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Motta

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Segundo Clichê

febrero 27, 2017 15:48 , por Blogoosfero - | 1 person following this article.

As várias faces do demônio

mayo 15, 2017 10:55, por segundo clichê


O diabo tem muitas faces, acreditam os religiosos.

Deveriam também, neste mundo material em que vivem, crer que a corrupção, eleita o mal maior desta triste nação, se espalha e sobrevive e se fortalece travestida de variadas e multicoloridas roupagens.

O observador nem precisa ser muito atento para se deparar com ela no seu dia a dia.


Basta ver os motoristas no trânsito, burlando a lei a todo instante para ganhar alguns metros do carro à sua frente, mesmo que corram o risco de provocar um acidente.

Ou o sujeito que fura a fila do banco ou do supermercado.

Ou aquele que se vangloria de ter enganado a Receita Federal em seu Imposto de Renda.

Ou o comerciante que sonega impostos, não dá nota fiscal.

No caso dos políticos os exemplos são inúmeros.

O ex-prefeito de Serra Negra, onde moro, usava o carro oficial fora do expediente da maneira mais despreocupada possível. Mais de uma vez o vi pegar o jantar de domingo num restaurante. 

O presidente da República, ficamos sabendo, paga a babá de seu filho não com recursos próprios, mas por meio de verba da União, como se ela fosse funcionária de um órgão estatal qualquer.

Juízes e procuradores da República não têm o menor pudor em aumentar seus salários, já altos, bem acima do permitido pela legislação, por meio de expedientes vergonhosos como os tais "auxílio isso", "auxílio aquilo".

Esses são apenas alguns poucos exemplos dos disfarces usados pelo demônio para esconder a sua face.

O fato é que a sociedade brasileira, com algumas raras exceções, já se habituou com o "jeitinho", não vive sem ele, e padece de dores insuportáveis quando se vê, mesmo que por um instante, sem o seu apoio.

Há corrupções de todos os tipos, para todos os gostos.

Como há o cinismo e hipocrisia em todos os que apontam seus dedos para supostos infratores, possíveis criminosos ou alegados corruptos e corruptores.

Nenhum desses que aparece por aí vestindo a toga da moralidade possui, nem de longe, a autoridade ética para acusar ou julgar quem quer que seja.

Como o ex-prefeito de Serra Negra, estão tão mergulhados nos maus hábitos que nem percebem o quanto são falsos. (Carlos Motta)



Um ano de Brasil Novo: setor de serviços cai 5%!

mayo 12, 2017 15:08, por segundo clichê


A desgraça continua: o volume de serviços no Brasil caiu 2,3% na passagem de fevereiro para março. A queda ocorreu depois de uma alta de 0,4% em fevereiro e uma estabilidade em janeiro. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda em relação a março de 2016 é de 5%.

Os serviços acumularam perdas de 4,6% no ano e de 5% no período de 12 meses, considerando-se o volume do setor. Cinco dos seis grandes segmentos pesquisados pelo IBGE tiveram redução na passagem de fevereiro para março deste ano, com destaque para os serviços prestados às famílias (-2,1%).


Apenas o segmento de atividades turísticas teve crescimento (0,9%). Outros setores tiveram as seguintes quedas: outros serviços (-1,2%), transportes e correios (-1,1%), serviços profissionais, administrativos e auxiliares (-0,8%) e serviços de informação e comunicação (-0,4%).

Em relação à receita nominal, o setor de serviços teve uma queda de 1% entre fevereiro e março. Nas outras comparações, no entanto, houve altas de 1% na relação com março de 2016, 1,1% no acumulado do ano e 0,1% no acumulado de 12 meses.

E, como o deboche é pouco, o alegre ministro da Fazenda, saiu-se com essa na reunião do bando de picaretas chefiado pelo Dr. Mesóclise, hoje no Palácio do Planalto, tomado pelos golpistas: “O Brasil está mudando mais em um ano do que mudou em décadas."

Segundo esse Dr. Pangloss redivivo, a recessão já passou e o Brasil mostra sinais de que voltou a crescer. Para provar, citou estatísticas tão fantásticas quanto a sua capacidade de exercer o cinismo.



Saques do FGTS inativo só serviram para pagar contas

mayo 12, 2017 9:49, por segundo clichê


Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 36% dos trabalhadores que fizeram saques das contas inativas do FGTS usaram o dinheiro para pagar dívidas atrasadas. Outros 7% utilizaram o benefício para quitar parte de compromissos pendentes e 10% aproveitaram o dinheiro extra para antecipar o pagamento de contas não atrasadas, como crediário e prestações da casa ou do carro.

