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Segundo Clichê

Febbraio 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Um espetáculo musical para lembrar que é preciso resistir

Novembre 14, 2017 15:38, by segundo clichê


Carlos Motta

Houve um tempo em que as artes em geral, e a música popular, em particular, tinham um olhar social, voltado para a denúncia das mazelas do mundo. A denominação "arte engajada" abarcou muitas obras-primas, criadas sob circunstâncias adversas - censura, autoritarismo, ditadura, povos sufocados pela falta de liberdade, pela miséria, injustiça e desigualdade. Várias delas conseguiram permanecer atuais, não só pelas suas qualidades, mas pelo fato de que, trágica ironia, a realidade que buscavam retratar e superar voltou a percebida, no Brasil e em vários outros países, cada dia com mais intensidade.

O jornalista, cantor e compositor Julinho Bittencourt teve a sua educação musical no período final da ditadura, entre 1976 e 1980, e, quando garoto, se apaixonou pelas canções de protesto, ouvia muito Mercedes Sosa, Chico Buarque, Geraldo Vandré, Violeta Parra, Victor Jara, "enfim, aquelas canções que levantavam multidões". 


Nos anos 80 do século passado, lembra, essas músicas passaram a ser tratadas como "cafonas" e "chatas" pelo pessoal do rock nacional, "foi uma coisa que caiu de moda, podemos dizer assim". Recentemente, porém, diz, "com o avanço da direita, o golpe contra a Dilma, essas pautas moralistas, enfim, com esse cenário horrível que o país e o mundo também passaram a viver, elas voltaram a fazer sentido e eu comecei a perceber que as pessoas retomaram o interesse por essas canções e as pediam nas nossas apresentações."

Ele conta que estava em Brasília, "no olho do furacão, com aquela tensão toda, e veio a ideia de um espetáculo, uma coisa onde um ator explicasse a origem, o período histórico, a banda tocasse aquelas músicas, e as legendas fossem exibidas no telão, com fotos referentes".

E aí nasceu o espetáculo “Música de Resistência – As Canções de Protesto do Século XX”, que Julinho Bittencourt e Banda apresentam, nesta sexta-feira, 17 de novembro, às 21 horas, no Teatro do Sesc de Santos (Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida, tel: 3278 9800), com ingressos a R$ 17,00 (inteira), R$ 8,50 (meia) e R$ 5,00 (comerciário). A direção do espetáculo é de Platão Capurro Filho e a narração de Sander Nilton. 

Julinho explica que as canções do show são as que, de alguma forma, tiveram relações com as grandes transformações do século passado - são as chamadas músicas de protesto, compreendidas entre a Guerra Civil Espanhola, que teve início em 1936, até a ditadura militar brasileira, nas décadas de 70 e 80, passando por vários conflitos de países do Ocidente, como a França, Itália, África do Sul, Jamaica, Argentina, Chile e Brasil.

A concepção do espetáculo, roteiro e textos são do próprio Julinho Bittencourt, e entre as canções que serão apresentadas estão “Bella, Ciao” (anônimo), “The Partisans”, de Anna Marly e Hy Zaret; “Gracias a la Vida”, de Violeta Parra; “Los Hermanos”, de Atahualpa Yupanqui; “The Luck of the Irish”, de John Lennon; “Redemption Songs”, de Bob Marley; “Apesar de Você”, de Chico Buarque; e “Caminhando”, de Geraldo Vandré, entre outras.

Julinho (violão e voz), Fernando Rebello (violão e voz), Luiz Cláudio de Santos (contrabaixo e voz), e Michel Pereira (percussão) formam a banda, de velhos amigos que tocam juntos há tempos. Todas as canções terão legendas e imagens correspondentes projetadas no fundo do palco. A programação visual é do artista multimídia Bruno Santana.

"O Sesc topou ser o palco da estreia do espetáculo", informa Julinho. "Conversei com a Alexandra Linda e ela gostou da ideia, levou para a gerência, foi aprovada e aí tudo rolou. Vamos, depois do show, sair por aí, se tudo der certo", diz.

 “Música de Resistência – As Canções de Protesto do Século XX” tem tudo para dar certo. Afinal, agora, mais que nunca, é preciso resistir.



Visita temática enfoca "múltiplos tempos" da coleção Ema Klabin

Novembre 14, 2017 15:37, by segundo clichê


Nos próximos sábados, dias 18  e 25, das 14h30 às 16h30, a Casa Museu Ema Klabin promove a visita temática “Os Múltiplos Tempos da Coleção”, com entrada franca. Nessas visitas a proposta é investigar e explorar a noção de tempo presentes na casa-museu.

