, dá as cartas.
No terceiro, sem Frederiko, é a vez de Wagner Tiso comandar o baile, apresentando as sinfônicas "Armina" e "Matança do Porco".
Tudo de primeira.
Inclusive a fina ironia de "X Blues", a música natalina composta por Frederiko, presente no segundo disco, com vocal dele próprio conduzido por sua guitarra hipnótica: "Os sorrisos explodem/As champagnes explodem/As pessoas se abraçam com seus braços de algodão..."
Demais!
"X Blues"
Vinho tinto e rosado
Bacalhau ensopado
Figos secos, castanhas
Rabanadas, avelã
E o pinheiro enfeitado
Com bolotas brilhantes
E cordões prateados
O presentes pelo chão
E algodão imitando a neve branca irreal
Meia-noite de natal
As champagnes explodem
As pessoas se abraçam com seus braços de algodão
Todo mundo cantando
Os presentes se abrindo
É momento de grande, grande realização
Meia-noite instantânea
Muita boa vontade
Nesta noite de natal
Os sorrisos explodem
As champagnes explodem
As pessoas se abraçam com seus braços de algodão
Todo mundo cantando
Os presentes se abrindo
É momento de grande, grande realização
Meia-noite instantânea
Muita boa vontade
Nesta noite de natal
Já chegou Papai Noel
Oh yeah
O triste Natal de Assis Valente
diciembre 19, 2017 9:46Carlos Motta
A única música natalina brasileira que sobrevive à passagem do tempo é "Boas Festas", de Assis Valente, lançada em 1933.
Assis Valente foi um compositor de mão cheia. Emplacou vários sucessos, como "Camisa Listrada", "Brasil Pandeiro", "Boneca de Pano", "Uva de Caminhão", "Cai, Cai, Balão", "E o Mundo Não se Acabou", "Fez Bobagem"...
Na vida pessoal, convivia com demônios - suicidou-se em 1958, depois de duas tentativas frustradas.
"Boas Festas" é a antítese das músicas natalina, geralmente evocativas de boas lembranças ou desejosas de um futuro repleto de paz e amor.
Seus versos doem de tão bonitos e tristes e são um reflexo da personalidade torturada de seu autor.
A melodia, uma marchinha, é fácil de cantar, e se adapta a qualquer tipo de interpretação ou arranjo.
É uma obra-prima, que permanece atualíssima - afinal, quantas crianças ainda existem neste Brasil para as quais Papai Noel não passa de uma figura tão distante quanto a mais distante galáxia do universo?
Músicas assim são eternas.
Anoiteceu, o sino gemeu
E a gente ficou feliz a rezar
Papai Noel, vê se você tem
A felicidade pra você me dar
Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
E assim felicidade
Eu pensei que fosse uma
Brincadeira de papel
Já faz tempo que eu pedi
Mas o meu Papai Noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então felicidade
É brinquedo que não tem
Benito di Paula faz turnê intimista
diciembre 18, 2017 14:17Benito Di Paula volta aos palcos para uma série de shows em várias capitais brasileiras. "Piano & Voz" propõe ao público uma apresentação intimista. As músicas do cantor e compositor, que andava sumido do público, serão interpretadas de maneira nua por Benito e seu filho, Rodrigo Vellozo, ao piano, sem a massa sonora de vários instrumentos. O público terá também a oportunidade de conhecer as histórias de algumas canções, como por exemplo, "Charlie Brown".
As apresentações do veterano artista estão marcadas para o mês de maio de 2018 nas seguintes cidades: Porto Alegre (dia 4, no Teatro do Bourbon Country), Rio de Janeiro (dia 5, no Teatro Bradesco Rio), Fortaleza (dia 11, no Teatro RioMar Fortaleza), Natal (dia 12, no Teatro Riachuelo), Recife (dia 13, no Teatro RioMar Recife), e São Paulo (dia 25, no Teatro Bradesco).
Benito di Paula já tocou em vários países, como Japão, México, Estados Unidos, Argentina e França. E viu suas músicas serem gravadas pela orquestra de Paul Mauriat, por Charlie Byrd, e pelos belgas do Two Man Sound, além de artistas do Japão. No total, lançou 35 álbuns, com mais de 45 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.
Nascido em novembro de 1941, Benito di Paula é Uday Vellozo, músico autodidata. Sua carreira começou nos anos 60 do século passado, como cantor de boates no Rio de Janeiro. Mais tarde mudou-se para Santos (SP) para cantar e tocar piano em casas noturnas. Radicado em São Paulo, lançou seu primeiro compacto e passou a promover em suas apresentações uma mistura de samba e ritmos latino-americanos.





