O falso moralista
septiembre 13, 2018 10:37Carlos Motta
Nelson Sargento, 94 anos de vida, dezenas deles em prol da arte e cultura, é o autor, entre outras maravilhas, de uma música que reflete com exatidão a luta incessante do Brasil real contra o oficial, "Agoniza Mas Não morre", regravado por inúmeros intérpretes e sempre atual:
Samba
Agoniza mas não morre
Alguém sempre te socorre
Antes do suspiro derradeiro
Samba
Negro, forte, destemido
Foi duramente perseguido
Na esquina, no botequim, no terreiro
Samba
Inocente, pé-no-chão
A fidalguia do salão
Te abraçou, te envolveu
Mudaram toda a sua estrutura
Te impuseram outra cultura
E você nem percebeu
Mudaram toda a sua estrutura
Te impuseram outra cultura
E você nem percebeu
Sargento tem uma obra de extrema qualidade, de fina ironia e inteligência. É um dos craques da nossa música popular.
Quem tiver alguma dúvida sobre isso deve ouvir "Falso Moralista", samba que parece que foi feito sob medida para retratar um dos mais comuns tipos brasileiro, o homem de bem, esse que aponta o dedo, indignado, para a corrupção dos outros, enquanto vai praticando, no dia a dia, toda sorte de falcatruas, indignidades e patranhas.
Esse tipo que, para muitos, é o modelo a seguir.
Você condena o que a moçada anda fazendo
e não aceita o teatro de revista
arte moderna pra você não vale nada
e até vedete você diz não ser artista
Você se julga um tanto bom e até perfeito
Por qualquer coisa deita logo falação
Mas eu conheço bem o seu defeito
e não vou fazer segredo não
Você é visto toda sexta no Joá
e não é só no carnaval que vai pros bailes se acabar
Fim de semana você deixa a companheira
e no bar com os amigos bebe bem a noite inteira
Segunda-feira chega na repartição
pede dispensa para ir ao oculista
e vai curar sua ressaca simplesmente
Você não passa de um falso moralista
Pedro Mariano canta sucessos e novas músicas em show
septiembre 13, 2018 10:03Depois de se apresentar nos últimos três anos nas principais capitais do país, acompanhado por uma orquestra e de lançar o show em CD e DVD, Pedro Mariano retorna aos palcos para a turnê de seu novo projeto, intitulado “Pedro Mariano – Show DNA”, em que apresenta canções que representam sua trajetória de vida. A apresentação de estreia será neste sábado (15/11), no Teatro Bradesco, em São Paulo.
O show de Pedro conta com uma equipe de peso. Além do cantor, sobem ao palco seu quarteto, composto por Conrado Goys (guitarra e violão), Leandro Matsumoto (baixo), Marcelo Elias (piano e teclado) e Thiago Rabello (bateria).
No repertório, Pedro apresentará ao público várias canções inéditas. Entre elas, DNA (Edu Tedeski), Alguém dirá (Pedro Altério e Pedro Viáfora) e Enfim (Daniel Carlomagno). O show também conta com regravações de importantes autores da MPB, como Guilherme Arantes (Êxtase), Ana Carolina, Chiara Civello e Edu Krieger (Um Pouco Mais Perto). Releituras de músicas como Risos e Memórias, gravadas anteriormente em CD de carreira, também integram o novo projeto.
Segundo Pedro, todas as canções que já gravou e que serão apresentadas no novo show chegam com nova roupagem. Para tanto, o artista conta com o olhar e técnica de quatro arranjadores na sua equipe: Daniel Carlomagno, Marcelo Elias, Otavio de Moraes e Conrado Goys. “As alterações nas músicas são uma adequação à sonoridade da banda”, diz Pedro.
Pedro Mariano é apontado diversas vezes como um dos maiores intérpretes da música contemporânea brasileira. Os ingressos já estão à venda na bilheteria do Teatro Bradesco (Shopping Bourbon) e pelo site www.uhuu.com . (Foto: Dani Gurgel)
Atriz palestina debate seu trabalho em SP
septiembre 12, 2018 9:48A atriz palestina Hiam Abbas será homenageada, em São Paulo, no dia 17 de setembro, segunda-feira, como parte de uma série de atividades promovidas pela Plataforma Beit21 para o lançamento do Festival de Arte Palestina Contemporânea no Brasil, a ser realizado em novembro.
