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Motta

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Segundo Clichê

febrero 27, 2017 15:48 , por Blogoosfero - | 1 person following this article.

A imprensa e a tragédia

mayo 18, 2017 15:45, por segundo clichê


Uns poucos parágrafos para entender como funciona a imprensa brasileira, que teve - e tem - um relevante papel nesta tragédia que se abateu sobre a nação:

@ Não existe jornalismo imparcial. Todos os jornalistas, sem exceção, têm lado, têm time, têm preferências, têm preconceitos, porque são humanos, não robôs;

@ Todos os jornalistas que cobrem política sabem, há muito tempo, que esse bando que tirou a presidenta Dilma do Palácio do Planalto é formado por escroques da pior espécie. Se ninguém nunca fez uma mísera reportagem, escreveu uma linha sequer sobre as negociatas desses parlamentares é porque, de certa forma, estiverem aliados a eles, e não porque desconhecessem os crimes;


@ O mercado financeiro pauta o noticiário econômico, "sugerindo" pautas, colocando profissionais 24 horas à disposição dos repórteres, divulgando "análises" e convidando a moçada para cafés da manhã, almoços e jantares nos lugares mais em moda;

@ O mercado empresarial de comunicação é oligopolizado. Poucas empresas, familiares, controlam a informação, ou seja, dezenas de milhões de brasileiros leem, escutam e veem aquilo que algumas dezenas de pessoas permitem e querem;

@ Não existe, nunca existiu, e provavelmente nunca existirá, no Brasil, liberdade de imprensa. Nenhum jornalista apura e publica a notícia que deseja, a reportagem dos seus sonhos, apenas aquela que o seu chefe ordena que saia.

@ Embora os jornalões tenham páginas exclusivas para seus editoriais, a opinião do dono se espalha por quantas notícias forem necessárias, às vezes de maneira sutil, às vezes abertamente;

@ A imprensa brasileira é comercial, ou seja, os grandes - e até mesmo médios e pequenos - anunciantes têm voz forte naquilo que é publicado; 

@ Conheci poucos jornalistas com formação intelectual sólida ou mesmo que dominassem medianamente a língua portuguesa. Em geral tinham pouca leitura, quase nenhum interesse por artes e ciências, e exibiam, quando muito, uma cultura de almanaque. Vários adoravam um "jabá" (presentes de empresas e corporações) e se iludiam com a proximidade exibida por suas fontes - eram ingenuamente usados por elas.  

@ O jornalismo brasileiro é tecnicamente indigente, não por escassez de recursos, mas por ter chefias incompetentes e patronais. 

@ É improvável que exista lugar menos democrático que uma redação. Reuniões de pauta são apenas uma formalidade. Os repórteres são obrigados a cumprir ordens, mesmo que absurdas ou aéticas. Se não obedecerem, serão demitidos sem dó nem piedade. (Carlos Motta)



Triste país de poucas esperanças

mayo 18, 2017 10:37, por segundo clichê


Da mesma forma que a consumação do golpe que afastou Dilma Rousseff da Presidência da República foi um dos mais vergonhosos episódios da história do Brasil, o fim melancólico do governo golpista, apenas um ano depois de iniciado, é motivo de tristeza para quem acredita nos valores democráticos.

É óbvio que todos os que fazem parte desse governo de canalhas e corruptos, e todos os que o apoiam, não merecem outra sorte a não ser a mais severa responsabilização pelos seus crimes e o repúdio de toda a sociedade.

O motivo da consternação é outro.


É ficar sabendo, da maneira mais dura possível, que a nação foi capaz de gerar tais monstruosidades, vê-las crescer e dominar amplamente todas as instituições, alimentá-las, deixá-las conduzir a vida de milhões de pessoas, e determinar como será o futuro das próximas gerações.

Os Aécio, os Temer, os Cunha, todos esses seres ignóbeis, não surgem do nada.

Todos eles chegaram onde chegaram utilizando as ferramentas do nosso sistema social e econômico, com a ajuda de tantos outros parasitas - e o voto de milhões de analfabetos políticos. 

O Brasil é o que é, esse triste, injusto e desigual país dominado por uma oligarquia predadora, escravocrata e ignorante, por culpa de seu próprio povo, que não só permite que haja um corrupto em cada esquina, mas faz questão de criá-lo, ao adotar, como sua única lei, aquela que diz que o bom é levar vantagem em tudo.

Há muitos cidadãos honestos, há mesmo políticos e juízes e policiais e médicos e jornalistas que honram as suas profissões - há, no Brasil, milhões de pessoas que fazem jus ao título de cidadãos.

