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Segundo Clichê

febrero 27, 2017 15:48 , por Blogoosfero - | 1 person following this article.

Krajcberg deixa obra de denúncia contra a devastação ambiental

noviembre 16, 2017 10:58, por segundo clichê


O artista plástico Frans Krajcberg morto na quarta-feira (15) no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, aos 96 anos, deixou uma importante obra no Brasil desde que chegou ao país, em 1948.

Escultor, pintor, gravador e fotógrafo, Krajcberg nasceu, em 1921, em Kozienice, na Polônia, e estava internado havia um mês para tratar de infecções. Ele se destacou com um trabalho de esculturas feito com troncos e raízes queimadas, que marcou a sua luta contra a devastação das florestas e em defesa do ambiente.


Krajcberg participou, em 1951, da 1ª Bienal Internacional de São Paulo com duas pinturas. Logo depois residiu por um breve período no Paraná, isolando-se na floresta para pintar. Em 1956, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde dividiu ateliê com o escultor Franz Weissmann (1911-2005). Naturalizou-se brasileiro no ano seguinte. A partir de 1958, alternou residência entre o Rio de Janeiro, Paris e Ibiza.

Desde 1972, residia em Nova Viçosa, no litoral sul da Bahia. Ampliou o trabalho com escultura, iniciado em Minas Gerais, utilizando troncos e raízes, sobre os quais realizava intervenções. Viajava constantemente para a Amazônia e Mato Grosso e fotografava os desmatamentos e queimadas, revelando imagens dramáticas. Dessas viagens, retornava com raízes e troncos calcinados, que utilizava em suas esculturas.

Na década de 1980, iniciou a série Africana, utilizando raízes, cipós e caules de palmeiras associados a pigmentos minerais. O Instituto Frans Krajcberg, em Curitiba, foi inaugurado em 2003, recebendo a doação de mais de uma centena de obras do artista.



Enfoque urbano une artistas em mostra no Rio

noviembre 15, 2017 10:23, por segundo clichê


O enfoque do urbano é o ponto em comum das obras de duas artistas visuais que uniram seus trabalhos na exposição Mil Histórias, Duas Rotas, no Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro. São 34 pinturas que mostram um recorte das trajetórias de Bet Katona e Roberta Cani, em diálogo na mesma temática, mas com histórias e vivências distintas.

A húngara Bet Katona, nascida em 1954 e vivendo no Brasil desde 1962, teve sua formação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, a mesma instituição onde estudou a carioca Roberta Cani, nascida em 1961. Enquanto Bet cria observando elementos da cidade, seja ao vivo ou por meio de fotos, ou "viajando" pela internet, Roberta, cinéfila, elabora seus temas a partir dos filmes que assiste.


“Minhas obras são elaboradas a partir da observação do cotidiano, mas também a partir de lembranças minhas. O semáforo, a caixa d’água, o posto de gasolina, a paisagem com postes em perspectiva, entre outros elementos, são desenhos de memória”, diz Bet sobre seu método de trabalho. Já Roberta busca de outro modo a inspiração: “Assisto a diversas produções, tanto antigas, quanto atuais, captando aqueles frames que mais me impactam e os fotografo”, explica.

Para o curador da mostra, Ivair Reinaldim, as rotas traçadas por meio das pinturas – em acrílico sobre tela e óleo sobre tela - das artistas sugerem diferentes combinações, a partir dos percursos que cada espectador faz na exposição. “Sejam duas ou mil, variáveis são as rotas e as histórias a serem identificadas nessa trama”, destaca.

A exposição fica em cartaz até 14 de janeiro de 2018 e pode ser visitada, com entrada franca, de terça-feira a domingo, das 12 às 19 horas. O Centro Cultural Justiça Federal fica na Avenida Rio Branco, 241, no centro do Rio.



Piano e flauta, Amilton e Léa, um duo de virtuoses

noviembre 15, 2017 9:51, por segundo clichê


Pela segunda vez o pianista Amilton Godoy, ex-Zimbo Trio, e a flautista Léa Freire se unem para tocar juntos num álbum. O primeiro trouxe composições de Léa para piano, colocando Amilton como intérprete. Desta vez, fazem o caminho contrário e o registro traz exclusivamente composições e arranjos de Amilton. O nome do disco, sugestão de Léa, faz referência justamente a esta autoria.