Entre quem sacou os recursos do FGTS, a maior parte do dinheiro foi destinada ao pagamento de despesas do dia a dia, citado por 42% dos beneficiários. Apenas 6% usaram o saldo inativo do fundo de garantia para realizar compras e 16% investiram ou pouparam.


Dados oficiais estimam que mais de 30 milhões de trabalhadores têm direito a realizar saques, sendo que 80% dessas pessoas possuem até R$ 1.500 nas contas inativas. No total, quase R$ 44 bilhões devem ser injetados na economia.

Levando em consideração os consumidores que ainda vão realizar saques, a principal finalidade também será o pagamento de dívidas: 26% vão utilizar o dinheiro para quitar compromissos atrasados e 21% vão utilizá-lo para regularizar ao menos uma parte das pendências em atraso. Outros 25% pretendem pagar despesas do dia a dia. Apenas 4% vão realizar compras de produtos que tem vontade como roupas e calçados. Os que vão usar o dinheiro extra para viajar representam apenas 3% e 2% querem aproveitar os recursos para adquirir um automóvel.

De acordo com a pesquisa do SPC Brasil e da CNDL, 8% dos brasileiros já sacaram o benefício e 18% ainda pretendem fazê-lo assim que o lote estiver disponível. No total, 51% dos consumidores não têm dinheiro a resgatar o FGTS inativo, enquanto 18% desconhecem se têm direito ao saque.



Não dá mais para a ultraesquerda brincar de revolução

mayo 12, 2017 9:40, por segundo clichê

O jornalista Breno Altman publicou um artigo no Facebook criticando setores da "esquerda da esquerda" que deram com os burros n'água ao acreditarem que sairiam fortalecidos com a queda do governo Dilma. 

No texto ele diz ainda que um ano depois do golpe fica cada vez mais evidente que não há outra saída para o campo progressista do que entender que, neste momento, "somente é possível enfrentar de verdade o governo usurpador a partir de uma coalizão político-social com o PT e Lula".

O artigo recebeu elogios e críticas, essas, evidentemente, de pessoas ligadas aos setores de ultraesquerda que veem não na direita, mas no PT, seu maior inimigo.

De qualquer modo, a discussão é válida neste momento.

E o texto de Altman, importante.

Aí vai ele:


Mato sem cachorro

Um setor da esquerda, que se auto-identifica como a esquerda da esquerda, habitando organizações como o PSOL, o PSTU, o PCB e outras menos afamadas, está vivendo seu inferno astral.

A aposta que fazia, com diferentes graduações, é que a derrubada do governo Dilma, a Operação Lava Jato e as eleições municipais de 2016 representavam sinais do inevitável ocaso do PT e de Lula.

Até algumas frações petistas foram contaminadas por esse diagnóstico, a bem da verdade.

A conclusão: apesar da ofensiva conservadora, o espaço estaria aberto para o 
florescimento de uma nova alternativa no campo popular.

O entusiasmo com essa possibilidade levou vários porta-vozes e lideranças desse setor a fazer do petismo seu principal inimigo.

Deram com os burros n'agua. E se debatem em mar revolto, afogando-se em suas próprias análises.

O fato é que a agenda do governo usurpador, depois de um ano, vai forçando o pêndulo à esquerda, mas o depositário desse giro é novamente o PT.

Mais que o PT, a candidatura de Lula.

São as forças historicamente alinhadas ao petismo, majoritariamente agrupadas na Frente Brasil Popular, mas também na Frente Povo Sem Medo, que comandam a resistência contra o golpismo e suas reformas.

Foram essas forças que constituíram a coluna vertebral da greve geral do dia 28 de abril.
São para essas forças, e para Lula, que as massas trabalhadoras olham em busca de esperança e direção.

Apesar de todos os erros, que não foram poucos, e dos problemas, que muitos são.
A polarização é tão extrema que há menos espaços agora, para opções fora do campo petista, que em qualquer outro momento dos últimos quinze anos.

Somente é possível enfrentar de verdade o governo usurpador a partir de uma coalizão político-social com o PT e Lula.

As cabeças mais sérias e menos sectárias dessa esquerda da esquerda já se deram conta disso, adotando políticas e iniciativas frentistas com o petismo.