Hiam Abbas é uma das grandes atrizes da atualidade, com extensa carreira de realizações em cinema, teatro e televisão. A semana de atividades destacará distintos aspectos de seu trabalho e coincidirá com uma turnê teatral, promovida pela Aliança Francesa, que ela realizará no Brasil com a peça “A França contra os robôs”, adaptada de obra homônima do escritor George Bernanos.
A homenagem terá início em 17 de setembro, com um bate-papo poético e musical. A atriz falará sobre sua trajetória, trabalhos, sobre o cinema, teatro e questões que marcam sua percepção sobre arte e sociedade. No palco, além de Hiam, estará o músico Sami Bordoukan, em uma apresentação intimista com voz e alaúde, executando músicas palestinas eruditas e populares do século passado, entremeadas com declamação de poesias palestinas de autores como Mahmoud Darwich.
No dia 18 haverá o espetáculo teatral “A França contra os robôs”, um monólogo adaptado do texto de Georges Bernanos, interpretado por Jean-Baptiste Sastre, seguido de bate-papo com elenco e a atriz, que montou a concepção da peça, uma promoção da Aliança Francesa.
No dia 19 será realizado um debate abordando o trabalho de Hiam como diretora cinematográfica. Será exibido o filme “Herança”, dirigido por ela, seguido de um bate-papo com a atriz Fernanda Azevedo, da Cia. Kiwi de Teatro.
A plataforma Beit21
Coordenada por Ahmed Zoghbi, Arturo Hartmann e Geraldo Adriano Campos, a plataforma Beit21 é um projeto de mobilidade artística e cultural que visa promover a circulação de ideias e pessoas relacionadas à produção artística contemporânea no Sul global. “Desejamos criar pontes, estabelecer conexões, aproximar olhares entre artistas de diferentes regiões que enfrentam desafios na luta por direitos e por liberdade, perfurando os muros e descolonizando processos que inviabilizam o processo de colaboração artística e criação estética de forma transnacional”, afirma Geraldo Adriano Campos.
“O projeto que aqui apresentamos consiste na criação, pela primeira vez no Brasil, de uma plataforma permanente voltada para a discussão sobre a produção artística palestina contemporânea, com a sensibilidade necessária para estabelecer relações entre as esferas sociopolítica e estética”, diz Arturo Hartmann.
“Temos como objetivo, com isso, propiciar olhares cruzados entre realidades sociais diferentes, América Latina e Oriente Médio, conectadas por fluxos de imigrantes e refugiados; e marcadas por formas especificas de inserção na condição global do século XXI”, afirma Ahmed Zoghbi.
Contexto do projeto
Em 1948, ocorreram dois eventos com significativos desdobramentos históricos mundiais: a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Assembleia Geral das Nações Unidas (em 10 de dezembro) e a Nakba (catástrofe), que resultou na expulsão de cerca de 800 mil palestinos e na criação do Estado de Israel. O ano de 2018, marcado, portanto, por essa dupla efeméride, convida a rememorar os 70 anos da ironia da coincidência da data como emblema das contradições que alimentam os conflitos atuais.
A arte palestina, que vem recebendo enorme atenção internacional nas últimas décadas por parte de festivais, museus, universidades, galerias, é definida por sua pluralidade, seja no campo das linguagens estéticas, do perfil dos artistas ou de suas temáticas.
Um olhar para essa produção artística contemporânea revela, portanto, novas chaves de compreensão que apontam para uma das mais elaboradas facetas do debate político atual: a crítica social presente nas expressões estéticas. Mesmo com todo reconhecimento internacional, infelizmente, a América Latina ainda não foi capaz de estabelecer um diálogo com essa produção artística palestina, salvo espaços pontuais de exibição cinematográfica.
Todas estas características fomentam a elaboração de formas estéticas que são, ao mesmo tempo, profundamente singulares e absolutamente emblemáticas da condição política global contemporânea.