Mas elas são insuficientes para se opor à barbárie.

São incapazes de moldar o espirito de uma nação de propósitos definidos e projetos de desenvolvimento que os leve ao Primeiro Mundo, ao século 21. 

É mínima a esperança de que, a partir da implosão desse governo mafioso e seus apoiadores, surja algo novo capaz de colocar o país aos trilhos do desenvolvimento, democracia e valores éticos e morais dignos de uma sociedade avançada.

É mais provável que, das cinzas dos golpistas de 2016, resplandeça, sob os augúrios dos meios de comunicação oligopolizados e a serviço integral dos endinheirados, um salvador da pátria, um Collor redivivo, um "João" maquiado de "trabalhador" - uma fraude que complete a missão de não permitir, sob nenhuma hipótese, que o Brasil deixe de ser, eternamente, o país do futuro. (Carlos Motta)



Só falta agora a Globo criar o novo Collor

mayo 17, 2017 21:00, por segundo clichê


Esse pessoal não dá ponto sem nó.

A notícia que implica Temer e Aécio nos "negócios" da JBS, dada com destaque pelas Organizações Globo, tem como consequência a implosão do atual sistema político nacional.

Antes dela, os corruptos eram Lula e o PT.

PMDB, PSDB e siglas menores sofriam apenas danos colaterais.

Estavam, como se diz, blindados.

A partir de agora, a percepção, para o publico em geral, é a de que todos os políticos são corruptos - inclusive o presidente da República.

A conclusão mais óbvia que se tira dessa ousadia da Globo de noticiar o grau extremo do cambalacho nas altas esferas do poder é a de que, mais do que nunca, há a necessidade de que, das cinzas, surja o novo.

Pode ser o Partido Novo, financiado pelo Itaú, com a fina flor do neoliberalismo.

Pode ser até mesmo Bolsonaro e sua legião de fascistas.

Mas o mais provável é que esse novo, esse Collor redivivo, esse grande líder que vai tirar o Brasil do buraco seja o João Trabalhador, o prefeito paulistano que adora o cashmere e se distrai falando mal do PT e de Lula - e se fantasiando como os mais improváveis personagens.

O João Trabalhador não é político - pelo menos na visão dos analistas globais -, embora seja filho de político e tenha feito política, por meio de suas empresas e programas de televisão a vida toda.

E por falar em televisão...

Se o João Trabalhador não emplacar, há ainda aquele outro "novo", que reforma e doa casas para os pobres coitados, entre outros atos de benemerência, na telinha da ... Globo. 

Como dizia o Príncipe de Falconeri no imortal O Leopardo, de Tomasi di Lampedusa, "tudo deve mudar para que tudo continue igual". (Carlos Motta)



Rodovias se esvaziam no Brasil Novo

mayo 17, 2017 17:49, por segundo clichê


Uma boa maneira de saber como está a atividade econômica é observar o tráfego de veículos, leves e de carga, nas rodovias. 

E ele está bem fraquinho...

O índice ABCR de atividade relativo a abril apresentou redução de 1,5%, com queda tanto no fluxo dos veículos leves como no de pesados, em termos mensais dessazonalizados. 

Com o resultado, o indicador reverteu a alta do mês anterior, que foi de 1,7%. O fluxo de veículos leves caiu 1,3% em abril, mesma queda apresentada pelo de pesados. 


O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.

Ao comparar abril/2017 com abril/2016, o índice total cresceu em 0,2%. O fluxo de veículos leves aumentou 3,0%, enquanto o fluxo de pesados teve retração de 8,3%. Nos últimos 12 meses, o fluxo total acumulou variação de -3,1%. Na mesma base de comparação, o fluxo de leves variou -2,3% e o de pesados, -5,7%.

No acumulado do ano (média jan/abril de 2017 ante média jan-abril de 2016), o fluxo total acumulou variação de -1,0%. O fluxo de veículos leves registra estabilidade, enquanto o fluxo de pesados acumula retração de 4,0%.



O Brasil Novo acabou com o otimismo do consumidor

mayo 17, 2017 16:23, por segundo clichê


O Indicador de Confiança do Consumidor (ICC), apurado por duas entidades que adoram este Brasil Novo, o SPC Brasil e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), registrou 40,5 pontos em abril, abaixo do observado no mês anterior (42,3). Em termos percentuais, o recuo foi de 4,1% e reflete quedas tanto da avaliação do momento atual como das expectativas para o futuro.

