Aller au contenu

Motta

Plein écran

Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , par Blogoosfero - | 1 person following this article.

O triste Natal de Assis Valente

December 19, 2017 9:46, par segundo clichê



Carlos Motta


A única música natalina brasileira que sobrevive à passagem do tempo é "Boas Festas", de Assis Valente, lançada em 1933.

Assis Valente foi um compositor de mão cheia. Emplacou vários sucessos, como "Camisa Listrada", "Brasil Pandeiro", "Boneca de Pano", "Uva de Caminhão", "Cai, Cai, Balão", "E o Mundo Não se Acabou", "Fez Bobagem"...

Na vida pessoal, convivia com demônios - suicidou-se em 1958, depois de duas tentativas frustradas.

"Boas Festas" é a antítese das músicas natalina, geralmente evocativas de boas lembranças ou desejosas de um futuro repleto de paz e amor.

Seus versos doem de tão bonitos e tristes e são um reflexo da personalidade torturada de seu autor.

A melodia, uma marchinha, é fácil de cantar, e se adapta a qualquer tipo de interpretação ou arranjo.

É uma obra-prima, que permanece atualíssima - afinal, quantas crianças ainda existem neste Brasil para as quais Papai Noel não passa de uma figura tão distante quanto a mais distante galáxia do universo? 

Músicas assim são eternas.

Anoiteceu, o sino gemeu
E a gente ficou feliz a rezar
Papai Noel, vê se você tem
A felicidade pra você me dar

Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
E assim felicidade
Eu pensei que fosse uma
Brincadeira de papel

Já faz tempo que eu pedi
Mas o meu Papai Noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então felicidade
É brinquedo que não tem



Benito di Paula faz turnê intimista

December 18, 2017 14:17, par segundo clichê


Benito Di Paula volta aos palcos para uma série de shows em várias capitais brasileiras. "Piano & Voz" propõe ao público uma apresentação intimista. As músicas do cantor e compositor, que andava sumido do público, serão interpretadas de maneira nua por Benito e seu filho, Rodrigo Vellozo, ao piano, sem a massa sonora de vários instrumentos. O público terá também a oportunidade de conhecer as histórias de algumas canções, como por exemplo, "Charlie Brown".

As apresentações do veterano artista estão marcadas para o mês de maio de 2018 nas seguintes cidades: Porto Alegre (dia 4, no Teatro do Bourbon Country), Rio de Janeiro (dia 5, no Teatro Bradesco Rio), Fortaleza (dia 11, no Teatro RioMar Fortaleza), Natal (dia 12, no Teatro Riachuelo), Recife (dia 13, no Teatro RioMar Recife), e São Paulo (dia 25, no Teatro Bradesco). 

Benito di Paula já tocou em vários países, como Japão, México, Estados Unidos, Argentina e França. E viu suas músicas serem gravadas pela orquestra de Paul Mauriat, por Charlie Byrd, e pelos belgas do Two Man Sound, além de artistas do Japão. No total, lançou 35 álbuns, com mais de 45 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

Nascido em novembro de 1941, Benito di Paula é Uday Vellozo, músico autodidata. Sua carreira começou nos anos 60 do século passado, como cantor de boates no Rio de Janeiro. Mais tarde mudou-se para Santos (SP) para cantar e tocar piano em casas noturnas. Radicado em São Paulo, lançou seu primeiro compacto e passou a promover em suas apresentações uma mistura de samba e ritmos latino-americanos.



O ministro do samba

December 18, 2017 9:44, par segundo clichê



Carlos Motta

O pior presidente da história não poderia ter assessores piores. 

Seus ministros são de provocar engulhos. O da educação não sabe conjugar o verbo haver; o da Fazenda não entende patavina de macroeconomia; o da saúde acha que o país tem muitos hospitais - e por aí vai o despropósito.

Oscar da Penha (Salvador, 5 de agosto de 1924 — Salvador, 3 de janeiro de 1997), o Batatinha, um dos maiores compositores nacionais, embora não tenha conhecido este Brasil Novo, era um sujeito que se preocupava com a qualidade dos nossos homens públicos - se não todos, pelo menos daquele que viesse a ocupar o ministério que julgava o mais importante - o do samba.

E para titular, a escolha de Batatinha foi certeira: Paulo César Batista Faria, o Paulinho da Viola, um artista popular irrepreensível, síntese das virtudes que fazem do samba, mais que um gênero musical, o maior fator de união deste imenso país.

 "Ministro do Samba" está entre as melhores obras de Batatinha. Além de uma homenagem que um grande artista presta a outro, faz a gente pensar: como é que o Brasil, com tanta gente extraordinária, se transformou nessa terra onde só os desprezíveis têm vez?

Melhor nem pensar nisso.

Melhor ficar com Batatinha. E com seu ministro do samba:

Eu que não tenho um violão
Faço samba na mão
Juro por Deus que não minto
Quero na minha mensagem prestar homenagem
E dizer tudo que sinto
Salve o Paulinho da Viola
Salve a turma de sua escola
Salve o samba em tempo de inspiração

O samba bem merecia
Ter ministério algum dia


Então seria ministro Paulo César Batista Faria



Se eu fosse Deus a vida bem que melhorava

December 15, 2017 10:46, par segundo clichê



Carlos Motta


Num país sério as músicas de Eduardo Gudin tocariam no rádio dia e noite, de tão boas que são.