Em novembro, haverá a continuidade das atividades do ano de 2018, com a realização do 48-18 – 1º Festival de Arte Palestina Contemporânea na América Latina e o lançamento inédito de uma plataforma de residências artísticas, como parte da rede internacional de residências artísticas para palestinos, lançada em Paris, em junho de 2018. A primeira edição do Festival em novembro, organizado em uma perspectiva transdisciplinar, contemplará a participação de alguns dos maiores nomes da arte palestina atualmente, como os irmãos Tarzan e Arab Nasser, Kamal Aljafari, Larissa Samsour e AbdulRahman Katanani, entre outros, que, com diferentes enfoques, abordarão a questão: “O que é o contemporâneo na Palestina?”.
Serviço
Homenagem a Hiam Abbass
17 de setembro (segunda), 19h30: Bate-papo e primeiro dia de homenagens a Hiam Abbas: uma conversa sobre as diferentes facetas da obra da atriz - a Palestina e a carreira de Hiam Abbas / juntos aos músicos Claudio Qairouz, Sami e William Bourdokan
18 de setembro (terça), 20h - Apresentação do espetáculo teatral "A França contra os robôs", adaptada do texto homônimo de George Bernanos, seguida de bate-papo.
19 de setembro (quarta), 19h30: Sessão de cinema com Hiam Abbas // exibição de filme "Inheritance", dirigido por ela, seguido de conversa com participação de Letícia Sabatella.
Teatro da Aliança Francesa
Rua General Jardim, 182 – São Paulo
Ingressos: gratuitos; retirar com uma hora de antecedência no local.
Todos os eventos contarão com tradução para o português e/ou legendagem
Mais informações: (11) 3572-2379
http://www.teatroaliancafrancesa.com.br/
Clássicos de Chaplin com entrada gratuita, em SP
septiembre 11, 2018 16:46Com o propósito de oferecer uma experiência cultural totalmente inovadora e multidisciplinar, o _teatral (lê-se espaço teatral), localizado no bairro paulistano de Pinheiros, fez sua estreia em agosto com o aclamado espetáculo “Chaplin, o Musical”, que fica em cartaz até 30 de setembro, e agora se prepara para levar ao público um pouco mais da obra de Charlie Chaplin, o mais famoso artista cinematográfico da era do cinema mudo. Trata-se do Cine Chaplin, que vai exibir clássicos como “O Garoto”, “Vida de Cachorro”, “Vagabundo” e “Circo”, este último considerado um dos longas mais engraçados da carreira de Chaplin.
Com entrada franca, o Cine Chaplin terá sua estreia no dia 14 de setembro, sexta-feira, às 16h, no _teatral, na Rua Coropé, 88, com o longa “O Garoto” que conta a história de uma mãe que abandona o filho, que passa a ser cuidado por um vagabundo. O projeto tem direção geral de Claudia Raia e curadoria da atriz Ingrid Guimarães e do crítico de cinema Rubens Ewald Filho, ambos curadores do pilar Audiovisual do _teatral, que conta com mais 6 pilares: gastronomia, dança, música, cultura contemporânea, teatro e esporte.
“A ideia de trazer clássicos do gênio Charlie Chaplin é justamente proporcionar ao público a experiência multidisciplinar que o nosso espaço visa oferecer. Aqui, além de assistir ao musical, as pessoas poderão ver as obras de Chaplin e ampliar seu conhecimento’’, diz Claudia Raia.
O _teatral tem por objetivo transformar a maneira como o público vive teatro. A ideia é que o ato de assistir a um espetáculo seja uma imersão cultural, com bastante interação e informação. Desde o momento em que se compra o ingresso, em que um conteúdo multimídia é disponibilizado com dicas preciosas sobre a programação, até o atendimento local, um universo é criado para levar o público nesse mergulho cultural. Assim que o visitante chega no espaço com o entendimento do que vai ver ali, ele vivencia melhor e de forma mais completa esse conhecimento. "Quem for ao_ teatral pode esperar uma experiência. O que a gente está tentando fazer é que, quando as pessoas entrem lá, elas se transformem, mudem de atmosfera, sejam recebidas pelo lúdico, e ali está a transformação", explica Claudia.