O resto está em um mato sem cachorro.

Deu tudo errado em suas previsões e correm o risco, se permanecerem em seu antipetismo, de vivenciarem um insuportável grau de isolamento social, a partir do qual serão objetivamente vistas como aliados do golpismo e da direita.

Afinal, não há saída para a classe trabalhadora, nesse momento histórico, como diria o líder comunista George Dimitrov, fora da frente popular.

Com o PT e Lula, não contra o petismo.



Dez empresas. E uma dívida de R$ 16 bilhões com a Previdência

mayo 11, 2017 16:24, por segundo clichê

A dívida das 10 maiores empresas devedoras da Previdência Social supera R$ 16 bilhões. Instalada desde abril deste ano, a Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI da Previdência Social, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS, foto), ouviu representantes de entidades sindicais, docentes e economistas com o intuito de entender a real situação da seguridade brasileira. A CPI divulgou a lista dos 10 maiores devedores da Previdência Social, entre elas: S.A. Viação Aérea Rio-Grandense (falida), JBS, Viação Aérea São Paulo, Associação Educacional Luterana do Brasil, Transbrasil S.A. Linhas Aéreas, Caixa Econômica Federal, Marfrig Global Foods S.A., Banco do Brasil, Instituto Candango de Solidariedade e São Paulo Transporte.


O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), Claudio Damasceno, apontou a política de desoneração do governo federal como um dos pontos principais a serem combatidos. “A Seguridade Social deixou de arrecadar cerca de 450 bilhões de 2012 a 2016 com a política de desoneração. E agora, o país enfrenta a maior crise econômica. A sonegação está se tornando um excelente negócio no Brasil e quem sofre é o trabalhador. Precisamos fazer uma reforma séria, sem essas falácias, sem se concentrar que existe um déficit, pois muitas vezes o déficit é gerado por reformas propostas pelo próprio governo.”

Carlos Fernando da Silva Filho, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), revelou números assustadores. Segundo o auditor, o Executivo deixou de arrecadar mais de R$ 18 bilhões nos últimos quatro anos. E alertou para o aumento de trabalhadores empregados sem carteira assinada – hoje, chega a 16 milhões. “O governo não tem foco e prioridade no trabalhador assegurado que representa 81,5%. Definitivamente, a preocupação deles não é com o trabalhador. O país registrou 700 mil acidentes de trabalho ao ano e três mil mortes. E esse número pode piorar com a aprovação dessas reformas”, argumentou.

A professora de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Denise Lobato, afirmou que a União colabora para criar um déficit inexistente da Previdência, ao não cobrar sonegadores e conceder renúncias fiscais.

Ela citou ainda dados divulgados pelo Palácio do Planalto que estariam maquiados para forçar a sociedade a acreditar na necessidade da reforma, entre eles o de que, em 2060, o país terá 35% da população formada por idosos, quando, segundo o IBGE, a tendência é de redução. "Não é mostrado que a taxa de crescimento da população idosa é decrescente. Nós estaríamos em 2017 no pico do crescimento dessa taxa da população idosa e, daí para frente, teríamos decréscimo. O que nos faz pensar que a 'despesa' no futuro teria de cair e não subir."

O coordenador-adjunto do Dieese, Clóvis Scherer, mencionou ainda a reforma trabalhista, que aliada à da Previdência, vai tornar impossível a aposentadoria para milhões de brasileiros por causa do crescimento da informalidade. "A gente teme que haja um estímulo a arranjos precários de emprego, quando é a pessoa trabalhando por conta própria, sem contribuir para a Previdência, o que ficará mais difícil de atingir esse requisito que o governo propõe de 25 anos de contribuição."

Na avaliação do presidente da CPI, senador Paim, a reunião superou todas as expectativas e voltou a pedir para o presidente Temer incluir as reformas previdenciária e trabalhista em um debate mais amplo com a sociedade. “Depois de tantas denúncias apresentadas, essa reforma deveria ser trancada imediatamente para discussão”, disse Paim.

A CPI tem como objetivo investigar as receitas e as despesas do sistema previdenciário, desvios de recursos em formas de anistias, desonerações, desvinculações, sonegação ou outro meio que propicie a retirada de fontes da Previdência. Além disso, a comissão também pretende investigar os beneficiários de tais desvios. (Diap, Agência Senado, RBA e site Paulo Paim)



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