"A Mil Tons" traz dez faixas instrumentais, com direção musical do próprio Amilton. A engenharia de som, mixagem e masterização foi feita por Homero Lotito. As faixas foram gravadas no Estúdio Gargolândia, local propício à inspiração. O resultado evidencia o virtuosismo e a maturidade musical de ambos. O disco sai pelo selo Maritaca, que também assina a produção.


Léa toca flauta transversal em C na maioria das faixas, as músicas "O Batráquio" e "Santa Cecília" são na flauta G, e na inédita "Três Irmãos"  ela utiliza a enorme flauta contrabaixo. A flauta e o piano de Amilton seguem conectados, dialogando em sincronia por todo o disco. Cada faixa revela um desafio diferente e proporciona uma nova descoberta aos ouvidos, alternando entre a execução do tema e a improvisação.

O disco abre com "Choro", música composta na metade da década de 70, com a intenção de fugir dos encaminhamentos comuns desse gênero. Em "Teus Olhos", o movimento varia entre o contemplativo e a agitação da melodia. "Pouca Encrenca" propõe duas ideias distintas que se completam - nela, a flauta dobra a mão esquerda do piano, reforçando a melodia, cujo tema é apresentado de forma sincopada. "O Batráquio", também criada nos anos 70, traz o suingue numa harmonia simples, de dois acordes, que convida à improvisação. "Minha intenção era criar na música brasileira uma ideia de mão esquerda como o boogie-woogie está para a música americana", diz Amilton.

"Estudo em Bb" é conduzida pela flauta, com numerosas escalas que passeiam por toda a sua tessitura, enquanto o piano acompanha. "Santa Cecília", por sua vez, de notas longas e variações no tempo, foi criada em homenagem à padroeira dos músicos. Em "Caucaia do Alto", uma das mais recentes composições do disco, prevalecem cinco notas, com uma construção com três finais diferentes, um preparando para o outro. "Quem Diria", boa para improvisar, tecnicamente desafia a flauta na execução.

Única música inédita no disco, "Três Irmãos" flerta com o blues mas com muito balanço brasileiro, o piano e flauta ficam em diálogo constante. O nome faz referência aos três pianistas da família Godoy (Amilton, Adylson e Amilson Godoy). Nessa faixa Léa toca com a flauta contrabaixo que confere "um sabor todo especial", como ela mesma diz.

"Teste de Som" finaliza o disco como a "hora do recreio" para quem gosta de improvisar.  "Esta música é dedicada ao Zimbo Trio, pois toda vez que tínhamos uma apresentação artística, a passagem de som era feita utilizando esse tema, razão do nome. De harmonia muito simples, possibilita ao músico ficar muito à vontade para criar tendo sua estrutura como base", afirma Amilton.

"Amilton não deixa nada largado, uma frase musical, uma ideia rítmica, sempre voltam, se desenvolvem, às vezes modificados, às vezes disfarçados, mas jamais esquecidos. Já a execução é um desafio sempre, soa fácil, mas é difícil. Suas composições instigam, passeiam pela flauta toda e oferecem a prazerosa alegria de improvisar", diz Léa.

Léa fala sobre Amilton

"O Amilton Godoy é um dos maiores músicos que este país já produziu. Por todos os pontos de vista que se olhe a carreira desse moço é um sucesso. Como líder de um dos trios mais famosos do Brasil, o Zimbo Trio; como pianista erudito, que era chamada pelo Camargo Guarnieri para testar suas partituras para piano e vencedor de vários prêmios; como compositor; como arranjador; como acompanhador de cantores como Elis Regina, Milton Nascimento e Elizeth Cardoso, só para citar alguns, o moço arrasa.

Admirado dentro e fora do Brasil pelo mundo inteiro, não conheço alguém que tenha tido a oportunidade de estar ou tocar com ele sem se encantar com a música e com a pessoa. Seu papel de educador é fantástico, muita gente boa deu a sorte de ter aulas com ele, grupo privilegiado no qual me incluo, muito alegremente. O Clam, onde ainda estudo, é a primeira escola de música popular no Brasil. Aqui ele mostra algumas de suas tão felizes composições, com seus arranjos que tenho o desafio e a alegria de tocar, e seus improvisos tão deliciosos.