Com mais de 1.500 obras de grandes mestres mundiais, a Casa Museu Ema Klabin abriga peças de diferentes lugares e períodos. De acordo com a coordenadora do setor educativo, Cristiane Alves, a ideia é perceber as diferentes cronologias que habitam o museu, buscando formas de relacioná-las com a nossa própria cronologia. 

Além de visitas temáticas, a Fundação Ema Klabin promove visitas livres ao acervo de quarta à domingo, das 14 às 17 horas (com permanência até às 18 horas), sem agendamento. Nos fins de semana e feriados a visita tem entrada franca. Nos outros dias, o ingresso custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

A Casa Museu Ema Klabin está localizada à Portugal, 43, Jardim Europa, São Paulo (tel: 11 3897-3232).



Festival de curtas sobre direitos humanos começa dia 20

Novembre 14, 2017 15:29, by segundo clichê


O Entretodos - Festival de Curtas-Metragens de Direitos Humanos - celebra sua 10ª edição e será realizado de 20 a 25 de novembro simultaneamente em diversas regiões da capital paulista, no interior de São Paulo e ainda em Natal e Uberlândia. Serão mais de 80 exibições, todas com entrada gratuita.

O festival atingiu número recorde de inscritos este ano. Foram 495 curtas-metragens de mais de 36 países. Na “Mostra Competitiva”, serão exibidos 25 filmes nacionais e internacionais que concorrerão a R$ 24 mil reais em prêmios. O festival também inclui na programação a “Mostra Infantil” – não competitiva - e a “Mostra Online”- que poderá ser conferida e votada pelo site do festival. 


Os pontos de exibição do festival na capital paulista são: Aldeia Guarani Tenondê Porã, Centro de Detenção Provisória II – Pinheiros, Auditório da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Centro de Acolhida Casa São Lázaro, Emei Gabriel Prestes, Fundação Gol de Letra, Fundação Tide Setubal, além das 18 salas do Circuito Spcine.

No interior de São Paulo, os campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFSP) das cidades de Araraquara, Barretos, Boituva, Bragança Paulista, Catanduva, Jacareí, Guarulhos, Jundiaí, Matão, São João da Boa Vista e Votuporanga, e a Universidade Federal do ABC vão receber o festival. A Secretaria Municipal de Cultura de Uberlândia, em Minas Gerais, e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, serão os pontos de exibição fora do Estado.
  
A novidade deste ano é a Mostra Itinerante ocorrer numa carroça de Rodrigo Lucena, catador de reciclável que possui quatro TVs acopladas (que ficará na esquina do Theatro Municipal entre os dias 20 a 24, às 17h30)

No dia 211 às 18h30 será realizada uma mesa de abertura no CCSP, com a escritora Beatriz Bracher, o jornalista e escritor Ivan Marsiglia, o líder do movimento Palestina para Tod@s e dono do restaurante Al Janiah, Hasan Zarif, e a educadora e diretora de escola e primeira trans a ocupar um cargo público no Estado de São Paulo, Paula Beatriz. O bate-papo vai abordar a temática dessa edição "Diferentes, Desiguais".

A cerimônia de Premiação do 10º Entretodos está marcada para o dia 25 a partir das 19 horas, no Cine Olido, em São Paulo. Depois da premiação haverá uma sessão especial com os curtas premiados. 

A foto mostra uma cena de um dos concorrentes, "O Último Índio".



Show festeja 80 anos de carreira de Maurício Einhorn

Novembre 14, 2017 10:33, by segundo clichê


A primeira edição do Wine jazz, bossa & blues será realizada de 6 a 8 de dezembro no Inverso Gávea, espaço localizado no complexo gastronômico do Jockey Club Brasileiro, no Rio. A programação celebra a música instrumental brasileira em um cenário que exibe, em 180º, uma das mais belas vistas ao ar livre da cidade.

A abertura, dia 6 de dezembro, é uma homenagem aos 80 anos de carreira de Maurício Einhorn (foto), o maior nome da harmônica no jazz brasileiro. Einhorn é também considerado um dos maiores gaitistas do mundo, tendo tocado com Sarah Vaughan, Nina Simone, Herbie Mann e outros grandes nomes. O show "Viva Maurício Einhorn!" reúne, além do mestre, os gaitistas Jefferson Gonçalves e Gabriel Grossi, referências no instrumento.