O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, bem que tentou esconder o péssimo momento da economia brasileira, mas no máximo conseguiu dar a seguinte explicação para o mau humor do brasileiro “Na passagem de março para abril, o consumidor percebeu um noticiário político bastante negativo, o que reforçou o receio de novas instabilidades. No cenário econômico, o desemprego, seguiu crescendo, contribuindo para o resultado de abril”, explica o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “A combinação do risco de novas instabilidades políticas e a atividade econômica ainda fraca explicam a dificuldade de a confiança se estabelecer num nível satisfatório”, afirma.


O subindicador de Percepção do Cenário Atual registrou 28,9 pontos em abril de 2017, também abaixo do verificado em março (30,1). Em termos percentuais, a queda foi de 3,7%. 

A  economista-chefe da SPC Brasil, Marcela Kawait, é outra que não conseguiu brigar com a realidade: “Apesar de a economia emitir sinais de recuperação, o cenário ainda é difícil para o consumidor. O desemprego segue em alta, a queda da taxa Selic ainda não repercute nas taxas de juros do mercado e a inflação, por mais que tenha desacelerado, não se traduz em ganho do poder de compra.”

O subindicador é composto pela avaliação do consumidor em dois pontos: a economia do Brasil e a sua própria situação financeira. Com relação à economia, a avaliação pontuou 18,3 pontos. Cerca de 82% dos entrevistados acreditam que a situação está ruim ou muito ruim, contra somente 1% que consideram a situação boa ou muito boa. Para 16%, o quadro econômico atual é regular. Entre os que fazem uma avaliação negativa, a maioria relativa (53%) atribui este resultado à corrupção e ao mau uso dos recursos públicos.  Outros 20% creditam ao alto desemprego e 15% disseram que os preços dos produtos aumentaram.

Considerando a avaliação da situação financeira atual, foram registrados 39,6 pontos. Em termos percentuais, quatro em cada dez consumidores (41%) classificam a própria vida financeira como ruim ou muito ruim. Os que a consideram regular somaram 46%, enquanto 12% a consideram boa ou muito boa. Os principais motivos para a avaliação negativa são orçamento apertado e dificuldades para pagar as contas (32%), desemprego (27%), redução da renda  (16%) e atraso no pagamento de dívidas (11%).

Apesar do momento atual ainda estar longe de ser positivo, a visão dos consumidores para os próximos seis meses é melhor: o subindicador de Expectativas registrou 52,1 pontos em abril. O resultado ficou um pouco acima do nível neutro, ou seja, para maioria as expectativas são boas quando se considera a vida financeira e a economia conjuntamente. É preciso destacar, porém, que há diferença entre o que se espera para o futuro de sua vida financeira e o que se espera para o futuro da economia.

No caso da economia, o indicador atingiu 41,6 pontos. A maioria relativa (39%) diz estar pessimista com o futuro da economia. Os otimistas são 17% e os neutros somam 36%. Entre os que estão pessimistas, o principal motivo apontado é a corrupção e impunidade dos políticos (31%), a incompetência dos governantes (25%), seguido daqueles que acreditam que o desemprego segue aumentando (12%) e os que discordam das medidas econômicas que estão sendo adotadas (10%).

Entre os otimistas, a maior parte (48%) não sabe o porquê confia que a economia vai melhorar, 14% acreditam que a pior parte já passou e 11% concordam com as medidas econômicas que estão sendo adotadas.

Com relação às expectativas para a própria vida financeira, o subindicador atingiu 62,7 pontos. A grande maioria (57%) está otimista. Outros 24% não estão nem pessimistas nem otimistas. Entre os otimistas, o principal motivo é acreditar em arrumar novo emprego ou receber uma promoção (28%), seguido daqueles que não sabem explicar a razão do otimismo (27%), 14% que apostam em uma melhora da economia e 13% que garantem estar fazendo boa gestão das finanças pessoais.

Já entre os pessimistas, os principais motivos apontados são: descrença na melhora da economia (32%), preço das coisas continua aumentando (23%), situação financeira atual estar muito ruim (10%), e medo do desemprego (9%).

O ICC também mostra que, para mais da metade dos consumidores (54%), o que mais tem pesado na vida financeira familiar é o custo de vida. Além do avanço dos preços, 16% dos consumidores citam o desemprego como fator que pesa sobre a vida financeira familiar. Os consumidores citam também o endividamento (14%), a queda dos rendimentos mensais (10%).

É nos supermercados que os consumidores mais percebem o aumento dos preços: 78% notaram que os preços aumentaram nesses locais. Para 72%, também aumentou o preço da energia elétrica e para 55% aumentaram as contas de telefone.



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