É uma honra, um presente do destino, sorte infinita poder realizar esse projeto que revela não só a virtuose, a maestria, o domínio da técnica e o conhecimento harmônico, mas a alma iluminada e criativa desse cidadão Brasileiro da maior importância."

Amilton fala sobre Léa

"Minha admiração pela Léa Freire surgiu quando ela foi estudar no Clam, Escola de Música fundada pelo Zimbo Trio. Com apenas 16 anos de idade, começou a se destacar como um grande talento e no ano seguinte, devido ao seu  desenvolvimento excepcional, foi convidada a fazer parte do corpo docente. Sua musicalidade a diferenciava de tal forma que, constantemente, participava dos grupos formados pelos melhores alunos e também por professores da escola.

Desde então, acompanho seu trajeto musical, que envolve não somente sua evolução como instrumentista e compositora, mas também suas iniciativas como produtora cultural, possibilitando a muitos músicos a chance de mostrarem suas criações através do seu selo Maricata. De todas as suas iniciativas que admiro, o grupo instrumental Vento em Madeira,  liderado por ela, é, sem dúvida para mim, a melhor expressão da Música Brasileira Contemporânea.

Seu amor pelo piano a motivou a escrever uma linda coletânea de suas belíssimas composições para piano solo. Eu me encantei com esses arranjos e em 2013 lançamos um CD ("Amilton Godoy e a Música de Léa Freire"), colocando-me na condição de intérprete procurando reproduzir com a maior fidelidade possível cada nota escrita por ela. São arranjos maravilhosos que, sem dúvida, enriquecem a literatura pianística brasileira. E num gesto de grandeza. ela disponibilizou todos os arranjos para seus colegas pianistas através da internet (www.maritaca.art.br/leafreire/partituras).

Imaginem a minha alegria quando a Léa manifestou interesse em gravar algumas das minhas composições.

Optamos pelo duo, piano e flauta, e com ensaios constantes buscamos o amadurecimento necessário como preparação para gravação. Gostei demais do resultado final. E fiz o que pude, mas a Léa se superou. O seu som, sua maturidade musical, deram às minhas composições uma dimensão que eu não esperava que pudesse ser atingida. É que além de sua qualidade sonora, os seus improvisos têm uma força musical surpreendente e absolutamente perfeitos. É maravilhoso você ouvir de um músico muito mais do que poderia esperar.

Para mim, a Léa está vivendo um ciclo virtuoso e isso a torna uma pessoa irrepreensível. Eu me sinto extremamente motivado por fazer parte desse ciclo e - porque não dizer - até rejuvenescido, toda vez que divido o palco com ela.


Quero agradecer à Léa a oportunidade que tem me dado de poder continuar minha vida profissional fazendo o que eu gosto, do jeito que eu gosto e com quem eu gosto. Por fim agradeço a Deus e peço que ilumine o nosso caminho."



Um espetáculo musical para lembrar que é preciso resistir

noviembre 14, 2017 15:38, por segundo clichê


Carlos Motta

Houve um tempo em que as artes em geral, e a música popular, em particular, tinham um olhar social, voltado para a denúncia das mazelas do mundo. A denominação "arte engajada" abarcou muitas obras-primas, criadas sob circunstâncias adversas - censura, autoritarismo, ditadura, povos sufocados pela falta de liberdade, pela miséria, injustiça e desigualdade. Várias delas conseguiram permanecer atuais, não só pelas suas qualidades, mas pelo fato de que, trágica ironia, a realidade que buscavam retratar e superar voltou a percebida, no Brasil e em vários outros países, cada dia com mais intensidade.

O jornalista, cantor e compositor Julinho Bittencourt teve a sua educação musical no período final da ditadura, entre 1976 e 1980, e, quando garoto, se apaixonou pelas canções de protesto, ouvia muito Mercedes Sosa, Chico Buarque, Geraldo Vandré, Violeta Parra, Victor Jara, "enfim, aquelas canções que levantavam multidões". 