No dia 7 de dezembro haverá o show do grupo Azymuth, criador de sucessos inesquecíveis, como “Linha do horizonte”, “Melô da Cuíca” e “Voo sobre o Horizonte”. Cultuado por DJs europeus e asiáticos, o trio formado por Alex Malheiros (baixo), Ivan “Mamão" Conti (bateria) e Kiko Continentino (teclados) apresenta o repertório de seu último álbum, "Fênix", lançado pela inglesa Far Out Recordings. Segundo a crítica especializada, o grupo mantém o estilo jazz fusion, mas lança novos caminhos, num som empolgante e pulsando modernidade. “Uma primorosa mistura de batidas e grooves com elementos do samba, funk, baião e jazz”, diz a revista.

O encerramento da primeira edição do Wine jazz, bossa & blues será ao som de Wagner Tiso e Victor Biglione. No show, canções do álbum "Wagner Tiso e Victor Biglione the Finland Concert", gravado ao vivo no Teatro Musikin Tapantuma, na Finlândia. Clássicos como “Samba de uma Nota Só” (Tom Jobim), “Na Cadência do Samba” (Ataulfo Alves), “Pavanne” (Gabriel Fouree) e “Coração de Estudante” (Wagner Tiso) compõem o repertório do espetáculo, que já foi apresentado em Portugal, Espanha, França, Itália, México e Cuba.

Para o produtor Stenio Mattos, o Wine Jazz é a oportunidade de o público desfrutar o melhor da música instrumental, a preços populares, em um cenário deslumbrante. “Vamos aguardar a chegada do verão em grande estilo.”

Serviço

6/12 - 20 horas - Viva Maurício Einhorn! Com Jefferson Gonçalves, Gabriel Grossi e Maurício Einhorn

7/12 - 20 horas - Azymuth

8/12 - 21 horas - Wagner Tiso & Victor Biglione

Couvert: R$ 25,00

Endereço: Praça Santos Dumont, 31 – Gávea – Rio de Janeiro. Tribuna B – entrada pelo 
portão principal. 

Telefone: (21) 3687 9448

Lotação: 100 pessoas

Estacionamento no local

Website: www.inversogavea.com.br; Facebook: https://pt-br.facebook.com/inversogavea/; Instagram: inversogavea; Twitter: @inversogavea



Selo Maritaca completa 20 anos como referência da música instrumental

Novembre 14, 2017 9:20, by segundo clichê


O selo Maritaca completa neste ano duas décadas de existência dedicadas a promover o rico cenário instrumental brasileiro. A gravadora foi criada em 1997 pela musicista Léa Freire e desde então produziu um número significativo de discos. A sua principal característica não é o volume no catálogo de títulos, mas especialmente a qualidade artística de cada um deles. 


Entre os discos lançados pela Maritaca neste ano estão "A Mil Tons", um dueto entre o piano de Amilton Godoy e a flauta de Léa Freire, com composições do pianista; "Arraial", terceiro disco do grupo Vento em Madeira; “Flor de Sal”, sétimo disco da carreira do compositor e multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo; "Na Calada do Dia", do baterista e compositor Edu Ribeiro (também Trio Corrente); e "Troubadour", do contrabaixista francês, estabelecido no Brasil, Thibault Delor.

A música instrumental brasileira contemporânea é muito rica, há uma efervescência de grupos e músicos admiráveis, assim como o surgimento constante de talentos. A Maritaca, segundo Léa, visa estimular a formação e o conhecimento do público para apreciação desse gênero musical de linguagem universal e necessário, que pede do ouvinte atenção e entrega na audição.

Neste panorama, o selo Maritaca vem realizando um trabalho significativo, ao agrupar nomes da música instrumental, investindo e divulgando a produção de inúmeros compositores e instrumentistas. No seu catálogo estão cerca de 60 álbuns com repercussão internacional, além de livros de partituras. 

Grandes músicos já gravaram na Maritaca, com plena liberdade artística, como Arismar do Espírito Santo, Amilton Godoy, Laércio de Freitas, Bocato, Mozar Terra, Teco Cardoso, Banda Mantiqueira, Trio Corrente (vencedor de dois Grammys Awards), Silvia Goes, Zéli, Nenê, e Theo de Barros, entre outros. 

A história de como surgiu a ideia de criar uma gravadora dedicada à música instrumental é contada por Léa Freire:

"Uma maritaca caiu no meu quintal justamente quando eu planejava abrir um selo para a música instrumental. Ela ficou em casa por uns 15 dias, numa gaiola aberta na cozinha, vinha na cabeça da gente e adorava comer na colher. Um dia foi embora, numa revoada, meio gordinha, eu acho. Hoje, o selo tem uns 60 títulos, um voo longo de um projeto preocupado com o registro da excelente música instrumental que se faz em São Paulo e no Brasil. É um privilégio poder realizar esse projeto durante duas décadas, com todos os músicos que de todas as formas fizeram parte disso. A eles, ao público e ao destino, só tenho a dizer muito obrigada."



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