Mas este é o Brasil, uma colônia cultural americana, depósito do lixo da indústria de entretenimento, um dos alvos prioritários do soft power do grande irmão do norte.

A música de Gudin faz bem para os ouvidos, para o cérebro e para o coração.

Não tem contraindicações.

Ele integra a santíssima trindade do samba paulista, ao lado de Adoniran Barbosa e Paulo Vanzolini, de quem foi parceiro.

Tem um sem número de composições gravadas, algumas já clássicas, como "Verde", parceria com J.C. Costa Neto, um hino à esperança de se viver num país melhor, e "Paulista", também com Costa Neto, de um lirismo arrebatador.

É dele, com Paulo César Pinheiro, uma das mais expressivas canções sobre o terrível período da ditadura militar, "Mordaça": "(...) E de repente o furor volta/O interior todo se revolta/E faz nossa força se agigantar/Mas só se a vida fluir sem se opor/Mas só se o tempo seguir sem se impor/Mas só se for seja lá como for/O importante é que a nossa emoção sobreviva (...)"

Mas é uma outra canção, em parceria com Roberto Riberti, que sintetiza o drama de uma sociedade que se nega a combater a terrível desigualdade que a macula e a impede de se livrar do atraso secular.

"Velho Ateu" é a música preferida de Gudin, segundo ele mesmo, e encerra todos os seus shows.

Uma obra-prima, um chamado à reflexão sobre que tipo de sociedade em que queremos viver.

Um velho ateu, um bêbado cantor, poeta
Na madrugada cantava essa canção, seresta
Se eu fosse Deus a vida bem que melhorava
Se eu fosse Deus daria aos que não tem nada

E toda janela fechava
Pr'os versos que aquele poeta cantava
Talvez por medo das palavras
De um velho de mãos desarmadas



Fotos mostram cotidiano da URSS

December 15, 2017 9:22, par segundo clichê


A vida cotidiana da extinta União Soviética, retratada por seis fotógrafos de renome internacional, pode ser vista em uma exposição no Paço Imperial, no centro do Rio. Realizada em parceria com o Museu Oscar Niemeyer (MON), de Curitiba, a mostra "A União Soviética através da Câmera" reúne cerca de 200 imagens em preto e branco que documentam o período que vai de 1956, ano em que Nikita Khruschev denunciou os crimes cometidos por Josef Stalin, a 1991, quando o Estado soviético se dissolveu e as 15 repúblicas que o formavam se tornaram independentes.

Com curadoria de Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova, a seleção de fotos enfatiza a estética do período, abordando temas de grande importância histórica para o entendimento do regime soviético, como educação, saúde, esporte, moda, juventude comunista, cultura, ciência e indústria. Os seis fotógrafos são Vladimir Lagrange, Leonid Lazarev, Vladimir Bogdanov, Yuri Krivonossov, Victor Akhlomov e Antanas Sutkus.

"Lagrange e Lazarev continuam na ativa, são nomes de referência na fotografia contemporânea russa. Krivonossov e Bogdanov são mais conhecidos pelo que fizeram na era soviética, trabalhando para publicações oficiais", explicou a curadora Maria Vragova, produtora cultural russa radicada no Brasil. Falecido este ano, Victor Akhlomov foi um dos mais famosos fotojornalistas da antiga União Soviética e da Rússia atual, premiado quatro vezes pelo World Press Photo e detentor do maior prêmio fotográfico de seu país, o Olho Dourado.

Já o lituano Antanas Sutkus é considerado um dos mais expressivos fotógrafos da atualidade, além de fundador de uma escola de fotografia que deu grande impulso a essa arte nos países bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia). Antanas Sutkus foi o fundador da escola de fotografia na Lituânia, dando assim um grande impulso à fotografia em todos os países bálticos. Durante o período soviético, a maior parte da produção fotográfica de Sutkus foi logo para os arquivos, sem nem mesmo ser mostrada ao público.

"Sutkus guarda um acervo de mais de 1 milhão de negativos, produzidos entre os anos 50 [1950] e 90 [1990]. São fotos que ele não revelava porque sabia que seriam censuradas. Na exposição, temos algumas dessas imagens que não foram exibidas", disse Maria Vragova. Hoje, exposições por todo o mundo são consagradas à obra do fotógrafo lituano, que integra o acervo de museus prestigiados, como o Victoria e Albert Museum, de Londres; o Nicephore, de Nice (França); o Museu de Fotografia, de Helsinki; e o Instituto de Arte de Chicago.

A exposição fica em cartaz até 25 de fevereiro de 2018 e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 12 às 18 horas, com entrada franca. O Paço Imperial fica na Praça XV de Novembro, 48, no centro do Rio. (Agência Brasil)



Motta

0 communauté

Aucun(e)