Nos anos 80 do século passado, lembra, essas músicas passaram a ser tratadas como "cafonas" e "chatas" pelo pessoal do rock nacional, "foi uma coisa que caiu de moda, podemos dizer assim". Recentemente, porém, diz, "com o avanço da direita, o golpe contra a Dilma, essas pautas moralistas, enfim, com esse cenário horrível que o país e o mundo também passaram a viver, elas voltaram a fazer sentido e eu comecei a perceber que as pessoas retomaram o interesse por essas canções e as pediam nas nossas apresentações."

Ele conta que estava em Brasília, "no olho do furacão, com aquela tensão toda, e veio a ideia de um espetáculo, uma coisa onde um ator explicasse a origem, o período histórico, a banda tocasse aquelas músicas, e as legendas fossem exibidas no telão, com fotos referentes".

E aí nasceu o espetáculo “Música de Resistência – As Canções de Protesto do Século XX”, que Julinho Bittencourt e Banda apresentam, nesta sexta-feira, 17 de novembro, às 21 horas, no Teatro do Sesc de Santos (Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida, tel: 3278 9800), com ingressos a R$ 17,00 (inteira), R$ 8,50 (meia) e R$ 5,00 (comerciário). A direção do espetáculo é de Platão Capurro Filho e a narração de Sander Nilton. 

Julinho explica que as canções do show são as que, de alguma forma, tiveram relações com as grandes transformações do século passado - são as chamadas músicas de protesto, compreendidas entre a Guerra Civil Espanhola, que teve início em 1936, até a ditadura militar brasileira, nas décadas de 70 e 80, passando por vários conflitos de países do Ocidente, como a França, Itália, África do Sul, Jamaica, Argentina, Chile e Brasil.

A concepção do espetáculo, roteiro e textos são do próprio Julinho Bittencourt, e entre as canções que serão apresentadas estão “Bella, Ciao” (anônimo), “The Partisans”, de Anna Marly e Hy Zaret; “Gracias a la Vida”, de Violeta Parra; “Los Hermanos”, de Atahualpa Yupanqui; “The Luck of the Irish”, de John Lennon; “Redemption Songs”, de Bob Marley; “Apesar de Você”, de Chico Buarque; e “Caminhando”, de Geraldo Vandré, entre outras.

Julinho (violão e voz), Fernando Rebello (violão e voz), Luiz Cláudio de Santos (contrabaixo e voz), e Michel Pereira (percussão) formam a banda, de velhos amigos que tocam juntos há tempos. Todas as canções terão legendas e imagens correspondentes projetadas no fundo do palco. A programação visual é do artista multimídia Bruno Santana.

"O Sesc topou ser o palco da estreia do espetáculo", informa Julinho. "Conversei com a Alexandra Linda e ela gostou da ideia, levou para a gerência, foi aprovada e aí tudo rolou. Vamos, depois do show, sair por aí, se tudo der certo", diz.

 “Música de Resistência – As Canções de Protesto do Século XX” tem tudo para dar certo. Afinal, agora, mais que nunca, é preciso resistir.



Visita temática enfoca "múltiplos tempos" da coleção Ema Klabin

noviembre 14, 2017 15:37, por segundo clichê


Nos próximos sábados, dias 18  e 25, das 14h30 às 16h30, a Casa Museu Ema Klabin promove a visita temática “Os Múltiplos Tempos da Coleção”, com entrada franca. Nessas visitas a proposta é investigar e explorar a noção de tempo presentes na casa-museu.

Com mais de 1.500 obras de grandes mestres mundiais, a Casa Museu Ema Klabin abriga peças de diferentes lugares e períodos. De acordo com a coordenadora do setor educativo, Cristiane Alves, a ideia é perceber as diferentes cronologias que habitam o museu, buscando formas de relacioná-las com a nossa própria cronologia. 

Além de visitas temáticas, a Fundação Ema Klabin promove visitas livres ao acervo de quarta à domingo, das 14 às 17 horas (com permanência até às 18 horas), sem agendamento. Nos fins de semana e feriados a visita tem entrada franca. Nos outros dias, o ingresso custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

A Casa Museu Ema Klabin está localizada à Portugal, 43, Jardim Europa, São Paulo (tel: 11 3897-3232).



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