Para construir uma programação de qualidade e diferenciada, o _teatral tem sete pilares que o norteiam: gastronomia, dança, audiovisual, música, cultura contemporânea, teatro e esporte. Claudia reuniu um time de profissionais experientes para pensar cada um desses itens de forma teatral, criando uma agenda única e diferenciada de qualquer outro espaço no país. A gastronomia será abordada, por exemplo, sob a perspectiva teatral. A culinária se transformará numa grande performance, com sabores e emoção, por meio do ato cênico. E assim por diante, com os demais cinco pilares.
Para cada pilar, dois curadores foram recrutados, profissionais com vasta experiência em cada um dos campos. São eles: Carlos Bertolazzi e Mariella Lazaretti (gastronomia); Ana Botafogo e Rodrigo Pederneiras (dança); Rubens Ewald Filho e lngrid Guimarães (audiovisual); Adriana Calcanhotto e Rogério Flausino (música); Thalita Rebouças e Fernanda Souza (cultura contemporânea); Beth Goulart e José Possi Neto (teatro); Fernanda Gentil e Felipe Andreoli (esporte).
Período: 14 a 28 de setembro de 2018.
Local: _teatral | Rua Coropé, 88. Dentro do Complexo Aché Cultural, a 800m do metrô Faria Lima (linha amarela).
Horários: sexta-feira, às 16h. Sábado, às 00h20.
Preços dos ingressos: Gratuito (ingressos serão distribuídos no foyer do terceiro andar do local)
Classificação etária: Recomendação livre.
Sinopses dos filmes
“O Garoto”, de 1921
Uma mãe abandona seu filho com um bilhete em uma limusine, mas o carro acaba sendo roubado e a criança é deixada em uma lata de lixo. Um vagabundo encontra o bebê e passa a cuidar dele. Cinco anos depois, a mulher tenta encontrar o filho perdido.
“Vida de Cachorro”, de 1918
O vagabundo salva a vida de um cachorro que está sendo atacado. Com o cão, o vagabundo entra num baile onde uma cantora é explorada por seu patrão. Quando ladrões roubam a carteira de um milionário bêbado é a chance de Carlitos mudar de vida.
“Vagabundo”, de 1915
Carlitos é um andarilho que tem o seu jeito gentil, simples e ingênuo. Neste filme, Charlie Chaplin mostra toda a ternura de Carlitos, um personagem rejeitado, mas sempre esperançoso e que esbanja gentileza para com as mulheres.
“Circo”, de 1928
Um batedor de carteiras está agindo em meio à multidão. Para evitar que seja pego, ele coloca uma carteira roubada no bolso de um vagabundo, sem que ele perceba. Quando a polícia se afasta, o batedor volta para recuperar o dinheiro perdido. O vagabundo foge do batedor e da polícia, entrando, sem querer, no picadeiro de um circo. Como suas trapalhadas fazem sucesso junto ao público, o dono do circo resolve contratá-lo e fazer dele sua atração principal.
Cristian Budu abre série de concertos em novo espaço cultural no Rio
septiembre 11, 2018 15:35Em 2013, quando venceu um dos mais prestigiosos concursos de piano no mundo – o Clara Haskil, na Suiça -, Cristian Budu perdeu o anúncio dos classificados para a finalíssima, que ele venceria em seguida. Tinha ido jantar com a família, convencido de que não havia chance de ganhar. Cinco anos depois, morando na ponte Brasil-Alemanha e com a agenda repleta, ele já se estabeleceu como um dos brasileiros mais talentosos da nova geração.
Budu abre a temporada de concertos na Casa Firjan – nova série e também novo espaço para a música no Rio - na quinta-feira, dia 13, às 19h30. Este primeiro concerto, excepcionalmente, terá entrada gratuita, com inscrições pelo site www.firjan.com.br/casafirjan. Nos seguintes, os ingressos serão populares (R$ 10). A série tem programados mais quatro concertos até o fim do ano, com a curadoria do compositor João Guilherme Ripper.
Nascido em Diadema, São Paulo, filho de romenos, Cristian Budu revelou muito cedo seu talento, tocando Beethoven de ouvido no piano que o pai dedilhava. Aperfeiçoou-se na USP, com Eduardo Monteiro, e foi bolsista laureado no New England Conservatory, em Boston (para onde retornou para o programa Artist Diploma). Ganhou diversos concursos nacionais (Prelúdio, concurso Nelson Freire) e projetou-se internacionalmente ao vencer o prestigiosíssimo Concurso Clara Haskil, na Suíça – o único brasileiro vencedor na história da competição, que laureou nomes como Richard Goode, Christoph Eschenbach, Mitsuko Uchida e Evgeni Korolyov. Detalhe: o Clara Haskil premia apenas um concorrente – às vezes, nenhum. Budu recebeu ainda dois prêmios nessa edição, incluindo o do público.
Desde a estada em Boston, Cristian se dedica também a saraus em residências, numa forma de reunir músicos para tocar em pequenos grupos. A partir dessa experiência, criou no Brasil o projeto Pianosofia, que congrega músicos em ensaios coletivos para fazer música de câmera nas residências. “Fazer música de câmera é uma alegria para o ouvinte e mais ainda para o músico, que passa a tocar e ao mesmo tempo ouvir em sintonia fina com o outro músico. E acordamos muitos pianos mudos nas casas”, diz Budu.
Para o concerto carioca, Budu escolheu duas peças que são, por assim dizer, coletâneas de momentos, compostas por Robert Schumann (1810-1856) e Fréderic Chopin (1810-1849). Kreisleriana (escrita em 1838), de Schumann, reúne oito movimentos; os Prelúdios, de Chopin, enfileiram 24 miniaturas, cada uma delas numa tonalidade. As duas peças – que Budu considera seus carros-chefe – percorrem alternadamente estados de espírito de luz e sombra, esperança e medo; as diferentes atmosferas estão refletidas em cada peça da Kreisleriana de Schumann e no arco estrutural dos Prelúdios.
“Robert Schumann tinha um emocional bipolar e reflete essa montanha-russa na peça, batizada em homenagem ao personagem do escritor alemão E.T.A. Hoffmann, o músico Johann Kreisler”, explica o pianista. “Já Chopin começou a compor os Prelúdios num momento de doença, de se ver entre a vida e a morte. À alegria se segue uma peça muito fúnebre, por exemplo”.
Arquitetura, patrimônio e música de concerto
“A associação de música de concerto e arquitetura é adotada em todo o mundo como estratégia de promoção da música de concerto e valorização do patrimônio histórico”, lembra João Guilherme Ripper, curador da série de concertos. A Casa Firjan, inaugurada dia 3 de agosto, é o antigo Palacete Linneo de Paula Machado, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, adquirida pela Firjan em 2011 e restaurada com extremo cuidado.
A Casa transformou-se, assim, de residência elegante de uma das famílias mais conhecidas do Brasil em centro de atividades culturais e de formação e pesquisa na inovação tecnológica da indústria criativa. Além do ambiente histórico, o espaço conta com um anexo em estilo contemporâneo, projetado pelo arquiteto André Lompreta de Oliveira. A edificação produz, ao mesmo tempo, integração dos espaços e um espetacular contraste com o casarão de 1913. Música, exposições, instalações, palestras, workshops, espaço para treinamento e para pesquisa são atividades programadas.
A Casa Firjan tem um modelo de atuação diversificado com o objetivo único de refletir, criar e entregar soluções para os desafios da nova economia. Como um centro de inovação e empreendedorismo, ela integra uma programação de palestras, laboratórios de tendências e cursos a um ambiente de debate e elaboração de políticas públicas, que contempla ainda uma programação de atividades culturais.
Em um terreno de 10 mil m², na rua Guilhermina Guinle, a Casa Firjan abriga um novo prédio, de arquitetura contemporânea e premiada, e um patrimônio histórico restaurado, que inclui uma casa principal e duas casas geminadas construídas no início do século XX. A visitação continua gratuita durante o mês de setembro e depois em todas as terças-feiras do ano.
Nas salas de estar e jantar serão oferecidos cinco concertos até dezembro deste ano. A série abriga música de concerto, jazz, música brasileira instrumental e crossover.
Programação 2018
18/10 – Quinteto Villa-Lobos
8/11 – Jean-Louis Steuerman, piano - Felipe Prazeres, violino – Marco Catto, viola – Marcus Ribeiro, violoncelo
22/11 – Leo Gandelman Quarteto
6/12 – Orquestra Johann Sebastian Rio